tag:blogger.com,1999:blog-88528571968816848532024-02-19T06:20:29.292-08:00Em defesa da GraçaEm defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.comBlogger79125tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-8589092655495434512015-05-06T14:42:00.000-07:002015-05-06T15:05:57.183-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">A CRÍTICA DAS FONTES E O PENTATEUCO </span></div>
<div align="center" class="Estilopadro" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: center;">
<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="Estilopadro" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Uma análise teológica da crítica das
fontes no Pentateuco</span><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="Estilopadro" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">SANTOS
JUNIOR, Evandro Carvalho dos (ECS)</span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><br /></span>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz40y-gDnnyCIqu6zNINMnUap3lHw7DP1npZxBvvyKquRvgTU_d8vuAEUjtqD1JrNoPpAuwMP1yFm0RTMWVh8YqxruACyULmaWmtSU15qAQ8YwNdoCVhiQU5tzNSk4-to5OSc_D1dcIZY/s1600/images+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz40y-gDnnyCIqu6zNINMnUap3lHw7DP1npZxBvvyKquRvgTU_d8vuAEUjtqD1JrNoPpAuwMP1yFm0RTMWVh8YqxruACyULmaWmtSU15qAQ8YwNdoCVhiQU5tzNSk4-to5OSc_D1dcIZY/s1600/images+(1).jpg" height="120" width="200" /> </a></div>
<div class="Estilopadro" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">RESUMO</span><o:p></o:p></div>
<div class="Estilopadro" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Analisa a crítica das fontes. A pesquisa prossegue
verificando a história do movimento histórico-crítico, os desenvolvimentos e
pressupostos dessa escola hermenêutica. O ensaio focaliza a análise do método
da crítica das fontes; perpassa pela argumentação que essa escola faz à autoria
e data do Pentateuco, exprimindo os seus estudos especificamente na autoria do
livro. Em seguida responde as objeções de método hermenêutico. Conclui com uma
consideração sobre o declínio dessa escola e uma aplicação prática sobre a
relação que o cristão possui com esse assunto aparentemente técnico.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="Estilopadro" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">PALAVRAS-CHAVE</span><o:p></o:p></div>
<div class="Estilopadro" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 5.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Crítica; Julius Wellhausen;
histórico-crítico; crítica das fontes; Pentateuco; arqueologia.</span></div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">INTRODUÇÃO </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Observar a história da
teologia é muitas vezes testemunhar fatos que se repetem de maneira cíclica. A
afirmação de Salomão de que nada há de “novo debaixo do sol” (Ec 1.9) é uma
realidade na teologia também. Por isso, quando examinamos os métodos modernos
de se estudar a Bíblia, sabemos que por detrás disto existe aquele sútil e
indolor pressuposto do ceticismo presente como um motor controlador de toda a
pesquisa. Ademais, o brado erudito e introvertido de que “não há Deus” (Sl
14.1) pode ser o fator controlador dos estudos acadêmicos aplicados à Bíblia,
ainda que estejam disfarçados de simples neutralidade na pesquisa
científica. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em nosso tempo várias
formas de negação à perspectiva tradicional da autoridade bíblica e os cognatos
desta (infalibilidade, suficiência etc.) têm sido absorvidos por muitos. Tais
métodos variam entre si: a crítica das fontes, crítica da forma e a crítica da
redação. Todavia, tais escolas de interpretação das Escrituras trazem em seu
bojo a mesma pressuposição antissobrenaturalista como ponto norteador de todo
processo acadêmico. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Do ponto de vista
tradicional da fé cristã, sabemos que todas essas hermenêuticas modernas são
prejudiciais a igreja e quantos prejuízos ela trouxeram a milhares de cristãos
sinceros. Porém, devido a abrangência do assunto, nos determos apenas na
crítica das fontes e seus pormenores; também limitaremos o nosso estudo porque
ainda que a hipótese documentária tenha perdido muito de sua credibilidade
inicial até mesmo por parte do liberalismo teológico, todavia, ela ainda
permanece forte entre seminários e instituições de ensino que rejeitam os
argumentos que lhe são mostrados. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1. A HISTÓRIA DO MOVIMENTO
HISTÓRICO-CRÍTICO </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com o advento da
reforma protestante e a pregação de doutrinas distintivas como o <i>sacerdócio universal de todos os crentes</i>
e <i>Sola Scriptura</i> o desenvolvimento
desses conceitos, até então ofuscado pelo catolicismo romano, foi de crucial
benefício para a igreja e a sua expansão por todo o mundo; a subordinação
inflexível ao papado foi desconsiderada plenamente nesses círculos; a
interpretação da Bíblia não estava tão presa ao que as determinações romanistas
estipulassem, um mundo de privilégios abrira-se agora. Mas, o que não se esperava era que isso seria
utilizado, especialmente em países influenciados pela reforma protestante, como
um elemento motriz para a redefinição e desconstrução da fé tradicional da
igreja, revelação, salvação e teontologia. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No séc. XVIII as
filosofias em voga assumiram a importância do pensamento e a liberdade
necessária para exercê-lo. Assim, enquanto o racionalismo mostrava-se como o
método mais eficiente de se descobrir a verdade, conforme Descartes, Spinoza e
Leibniz; o empirismo advogava a experiência como critério diferenciador na
pesquisa. Contudo, ainda que essas escolas afirmassem métodos diferentes, e até
mesmo divergentes, em relação a descoberta da verdade, tanto o empirismo quanto
o racionalismo militavam juntos em pressuposições anticristãs traziam em seu
bojo um agnosticismo inevitável. Em relação ao racionalismo, como um método
aplicado ao estudo teológico, este foi o preconizador do liberalismo teológico
do séc. XIX em oposição à antiga forma de interpretar a Bíblia, “mas ao final
de algumas décadas, a nova escola dominava os estudos acadêmicos da Bíblia”
(LOPES, 2007, p. 184). </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><b>1.1<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span><!--[endif]--><span dir="LTR"></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sinceridade
na pesquisa ou pressupostos?</span></b><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
método moderno de hermenêutica, especialmente a histórico-crítica, manteve
muito da herança intelectual deixada pelo iluminismo. Embora as primeiras
fontes da filosofia no ocidente da idade média e moderna devam a influencia dos
notáveis pensadores cristãos, contudo o desenvolvimento desta ciência no campo
da epistemologia militou muito para crenças basilares do cristianismo, ainda
que de maneira inconsciente muitas vezes. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Essa maneira de fazer filosofia, quando
aplicada à teologia, realizou uma dicotomia kantiana entre fé e razão, ou seja,
devemos acreditar nos relatos bíblicos não por causa da sua fidedignidade e
historicidade (isso é irrelevante), mas por fé; havendo contraste entre fé e
história as portas para o fideísmo abrem-se completamente. O que parecia ser uma proposta piedosa no
inicio revelou-se problemática posteriormente.
</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Embora
a neutralidade científica estivesse presente nos discursos dos primeiros
teólogos da escola moderna, contudo os resultados mostravam que na realidade
esses estudiosos eram apenas pessoas que assumiram um compromisso no coração e,
então, isso passou para a cátedra. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Por conseguinte, já que os pressupostos
decidiam e controlava a pesquisa (às vezes de maneira inconsciente), faltava
apenas um método hermenêutico que fosse coeso com os mesmos. As ideias
absorvidas por estes homens na época eram as mesmas do Iluminismo do século
anterior: a negação da intervenção divina na história humana e a concepção
naturalista de causa e efeito (eliminado qualquer aspecto de </span><span style="line-height: 24px;">suspensão</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> das leis
da física). </span></span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><b>1.2<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span><!--[endif]--><span dir="LTR"></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma
proposta </span></b><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Debaixo
dessa atmosfera de avanço nas pesquisas teológicas e exegéticas, as teorias
críticas (das fontes, forma e redação) passaram a observar o pensar teológico
não mais como um exercício sobrenaturalmente ligado a forma como Deus se
revelou na história, mas “como metodológica, ou seja, competia à hermenêutica
elaborar um método através do qual se pudesse, de forma isenta de pressupostos,
e tendo a razão e a ciência moderna como ferramentas, alcançar o sentido
verdadeiro de um texto” (LOPES, 2007, p.189). Essa era triunfalista nos estudos
acadêmicos prevaleceu durante os séculos XVII, XVIII e XIX, porem veio a
sucumbir no final da primeira metade do século XX. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
escola hermenêutica mais influente desse período foi a crítica das fontes. Essa
hermenêutica entende que a composição da Bíblia, especialmente o Pentateuco,
foi realizada por um conjunto de fontes separadas pelo tempo, estilo, teologia
e até mesmo divergentes muitas vezes. Uma vez que se estabeleça que tipo de
fonte pertença aquele referido texto, devemos estudar a sua teologia. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Essas
fontes utilizadas no Pentateuco, eram claramente perceptíveis no texto de </span><span style="line-height: 24px;">Gênesis</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">. Assim um precursor importante desta ideia foi o francês Jean Astruc
que “ficou intrigado pelo fato de Deus ter sido chamado de Elohim em Gênesis 1,
e quase somente Jeová (ou Yahweh) em </span><span style="line-height: 24px;">Gênesis</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> 2” (ARCHER, 1979, p. 87). Na
esteira desse pensamento, um estudioso da literatura veterotestamentária
confirmou a provável existência de autores diferentes e aplicou o método de
Astruc a todos os cinco primeiros livros da Bíblia, após isso concluiu que o
Pentateuco fora escrito muito depois de Moisés. </span></span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Uma
vez que se considerasse como um porto de partida a autoria fragmentada do
Pentateuco, incluindo </span><span style="line-height: 24px;">Gênesis</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">, muitos outros estudiosos dessa escola deram as suas </span><span style="line-height: 24px;">respectivas</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> contribuições para o desenvolvimento dessa hermenêutica;
passando por nomes como DeWette, Vater, Heinrich Ewald, Bleek e Hupfeld. Porém
os maiores nomes dos estudos na crítica das fontes foram os de Karl Heinrich
Graf e Julius Vellhausen, ambos
desenvolveram os estudos dos primeiros críticos e sistematizaram a ideia de uma
existência de quatro autores/fontes J (Javé), E (Elohim), D (Deuteronomista) e
P (sacerdotal). Assim não deveríamos mais falar sobre um Moisés que escreveu o Pentateuco,
mas de uma diversidade de autores que escreveram o Hexateuco (incluindo o livro
de Josué). </span></span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2. A CRÍTICA DAS FONTES E O PENTATEUCO</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">2.1 A Crítica das Fontes e </span><span style="line-height: 24px;">Gênesis</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></b></span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Gênesis é um dos livros
do Antigo Testamento que para se identificar a sua data, torna-se fundamental
identificar anteriormente a sua autoria. Por conseguinte, se o autor for
Moisés, conforme a visão tradicional mantêm, então a sua data é remetida ao séc.
XV a.C.; no entanto, se Moisés não for o autor, a data do livro é bem recente.
Assim não poderíamos falar de um autor, mas de vários autores dessa obra. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conforme supracitado, o
estudioso alemão, Julius Wellhausen, fomentou em seu tempo o avanço nas pesquisas
teológicas. A conclusão da pesquisa foi que o Pentateuco é composição de vários
documentos (J E D e P) inscritos por autores diferentes em épocas diversas. Mas
qual o critério para discriminar um documento do outro? Wellhausen propôs
algumas diretrizes para essa árdua tarefa: O modo como o nome de Deus é
expresso na literatura: se Javé (J) ou Elohim (E); a existência de
duplicidades, ou seja, a mesma história contada mais de uma vez com personagens
diferentes e variações existentes diversas nesse texto; diferenças de estilo;
diferenças de teologia, por exemplo, Deus no documento “J” é revelado de
maneira antropomórfica, algo próprio desse documento específico. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esses quatro documentos
perpassam um período de composição que vai do séc. X a.C. até o V a.C., e à
motivação de se atribuir isso como uma composição de um autor e de data bem
antiga se dá pela necessidade de alguns judeus de explicarem a fundação da
religião judaica de maneira sobrenatural e suprema. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri;">2.2 </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
Crítica das Fontes e o livro de Êxodo </span></b><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri;">É fato que o sistema permeou todo o Antigo Testamento (por exemplo, o
livro de Isaías), todavia a teoria de Wellhausen permaneceu particularmente
ativa no texto do Pentateuco. Assim a distribuição de fontes diversas passou
tanto pelo livro de Gênesis como por Êxodo. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri;">O Livro de Êxodo representa essa mesma configuração multifacetada pelo
o uso indiscriminado de documentos diversos e contraditórios em sua composição.
Dessa maneira, não seria prudente afirmar o antigo dogmatismo que garantiria Moisés como o seu escritor e, muito menos,
asseverar que Êxodo mantém qualquer tipo de continuidade em relação a Gênesis. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Na verdade o que acontece é que existe uma variação de fontes nesse
livro, há uma continuidade em relação aos quatro livros do Pentateuco, porém a continuidade
vigente é atribuída às fontes J, E e P. No entanto, embora a discriminação de
fontes se torne mais fácil no primeiro livro do Pentateuco, quando se trata de
Êxodo, como diz Noth: “as relações literárias são ainda mais complicadas do que
em Gênesis” (<i>apud</i> DILLARD; LONGMAN
III, 2006, p. 58)., ainda que P seja perceptível nessa obra literária, assim
como os elementos culticos apontando “para a questão de ser um possível texto
deuteronômico” (2006, p. 58). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri;"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 42.55pt;"> </span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri;">2.3 </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
Crítica das Fontes nos livros de Levítico e Números <o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A hipótese documentária
mantém como pressuposição a composição tardia também desse livro, todavia há um
diferencial neste. Os livros de Levítico e Números são essencialmente compostos
por P, e, assim como aconteceu em outras religiões, Israel teve uma evolução na
adoração passando pela fase Politeísta, caminhando para o henoteísmo e, por fim,
chegando ao monoteísmo tardio. Essa evolução na religião judaica também se
evidencia na observação de que o povo estava livre para sacrificar em qualquer
lugar na época davídica (1 Sm 16.2), todavia no decorrer dos anos a adoração se
tornou mais centralizada em um lugar específico até que no período pós-exilico
o documento P (o qual dá forma ao livro de Levítico) já estava completo. <b><o:p></o:p></b></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Devemos chamar atenção
para o caráter pós-davídico de ambos os livros, a ênfase do povo outrora concedida
à monarquia perdeu o seu espaço com a instituição do sacerdócio. Por isso, “neste
livro, grande importância é colocada sobre o sumo sacerdote, o tipo de regra
que permaneceu na comunidade pós-exílica; ele é também chamado de o sacerdote
ungido, substituindo um título davídico em 4:3-12 (e.g. 8, 16:3; 32; 21:16-23) (HARTLEY,
p. xxxvii, 1992). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As fragmentações dos
documentos podem ser observadas pelas contradições que existem entre o livro de
Êxodo e Números, por exemplo, em Ex. 1.15 observamos apenas duas parteiras
(Sifrá e Puá) para atender uma população gigantesca, posteriormente evidenciada
pelo censo do povo registrado no livro de Números; autoria diversa em ambos os
livros, certamente. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri;">2.4 </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
Crítica das Fontes e o livro de Deuteronômio <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 49.65pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> O livro de Deuteronômio reveste-se de especial
importância pelo o seu caráter de reavivamento da centralização da religião do
Templo. Esse chamado ao centro de adoração no meio do povo, não deve ser
reconhecido, nesse livro, com um apelo à lei, porém constituindo-se de um
chamado profético. O livro foi composto (não encontrado) no séc. VII por Hilquias, então esse texto
trouxe ao povo as reformas necessárias, que não aconteceriam de outro modo,
lideradas pelo rei Josias. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 49.65pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa proposta foi
elaborada por W.M.L. de Wette e desenvolvida por Wellhausen. A argumentação foi
trazida em três argumentos por essa escola: literário, religioso e histórico. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 49.65pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O argumento literário
mantém que a identificação da data deste documento não pode ser apontada para o
séc. VIII a.C, quando não há traços de linguagem no estilo dos profetas desse
período.; “por outro lado, tais autores vêem uma relação forte entre
Deuteronômio e os profetas Jeremias e Ezequiel, ao passo que Josué, Juízes,
Samuel e Reis são considerados o resultado de uma atividade redatorial
deuteronômica sobre material histórico mais antigo” (THOMPSON, 1982, p. 58).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 49.65pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O segundo argumento se
dá no campo religioso do povo, por exemplo, o teísmo do povo é de caráter mais
avançado, bem diferente dos conceitos religiosos de Saul, Davi e a adoração
ríspida de Elias. Porém, no último argumento (histórico), a data aponta para o
período contemporâneo ao rei Josias, “nenhum outro grupo de leis do Velho
Testamento corresponde tão de perto, ponto por ponto, às medidas executadas
naquelas reformas quanto Deuteronômio” (1982, p. 58). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 49.65pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">3. A CRÍTICA DAS FONTES É UMA TEOLOGIA </span><span style="line-height: 24px;">BÍBLICA</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 24px;"><o:p></o:p>INJUSTIFICADA</span></span></div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 43.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
difícil definir o real relacionamento que a hipótese documentária tem com a
busca veraz da verdade científica na pesquisa. Primeiro, uma vez que se afirme a
neutralidade nos estudos científicos, mas não se assuma que os resultados
dessas pesquisas adveem de uma concepção imposta ao texto devemos considerar se
o resultado da pesquisa é tão honesto quanto o leitor de Wellhausen imagina
ser. Por exemplo, as reformas se Josias (II Reis 22) através do Livro da Lei
encontrada pelo sacerdote Hilquias ser mantido uma afirmação de composição, é
atribuir uma fraude engenhosa ao texto, apenas por pressuposições não assumidas
por parte desses teólogos. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 43.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
segundo lugar, as afirmativas do método documentário são permeadas por um
anacronismo metodológico que constrói uma realidade anterior à pesquisa para
começar a fazer a pesquisa. As proposições modernas são levadas ao texto
antigo, colocando o povo dentro de um contexto incomum e não fazendo justiça ao
pensamento, cultura e costumes próprios desse povo. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 43.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
ultimo lugar, pouco se observa variações de expressão, estilo, a função
teológica de determinadas palavras naquele contexto e torna inviável processo honesto
da pesquisa pela negligência constante aos aspectos diferenciadores da
arqueologia recente como um ponto demolidor da Hipótese. A seguir exploraremos
outros pontos que complementam os motivos para o desinteresse completo nesse
método de interpretação do texto bíblico. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 43.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>3.1 A arbitrariedade da
pesquisa arqueológica</b></span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 43.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
crença em uma fragmentação no Pentateuco se dá, em parte, a especulação de que todas
as religiões evoluíram do politeísmo para o henoteísmo e por fim ao monoteísmo.
Todavia essa afirmativa acrítica nesse ponto torna-se obsoleta, pois um dos
argumentos mais fortes contra essa questão foi a descoberta das tabuinhas de
Ebla, na Síria, conforme registrado por Pettinato, em <i>The archives of Ebla</i>: “Senhor do céu e da terra, a terra não
existia, tu a criaste, a luz do dia não existia, tu a criaste, a luz da manhã
ainda não havias criado” (<i>apud</i> GEISLER,
2002, p. 614). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 43.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outra
afirmativa sustentada pela a escola documentária é suposição de que no tempo de
Moisés a escrita entre os hebreus era inexistente, assim essa veio a ser
elaborada apenas em um período muito tardio. Porém, já no ano de 1929 (período
do fervor da hipótese documentária) os Tabletes Ugaríticos foram encontrados
“inscritos com um alfabeto de tinta e três letras, exprimindo uma linguagem
mais semelhante ao hebraico do que qualquer dialeto conhecido das línguas
semíticas” (ARCHER, 1979, p. 186). O impressionante é que esse achado
arqueológico é datado de cerca de 1.400 a.C, mas infelizmente os adeptos da
teoria documentária ainda preferem negligenciar esse dado importante e postergar
a escrita um período muito posterior. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 43.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
relação a legislação do Código Sacerdotal, segundo a teoria documentária, é
impossível acreditar que uma elaboração legislativa desse tipo pudesse ser
eficaz até antes do quinto século a.C. No entanto, mais uma vez, as evidências
históricas apontam ao contrário, certamente a elaboração definida e precisa das
leis do Código Babilônio de Hamurabi e a sua semelhança com Êxodo, Levítico e
Números desmente a afirmação wellhausiana nesse ponto. Duvidar da antiguidade
desse documento é algo não realizado nem mesmo pelos adeptos dessa escola. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>3.2 Por causa da negligência
com o contexto imediato do texto bíblico<o:p></o:p></b></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As
evidências externas em relação a autoria Mosaica e a antiguidade do Pentateuco
são fortíssimas, contudo um olhar mais atento e descomprometido dessa
literatura revelará uma autotestificação desse ponto importante. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Por conseguinte ao observarmos as descrições
feitas em Êxodo demostram aspectos climáticos e atmosféricos peculiarmente
egípcios (Ex. 9.31,32). Além disso existe um relato que demostra que o autor
tem pouco relacionamento com a geografia palestina e é hábil em conhecimento do
Egito, por exemplo, quando o autor descreve o vale do Jordão e faz comparações
ilustrativas com a região do Nilo (Gn 13.10); outro ponto curioso é que “em Gênesis
33.18 há uma referência “à cidade de Siquém, em Canaã" o que é
completamente para pessoas que viveram mais de setecentos anos nessa mesma área
(como a hipótese documentária mantem), pois “parece-nos estranho ser preciso
dizer que uma cidade tão importante como Siquém ficava em “Canaã” (ARCHER,
2001, p. 43), Mas se Moisés estiver escrevendo para pessoas que jamais
estiveram ali, então é extremamente aceitável tal descrição. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: .6pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>3.3 Por causa da
pressuposição filosófica que permeia essa escola<o:p></o:p></b></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Diante
dessas evidências contra a teoria documentária, a escolha por esse método
torna-se uma opção irresponsável e indefensável do ponto de vista científico. Todavia,
ainda convém perguntar: então por que tantas pessoas ainda asseguram a
continuidade desse método?<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
mentalidade de neutralidade cientifica foi um produto do racionalismo do
período moderno, a plena certeza de que racionalmente um mundo fechado pelas
leis da física clássica não poderia ser interrompido, ainda que fosse por um
documento antigo e respeitado pela a igreja. Wellhausen estava imerso nesse contexto,
todavia ele acrescentou ao seu método hermenêutico a sua perspectiva filosófica
hegeliana.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
importante lembramos que “Hegel cria que o problema da filosofia era encontrar
o sentido da história [...] a partir desse pressuposto fundamental, ele tentou
explicar toda a história humana” (MCDOWELL, 2013, p. 751). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Também
devemos lembra que no séc. XIX a proposta do evolucionismo estava no seu ápice,
uma que se afirmava o naturalismo filosófico como um fator determinante na
avaliação do mundo, o único item que faltava nesse bojo era ampliara essas
perspectivas para dentro da teologia. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Longe
de a hipótese documentária ser um claro exemplo de pesquisa neutra no
tratamento de dados, pelo contrário, há um sistema moderno e viciado dogmatizando
a história antiga e pré-teórica do texto bíblico. Uma aparência de
respeitabilidade acadêmica, quando na verdade o que existe é um duelo de
crenças (entre afé no Pentateuco e a fé no antissobrenauralismo). Todavia seria
mais honesto ao estudioso asseverar a fé do Pentateuco do que impor a ele algo
que o seu autor (Moisés) e ouvintes naquele tempo jamais pensaram (por exemplo,
a visão hegeliana de história). </span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 43.25pt; text-align: justify; text-indent: 43.85pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4. CONSIDERAÇÕES FINAIS</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
certo que a busca pela neutralidade na pesquisa foi um axioma no período da
modernidade. Aliás, quem não gostaria de usufruir de uma pesquisa realizada sem
inclinações prévias e isentas de qualquer pré-disposição intelectual? Todavia,
com o advento do pós-modernismo a busca pela neutralidade na pesquisa
revelou-se utópica; a busca pelo método absoluto mostrou-se irrelevante; o
significado do mundo passou a pertencer
esfera da opinião particular e o nominalismo aplicado a epistemologia
foi abraçado acriticamente na pós-modernidade. O método histórico-crítico, e
sua tendência ao racionalismo, não sobreviveu a esse desafio. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ainda
que essa metodologia hermenêutica tenha caído em desuso na maioria dos centros
de estudos do Antigo Testamento em anos mais recentes, todavia revela-se,
ainda, como a principal maneira de interpretar o Pentateuco (ainda que
negligenciem os problemas pertinentes desse método). Além de ser inconclusiva a
decisão interpretativa sobre “qual texto pertence a qual fonte”, não foi sem razão
que um estudioso da literatura veterotestamentária asseverou sobre esse
período: “Hoje não existe … consenso. 'Cada faz o que acha direito aos seus
próprios olhos'” (WENHAM <i>apud</i> WALTKE,
2010, P.26).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dessa
forma queremos salientar um ponto finalmente: nunca será exagero depositarmos
toda a credibilidade necessária na posição tradicional sobre a revelação de
Deus aos homens na história através das Escrituras Sagradas. Tendências mais
recentes na área da crítica do Antigo Testamento têm descoberto pontos que até
mesmo a perspectiva tradicional já considerava há muito tempo (por exemplo,
muitos adeptos da crítica da forma chegam a afirmar que apenas um autor
realmente escreveu todo o livro de Gênesis). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim
devemos estar certos de que o verdadeiro crente, devoto e comprometido com a
Palavra de Deus, por mais simples que seja a sua vida intelectual pode através
da leitura do Antigo Testamento (especificamente o Pentateuco) confiar que Deus
lhe fala de maneira infalível. Assim, o
principio de que a Escrituras explicam a si mesmas nas coisas essenciais, e que
todo cristão tem o Espírito Santo auxiliando-o nesse processo de conhecer mais
sobre Deus em uma época em que são
produzidas novas ferramentas de ceticismo e aversão à religião. </span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;"><b><i>- Ensaio
acadêmico apresentado à disciplina de Teologia do Antigo Testamento, ministrada
pelo Prof. Samuel Fernandes, semestre 2014.1.</i></b></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">REFERÊNCIAS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1.ARCHER, Gleason L. <b>Merece confiança o antigo testamento:
panorama de introdução.</b> São Paulo: Vida Nova, 1979. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2. ARCHER, Gleason L. <b>Enciclopédia de temas bíblicos: repostas às
principais dúvidas, dificuldades e “contradições” da Bíblia.</b> São Paulo:
Vida, 2001. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3. DEREK, Kidner. <b>Gênesis: introdução e comentário.</b> São Paulo: Vida Nova, 1979. </span><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">4. DILLARD,
Raymond B.; LONGMAN III, Tremper. </span><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Introdução
ao Antigo Testamento.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> São Paulo: Vida Nova, 2006. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5. LOPES, Augustus N. <b>A Bíblia e seus interpretes. </b>São Paulo:
</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;">Cultura Cristã</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, 2007</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">6.
WALTKE, Bruce.<span class="apple-converted-space"><span style="background: #FEFDFA;"> </span></span><b><span style="background: #FEFDFA;">Comentário do antigo testamento: Gênesis.</span></b><span style="background: #FEFDFA;"> São Paulo: </span>Cultura Cristã<span style="background: #FEFDFA;">, 2010.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Estilopadro" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">7.
MCDOWELL, Josh. <b>Novas evidências que
demandam um veredito: evidência I e II.</b> São Paulo: Hagnos, 2013. </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">8. GEISLER, Norman L. <b>Enciclopédia de apologética: respostas aos
críticos da fé cristã.</b> São Paulo: Vida, 2002.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">9. HARTLEY,
John E. <b>Word biblical commentary: Leviticus
1-27.</b> Dallas: Word, 1992. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">10. THOMPSON, J. A. <b>Deuteronômio: introdução e comentário.</b> São Paulo: Vida Nova, 1982.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-78212738643859648842014-02-03T11:32:00.001-08:002014-02-03T11:32:31.745-08:00O PRÓLOGO DE HEBREUS: Uma visão exaltada do Filho de Deus (Heb. 1:1-4).<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT7yytHmcNN_E3Osx84W_BaTQlw6DJMqH58omwpLJty6otkDoID2fDBRh62XDeb8EgrcfZ0l3pSCLOVJ2hzt7GS_d_g-UkQ9G1x4fjAjlZmLgmnDfJ6HftC2M5bHl5Hdc5Lm_JnJv6_jU/s1600/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT7yytHmcNN_E3Osx84W_BaTQlw6DJMqH58omwpLJty6otkDoID2fDBRh62XDeb8EgrcfZ0l3pSCLOVJ2hzt7GS_d_g-UkQ9G1x4fjAjlZmLgmnDfJ6HftC2M5bHl5Hdc5Lm_JnJv6_jU/s1600/hqdefault.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
MESQUITA NETO, Nelson
Ávila (E. T. C. S.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>1 CONSIDERAÇÕES
INICIAIS<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O prólogo de Hebreus é de extrema importância para qualquer discussão
cristológica. Nele encontramos a dignidade de Jesus elevada a sua mais alta
posição na cristandadede: a posição do Deus-Homem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Iniciaremos este trabalho com uma breve discussão da problemática em
torno do autor e da audiência de Hebreus. Posteriormente falaremos rapidamente
da estrutura e forma literária constituintes do prólogo. Nas linhas que se
seguirão, estaremos expondo esta visão exaltada do Filho de Deus tal qual
apresentada pelo autor inspirado, ou seja, trataremos do contraste entre o
Filho, os profetas e os anjos; de Seu papel como herdeiro e rei messiânico; de
sua obra criadora e redentora, concluindo com sua função de triplo mediador de
Deus. Esta estrutura foi adaptada da proposta quiástica de Ebert (apud O’BRIEN,
2010, p. 46), a qual também será brevemente ventilada adiante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Desde o séc. XVIII, várias têm sido as tentativas de diminuir a pessoa de
Jesus a um grande mestre da moral, ou um homem comum obscurecido por mitos
sobrenaturalistas. Esperamos que este estudo no prólogo de Hebreus coloque
diante de nossos olhos um conceito adequado da pessoa de Jesus, do qual depende
completamente todo aquele que se intitula cristão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>2 O ENIGMA DE HEBREUS<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Algo um tanto quanto frustrante em qualquer análise de Hebreus é a
impossibilidade de determinar seu autor, bem como os leitores iniciais para quem
a carta fora endereçada. Ao longo da história eclesiástica, muitas foram as
propostas e teorias, todavia o enigma de Hebreus permanece: Quem a escreveu?
Para quem fora escrita? O silêncio jaz desconcertante nas mentes curiosas e
ávidas por ter sempre à mão todas as respostas, e este silêncio, se gera
incômodo por um lado, por outro infunde humildade nos corações de exegetas
piedosos ao longo de quase 2000 anos, os quais aprenderam a recitar com Moisés:
“As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos
pertencem...” (Deuteronômio 29:29). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Porém, como sempre, o espírito inquiridor dos homens tem sugerido algumas
possibilidades com vistas a satisfazer o mistério. Acerca da autoria, Guthrie
(1983, p. 19) afirma que, desde que a maioria das sugestões “são puramente
conjecturais, não é proveitoso devotar muito espaço a sua discussão.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Este conselho será levado em conta aqui, e, portanto, daremos um breve panorama
dos principais candidatos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Calvino (1997, p. 22) escreveu: “Há quem pense que seu autor foi <i>Paulo</i>; outros, <i>Lucas</i>; outros, <i>Barnabé</i>; e
ainda outros, <i>Clemente</i> – no dizer de
Jerônimo.” Além dessa variada gama de pretendentes, Calvino destaca ainda que
“Eusébio, [...] no sexto livro de sua <i>História
Eclesiástica</i>, faz menção somente de Lucas e Clemente”, e acrescenta que
“nos dias de Crisóstomo ela foi recebida por toda parte, pelos gregos, entre as
epístolas paulinas”, embora os latinos tivessem opinião contrária. Além das
opções supracitadas, Guthrie (1983, p. 21) registra que, entre os julgamentos
mais modernos, “Apolo tem tido a maioria de defensores, principalmente sob a
suposição de que, como um alexandrino, ele teria estado familiarizado com os
modos de pensar de seu conterrâneo alexandrino, Filo, o qual se supõe estar
refletido na epístola.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Guthrie nos informa ainda que esta visão foi proposta inicialmente por Martinho
Lutero, e que “tem sido fortemente defendida por aqueles desejosos em reter
alguma conexão paulina com a epístola” (1983, p. 21).<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
MacDonald (2008, p. 825) destaca que “um argumento contra Apolo é a constatação
de que nenhuma tradição de Alexandria preserva tal teoria. Situação improvável
se uma pessoa natural de Alexandria o tivesse escrito.” Outras alternativas
mencionadas por Guthrie são “Priscila, Filipe, Pedro, Silvano (Silas), Ariston
e Judas” (1983, p. 21). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Desde que nosso propósito não é aprofundar-nos nesta discussão, basta no
momento dizer que nenhuma destas opções, por mais bem engendradas que pareçam,
deve ser assumida dogmaticamente, e isto pelo simples fato de não haver
evidências suficientes, sejam internas ou externas, que apóiem qualquer uma
delas, sendo preferível o anonimato autoral. Como bem escreveu MacDonald (2008,
p. 825): “as antigas palavras de Orígenes não podem ser descartadas: ‘Apenas
Deus sabe com certeza quem escreveu a epístola’.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sobre a audiência para a qual fora endereçada esta carta também não é
possível precisar, embora possa ser dito que dentre o vasto número de teorias
que se têm levantado, as que mais se destacam são: (1) Um grupo específico de
judeus. Em virtude do próprio título tradicional, alguns têm sugerido que a
palavra Hebreus “[...] poderia ser usada
especificamente para judeus que falavam hebraico (ou então aramaico), em
tal caso ela os distinguiria dos judeus de fala grega” GUTHRIE, 1983, p. 22). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Guthrie diz que “esta sugestão tem algum outro suporte no Novo Testamento (<i>cf</i>. Atos 6:1; 2 Cor. 11:22; Fil. 3:5),
mas não há meios de saber se o título tradicional desta epístola foi pretendido
neste sentido” (1983, p. 22). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
(2) Outra opção é a de que o título deveria ser descartado para que leitores
gentios fossem tomados como os destinatários originais. Nas palavras de Guthrie
(1983, p. 25), “poderia racionalmente ser mantido que gentios se ajustariam ao
contexto aqui melhor que judeus, mas dificilmente poderia ser alegado que as
palavras jamais poderiam ser aplicadas a judeus.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> Guthrie ainda argumenta que em virtude do
intricado estilo do argumento e de suas exigências a respeito de um amplo
conhecimento do Velho Testamento, “parece que a visão tradicional é mais
provável estar correta” (1983, p. 25) <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
ou seja, a de que um grupo de judeus cristãos estava em mente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>3 O PRÓLOGO<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>3.1 Forma literária e estrutura<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Tem sido debatido se Hebreus seria de fato uma epístola ou uma pregação.
O’Brien (2010, p. 44) escreve:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Diferente de outras cartas do Novo Testamento (exceto
1 João), Hebreus não menciona um remetente, destinatários, ou palavras de
sudação, e isto tem levado muitos a concluir, particularmente à luz da descrição
do autor de seu escrito como uma ‘palavra de exortação’ (13:22), que é um
sermão escrito ao invés de uma carta. <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Todavia, “o documento termina como uma carta, com sua menção da esperança
do autor de ser restituído aos leitores (13:19), notícias de Timóteo (v. 23),
uma troca de saudações (v. 24), e sua oração final (v. 25)” (O’BRIEN, 2010, p.
45). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Portanto, conforme O’Brien, “parece apropriado falar de Hebreus como uma
‘epístola’ ou ‘carta’ desde que esta foi uma categoria muito ampla no período
do Novo Testamento, e porque ela tem sido classificada como uma carta na maior
parte de sua história” (2010, p. 45). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O parágrafo de abertura, nas palavras de O’Brien (2010, p. 45), “é uma
sentença cuidadosamente habilidosa que encapsula muitos dos temas chave que
serão desenvolvidos nos capítulos seguintes.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Assim, podemos dizer que o prólogo nos apresenta uma espécie de resumo temático
do qual serão pinçados os tópicos ampliados adiante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Estudos recentes têm sugerido que a estrutura do prólogo, simetricamente
distribuída, parece conter em si elementos quiásticos. Outros acreditam que o
autor teria valido-se de uma fonte poética – “[...] um hino a Cristo conhecido
na comunidade para a qual Hebreus foi endereçada” (O’BRIEN, 2010, p. 47). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ebert (<i>apud</i> O’BRIEN, 2010, p. 46)
acredita que uma norma quiástica precisa pode ser identificada nos vv. 1-4 como
se segue:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A vv. 1-2a O Filho contrastado com profetas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"> B v.
2b O Filho como herdeiro messiânico<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"> C v.
2c A obra criadora do Filho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 177.0pt; text-align: justify; text-indent: -35.05pt;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">D vv. 3a-b O triplo relacionamento
mediador do Filho com Deus<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"> C’ v.
3c A obra redentora do Filho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"> B’ v.
3d O Filho como rei messiânico<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A’ v. 4 O Filho contrastado com anjos. <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Embora, aparentemente, não seja gramaticalmente possível estabelecer esta
estrutura, a tomaremos aqui em vista do valioso recurso didático que ela
oferece; os tópicos seguintes deste trabalho seguirão este esquema.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Quanto à teoria de que Hebreus 1:1-4 teria sido extraído de um hino
popular entre os recipientes da carta, O’Brien (2010, p. 47) escreve que “a
mudança no sujeito de Deus (v. 2) para Cristo (v. 3) e o estilo mais elevado
sugerem isto.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
utilização do pronome relativo “quem” (<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">ὅ</span><span lang="EL">ν</span> e <span lang="EL">ο</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">ὗ</span>
– Heb. 1:2; e <span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">ὅ</span><span lang="EL">ς</span> – Heb. 1:3) para introduzir
clausulas equilibradas que descrevem o Filho, tipicamente presentes em passagens/hinos
(cf. Fil. 2:6; Col. 1:15; 1 Tim. 3:16), acrescentada à vocabulário incomum,
“[...] tais como <i>resplendor</i>, <i>expressão exata</i>, <i>purificação</i> e <i>sustentando</i>”,
na opinião de O’Brien, “têm sugerido que o autor estava citando uma fonte”
(2010, p. 47). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a> “Além
disso”, acrescenta O’Brien, “a passagem descreve o movimento do Filho de sua
preexistência para seu compartilhar na humanidade e exaltação, um progresso
similar aquele em outras assim chamadas passagens/hinos” (2010, p. 47). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Não obstante, O’Brien afirma que “há boas razões para se pensar que o
parágrafo tem raiz no autor” (2010, p. 47). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a>
As duas seguintes apresentadas por ele (2010, p. 47) são: A) “Não há uma quebra
da forma entre os vv. 2 e 3”; e B) “enquanto algo do vocabulário é distintivo,
nada dele aparece em outros textos/hinos do Novo Testamento, tornando menos
provável que o autor estivesse citando uma fonte.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn20" name="_ftnref20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
conclusão de O’Brien é simples: “Talvez seja mais acurado falar do v. 3 como
incluindo elementos tradicionais dentro dele” (2010, p. 47). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn21" name="_ftnref21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Passemos agora à análise do que o autor de Hebreus tem a dizer sobre a
pessoa e obra do Filho nestes versículos de abertura de sua epístola,
encabeçando cada uma das seções seguintes conforme a estrutura quiástica
supramencionada.<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>3.2 O Filho contrastado com os profetas e
os anjos (Heb. 1:1-2a, 4)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A carta aos Hebreus tem início com a seguinte declaração: “Havendo Deus,
outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho” (Heb. 1:1-2a). Já a frase de
encerramento do prólogo apresenta o Filho que se tem tornado “tão superior aos
anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles” (Heb. 1:4). O’Brien,
seguindo o quiasmo proposto por Ebert, afirma:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">[...] a estrutura dos membros do parágrafo (A e A’)
contrasta o Filho com os outros membros da revelação divina: ‘a palavra [de
Deus] no Filho é comparada com sua palavra anterior através dos profetas’ (vv.
1-2a), e ‘o Filho é declarado ser superior aos anjos, os supremos mensageiros
do AT’ (v. 4). (2010, pp. 46-47). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn22" name="_ftnref22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Quanto à sentença de abertura, Calvino (1997, p. 29) escreve que “o <i>propósito</i> desta introdução consiste no
enaltecimento da doutrina de Cristo.” Em sua opinião, “aprendemos [aqui] não só
que devemos receber essa doutrina com reverência, mas também que devemos
repousar exclusivamente nela” (CALVINO, 1997, p. 29). A antítese apresentada
por Calvino para tornar claro este fato é a seguinte: Primeiramente, “[...] o
Filho de Deus é contrastado com os profetas; em segundo lugar, nós, com os
patriarcas; em terceiro lugar, as variadas e múltiplas formas de expressão que
Deus adotou em relação aos pais, até chegar à última revelação que nos é
comunicada por Cristo” (1997, p. 29). O esboço então oferecido por ele (1997,
p. 30) é:<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Deus falou<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 108.0pt;">
<i>Outrora, pelos profetas: Agora, pelo Filho.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 108.0pt;">
<i>Então, aos pais: Agora, a nós.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 108.0pt;">
<i>Antes, diversas vezes: Agora, nestes últimos dias</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Com relação a estas antíteses, O’Brien entende que há quatro contrastes
paralelos aqui: “As eras: <i>no passado</i>
e <i>nestes últimos dias</i>; os
recipientes: <i>a nossos ancestrais</i> e <i>a nós</i>; os agentes: <i>através dos profetas</i> e <i>por
seu Filho</i>; e os modos: <i>de muitas
maneiras</i> e ‘de uma maneira’ (implícito)” (2010, p. 47). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn23" name="_ftnref23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a>
MacDonald (2008, p. 827) argumenta que ao contrastar “a revelação de Deus <b>pelos profetas</b> com a revelação em seu
Filho”, fica evidente que “as profecias periódicas, parciais e diferenciadas do
AT agora são ofuscadas pela revelação preeminente e final de Deus na pessoa de
seu <b>Filho</b>.” Enquanto a verdade
revelada por Deus através dos profetas no AT se deu de muitas maneiras
distintas, tais como “lei, história, poesia e profecia. [...] Às vezes por
visões, sonhos, símbolos e pantomima” (MACDONALD, 2008, p. 827), sendo, em
algumas ocasiões, transmitida de forma oral e, em outras, escrita; MacDonald
assevera que “os profetas eram apenas canais por meio de quem a palavra divina
era comunicada. O Senhor Jesus Cristo é, em si, a revelação final de Deus aos
homens” (2008, p. 827).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O’Brien (2010, pp. 47-48) defende que “os contrastes [...] não são
absolutos” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn24" name="_ftnref24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a>, e que
“eles chamam a atenção para os dois estágios da revelação divina que
correspondem respectivamente ao Antigo e o Novo Testamento.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn25" name="_ftnref25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Citando Hagner, O’Brien estabelece a mensagem central dos contrastes nas
seguintes palavras: “O que Deus tem feito em Cristo é o clímax do que ele tinha
começado a fazer nos tempos antigos” (2010, p. 48). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn26" name="_ftnref26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Assim, visto ser “[...] o mesmo Deus que fala em ambos e a mesma mensagem de
salvação que ele oferece [...], há continuidade dentro dos contrastes”
(O’BRIEN, 2010, p. 48). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn27" name="_ftnref27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Destarte, a palavra de Deus expressa no Filho “nestes últimos dias”,
marca a inauguração de uma nova era onde as palavras anunciadas anteriormente
pelos profetas encontrariam seu cumprimento. Esta revelação final e decisiva
traz à plena luz o que antes estava envolto em sombras (Col. 2:17; 1 Cor.
2:6-10; Efé. 1:3-10; 3:1-6 <i>etc</i>.) e
apresenta Deus aos homens de uma maneira nunca antes conhecida, nem mesmo pela
mediação de seres celestiais como os anjos – o Deus invisível se faz visível na
face do Filho (v. 3; João 1:18; 14:9, <i>etc</i>.).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O tema da superioridade aos anjos mencionado no final do prólogo serve de
gancho para o que o autor pretende comunicar nos vv. 5-14. Não é um problema
referente a uma espécie de culto indevido a anjos que o autor busca resolver,
mas estabelecer a supremacia do Filho e da palavra de Deus revelada nEle. Os
anjos, criaturas superiores aos homens (2:7), foram os mais elevados
mensageiros de Deus. “No Antigo Testamento os anjos desempenharam um papel na
revelação e redenção (Exo. 3:2; Isa. 63:9)” (O’BRIEN, 2010, p. 62). A crença de
que “a lei havia sido mediada a Moisés através de anjos (Atos 7:38-39; Gal.
3:19)”, também era “compartilhada pelo autor de Hebreus e seus leitores: a lei
era ‘a mensagem falada através de anjos’ (2:2)” (O’BRIEN, 2010, p. 62). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn28" name="_ftnref28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Todavia, a Jesus, feito por um pouco “menor do que os anjos” (2:9) em sua
encarnação, é que foi dado o mais excelente nome de “Filho” (1:4-5), e não a
qualquer anjo (v. 5). O ponto aqui não é estabelecer quando o Senhor Jesus veio
a herdar o nome de Filho, como se Ele não o fosse antes da exaltação. Os
versículos precedentes (1-3) deixam claro que Ele é o Filho desde toda a
eternidade. “Além do mais [...], este foi seu título eras antes da encarnação –
uma clara implicação da afirmação em 1:2 de que Deus tem falado a nós em ‘seu
Filho... através de quem ele fez os mundos’” (O’BRIEN, 2010, p. 61). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn29" name="_ftnref29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></a>
“O foco aqui”, como bem esclarece O’Brien, é apenas asseverar “a superioridade
de sua presente posição” (2010, p. 61) <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn30" name="_ftnref30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></a> –
o Filho glorioso, participante da própria essência divina e entronizado à
direita do Pai, de onde sustenta todo o universo. De fato, uma mensagem
anunciada por um Ser tão majestoso como o próprio Deus Filho, era incomparável
e não deveria ser ignorada. É este contexto que estabelece a base para a
advertência que vem adiante: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão
grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos
depois confirmada pelos que a ouviram” (Heb. 2:3).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>3.3 O Filho como herdeiro e rei messiânico
(Heb. 1:2b, 3d)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Duas figuras emergem da descrição do autor de Hebreus acerca do Filho e
auxiliam na composição de sua magnificente dignidade: o Filho é herdeiro e rei.
O’Brien (2010, p. 46) nos informa que B e B’ aqui “[...] aludem aos salmos
messiânicos do Antigo Testamento: <i>a quem
constituiu herdeiro de todas as coisas</i> (v. 2b) é uma referência ao Salmo
2:8, enquanto <i>assentou-se a direita da
Majestade, nas alturas</i> (v. 3d) se refere ao Salmo 110:1.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn31" name="_ftnref31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Quanto ao fato de o Filho ser herdeiro, Calvino (1997, pp. 32, 33)
declara: “O título ‘herdeiro’ é atribuído a Cristo em sua manifestação na
carne. Pois, ao fazer-se homem e revestir-se de nossa própria natureza, ele
recebeu para si essa herança a fim de restaurar para nós o que fora perdido em
Adão.” Calvino explica isto da seguinte maneira:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">No princípio Deus estabelecera o homem como seu filho,
para ser ele o herdeiro de todas as coisas; mas o primeiro homem, por meio de
seu pecado, alienou-se de Deus, tanto ele próprio como também sua posteridade,
e privou a todos tanto da bênção divina quanto de todas as demais coisas. (1997,
p. 33).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sua conclusão é simples: “Só começaremos a desfrutar as boas coisas de
Deus, por direito, quando Cristo, que é o herdeiro de todas as coisas, nos
admitir em sua comunhão. Ele tornou-se herdeiro para poder fazer-nos ricos por
meio de suas riquezas.” (CALVINO, 1997, p. 33). Em suas palavras, “o apóstolo
lhe atribui esse título para que pudéssemos saber que sem ele somos destituídos
de todas as coisas.” (CALVINO, 1997, p. 33).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O’Brien diz que não é imediatamente aparente o tempo em que “o Filho foi
constituído herdeiro” (2010, p. 52). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn32" name="_ftnref32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Segundo ele (O’BRIEN, 2010, p. 52), “O verbo <i>constituído</i> (<i>ethēken</i>) não
sugere que qualquer tempo particular seja pretendido, enquanto não existem
marcadores temporais na própria cláusula.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn33" name="_ftnref33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Todavia, O’Brien entende ser melhor entender “a constituição do Filho como
herdeiro quando ele foi exaltado à mão direita, isto é, depois que ele fez
purificação pelos pecados” (2010, p. 52). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn34" name="_ftnref34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
motivo apresentado para tal entendimento é o fato de o v. 4 descrever Jesus
“herdando o nome que é mais excelente do que aqueles dos anjos”, o que, segundo
O’Brien (2010, p. 52), “está conectado com sua exaltação (vv. 3d-4).” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn35" name="_ftnref35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Assim, conectando o que fora dito agora com a interpretação anterior proposta
por Calvino, em Sua exaltação, após cumprir todo o propósito de Sua encarnação,
isto é, Sua obediência ativa e passiva, bem como Sua morte e ressurreição,
fazendo “purificação pelos pecados” (v. 3c), Cristo foi constituído herdeiro de
todas as coisas, afim de que possa compartilhá-las com aqueles que, por adoção,
são feitos Seus irmãos e aceitos em Sua comunhão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Ainda tratando da exaltação de Cristo, ao declarar que Ele “assentou-se à
direita da Majestade, nas alturas” (v. 3d), o autor de Hebreus o retrata como o
rei messiânico entronizado a destra de Deus. O’Brien afirma que “as duas
declarações, que o Filho fez purificação pelos pecados de seu povo e foi
entronizado no lugar de honra, jazem no centro da Cristologia do autor, e são
completamente elaboradas no restante de Hebreus.” (2010, pp. 58, 59). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn36" name="_ftnref36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Esta alusão ao Salmo 110:1, de acordo com O’Brien (2010, p. 59), “serve como
uma chave para o desenvolvimento estrutural do livro, e é citada em 1:13 e
aludida em 8:1; 10:12; 12:2”. <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn37" name="_ftnref37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></a>
As palavras deste Salmo – “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha
direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés” – foram
aplicadas por Jesus a si mesmo quando foi levado diante do Sinédrio em
Jerusalém (Mat. 26:64; Mar. 12:36; Luc. 20:41-44). Além de apontar para o
cumprimento da promessa de um herdeiro de Davi assentado num trono eterno (Sal.
89:3-4), a referência ao Salmo 110 aqui aponta para o ato poderoso de Deus em
exaltar Seu Filho a “uma posição de autoridade universal e honra sem paralelo”
(HARRIS apud O’BRIEN, 2010, p. 59). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn38" name="_ftnref38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[38]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Conforme a Bíblia de Estudo MacArthur (2010, p. 1689), “Isso retrata um
Salvador vitorioso, e não um mártir derrotado.” Assim, o autor de Hebreus descreve
Jesus como aquele que reina Soberano em Seu trono sobre o universo à destra de
Deus Pai.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>3.4 A obra criadora e redentora do Filho
(Heb. 1:2c, 3c)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Este Jesus, portador em Si mesmo da Revelação Final de Deus, Herdeiro de
todas as coisas e Rei sobre o universo, é descrito ainda como Criador e
sumo-sacerdote. É dito que o Filho criou o <span lang="EL">α</span><span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL;">ἰῶ</span><span lang="EL">νας</span>, que literalmente se traduziria por
“séculos”, o que Ladd (2009, p. 779) diz significar “tudo o que está contido no
tempo.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Guthrie (1983, p. 65) escreve que “não há negação de que Deus poderia ter
feito o universo aparte de seu Filho, mas o Novo Testamento está em aflição
para mostrar que ele não fez assim.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn39" name="_ftnref39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[39]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Guthrie ainda acrescenta que “os cristãos estavam convencidos de que a mesma
pessoa que tinha vivido entre os homens era aquele que criou os homens” (1983,
p. 65). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn40" name="_ftnref40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[40]</span></span><!--[endif]--></span></a> Nesta
mesma linha de argumentação, O’Brien (2010, p. 52) escreve que “a afirmação de
que o Filho era o agente do Pai na criação é consistente com o que é dito por
outros escritores do Novo Testamento (1:10; veja João 1:3; Col. 1:16)” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn41" name="_ftnref41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[41]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
o que corrobora com o expresso por Guthrie anteriormente, de que a idéia do
Filho como Criador do universo era, de fato, o entendimento da igreja
primitiva. Desta maneira, uma carta tal como esta de Hebreus, escrita sob esta
convicção, “não poderia falhar em apresentar uma figura mais que humana de
Jesus Cristo” (GUTHRIE, 1983, p. 65). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn42" name="_ftnref42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[42]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O’Brien (2010, p. 53) nos chama ainda a atenção para o fato de que “a
afirmação acerca do papel de Cristo na criação segue o que tinha sido dito
acerca de ele ter sido feito herdeiro.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn43" name="_ftnref43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[43]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Em suas palavras (O’BRIEN, 2010, p. 53): “Cristo é o herdeiro de tudo [...]
porque [...] ele foi o mediador da criação. O universo do tempo e espaço sempre
pertenceu ao Filho desde que foi através de sua agência que ele veio a
existência.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn44" name="_ftnref44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[44]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
conclusão é que “como o Filho exaltado e herdeiro, ele governa sobre o que foi
criado através dele no princípio” (O’BRIEN, 2010, p. 53). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn45" name="_ftnref45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[45]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Através desta descrição de Jesus, o autor de Hebreus parece demonstrar uma
estreita relação entre suas próprias idéias acerca do Filho e a apresentação
joanina de Cristo como o Lógos de Deus (João 1:1-3). De acordo com Cullmann, “É
verdade que o termo mesmo <span lang="EL">λ</span>ό<span lang="EL">γος</span><span lang="EL"> </span>não
aparece aí; porém, o falar de Deus em seu Filho está associado com a criação do
mundo e ligado a uma definição da relação eterna entre o Filho e Deus o Pai”
(2008, p. 342). O Verbo por intermédio do qual foram feitas todas as coisas e,
sem o qual, “nada do que foi feito se fez” (João 1:3), encontra mais um claro paralelo
no Filho retratado em Hebreus, sobre o qual lemos que “fez o universo” (Heb
1:2) e sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Heb 1:3). Não é
possível determinar se há qualquer dependência de fontes aqui, todavia, fato é
que tal visão elevada da pessoa de Jesus Cristo – o Filho de Deus que criou o
mundo – era comum na comunidade cristã primitiva.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Segundo O’Brien (2010, p. 57), este Filho “que foi agente da atividade
criativa de Deus é aquele que também tem efetuado sua obra salvadora.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn46" name="_ftnref46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[46]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Cristo é apresentado como aquele que fez “a purificação dos pecados”, e isto
aponta para seu papel como “sumo-sacerdote”, temática esta que será mencionada
rapidamente em Heb. 2:17 e 4:14, e desenvolvida plenamente nos capítulos de
7-10, especialmente o cap. 7. O autor de Hebreus exalta o ofício sacerdotal de
Cristo como acima de qualquer outro já existente no universo. Cristo não é
apenas um sumo-sacerdote, Ele é um sumo-sacerdote incomparável. A obra de
“purificação dos pecados” que Ele desempenhou não necessita ser repetida, como
aquela realizada pelos demais sacerdotes, mas pelo contrário, foi feita de uma
vez por todas, tendo a Si mesmo como sacrifício perfeito numa morte de cruz,
atingindo, assim, absolutamente o seu objetivo (7:27; 10:12; 12:2). Ao sentar-se
no trono celeste à destra de Deus, Cristo nos mostra que sua obra está
consumada. É por isso que O’Brien escreve:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Ao fazer purificação pelos pecados o Filho concluiu
algo que ninguém mais poderia concretizar. O perdão que ele tem conquistado é
permanente, e, porque a barreira entre Deus e a humanidade foi removida, isto
resulta em entrar na presença do próprio Deus. Uma provisão tal em nosso favor,
a qual lidou perfeitamente com a corrupção do pecado, nos chama a uma resposta
pública de gratidão com todo o coração. (2010, p. 58). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn47" name="_ftnref47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[47]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Cristo, o Criador do universo, se fez sumo-sacerdote e sacrifico,
ofertando-se a Si mesmo para ser moído pelos nossos pecados, afim de pagar uma
dívida que jamais seríamos capazes de pagar, e nos comprar do maldito mercado de
escravos onde éramos vendidos ao pecado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>3.5 O triplo relacionamento mediador do
Filho com Deus (Heb. 1:3a-b)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;">
Por fim, vemos nesta
epístola o que de mais majestoso se poderia conceber acerca deste Filho,
Criador, Sumo-sacerdote e Rei. Conforme Ladd, (2009, p. 767) “Hebreus traz uma
alta cristologia explícita.” É impressionante o elevado conceito cristológico
mantido por seu autor desde as primeiras linhas. “A preexistência de Cristo é
mencionada já no seu início. Foi por intermédio de Cristo que Deus criou o
mundo (1:2). Cristo também, pela palavra do seu poder, sustenta o Universo
(1:3). Ele reflete a glória de Deus e expressa a própria imagem de sua natureza
(1:3)” (LADD, 2009, p. 767, 768). Para o autor de Hebreus, o homem perfeito,
Jesus, participante de “carne e sangue” (Heb. 2:14), em todas as coisas
“semelhante aos irmãos” (Heb. 2:17), “mas sem pecado” (Heb. 4:15), é igualmente
Deus (Heb. 1:8), ou, para usar as palavras da tradição cristã, Jesus Cristo é o
Deus-Homem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;">
Mais uma vez ressalta aos
olhos aqui a relação entre a carta aos Hebreus e o prólogo joanino. O Verbo
apresentado como Deus em João (1:1c), é descrito pelo autor aos Hebreus como “o
esplendor da glória e a expressão exata do seu [de Deus] Ser.” Na verdade, os
anjos de Deus o adoram (Heb. 1:6), e Ladd (2009, p. 768) nos lembra que “o
livro de Hebreus refere-se a Jesus chamando-o de Deus, e aplica a ele o Salmo
45: ‘O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos’ (1:8).”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;">
Retomando a questão da
estrutura quiástica apresentada no início deste trabalho, O’Brien (2010, p. 46)
afirma: “Ebert alega que essas afirmações chave no centro do quiasmo ‘provêm a
base teológica para a habilidade singular do Filho de ser o supremo revelador
de Deus e o mediador da nova aliança’.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn48" name="_ftnref48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[48]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Assim, a ênfase do prólogo recairia sobre “[...] ‘o Filho como a suprema
auto-expressão de Deus’, retratando-o ‘em seu relacionamento fundamental com
ambos o Pai e o universo’” (O’BRIEN, 2010, p. 46). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn49" name="_ftnref49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[49]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;">
É muitíssimo interessante
que, “significativamente, nos vv. 1-4 os quatro versos que conduzem ao centro
do quiasmo” – <span lang="EL">λαλ</span>ή<span lang="EL">σας</span>, <span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL;">ἑ</span><span lang="EL">λ</span>ά<span lang="EL">λησεν</span>, <span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">ἔ</span><span lang="EL">θηκεν</span> e <span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL;">ἐ</span><span lang="EL">πο</span>ί<span lang="EL">ησεν</span> (havendo Deus [...] “falado”, “falou”,
“constituiu” e “fez”) – “possuem Deus como seu sujeito; deste ponto até o fim
da sentença há uma mudança para o Filho como sujeito. Além do mais”, acrescenta
O’Brien (2010, p. 46), “no centro há uma mudança na ênfase do cosmológico para
o soteriológico: compare vv. 2b-c com vv. 3c-d (note a mudança similar em Col.
1:15-20 no v. 18).” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn50" name="_ftnref50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[50]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Desta maneira, se estabelece o que fora mencionado supra como “o triplo
relacionamento mediador do Filho com Deus”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;">
O Filho atua como mediador
entre Deus e os homens de duas maneiras distintas: como “o resplendor da glória
e a expressão exata do seu Ser”. Esta é a ênfase soteriológica. Na Bíblia de
Estudo MacArthur (2010, p. 1688) lemos que o termo resplendor “expressa o
conceito de emitir luz ou brilhar (cf. Jo 8.12; 2Co 4.4,6).” Sendo assim, “o
significado de ‘reflexo’ não é apropriado aqui”, visto que, “o Filho não está
somente refletindo a glória de Deus, mas ele é Deus e irradia a sua própria
glória essencial.” Para O’Brien (2010, p. 54), não é tão fácil assim
“determinar com certeza a nuança precisa” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn51" name="_ftnref51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[51]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
desde que “<i>apaugasma</i>”, uma palavra
que não aparece em nenhum outro lugar do Novo Testamento, nem na Septuaginta,
“pode ser entendida tanto num sentido ativo, ‘radiância ou fulgência’, isto é,
da luz irradiando de uma fonte, ou no sentido passivo de ‘reflexão’, isto é, de
brilho reluzindo de volta.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn52" name="_ftnref52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[52]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ainda assim, O’Brien acredita que “o [sentido] ativo parece mais apropriado neste
contexto de Hebreus” (2010, p. 54). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn53" name="_ftnref53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[53]</span></span><!--[endif]--></span></a> Sobre a questão de o Filho ser a “expressão
exata” do Ser de Deus, na Bíblia de Estudo MacArthur (2010, p. 1688) encontramos
que na literatura extra-bíblica, o termo <i>charactēr</i>
“era usado como referência a um entalhe em madeira, uma gravação em metal, uma
marca em pele de animal, uma impressão em barro e uma imagem estampada em
moedas”, e o termo “‘Ser’ é uma palavra que expressa natureza, pessoa ou
essência.” Assim, “o Filho é a impressão perfeita, a representação exata da
natureza e da essência de Deus no tempo e no espaço (cf. Jo 14.9; Cl 1.15;
2.9)” (BÍBLIA DE ESTUDO MACARTHUR, 2010, p. 1688). Em consonância com isso
O’Brien declara: “O Filho é a exata representação, a encarnação de Deus, como
ele realmente é. Seu ser é manifestado em Cristo, tanto que ver o Filho é ver
como é o Pai” (2010, p. 55). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn54" name="_ftnref54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[54]</span></span><!--[endif]--></span></a> É
possível perceber claramente, então, o porquê de o Filho ser a mais exaltada
revelação de Deus. Sendo a própria essência de Deus encarnada, Ele poderia
revelar o Pai como nenhum dos profetas de Deus no passado jamais conseguiu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;">
Desempenhando o papel de
mediador entre Deus e o universo (a criação de modo geral), Jesus é aquele que
sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder”. Esta é a ênfase
cosmológica. “Jesus Cristo não é apenas o agente da criação (v. 2c); ele também
sustenta o universo que ele fez” (O’BRIEN, 2010, p. 56). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn55" name="_ftnref55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[55]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Calvino (1997, p. 36) diz que “sustentar” aqui “é usado no sentido de cuidar e
de conservar toda a criação em seu próprio estado.” O’Brien (2010, p. 56)
entende que “o contexto imediato [...] sugere a nuança adicional da ação do
Filho de carregar todas as coisas para seu fim ou alvo designado. A noção de
direção ou propósito parece estar incluída.” <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn56" name="_ftnref56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[56]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Deste modo, o Filho é apresentado “não como aquele deus dos deistas, que, tendo
criado o mundo , então procedeu para deixá-lo correr por si mesmo. Ele está
pessoalmente e continuamente envolvido em sustentá-lo” (O’BRIEN, 2010, p. 56). <a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftn57" name="_ftnref57" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[57]</span></span><!--[endif]--></span></a> Portanto,
aqueles que descansam Sua fé neste Jesus – o Deus/Filho – podem encontrar paz e
alegria mesmo diante de um mundo hostil. Ao que tudo indica, os leitores
originais da carta aos Hebreus estavam se afastando da fé cristã em virtude de
grande perseguição que os ameaçava. Ao descrever o Filho como este Senhor
Soberano que preserva e conduz todo o universo ao seu fim apropriado, o autor
propõe que sua audiência lance fora os medos e temores confiando naquele que
está no controle de absolutamente todas as coisas.<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4 CONSIDERAÇÕES FINAIS<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Como dissemos no início, nos últimos séculos diversas correntes têm se
levantado buscando resguardar Jesus como um sábio, mestre, bom conselheiro,
guru, idealista ou a maior das criaturas de Deus. Não é assim que o autor de
Hebreus o apresenta, nem deve ser esta a imagem concebida em nossas mentes. Se
cremos na Bíblia como a inerrante e infalível Palavra de Deus, devemos declarar
com o autor de Hebreus: Jesus, o Filho, Herdeiro, Sacerdote, Rei, Criador e
Sustentador do universo, supremo Revelador do Pai, infinitamente superior a
todas as miríades celestiais, é também o Deus-Homem, cujo trono “é para todo o
sempre” (Heb. 1:8).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A BÍBLIA SAGRADA</b>.
Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Sociedade
Bíblica do Brasil, 1993.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>BÍBLIA DE ESTUDO
MACARTHUR.</b> Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2010.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CALVINO, J. <b>Hebreus</b>. São Bernardo do Campo: Edições Paracletos, 1997.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
CULLMANN,
O. <b>Cristologia do Novo Testamento</b>. <st1:city w:st="on"><st1:place w:st="on"><span lang="EN-US">São
Paulo</span></st1:place></st1:city><span lang="EN-US">: Hagnos, 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">GUTHRIE, D. <b><i>Hebrews:</i></b><i> an introduction and commentary</i>. </span>Downers
Grove: InterVarsity Press, 1983.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
LADD, G. E. <b>Teologia do Novo Testamento.</b> São Paulo: Hagnos, 2009.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
MACDONALD, W. <b>Comentário bíblico popular:</b> Novo
Testamento. <st1:city w:st="on"><st1:place w:st="on"><span lang="EN-US">São Paulo</span></st1:place></st1:city><span lang="EN-US">: Mundo Cristão, 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">O’BRIEN, P. T. <b><i>The letter to the Hebrews:</i></b><i> the pillar New Testament commentary</i>. <st1:city w:st="on"><st1:place w:st="on">Grand Rapids</st1:place></st1:city>: Wm. B.
Eerdmans Publishing Co., 2010.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Todas
as citações bíblicas, com exceção daquelas devidamente identificadas, foram
extraídas de <b>A BÍBLIA SAGRADA</b>.
Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Sociedade
Bíblica do Brasil, 1993.<span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “Since most of them are purely
conjectural it is not profitable to devote much space to their discussion.” <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Apollos has had the most supporters,
mainly on the supposition that as an Alexandrian He would have been familiar
with the ways of thought of his fellow Alexandrian, Philo, which are supposed
to be reflected in the epistle.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">This view, which was first
proposed by Martin Luther, has been strongly supported by those wishing to
retain some Pauline connection with the epistle. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">Other proposals are
Priscilla, Philip, Peter, Silvanus (Silas), Aristion and Jude.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">It could be used specifically
of Jews who spoke Hebrew (or rather Aramaic), in which case it would
distinguish them from Greek-speaking Jews.
<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">This suggestion has some
other New Testament support (<i>cf</i>. Acts
6:1; 2 Cor. <st1:time hour="11" minute="22" w:st="on">11:22</st1:time>; Phil.
3:5), but there is no means of knowing whether the traditional title to this
epistle was intended in this sense.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">It could reasonably be
maintained that Gentiles would fit the context here better than Jews, but it
can hardly be claimed that the words could never be applicable to Jews.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">[…] it seems that the
traditional view is more likely to be correct.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Unlike other New Testament letters
(except 1 John), Hebrews does not mention a sender, addressees, or words of
greeting, and this had led many to conclude, particularly in the light of the
author’s description of his writing as a ‘word of exhortation’ (13:22), that it
is a written sermon rather than a letter.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> [...] the document ends like a
letter, with its mention of the author’s hope of being restored to the readers
(<st1:time hour="13" minute="19" w:st="on">13:19</st1:time>), news of Timothy
(v. 23), an exchange of greetings (v. 24), and its final prayer (v. 25).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> It seems appropriate to speak of
Hebrews as an ‘epistle’ or ‘letter’ since this was a very broad category in the
New Testament period, and because it has been classified as a letter for most
of its history.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The opening paragraph is a
carefully crafted sentence that encapsulates many of the key themes that will
be developed in the following chapters.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">[…] a hymn to Christ known in
the community to which Hebrews was addressed.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">A vv.
1-2a The Son contrasted with prophets<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">B v. 2b The Son as
messianic heir<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"> C v. 2c The Son’s creative work <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 70.8pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">D vv.
3a-b The Son’s threefold mediatorial relationship to God<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"> C’ v. 3c The Son’s redemptive work<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">B’ v. 3d The Son as
messianic king<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span lang="EN-US">A’ v. 4 The Son contrasted with angels.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The shift in subject from God (v. 2)
to Christ (v. 3) and the more elevated style suggest this.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> [...] unusual vocabulary, such as <i>radiance</i>, <i>exact representation</i>, <i>purification</i>,
and <i>sustaining</i>, have suggested that
the author was citing a source.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Further, the passage describes the
movimento f the Son from his preexistence to his sharing in humanity and
exaltation, a progress similar to that on other so-called hymnic passages.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn19">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> [...] there are good reasons for
thinking that this paragraph stems from the author.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn20">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref20" name="_ftn20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> There is not a sharp break between
vv. 2 and 3, and while some of the vocabulary is distinctive, none of it
appears in other New Testament hymnic texts, making it less likely that the
author was quoting a source. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn21">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref21" name="_ftn21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> It is perhaps more accurate to
speak of v. 3 as including traditional elements within it.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn22">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref22" name="_ftn22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">[…] the framing members of
the paragraph (A and A’) contrast the Son with other members of divine
revelation: God’s ‘word in the Son is compared with his former word through the
prophets’ (vv. 1-2a), and ‘the Son is declared to be superior to the angels,
the supreme messengers of the OT’ (v. 4).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn23">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref23" name="_ftn23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The eras: <i>in the past</i> and <i>in these last
days</i>; the recipients: <i>to our
ancestors</i> and <i>to us</i>; the agents: <i>through the prophets</i> and <i>by his Son</i>; and the ways: <i>in various ways</i> and ‘in one way’
(implied).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn24">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref24" name="_ftn24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> These contrasts [...] are not
absolute.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn25">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref25" name="_ftn25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> They draw attention to two stages
of the divine revelation that correspond to the Old and New Testaments
respectively.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn26">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref26" name="_ftn26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> ‘What God hás done in Christ is the
climax of what he had begun to do in earlier times’.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn27">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref27" name="_ftn27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> It is the same God Who speaks in
both and the same message of salvation that He offers […], there is continuity
within the contrasts.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn28">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref28" name="_ftn28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">In the Old Testament angels
played a role in revelation and redemption (Exod. 3:2, Isa. 63:9). Further, it
was believed that the law had been mediated to Moses through angels (Acts <st1:time hour="7" minute="38" w:st="on">7:38</st1:time>-39; Gal. <st1:time hour="3" minute="19" w:st="on">3:19</st1:time>), a notion shared by the writer of Hebrews
and his readers: the law was ‘the message spoken through angels’ (2:2). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn29">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref29" name="_ftn29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">Further, […] it was his title
ages before the incarnation – a clear implication of the statement in 1:2 that
God has spoken to us in ‘his Son… through whom he made the worlds’.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn30">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref30" name="_ftn30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">[…] the focus here, […] is on
the superiority of his present position.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn31">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref31" name="_ftn31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The next lines (B and B’) allude to
Old Testament messianic psalms: <i>whom he
appointed heir of all things </i>(v. 2b) is a reference to Psalm 2:8, while <i>he sat down at the right had of the majesty
in heaven</i> (v. 3d) refers to Psalm 110:1.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn32">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref32" name="_ftn32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">Precisely when the Son was
appointed the heir is not immediately apparent. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn33">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref33" name="_ftn33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">The verb <i>appointed</i> (<i>ethēken</i>) does
not suggest that any particular time is intended, while there are no temporal
markers in the clause itself.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn34">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref34" name="_ftn34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">[…] it seems best to
understand the Son’s appointment as heir when he was exalted at the right hand,
that is, after he made purification for sins. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn35">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref35" name="_ftn35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">[…] it is connected with his
exaltation (vv. 3d-4).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn36">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref36" name="_ftn36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">The two declarations, that
the Son has made purification for his people’s sins and been enthroned in the
place of honour, lie at the centre of the author’s Christology, and are fully
elaborated in the rest of Hebrews. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn37">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref37" name="_ftn37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">It serves as a key to the
structural development of the book, and is cited at <st1:time hour="1" minute="13" w:st="on">1:13</st1:time> and alluded to at 8:1; <st1:time hour="10" minute="12" w:st="on">10:12</st1:time>; 12:2 as well as here.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn38">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref38" name="_ftn38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[38]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">‘[…] a position of
unparalleled honour and universal authority’.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn39">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref39" name="_ftn39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[39]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> There is no denying that God could
have made the universe apart from his Son, but the New Testament is at pains to
show that He did not do so.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn40">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref40" name="_ftn40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[40]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The Christians were convinced that
the same person who had lived among men was the one who created men.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn41">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref41" name="_ftn41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[41]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">[…] the statement that the
Son was the Father’s agent in the creation of the universe is consistent with
what is said by other New Testament writers (<st1:time hour="1" minute="10" w:st="on">1:10</st1:time>; see John 1:3; Col. 1:16).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn42">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref42" name="_ftn42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[42]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> A letter such as Hebrews, written
from this conviction, could not fail to present a more than human picture of
Jesus Christ.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn43">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref43" name="_ftn43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[43]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The statement about Christ’s role
in creation follows what has been said about his being made the heir. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn44">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref44" name="_ftn44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[44]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Christ is the heir of everything
[...] because […] he was the mediator of creation. The universe of time and
space has always belonged to the Son since it was through his agency that it
came into being. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn45">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref45" name="_ftn45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[45]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> As the exalted Son and heir He
rules over what was created through him in the beginning.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn46">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref46" name="_ftn46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[46]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The Son who was the agent of God’s
creative activity is the one who has also effected his saving work.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn47">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref47" name="_ftn47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[47]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> By making purification for sins the
Son accomplished something which no one else could achieve. The forgiveness he
has won is permanent, and, because the barrier between God and humanity has
been removed, it results in entry into the presence of God himself. Such a
provision on our behalf, which has perfectly dealt with the defilement of sin,
calls forth from us a response of wholehearted gratitude.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn48">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref48" name="_ftn48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[48]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Ebert claims that these key
statements at the centre of the chiasmus provide ‘the theological basis for the
Son’s unique ability to be the supreme revealer of God and mediator of the new
covenant’.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn49">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref49" name="_ftn49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[49]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> [...] ‘the Son as God’s supreme
self-expression’, portray him ‘in his fundamental relationship to both the
Father and the universe’.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn50">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref50" name="_ftn50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[50]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Significantly, in vv. 1-4 the four
verbs that lead to the centre of the chiasmus have God as their subject; from
this point to the end of the sentence there is a change to the Son as subject. Moreover,
at the centre there is a shift in emphasis from the cosmological to
soteriological: compare vv. 2b-c com vv. 3c-d (note the similar shift in Col.
1:15-20 no v. 18).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn51">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref51" name="_ftn51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[51]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> It is difficult to determine the
precise nuance with certainty.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn52">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref52" name="_ftn52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[52]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The Word may be understood in
either an active sense, ‘radiance or effulgence’, that is, of light radiating
from a source, or the passive sense of ‘reflection’, that is, of brightness
shining back.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn53">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref53" name="_ftn53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[53]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> [...] the active seems more
appropriate in this context of Hebrews.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn54">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref54" name="_ftn54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[54]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The Son is the exact
representation, the embodiment of God, as He really is. His being is made
manifest in Christ, so that to see the Son is to see what the Father is like.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn55">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref55" name="_ftn55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[55]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Not only is Jesus Christ the agent
of creation (v. 2c); he also sustains the universe he has made.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn56">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref56" name="_ftn56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[56]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The immediate context [...]
suggests the additional nuance of the Son’s ‘carrying’ all things to their
appointed end or goal.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn57">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///F:/O%20PR%C3%93LOGO%20DE%20HEBREUS%20-%20atualizado.doc#_ftnref57" name="_ftn57" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[57]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> This Lord is not like the god of
the deists, who, having created the world, then proceeded to let it run on its
own. He is personally and continually involved in sustaining it.<br /> <o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-61296101766990758402014-01-28T14:35:00.001-08:002014-01-28T14:37:22.007-08:00Seminário na Alemanha Nazista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjinm980etFldbMKustkvNjGFeXyO2ChUCfONyuAQ-4hvckAwUiKqmogpE-zVZ2wtaZ1YAVtKpiLLrSuqhyYxPRnmtx_S_l6s596Da2OO9fxMU_z5fNs-68de0ih3LgIheKqupVBamg__s/s1600/131025washington.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjinm980etFldbMKustkvNjGFeXyO2ChUCfONyuAQ-4hvckAwUiKqmogpE-zVZ2wtaZ1YAVtKpiLLrSuqhyYxPRnmtx_S_l6s596Da2OO9fxMU_z5fNs-68de0ih3LgIheKqupVBamg__s/s1600/131025washington.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando a Igreja
Luterana Alemã apoiou os nazistas em 1933, um seleto grupo de líderes dentro da
igreja formou um movimento de resistência eclesiástica, o qual veio a se chamar
A Igreja Confessante. Eles logo fundaram cinco novos seminários para treinar a
próxima geração de ministros. Aproveitaram um jovem professor de teologia da
Universidade de Berlim para dirigir o seminário recém criado em Zingst, e
posteriormente em Finkenwalde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O modelo predominante
para a educação teológica na Alemanha era amplamente acadêmico, e as
universidades dominaram a educação ministerial. Desde o Iluminismo (<i>Aufklarung</i> em alemão) os pastores
alemães tinham digladiado pela respeitabilidade ao lado de médicos e advogados
– profissionais das disciplinas mais “respeitáveis”. Eruditos no estudo bíblico e teólogos tinham
de fazer o mesmo em contraposição aos seus colegas na academia. Após um punhado
de palestras para futuros ministros e teólogos em <span style="background: white;">Friedrich
Wilhelm University em Berlin, Dietrich Bonhoeffer sentiu que este tipo de <i>ethos</i> educacional estava errado – e era,
por fim, danoso – para a igreja em geral.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Então,
o novo seminário em Finkenwalde<span class="apple-converted-space"> deu a </span>Bonhoeffer<span class="apple-converted-space"> uma oportunidade para traçar um curso diferente
para a educação ministerial. Ele focaria sua escola na Escritura, oração e
confissão teológica, e como </span><em>Herr Direktor, </em>Bonhoeffer<span class="apple-converted-space"> poderia sustentar estes três pilares como
achasse por bem. Mas nem todos concordaram. O altaneiro Karl Barth, por
exemplo, protestou, dentre outros líderes na Igreja Confessante. Muitos
estudantes seguiram o exemplo, contrariando as inovações de </span>Bonhoeffer<span class="apple-converted-space">. Formidável demais para ser demitido, ele se
manteve firme, e acabou ganhando tanto seus alunos como seus críticos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Infelizmente, a
história de <span style="background: white;">Finkenwalde<span class="apple-converted-space"> não acaba com sucesso – pelo menos não como a
palavra “sucesso” é frequentemente definida, com os requisitos métricos de
números e proezas. A maioria dos alunos de </span>Bonhoeffer nunca chegou ao
ministério pastoral. Vinte e sete foram presos. O seminário, como um todo, teve
uma vida curta, fechado pela Gestapo após dois anos apenas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dito
isto, o que foi realizado ali durante aqueles dois anos merece nota. Então,
vamos considerar os três pilares de Bonhoeffer para a educação no seminário:
Escritura, oração e confissão teológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Construa sobre a Palavra<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Depois
de alguns meses em operação, Bonhoeffer escreveu uma carta para as igrejas
mantenedoras explicando a missão do seminário:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">O
caráter especial de um seminário da Igreja Confessante deriva da difícil
situação na qual temos sido colocados devido ao conflito na igreja. A Bíblia
constitui o ponto focal de nosso trabalho. Ela tem se tornado para nós uma vez
mais o ponto de partida e o centro de nosso labor teológico e de toda a nossa
ação cristã. (1)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Que esse foco bíblico
era “especial” mostra porque a Igreja Luterana Alemã murchou sob o governo
Nazista. A igreja como um todo há muito havia se afastado de suas amarras
bíblicas. Sem um sólido fundamento bíblico, a igreja simplesmente não possuía
os recursos necessários para se envolver nas questões éticas da década de 1930,
a qual, em seguida, levou tragicamente às atrocidades na década de 1940 e da
Segunda Guerra Mundial.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As palavras de </span></span><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Bonhoeffer também revelam sua convicção de que a Bíblia deve
permanecer como o ponto central na educação ministerial e na igreja. A
Escritura como o ponto focal no Finkenwalde<span class="apple-converted-space"> implicava
que os estudantes seriam treinados no Hebraico e no Grego. Eles receberiam
instrução no conteúdo bíblico. “A congregação”, </span>Bonhoeffer disse uma
vez, “é construída unicamente sobre a Palavra de Deus.” (2) Bonhoeffer exigia
que os alunos praticassem a <i>lectio divina</i>,
lendo um Salmo e capítulos do Antigo e do Novo Testamento a cada dia. Os alunos
também tinham de meditar numa passagem seleta a cada semana. Ele tinha a
intenção de ajudá-los a formar os hábitos corretos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
alunos de Finkenwalde e o futuro biógrafo de Bonhoeffer, Eberhard Bethge,
entenderam a mensagem. Anos depois, Bethge testificou, “Porque eu sou um
pregador da Palavra, não posso expor as Escrituras a menos que as deixe falar
para mim todos os dias. Usarei indevidamente a Palavra no meu serviço se não me
mantiver meditando sobre ela em oração.” (3)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A Oração Faz um Pastor<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
cursos de Bonhoeffer sobre oração usavam a Oração do Senhor e o Catecismo de
Lutero para instrução. Ele também exigia que os estudantes orassem, como um
tipo de dever de casa. Os críticos o acusaram de que estava sendo legalista;
alguém até mesmo chegou a dizer a ele que o tempo era muito urgente para oração
e meditação. Bonhoeffer respondeu a estas críticas vigorosamente: “Isso ou
mostra uma total falta de compreensão por parte dos jovens teólogos de hoje, ou
uma ignorância blasfema de como a pregação e o ensino vêm a existência.” (4)
Como Bonhoeffer disse uma vez a sua Congregação em Londres, “Uma congregação
que não ora pelo ministério do seu pastor, não é mais uma congregação. Um
pastor que não ora diariamente por sua congregação, não é mais um pastor.” (5)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="background: white; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Confissão como
Currículo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Por fim, há o terceiro pilar: a
confissão teológica. Como um luterano alemão, o padrão confessional de
Bonhoeffer era<span class="apple-converted-space"> </span><i>A Confissão de Augsburg</i><span class="apple-converted-space"> </span>(1530), contida no<span class="apple-converted-space"> </span><i>Livro de Concórdia</i><span class="apple-converted-space"> </span>(1580). Da mesma maneira que a
Escritura e a oração eram eclipsadas na Igreja Luterana, assim também acontecia
com a confissão. Como tantas outras denominações no século 20, a Igreja
Luterana Alemã professava sua confissão teológica da boca pra fora, e não mais
do que isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Não era assim no seminário de
Bonhoeffer. Bethge comenta sobre como a cópia do<span class="apple-converted-space"> </span><i>Livro de Concórdia</i><span class="apple-converted-space"> </span>de Bonhoeffer estava sublinhada,
marcada com notas nas laterais, pontos de exclamação e interrogações. É
evidente que Bonhoeffer lutou com sua confissão e a levou a sério. (6) De fato,
para Bonhoeffer a confissão era o currículo da teologia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Mas ele não estava apenas interessado em
que seus alunos conhecessem e lutassem com a teologia. Ele também queria que
eles vivessem-na. A confissão moldaria suas vidas, sua ética, sua pregação e
suas igrejas. “Teologia é a submissão ao conhecimento coerente e bem ordenado
da palavra de Deus”, ele escreveu. “Ela serve à pura proclamação da palavra na
congregação e à edificação da congregação de acordo com a palavra de Deus.” (7)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Seminários São para a Igreja</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Então, os seminários existem pra quê?
Assim como a teologia que ensinam, eles existem para a igreja. E acerca do que
eles deveriam tratar? Assim como a igreja para quem eles existem, eles deveriam
tratar sobre a Escritura, a oração e a confissão teológica. Além do mais, estas
são as marcas de todos os cristãos em todos os tempos, pois são os hábitos da
vida cristã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nota
do Editor:</span></b><span class="apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">confira o novo livro de Nichols,<span class="apple-converted-space"> </span></span><em><span lang="EN-US" style="color: #40464b; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></em><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.amazon.com/Bonhoeffer-Christian-Life-Cross-Theologians/dp/1433511886/?tag=thegospcoal-20" target="_blank" title=""><span lang="EN-US" style="color: #2f8ad1; mso-ansi-language: EN-US;">Bonhoeffer on the Christian Life: From the Cross, for the World</span></a></span><span lang="EN-US" style="color: #40464b; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"> </span><em><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">(Crossway).</span></em><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt;">
<sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">1</span></sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> Dietrich Bonhoeffer, "A Greeting from the
Finkenwalde Seminary," Oct. 1935,</span><span class="yiv4177904245apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="color: #40464b; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></span><a href="http://www.amazon.com/The-Way-To-Freedom-Bonhoeffer/dp/B005Z3B9WK/?tag=thegospcoal-20" target="_blank"><i><span lang="EN-US" style="color: #2f8ad1; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">The Way to Freedom</span></i></a><span class="yiv4177904245apple-converted-space"><i><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> </span></i></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">(New
York: Harper & Row, 1966), 35.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt;">
<sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">2</span></sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> Dietrich Bonhoeffer, "Theology and the
Congregation,"<span class="yiv4177904245apple-converted-space"> </span></span><a href="http://www.amazon.com/Conspiracy-Imprisonment-1940-1945-Dietrich-Bonhoeffer/dp/0800683161/?tag=thegospcoal-20" target="_blank"><i><span lang="EN-US" style="color: #2f8ad1; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Dietrich Bonhoeffer Works, Vol 16:
1940-1945</span></i></a><span class="yiv4177904245apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="color: #40464b; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">(Minneapolis: Fortress Press, 2006), 494.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt;">
<sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">3</span></sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> Ibid., 57.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt;">
<sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">4</span></sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> Cited in Eberhard Bethge,</span><span class="yiv4177904245apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="color: #40464b; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></span><a href="http://www.amazon.com/Dietrich-Bonhoeffer-Biography-Eberhard-Bethge/dp/0800628446/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1374097532&sr=8-1&keywords=dietrich+bonhoeffer+a+biography/?tag=thegospcoal-20" target="_blank"><i><span lang="EN-US" style="color: #2f8ad1; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Dietrich Bonhoeffer: A Biography</span></i></a><span class="yiv4177904245apple-converted-space"><i><span lang="EN-US" style="color: #40464b; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></i></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">(Minneapolis:
Fortress Press, 2000), 465.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt;">
<sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">5</span></sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> Dietrich Bonhoeffer, Oct. 22, 1933, in<span class="yiv4177904245apple-converted-space"> </span></span><a href="http://www.amazon.com/London-1933-1935-Dietrich-Bonhoeffer-Works/dp/0800683137/?tag=thegospcoal-20" target="_blank"><i><span lang="EN-US" style="color: #2f8ad1; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Dietrich Bonhoeffer Works, Vol 13:
London, 1933-1935</span></i></a><span class="yiv4177904245apple-converted-space"><i><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> </span></i></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">(Minneapolis: Fortress Press, 2007), 325.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt;">
<sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">6</span></sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> Bethge,</span><span class="yiv4177904245apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="color: #40464b; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></span><a href="http://www.amazon.com/Dietrich-Bonhoeffer-Biography-Eberhard-Bethge/dp/0800628446/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1374097671&sr=1-1&keywords=bethge+bonhoeffer/?tag=thegospcoal-20" target="_blank"><i><span lang="EN-US" style="color: #2f8ad1; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Dietrich Bonhoeffer</span></i></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">, 449.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt;">
<sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">7</span></sup><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> Bonhoffer,</span><span class="yiv4177904245apple-converted-space"><span lang="EN-US" style="color: #40464b; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></span><a href="http://www.amazon.com/Conspiracy-Imprisonment-1940-1945-Dietrich-Bonhoeffer/dp/0800683161/ref=sr_1_18?s=books&ie=UTF8&qid=1374097746&sr=1-18&keywords=dbw+bonhoeffer/?tag=thegospcoal-20" target="_blank"><i><span lang="EN-US" style="color: #2f8ad1; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">DBW, Vol. 16</span></i></a><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">, 494.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #EAEDE6; line-height: 13.5pt;">
<i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Stephen
J. Nichols é professor e pesquisador do cristianismo e da cultura em Lancaster
Bible College, além de ser o autor de mais de uma dezena de livros, incluindo
seu mais recente,</span></i><span class="apple-converted-space"><i><span style="color: #40464b; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> </span></i></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><a href="http://www.amazon.com/Welcome-Story-Reading-Loving-Living/dp/1433522306/?tag=thegospcoal-20" target="_blank"><i><span style="color: #2f8ad1;">Welcome to the Story: Reading,
Living, and Loving God’s Word</span></i></a></span><span class="yiv4177904245apple-converted-space"><i><span style="color: #40464b; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> </span></i></span><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">(Crossway).</span></i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Texto original disponível em: </span><a href="http://thegospelcoalition.org/blogs/tgc/2013/08/08/seminary-in-nazi-germany/">http://thegospelcoalition.org/blogs/tgc/2013/08/08/seminary-in-nazi-germany/</a><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span style="color: #454545; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal;">
<span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Tradução:
Nelson Ávila.<o:p></o:p></span></div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-4884978491264461062014-01-17T11:02:00.000-08:002014-01-17T11:02:42.817-08:00O TEÍSMO ABERTO E AS SAGRADAS ESCRITURAS<div align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: right;">
MESQUITA NETO, Nelson Ávila (E. T. C. S.).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>1 INTRODUÇÃO</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
O Tesísmo Aberto, ou “Teologia Relacional”, como é conhecido no Brasil, foi motivo de acentuado debate há alguns anos, em virtude da aderência a esta corrente teológica por parte de alguns pastores que gozavam de relevante popularidade e influência. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Embora o movimento não tenha saboreado a receptividade esperada, arrefecendo após angariar numerosas críticas das posições históricas (calvinismo e arminianismo), as quais, ainda que conflitantes, uniram-se a fim de refutar aquela, o Teísmo Aberto permanece vivo no ambiente eclesiástico e acadêmico, tendo demonstrado, principalmente em seus pronunciamentos nesta última esfera, bastante produtividade, como comprovam os livros e artigos de seus proponentes que continuam a proliferar-se ano após ano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Assim sendo, cremos fazer-se indispensável uma exposição, ainda que breve, de sua proposta, afim de constatarmos se esta apresenta-se como uma abordagem teológica sadia, que merece ser estudada e considerada como genuína alternativa bíblica para os temas a que se propõe responder, ou se deve ser rejeitada e combatida com intrepidez, por revelar um caráter não-bíblico e ofensivo ao Deus da Revelação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Principiaremos apresentando aquilo que parece ser a base sob a qual se fundamenta a visão aberta de Deus, prosseguindo através de uma síntese das principais características que compõem o ensino geral do Teísmo Aberto. A partir daí, veremos algumas proposições teológicas e filosóficas que claramente influenciaram na formulação de seu pensamento, para logo em seguida abordarmos seu desenvolvimento prático, findando com o indispensável escrutínio bíblico da matéria em questão.<o:p></o:p></div>
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<o:p></o:p></div>
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<b>2 O TEÍSMO ABERTO E O AMOR DE DEUS: O ATRIBUTO EXALTADO</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Deus é amor! Este tem sido o maior <i>slogan</i> cristão dos nossos tempos. Sem dúvida, Deus é amor! É maravilhoso saber que entre Seus atributos encontra-se o amor. Assim como Deus é imutável (“Porque eu, o Senhor, não mudo” [Ml 3.6<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>]) e Eterno (Gn 21.33; Dt 33.27; Jr 10.10), Ele “é amor” (1 jo 4.8), e por isso podemos confiar e nos alegrar na palavra que diz: “com amor eterno eu te amei”(Jr 31.3). Desde o princípio Deus era e continuará sendo pelos séculos dos séculos o “Deus de amor” (2 Cor 13.11); Ele não ama hoje e amanhã deixa de amar. Seu amor permanece inabalável a preencher os recipientes de Sua misericórdia. Ou, nas palavras de Bavinck (2001, p. 150), “Esse amor não é sujeito ao tempo e ao espaço, mas está acima tanto de um quanto de outro, e vem da eternidade para o coração dos filhos de Deus”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Deus é perfeito e o amor é uma das perfeições de Seu caráter. Deus não pode ser mais amoroso, ou menos amoroso, pois de outra forma Ele não seria perfeito; haveria algo ainda a ser melhorado, ou acrescentado, ao Ser de Deus. Portanto, Deus ama na medida certa. Contudo, quanta confusão se tem levantado sempre que se eleva um dos atributos de Deus acima dos demais. Por exemplo: através da ênfase na Onipresença e na Imanência de Deus, chegou-se ao Panteísmo, onde Deus (um ser impessoal) e o cosmos são indistintos. Sendo assim, Deus é tudo e tudo é igualmente Deus. Do mesmo modo, através da ênfase na Transcendência divina, chegou-se ao agnosticismo, onde qualquer conhecimento acerca da Divindade torna-se plenamente impossível. Da ênfase na Onipotência e Onisciência, originou-se o Fatalismo mórbido, que coloca o homem na condição de um ser passivo e inerte, negando-lhe qualquer tipo de responsabilidades. Mesmo que seja o amor, um dos considerados mais sublimes atributos de Deus, este também não pode ser colocado acima, como gerenciador, dos demais atributos do Ser de Deus, pois todos eles coexistem igualmente. No entanto, a ênfase no amor de Deus tem sido marca registrada desta geração e tem trazido drásticas conseqüências para a igreja. O “Teísmo Aberto” é inquestionavelmente marcado por esta ênfase.<o:p></o:p></div>
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<b> </b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>3 O QUE ENSINA O TEÍSMO ABERTO?</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Em síntese, o “Teísmo Aberto” (ou “Teologia Relacional”) ensina que, por amor, Deus trouxe à existência criaturas e quis relacionar-se com elas, mas, para que este relacionamento fosse verdadeiro, estas pessoas precisavam ser totalmente livres; por isso, Deus, em amor a este relacionamento, abriu mão de Sua soberania, erguendo-se do trono do universo e unindo-se aos agentes livres que criou, para juntamente com Eles construir o futuro. Deus também deixou de lado Sua Onisciência, pois, não haveria um relacionamento de fato livre se ele soubesse o que faríamos amanhã, por isso, Deus poderia saber tudo acerca do passado e do presente, mas não do futuro. Na verdade, o conceito de onisciência é redefinido por esta visão. Como expressa Pinnock, um dos maiores propagadores da visão aberta de Deus: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Vemos o futuro não como totalmente estabelecido, e isto, é claro, relata os riscos que Deus encara no futuro. Nossa segurança advém, não da crença de que Deus conhece tudo exaustivamente (uma visão que questionamos biblicamente), mas da crença que ele tem a sabedoria para lidar com qualquer surpresa que se levante (<i>apud</i> REYMOND, 2011, p. 347)<span class="yiv276913422msofootnotereference">.</span></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Este relacionamento também continuaria não sendo livre se Deus interferisse nas atitudes livres de Suas criaturas sempre que algo não saísse de acordo com Seus planos, por isso Deus mutilou Sua Onipotência, podendo tudo, mas nada fazendo sem consentimento prévio de todos os agentes livres envolvidos na situação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4 O TEÍSMO ABERTO E SUA ORIGEM</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
Uma boa pergunta a se fazer seria: como os proponentes desta corrente teológica chegaram a estes conceitos? Alguns de seus partidários afirmam veementemente que tais concepções são fruto de profunda reflexão filosófico-teológica, o que garantiria a originalidade da perspectiva. Na verdade, um de seus congressos no Brasil chegou a receber o tema: “Um Novo Deus no Mercado”. Contudo, uma breve retrospectiva nos mostrará que o ensino do Teísmo Aberto encontra precedentes em velhas propostas refutadas a muito pelo cristianismo histórico.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4.1 O teísmo aberto e a filosofia grega</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
De acordo com Lopes (2008, p. 12), “Algumas das idéias da Teologia Relacional têm uma impressionante semelhança com as especulações dos filósofos gregos”, como por exemplo, “o <i>livre-arbítrio libertário</i>” que traz “a idéia de que o arbítrio humano é completamente independente de forças externas e internas e, portanto, totalmente livre em tomar decisões. Isso ocorre porque o mundo e a história são governados pelo acaso”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Há também o conceito da “<i>limitação</i> de Deus”. “Os deuses da mitologia grega, cantados na <i>Odisséia</i> e na <i>Ilíada</i> de Homero, são concebidos como seres finitos e limitados, que não governam o mundo de acordo com sua vontade, mas espreitam os homens e suas decisões, intervindo algumas vezes” (LOPES, 2008, p. 12).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Por fim, Lopes cita “o conceito de um <i>futuro aberto e indeterminado</i>” onde “encontramos a idéia de um mundo autônomo, funcionando por si mesmo, já que não havia deuses que determinassem seu curso, e visto que as decisões humanas eram imprevisíveis”. Tais idéias, como esposadas acima, “[...] podem ser encontradas em filósofos como Tales, Epicuro, Platão e Aristóteles, para mencionar alguns” (LOPES, 2008, p. 13), e mantêm plena correspondência com a visão aberta de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4.2 O teísmo aberto e o arminianismo</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Apesar de tantas semelhanças entre os conceitos do Teísmo Aberto e da filosofia grega, para Lopes, “A maior influência na Teologia Relacional, sem dúvida é o arminianismo” (2008, p. 13). Segundo ele:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Podemos afirmar inclusive que ela é um desenvolvimento lógico do arminianismo, ou ainda, o arminianismo levado às suas últimas consequências [...] O ponto central do arminianismo é que a salvação depende da decisão humana. É o homem, com seu livre-arbítrio, quem decide o seu futuro e, portanto, o futuro da raça humana. A salvação foi dada por Deus mas ela só é eficaz se o homem decidir aceitá-la.” (LOPES, 2008, pp. 13, 15)</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Em seu livreto “Os cinco pontos do calvinismo”, Seaton (pp. 3, 4) faz distinção entre a visão calvinista e a arminiana, relacionando os cinco pontos do arminianismo da seguinte maneira: “1. Livre-arbítrio, ou capacidade humana [...] 2. Eleição condicional [...] 3.Redenção universal, ou expiação geral [...] <st1:metricconverter productid="4.ᅠA" w:st="on">4. A</st1:metricconverter> obra do Espírito Santo na regeneração limitada pela vontade humana [...] 5. Cair da graça”. A este respeito, Lopes (2008, p. 15.) escreve: “A Teologia Relaconal concorda com praticamente todos os pontos da interpretação arminiana da salvação com exceção daquele que fala da presciência de Deus [eleição condicional], que Deus anteviu a escolha dos que haveriam de ser salvos”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4.3 O teísmo aberto e o socinianismo</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
De acordo com Lopes (2008, p. 16), Socinianismo “[...] é o nome que se dá a outra corrente teológica do século XVI originada nas idéias dos italianos Lélio Socínio (1525-1562) e seu sobrinho Fausto Socínio (1539-1604)” os quais “[...] negavam em seus escritos a deidade de Cristo, Sua morte vicária na cruz e a imputação da Sua justiça aos pecadores arrependidos. Suas idéias eram tão heréticas que foram condenadas pelos católicos e pelos protestantes”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A similaridade entre estas duas visões é justamente o trato dispensado para com a presciência divina.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">[...] Lélio e Fausto argumentaram que os calvinistas estavam, a princípio, logicamente corretos em dizer que o conhecimento que Deus tem do futuro se baseia no fato que o próprio Deus havia determinado tudo o que vai acontecer. Deus sabe as coisas que vão acontecer porque Ele mesmo determinou essas coisas. Todavia, eles prosseguiram a argumentar que os arminianos estão corretos quando dizem que é inadmissível pensar que Deus determinou tudo que vai acontecer, pois isso anula a liberdade humana. Logo, para que se possa preservar a plena liberdade do homem, é preciso negar não somente que Deus preordenou as decisões livres de agentes livres, mas também que Deus conhece de antemão quais serão tais decisões. E assim, os socinianos foram além do calvinismo e do arminianismo, negando a soberania de Deus (calvinistas) e também a Sua presciência (arminianos) [...] É exatamente esse o ensino da Teologia Relacional quanto à presciência de Deus [...] A semelhança é notável, até mesmo nos detalhes. Os socinianos diziam que a onisciência de Deus significava que Deus conhecia tudo o que era possível de ser conhecido. Como as decisões livres dos seres humanos eram impossíveis de serem conhecidas – exatamente porque eram livres – Deus não podia ter conhecimento delas. Os teólogos relacionais argumentam da mesma forma, redefinindo a onisciência de Deus de maneira similar” (LOPES, 2008, pp. 16, 17, 18.).</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A conclusão é óbvia: “Se o homem tem livre-arbítrio e as coisas podem ser diferentes, Deus não pode ser onisciente” (CLARK, 2010, p. 52). Socinianos e Teístas Abertos preferiam resguardar a liberdade humana em detrimento da onisciência divina.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b> </b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4.4 O teísmo aberto e a teologia do processo</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
O Teísmo Aberto também possui laços mais fortes do que gosta de admitir com a corrente teológica que atende pelo nome de Teologia do Processo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Existe [...] uma semelhança visível entre a relação de Deus com o tempo defendida pela Teologia Relacional e aquela da Teologia do Processo. É verdade que os teólogos relacionais criticam a Teologia do Processo; todavia, não conseguiram se distanciar o suficiente para evitar a sua influência [...] De acordo com o cristianismo clássico, o Deus eterno criou o tempo e vive fora dele. Dessa forma, ele pode contemplar simultaneamente o passado, o presente e o futuro, como se fossem janelas ou telas abertas diante dEle. A Teologia do Processo nega esse conceito e defende que a realidade está em processo de mudança constante e que Deus evolui e progride dentro dessa realidade. Os teólogos relacionais admitem que Deus vive no tempo, mas discordam que isso faça parte essencial da Sua existência. Afirmam que ele optou por viver no tempo para poder Se relacionar de forma amorosa e significativa com Suas criaturas [...] apesar das críticas à Teologia do Processo, a Teologia Relacional afirma que Deus vive dentro do tempo, sujeito ao passar do tempo e às mudanças que isso proporciona. Ao final, temos de lidar com um Deus que, à nossa semelhança, aprende e evolui com o passar do tempo e não pode saber com exatidão o que nos aguarda no futuro. (LOPES, 2008, pp. 19,20).</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Percebe-se com isso que o atributo divino da imutabilidade é completamente ignorado, prejudicando assim a perfeição da deidade, pois, como tem sustentado a ortodoxia cristã ao longo dos séculos, “Se o ser de Deus possui toda a perfeição possível, então qualquer mudança nele deve ser para a pior. Por ser imutável, não pode piorar. E por deter toda a perfeição, ele não tem necessidade de se alterar ou passar por um desenvolvimento” (CHEUNG, 2008, p. 84). Estariam os defensores da visão aberta e da teologia do processo dispostos a sustentar a idéia de que o deus a quem cultuam, em virtude de seu desenvolvimento, pode estar pior hoje do que a dois mil anos atrás? Tal possibilidade deve ser admissível em seus sistemas de pensamento. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Outra semelhança é “[...] a crítica de que a teologia cristã clássica foi influenciada por idéias da filosofia grega quanto a formulação da doutrina de Deus” (LOPES, 2008, p. 21), o que constitui grande ironia, já que o Teísmo Aberto, como supracitado, importa para seu corpo doutrinário uma gama de conceitos da visão grega. Ambas as posições, Teologia do Processo e Teísmo Aberto, defendem também:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">[...] uma reformulação da doutrina clássica a respeito de Deus. A onisciência de Deus deve ser entendida como Seu conhecimento de tudo que pode ser conhecido – menos o futuro que ainda não aconteceu. A onipotência é entendida como poder perfeito, mas Deus não tem monopólio dele. Ele tem todo o poder possível a um ser. Não que Seu poder seja ilimitado. Ele é somente o maior. Portanto, Deus nunca pode determinar um evento, ou que alguma coisa aconteça irreversivelmente. Seu poder é coercivo, nunca determinativo. Todas essas idéias são também defendidas pelos teólogos relacionais” (LOPES, 2008, pp. 21, 22).</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>5 ASPECTOS PRÁTICOS DO TEÍSMO ABERTO</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Veja o Deus de amor do Teísmo Aberto em ação. Imagine a cena: um homem viciado em crack sai pelas ruas com uma arma na mão; ele quer mais dinheiro para sustentar seu vício. Numa rua sem movimento e mal iluminada, uma jovem caminha rumo à estação de metrô. Ela se atrasou no trabalho e saiu mais tarde que o habitual. O encontro é inevitável e Deus assiste tudo. Repentinamente, o homem saca a arma. A jovem tenta fugir e ele dispara. Ela cai morta e ele vai embora com o dinheiro, encerrando assim o trágico episódio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Segundo o Teísmo Aberto, Deus nada podia fazer, pois, se o fizesse, violaria a liberdade (livre-arbítrio) daqueles agentes livres. Deus não sabia o que aconteceria, pois haviam muitas ações livres implícitas na questão e tudo o que Deus conhece são as possibilidades. Aquilo machucou profundamente o coração de Deus e ele certamente estava torcendo para que nada de mal acontecesse, mas não havia nada que Ele pudesse fazer, senão lamentar angustiadamente. “E quanto ao propósito? Deve haver algum propósito em todo este caso lamentável.” – alguém perguntaria. O deus do Teísmo Aberto diz: “Não! Foi tudo uma fatalidade”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Bruce A. Ware (2010, pp. 13, 14), ilustrando a visão do “Teísmo Aberto” acerca do sofrimento, escreve:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Quando a tragédia entrar em sua vida, por favor, não pense que Deus tem algo a ver com isso! Deus não deseja que a dor e o sofrimento ocorram e, quando isso acontece, ele se sente tão mal com a situação como aqueles que estão sofrendo. Não pense que, de alguma maneira, essa tragédia deva cumprir algum propósito final. É bem possível que não seja assim! O mal que Deus não deseja acontece a todo momento e, com freqüência, não serve para nenhum bom propósito. Porém, quando sobrevém a tragédia, podemos confiar que Deus está conosco e nos ajuda a reconstruir o que se perdeu. Afinal, de uma coisa temos certeza, a saber: Deus é amor. Então, embora não possa evitar que uma boa parcela de coisas ruins aconteça, ele sempre estará conosco quando elas acontecerem.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>6 O TEÍSMO ABERTO <i>VERSUS</i> A SAGRADA ESCRITURA</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Será que a Bíblia se engana ao relatar o episódio de Atos 4.27-28? “De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com o povo de Israel nesta cidade, para conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste. Fizeram o que o teu poder e a tua vontade haviam decidido de antemão que acontecesse” (NVI).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Não lemos aqui que todo o sofrimento que sobreviera a Jesus fora determinado por Deus? Deus estava por trás de tudo isso, inclusive das ações, supostamente “livres”, dos ímpios. Como Pink (2001, p. 28) bem expressou:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Deus sabia da crucificação do Seu Filho e a predisse muitas centenas de anos antes que Ele se encarnasse, e isso, porque, segundo o propósito divino, Ele era o Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Portanto, lemos que Ele “... foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus...” (Atos 2:23).</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
É importante destacar aqui que tal acontecimento não fora destituído de propósito, mas pelo contrário, foi por meio deste sofrimento que recebemos a salvação! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
E o que dizer sobre o diálogo entre Deus e Ananias a respeito do apóstolo Paulo? Conforme Atos 9.15-16, lemos: “Mas o Senhor disse a Ananias: ‘Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel. Mostrarei a ele o quanto deve sofrer pelo meu nome” (NVI). Como, pela visão do “Teísmo Aberto”, responder a passagens como essas sem desrespeitar (ou até mesmo violentar) o texto bíblico? Só podemos afirmar com Ware (2010, p. 21) que:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">A visão aberta rebaixa Deus, pura e simplesmente falando. Tenta tornar mais significativa a escolha e ação humanas, a custa da própria grandeza e glória de Deus. O Deus do teísmo aberto é muito limitado, simplesmente por ser menos que o majestoso, pleno conhecedor, todo-sábio Deus da Bíblia.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O deus do Teísmo Aberto não sabe e não pode. Está cego quanto ao futuro. Tem a boca fechada e as mãos amarradas para não interferir nas livres escolhas (livre-arbítrio) de seus agentes livres. Está limitado pelo poder das suas criaturas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O Teísmo Aberto tira o controle remoto do mundo das mãos de Deus e o coloca nas mãos dos homens. É o antropocentrismo entronizado. É um deus extremamente debilitado e não o Deus das Escrituras, sobre o qual lemos: “Porque o domínio é do Senhor, e ele reina sobre as nações” (Sl 22.28); “Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz” (Sl 115.03). Sobre Sua onisciência: “[...] Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade” (Is 46. 9,10). Eis aqui mais uma visível distinção, pois, o Deus das Escrituras “[...] reivindica para Si a presciência sobre os acontecimentos futuros, desafiando os deuses falsos (Is. 41:22)” (DAGG, 2003, p. 53), enquanto o Deus do Teísmo Aberto permanece na ignorância. Como disse C. S. Lewis (2008, p. 226): “Todos que crêem em Deus acreditam que ele sabe o que eu e você faremos amanhã”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Buscando resguardar a plena liberdade da criatura, a visão aberta de Deus acaba restringindo a liberdade do Criador. É exatamente neste ponto que o Teísmo Aberto mais uma vez se mostra deficiente, pois em lugar algum nas Escrituras lemos sobre uma criatura plenamente independente de seu Criador. Para sustentar tal coisa, Clark (2010, p. 53) afirma que a própria “[...] doutrina da criação deve ser abandonada”, pois, “Uma criação <i>ex nihilo</i> estaria completamente no controle de Deus”, visto que “Forças independentes não podem ser forças criadas, e forças criadas não podem ser independentes”. Sendo assim, mesmo a Revelação Geral é suficiente para mostrar a necessidade de um Deus Soberano e sustentador de todas as coisas (Heb. 1:3).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Reymond (2011, p. 354), por exemplo, baseado nos estudos em biometereologia de Sallie Tisdale (“<i>Weather’s Unseen Power</i>”, <i>Outside</i> [Dezembro 1995]) aponta para o fato de como o clima, o qual é mantido e determinado por Deus (Gên 8:22), pode influenciar os seres vivos, inclusive em suas decisões, e então escreve (em resposta a doutrina do livre-arbítrio sustentada por Pinnock):<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">[...] assumindo, novamente por causa do argumento apenas, que a vontade do homem seja normalmente livre, mesmo Pinnock não negará que causas desconhecidas a eles podem influenciar e mesmo forçar pessoas a escolherem um ao invés de outro curso de ação. O clima, por exemplo, – no mínimo, às vezes desconhecido para nós – afeta como sentimos, o que, por sua vez, influencia nossas escolhas. Doenças presentes em nosso corpo das quais estamos inconscientes (por exemplo, tumores cerebrais) podem nos levar, enquanto presumimos o tempo todo nossa sanidade, a tomar decisões irracionais. Os pais, muito tempo depois de mortos, através de seus ensinos e exemplos em nossos anos de formação, freqüentemente agora<b>, </b>sem que estejamos cientes disso,<b> </b>ainda exercem uma poderosa e determinante influência sobre nós em nossos anos adultos (Prov. 22:6). O problema que se levanta é este: como pode qualquer homem conhecer com certeza, quando escolhe um curso específico de ação, que era completamente livre de todas estas causações externas ou internas?<span class="yiv276913422msofootnotereference"> </span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A este respeito, Clark (<i>apud</i> REYMOND, 2011, p. 354) declara:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">A conclusão é evidente, não é? Para sabermos que nossa vontade não é determinada por qualquer causa, devemos conhecer todas as causas possíveis no universo inteiro. Nada poderia escapar de nossas mentes. <i>Ser consciente do livre-arbítrio, portanto, requer onisciência</i>. Desde que não há consciência do livre-arbítrio: o que seus expoentes tomam como consciência do livre-arbítrio é simplesmente a inconsciência do determinismo. <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
No século XVI, Lutero travou sua própria batalha quanto à questão do livre-arbítrio. Pink (2001, p. 39) registra que “Numa de suas cartas a Erasmo, disse Lutero: ‘As tuas idéias sobre Deus são demasiado humanas”. Podemos dizer a mesmíssima coisa no que se refere à teologia sustentada pelo Teísmo Aberto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Portanto, O deus do Teísmo Aberto só nos deixa o desespero, pois um deus que não seja o “Todo-Poderoso” que “reina” (Ap 19.6; 15.3 - ó Rei dos séculos) e conhecedor de “todas as coisas” (1 Jo 3.20 - inclusive “as coisas que ainda não sucederam” - Is 9.10]) não é digno de confiança nem tem autoridade para fazer cumprir suas promessas. “Quanto à visão aberta, só se pode dizer o seguinte: ‘O Deus deles é limitado demais!’” (WARE, 2010, p. 20).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Como Pink (2001, pp. 40, 41) escreveu, “Um <i>Deus</i> cuja vontade é impedida, cujos desígnios são frustrados, cujo propósito é derrotado, nada possui que se lhe permita chamar Deidade, e, longe de ser digno objeto de culto, só merece desprezo”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>7 CONCLUSÃO</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
Concluímos, por tudo que foi apresentado até aqui, que o Teísmo Aberto confronta as doutrinas basilares do cristianismo histórico, contradizendo o claro ensino das Escrituras e apresentando uma perspectiva acerca de Deus que está muito aquém daquela sustentada pela ortodoxia cristã.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Deus disse a Moisés: “Eu Sou o que Sou” (Ex 3.14), e é assim que devemos adorá-Lo; não tentando fazer de Deus aquilo que Ele não é ou o que queremos que Ele seja. Continua pertinente e atual a acusação de Pink de que: “Os idólatras do lado de fora da cristandade fazem “deuses” de madeira e de pedra, enquanto que os milhões de idólatras que existem dentro da cristandade fabricam um Deus extraído de suas mentes carnais” (PINK, 2001, p. 40).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Devemos atentar para o fato de que aquele que adora outros deuses, por mais amorosos que possam parecer estes outros deuses, está sujeito ao juízo do Senhor, que diz: “Certamente perecerá” (Dt 8.19), e o “profeta que tiver a presunção de falar [...] em nome de outros deuses, esse profeta morrerá” (Dt 18.20).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
“Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3). Este é o mandamento mais quebrado e o pecado mais cometido em nossa geração. O Teísmo Aberto tem sido responsável por estimular e propagar tal pecado, devendo ser rejeitado como a teologia de um outro “deus”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b> </b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><o:p> </o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><o:p> </o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
BAVINCK, H. <b>Teologia Sistemática</b>. Santa Bárbara d’Oeste: Socep, 2001. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
CHEUNG, V. <b>Introdução à Teologia Sistemática</b>. São Paulo: Arte Editorial, 2008.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
CLARK, G. H. <b>Deus e o Mal:</b> o problema resolvido. Brasília: Editora Monergismo, 2010.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
DAGG, J. L. <b>Manual de Teologia</b>. São José dos Campos: Fiel, 2003.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
LEWIS, C. S. <b>Cristianismo Puro e Simples</b>. São Paulo: Martins Fontes, 2008.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
LOPES, A. N. <b>Teologia Relacional:</b> Suas origens, seus ensinos, suas conseqüências. São Paulo: Ed. PES, 2008.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
PINK, A. W. <b>Os Atributos de Deus</b>. <st1:place w:st="on"><st1:city w:st="on"><span lang="EN-US">São Paulo</span></st1:city></st1:place><span lang="EN-US">: Ed. PES, 2001.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span lang="EN-US"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span lang="EN-US">REYMOND, R. L. <b>A New Systematic Theology of the Christian Faith</b>. </span>Nashiville: Thomas Nelson, 2011.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
SEATON, W. J. <b>Os Cinco Pontos do Calvinismo</b>. São Paulo: Ed. PES.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
WARE, B. A. <b>Teísmo Aberto</b>: a teologia de um deus limitado. São Paulo: Vida Nova, 2010.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p> </o:p></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]--> <br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-size: 10.0pt;">Os textos bíblicos utilizados aqui foram extraídos, em sua maioria, de <b>BÍBLIA SAGRADA</b>. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. rev. e atual. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009. Aqueles que divergirem desta tradução serão devidamente identificados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<o:p> </o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">But assuming, again For the sake of argument only, that man’s will is <i>normally</i> free, even Pinnock will not deny that causes unknown to them can influence and even force people to choose one rather than another course of action. The weather – at least sometimes unknown to us – affects how we fell, for instance, which in turn influences our choices. Diseases present in our body of which we are unaware (for example, brain tumors) can cause us, while we presume all the while our sanity, to make irrational decisions. Parents long dead, through their teaching and example in our formative years, often now without our being aware of it, still wield a powerful determining influence upon us in our adult years (Prov. 22:6). The problem that arises is this: How can any man know for sure, when he has chosen a specific course of action, that he was completely free from all such external or internal causation?</span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">The conclusion is evident, is it not? In order to know that our wills are determined by no cause, we should have to know every possible cause in the entire universe. Nothing could escape our mind. To be conscious of free will therefore requires omniscience. Hence there is no consciousness of free will: what its exponents take as consciousness of free will is simply the unconsciousness of determinism.</span></div>
</div>
</div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-52586971947590973262013-12-06T08:58:00.001-08:002014-09-20T08:46:46.326-07:00<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFTPm50P_vjOJRg28_TA-SRFcrQ6hxlhT0okkHRq8pQ7z_7fjc7Q3TjPbqzfKPNw5KIIVhHln3Qye562UXPJHFunfN-RbW5od-3nJ9nEgXSTOm7zYo7XyAFbF6HnImsvhXPcK4v9hE3ss/s1600/1384080_414618741994049_1980069657_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFTPm50P_vjOJRg28_TA-SRFcrQ6hxlhT0okkHRq8pQ7z_7fjc7Q3TjPbqzfKPNw5KIIVhHln3Qye562UXPJHFunfN-RbW5od-3nJ9nEgXSTOm7zYo7XyAFbF6HnImsvhXPcK4v9hE3ss/s400/1384080_414618741994049_1980069657_n.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A ESPERANÇA CRISTÃ<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Raquel/Desktop/Evandro%20Junior/A%20ESPERAN%C3%87A%20CRIST%C3%83%20(original).docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Um exame do milenismo à luz das Escrituras<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">SANTOS JUNIOR, Evandro Carvalho dos (ECS)<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Raquel/Desktop/Evandro%20Junior/A%20ESPERAN%C3%87A%20CRIST%C3%83%20(original).docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">RESUMO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Analisa
a escatologia à luz da Bíblia. A pesquisa prossegue verificando a esperança do
povo de Deus no Antigo Testamento, suas nuanças e o modo pelo qual a vinda do
reino era esperada no período veterotestamentário. Como o Novo Testamento trata
do assunto será o próximo tema a ser analisado; a forma como era identificada a
chegada do reino e a sua compatibilidade com o que fora predito pelos profetas.
O ensaio perpassa pela argumentação da perspectiva pré-milenista clássica e
dispensacionalista acerca da chegada do reino, suas crenças e fundamentos
baseados no texto de Ap. 20 e cognatos serão observados e depois objetados à
luz do texto em questão. Conclui com uma aplicação prática sobre a importância
de se pensar corretamente sobre o assunto e as ponderações necessárias que todo
cristão deve assumir para si.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">PALAVRAS-CHAVE<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Reino; milênio; parousia; pré-milenismo;
dispensacionalismo; Apocalipse 20; amilenismo; esperança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">INTRODUÇÃO <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não é sem razão que os
cristãos da nossa época refletem pouco sobre a segunda vinda de Cristo, pois os
cuidados e a sedução desse mundo têm causado certo tipo de embriaguez espiritual
em muitos da igreja hodierna e a esperança foi desviada do transcedental e
eterno para o que é perecível e passageiro. Porém outros grupos se mantêm bem
confiantes em relação aos eventos relacionados ao fim do mundo, esses alimentam
certa curiosidade e uma satisfação meramente mental, assim são assediados
muitos que tem se afadigado no assunto, então para esses a doutrina da vinda de
Cristo se tornou um objeto claro de alguma desejada controvérsia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Diante desse pano de
fundo eclesiástico estamos certos de que as coisas devem ser esclarecidas, pois
é bem provável que tanto o desprezo em relação ao assunto quanto a obsessiva
observação teológica podem estar sob uma falsa compreensão do reino de Deus e
suas nuanças. Propomos esse ensaio para esclarecer o que Bíblia fala no tocante
a este Dia e qual tipo de esperança que devemos nutrir em relação a estas
coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1. A ESPERANÇA NO ANTIGO TESTAMENTO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No Antigo Testamento
observamos uma grande parte do povo de Deus expressando a firme expectativa
quanto ao momento em que Deus reinará no mundo. Especialmente essa esperança mostrava-se
o foco pelo qual Israel caminhava, pois, naquele Dia, a própria nação teria a
sua sorte restaurada. Um reino teocrático era uma forte esperança para os
judeus; o Messias seria enviado e os colocaria em uma posição de liderança em
relação às outras nações da terra, Ele mesmo, visivelmente, estaria no meio do
Seu povo e os reestabeleceria. Por conseguinte, a esperança no tempo do Antigo
Testamento revelava-se especialmente na expectativa do reinado messiânico com
primazia judaica. Logo, a definição de suas características é algo necessário
assim como outros pontos da esperança na antiga aliança ligados aos últimos
eventos da humanidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.1<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
reino teocrático<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
aspecto futuro, o reino de Deus fora predito pelos profetas e isso se tornou um
tema recorrente em suas pregações. Porém
qual a relevância de um reino futuro para os judeus que estavam sendo
destruídos pelos babilônios, por exemplo? Qual a importância em acreditar que o
rei voltaria, futuramente, e estabeleceria o seu reino se o sofrimento era
agora? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Podemos
dizer que a resposta mais provável para essa questão é que no reino
estabelecido pelo Messias, os judeus que tanto sofreram nas mãos dos gentios
experimentarão descanso e posição de liderança com Ele sobre todas as demais
nações. Conforme diz o profeta Isaías, o que acontecerá no futuro será algo de grande
conforto, pois “n</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">os últimos dias, acontecerá que o monte da
Casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os
outeiros, e para ele afluirão todos os povos” </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">(2.4), assim o
que aguarda esse povo é algo muito maior do que aqueles sofrimentos causados
pelo exílio. Ou seja, não haverá espaço para a derrota do povo de Deus
novamente, a humilhação que estes sofrerão em sua história será algo que não
mais existirá, porque “</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">a arrogância do homem será abatida, e a sua
altivez será humilhada; só o SENHOR será exaltado naquele dia” (2.17). </span><span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Georgia; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">É algo
muito desagradável quando lemos que o povo de Israel sempre quebrava as leis que
Ele lhes dava, o Senhor os repreendia quando isso acontecia, depois usava de
paciência com este povo ao conceder-lhes o perdão. Todavia, o povo desobedecia
novamente e permanecia assim até provarem da disciplina do Senhor por seus próprios
pecados: exílio, pobreza, dispersão etc. Assim, depois de repetidos atos de
obstinação, o Senhor promete que fará um novo concerto com o seu povo. Isso
fora profetizado por Jeremias, o qual falava ao povo da grande longanimidade do
Senhor para os seus amados, pois “vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova
aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá” (31.31).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Essa
aliança era algo prometido para o futuro, pois ela seria firmada “depois
daqueles dias” (31.33).Logo, se o povo de Deus receberá uma nova oportunidade,
há grande motivo para esperança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Esse
caráter novo do relacionamento de Deus com o Seu povo mostrava-se muito otimista
em Seu reinado sobre eles, pois essa Nova Aliança foi feita com a nação e esta
terá proeminência nesse domínio. Assim, o Senhor mesmo se encarrega de dizer
que naquele dia “levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e
agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra” (23.5), a linguagem
estritamente judaica explica a razão que essas promessas causaram tantas
expectativas para o típico judeu do Antigo Testamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
promessa relatada em boa parte do material profético é que o reino que Deus
prometera ao seu povo é um reino teocrático (Zc 14.1-21), o povo do Senhor será
o guia de todas as nações que buscarem a Ele (Mq. 4.2), o Messias (Cristo)
esperado reinará com graça e poder do Espírito Santo (Is 11.2-5). Não podemos
esquecer que lhes fora falado que esse reino será terreno e essa expectativa
foi alimentada pelos profetas que lhes transmitiam a palavra do Senhor, por
isso deve ser indesejável ao intérprete da Bíblia a mudança do significado e da
essência desse reino, embora as características acidentais deste possam variar
um pouco em seu cumprimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.2<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
efeitos desse reino<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como
o Antigo Testamento prova holisticamente a vida do reino de Deus a terra, torna-se
certo que esse reino terá alguns traços específicos. É fato que desde quando o
povo solicitou um rei (1Sm 8. 19), a nação experimentou momentos de declínio,
porém mesmo em momentos de elevo político a nação passava por guerras frequentemente
(2 Sm 18. 17), e a paz era algo distante
de se alcançar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
sua formação como uma nação (e pouco tempo depois) o povo de Deus já passava
por momentos difíceis, diante disso era prudente perguntar sobre o que mais
poderia esperar esse povo de bom para o futuro. Contra todas as expectativas
pessimistas, o povo recebe palavras de paz baseadas no que Deus irá fazer no
Seu reinado (Is. 11.1-16), assim é verdade que eles foram escravos entre os
egípcios, sofreram muito entre os babilônios, e a guerra a muito era uma
companheira indesejável, porém, o reino do Senhor trará em sua esteira a serenidade
de uma criação em restauração. Até mesmo “</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">o lobo habitará com o cordeiro, e o
leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado
andarão juntos, e um pequenino os guiará” (11.6), o que expressa nessa profecia
de Isaías um poder transformador até mesmo na ordem da natureza. Porque a
natureza será transformada, o iniciador disso tudo é o Rei transformador que
fará cessar a violência, e nessa terra o Senhor reafirma que “o meu povo
habitará em moradas de paz, em moradas bem seguras e em lugares quietos e
tranquilos” (32.18), a condições desse mundo serão afetadas e nessa terra os
filhos da aliança “habitarão nela seguros, edificarão casas e plantarão vinhas;
sim, habitarão seguros” (Ez 28.26).</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Georgia; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Grande
esperança era mantida pelo povo judeu porque lhes fora profetizado que nesse
reino, além da paz, haverá um estado de santidade na terra, pois o Senhor mesmo
promete que “então, vos lembrareis dos vossos maus caminhos e dos vossos feitos
que não foram bons; tereis nojo de vós mesmos por causa das vossas iniqüidades e
das vossas abominações” (Ez 36.31). Isso, realmente, era o que o povo
necessitava, pois apesar de tantos pecados e repetidas disciplinas, somente o
reino grandioso do Senhor poderia mudar aquela situação. Porém não apenas a
santidade será um grande marco naquele Dia, pois o conhecimento de Deus será o
prazer de todos os povos e perante Ele “irão muitas nações e dirão: Vinde, e
subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os
seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião procederá a lei, e
a palavra do SENHOR” (Mq 4.2).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Além dessas,
outras características são evidenciadas na literatura do Antigo Testamento
sobre este reino esperado: grande regozijo entre o povo do pacto (Is 9.3,4;Zc
10.6,7); os justos se fartarão na retribuição do Senhor(Jr 23.5; 31.23,25);
haverá expansão do conhecimento do Senhor(Is 54.13; Hb 2.14), os povos serão
pleno do Espirito Santo (Jl 2.28,29; Ez 11.19,20; 36.26,27), através do
trabalho honesto a prosperidade econômica será uma realidade na terra
(Is30,23,24; Jr 31.12;Ez 34. 26) e muitos outros aspectos próprios desse
reinado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.3<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
ética do reino<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
o rei dessa monarquia mundial será o Senhor, então certamente ele regerá a
terra segundo as suas leis. Por isso, a teologia do antigo testamento mostra
claramente que no reinado esperado será baseado na lei de deus que regerá todas
as nações. Durante esse período o julgamento acontecerá de maneira que não
haverá injustiça, porque a lei do Senhor se estabelecerá fortemente e “n</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">ão julgará
pela aparência, nem decidirá com base no que ouviu; mas com retidão julgará os
necessitados, com justiça tomará decisões em favor dos pobres” (Is 11.3). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">A norma das
decisões será o mandamento do Senhor, as sua lei determinará a conduta de toda
a terra naquele dia. Porém o povo da aliança será o meio no qual essas nações aprenderão
sobre os caminhos de Deus, pois quando chegar o Dia de domínio do Rei “virão
muitos povos e dirão: "Venham, subamos ao monte do Senhor, ao templo do
Deus de Jacó, para que ele nos ensine os seus caminhos, e assim andemos em suas
veredas". Pois, a lei sairá de Sião, de Jerusalém virá a palavra do
Senhor”(2.3). Assim a paz dominará, porque “ele julgará entre as nações e
resolverá contendas de muitos povos”, a paz será uma realidade e, ao mesmo
tempo, uma consequência desse mundo que será regido pelas leis de Deus ao ponto
que os homens “farão de suas espadas arados, e de suas lanças foices. Uma nação
não mais pegará em armas para atacar outra nação, elas jamais tornarão a
preparar-se para a guerra” (2.4).Tão logo apresenta-se a paz futura como uma
esperança completa é natural perguntar-se, como haverá plena paz em todo o
mundo? A resposta vem da esperança de um Rei que dominará através de suas leis.
Por conseguinte a paz tão almejada por Israel, e que fora tão frustrada não
poucas vezes, será algo tangível e notório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 18.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">1.4<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
ressurreição e o juízo final<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É algo muito importante
observarmos que já na literatura veterotestamentáriaa escatologia é deveras clara
em alguns pontos, dois desses assuntos que merecem destaque é a doutrina da ressurreição
e do juízo final.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A esperança do povo de
Deus repousava não somente no reinado do Messias aqui na terra, mas na gloriosa
ressurreição do corpo. A expectativa dos judeus estendia-se além do temporário
e terreno, é verdade que as bênçãos experimentadas no Reino seriam
maravilhosas, mas, e diante da morte acabará tudo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Jó mantinha uma
confiança vívida de que ele não teria a sua esperança finalizada pela a morte,
pois ao falar da soberania de Deus sobre o seu futuro pôde asseverar que “</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">embora ele me
mate, ainda assim esperarei nele”(13.15), não há motivo para temer de que a
esperança será frustrada, existe um belo futuro que o aguarda e o sofrimento
que ele passava era um item doloroso em sua vida temporária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">De maneira semelhante Daniel
expressa claramente o entendimento comum da fé judaica em uma ressurreição
futura, porém a sua declaração enfatiza uma coletividade daquele evento. Assim,
enquanto Jó fala do que acontecerá a si próprio, o profeta Daniel informa que “muitos
dos que dormem no pó da terra ressuscitarão” apontando para os objetos da
ressurreição e prossegue afirmando a benção de “uns para a vida eterna” naquele
evento e de “e outros para vergonha e horror eterno” (12.2). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Ao examinar esse texto, Calvino
conclui que “a palavra <i>muitos</i> aqui
parece claramente expressar o todo, pois o anjo não usa a palavra em contraste
com todos ou poucos, mas apenas como unidade”, isso significa que a expressão
deve-se tratar da maneira mais extensiva possível, pois como essa ressurreição
tem em vista o estado eterno de sofrimento ou bem-aventurança, então “isso
mostra que o anjo está tratando da ressurreição final, a qual é comum a todos,
e não admite exceções” (2002, p. 442). Ou seja, está sendo reverberado algo
além dos objetos da ressurreição: a própria linguagem de juízo para os que
recebem a vergonha eterna. Essa temática de julgamento final esboça a teologia de
Isaías 66.24 e parecem caminhar juntas (ressurreição e juízo) no Antigo
Testamento (cf. Dn 12 3; Is 66. 22,23).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2. A ESPERANÇA NO NOVO TESTAMENTO.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A escatologia do Novo
Testamento ecoa os mesmos temas do Antigo Testamento, todavia e forma de
cumprimento e reafirmação. Dessa forma o reino de Deus ainda é um tema que
permeia as Escrituras do Novo Testamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Então se o reino é algo
reafirmado pelo o Novo Testamento, então quer dizer que novamente serão feitas
profecias acerca desse reino futuro? Podemos responder a isso com um sim e um
não. Sim, porque de certa forma o Novo Testamento fala de um período de
consumação plena (Mt 25.34,46; Ap. 21-22) que o povo de Deus experimentará no
futuro nessa terra que será restaurada plenamente, então nesse sentido o reino
“ainda não” chegou. No entanto um sonoro “não” deve ser afirmado quando
observamos que uma grande porção desse reino invadiu a história da humanidade
com grande poder através do evento-Cristo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim, a tônica do Novo
Testamento é que o reino “já” chegou através do primeiro advento de Cristo.
Logo, se o reino estava na iminência de chegar seria necessáriauma preparação
profética para a vinda do Rei conforme predita pelos profetas (Is. 40.3; Ml 3.1-2;
4.5), o que se cumpre em João Batista (Mt 3.2).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa pregação da vinda
do reino ocupava lugar de proeminência nas declarações deCristo, conforme Mateus
4.17. Como evidência da chegada desse reino (10.7), o Senhor mesmo afirmou de
maneira muito clara aos judeus céticos que este reino profetizadojá se torna
uma realidade através dEle em seu ministério. Logo, ao curar o endemoninhado
cego e mudo, o Senhor pode evidenciar que “</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Se, porém, eu expulso demônios pelo
Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (12.28). Pelo
fato que Jesus mesmo veio trazer o reino prometido(Is 42. 1-4 cf. Mt. 12.17-21),
seria necessário primeiro acorrentar a Satanás, limitando o seu poder “ou como
pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro
amarrá-lo?” (12.29).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Contudo isso poderia ser algo
frustrante para os fariseus que aguardavam de maneira literalista o Reino em
seu tempo, pois o cumprimento dessas profecias em Cristo não foram estritamente
literais. Sendo assim, a glória externa desse reino deveria ser considerada com
um fator secundário, pois “não vem o reino de Deus com visível aparência” (Lc
17.20), aqui Cristo esclarece que a maneira cataclísmica da chegado do reino
conforme esperada pelos judeus não era uma realidade “porque o reino de Deus
está dentro de vós” (Lc. 17.21), ou seja, o reino que atua nos homem é que transformará
e dará molde as características externas e secundárias. Portanto, seria correto
afirmar que de certo modo a expectativa daqueles primeiros ouvintes de Cristo
não estava correta, pois “o reino já está presente em meio aos homens; e Jesus
foi categórico ao responder aos fariseus, desanimando-os de procurar por um
reino futuro que viesse com aparato externo de Glória"(LADD, 2008, p. 18),
isso não significa que um tempo de glória última e plena está descartado, mas
que esse é um fator subsequente na operação e influência do reino que já
chegou.</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Georgia; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.1. Os receptores do reino<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao tratarmos sobre o
Reino no Novo testamento devemos ser cautelosos na interpretação das profecias
veterotestamentárias, pois há uma grande confusão quando se entende que todas elas
sejam cumpridas literalmente, pois existe certa elasticidade pelos autores do
Novo Testamento na interpretação do cumprimento das profecias bíblicas de
Israel para a Igreja, como por exemplo: Jl 2.28-32; Am 9.11-12; cf. At 2. 17-21
At 15.15-19.Por isso,é difícil “evitar a conclusão que o Novo Testamento aplica
profecias do Antigo Testamento à igreja neotestamentária, e assim fazendo
identifica a igreja com o Israel espiritual” (LADD <i>apud</i>CLOUSE, 1985, p. 22).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As profecias
relacionadas às bem-aventuranças daquele povo iniciam o seu cumprimento na
igreja, um exemplo claro disso é a profecia de Jeremias 31.31-34 sobre o grande
estado de felicidade que Deus traria sobre o seu povo, porém o inicio do
cumprimento desta profecia acontece na igreja (Hb8. 8-12).Esse esclarecimento
do autor sagrado de que Cristo é o mediador de uma superior aliança é usada
como uma advertência àquela comunidade para que não retornassem ao judaísmo que
era uma expressão da aliança “antiquada” (8.13).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ainda que essa promessa
fizesse referência a “casa de Israel e com a casa de Judá” (Jr 31.31), sabemos
também a promessa se refere àqueles que de fato são os verdadeiros israelitas,
pois “nem todos os de Israel são, de fato israelitas” (Rm 9.6), mas “os da fé é
que são filhos de Abraão” (Gl 3.7) e os que “são da fé são abençoados com o
crente Abraão” (3.9).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2.2A expansão do reino<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se a igreja herda as
promessas do reino que foram preditas a principio aos judeus, então significa
que os primeiros perderam a sua promessa? A resposta deve ser negativa, no que
se refere a Deus ainda ter uma promessa para eles na história da redenção.
Certamente “D</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Georgia; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">eus
não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu” (Rm 11.18), ainda que os
judeus perdessem proeminência nesse reino (por causa do seu endurecimento e
rejeição a Cristo) e agora fazem parte deste, como integrantes da igreja de
Cristo.No entanto, é fato que lhes aguarda grande benção para o futuro, porque “veio
endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios”
(11. 25).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Georgia; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Assim, o contexto de Romanos 11 é escatológico e trata do que Deus
fará aos judeus e gentios, essa relação da plenitude de Israel com o juízo
divino está estritamente ligada a teologia de Lucas em 21.23-24.Tendo a
afirmação supracitada como pano de fundo, então podemos dizer que a plenitude (<i>pleroma</i>) dos gentios e a conversão dos
judeus são grandes evidências do crescimento do reino e da aproximação da
consumação escatológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um segundo fator que
mostra o favor de Deus para o crescimento do reino em nossa era cristã são as
parábolas do Reino (Mt 13.31-33). Essas parábolas, mostarda e fermento, são
descrições do que Deus fará em seu reino implantado através de Cristo, ou seja,
haverá grande crescimento. Esse texto parece esclarecer o que Jesus dissera
anteriormente (vv.10-17), agora Ele estimula os seus discípulos com a realidade
do sucesso e crescimento extraordinário do reino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por conseguinte, não
devemos desconsiderar que o Reino, permanece para sempre como “</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">um grão de
mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo” (13.31), isso poderia
tentar aos ouvintes originais de Cristo a considerar que o reino prometido
pelos os profetas não estava sendo concretizado, pelo o contrário mostrava-se
pequeno, não intimidador, pouco influente e sem expressão de expansão. Porém, o
Senhor esclarece que não devemos desconsiderar o pequeno inicio, pois o Seu
reino assemelha-se a este grão “o qual é, na verdade, a menor de todas as
sementes, e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo
que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos” (13.32). O fato desse Reino
se manter humilde no principio, mas imponente no seu desenvolvimento é algo
claro. Porém o que significa a expressão “as aves do céu vêm aninhar-se nos
seus ramos”? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">A figura de uma arvore com aves se
aninhando em seus galhos leva-nos ao pano de fundo do Antigo Testamento,
especialmente em Ezequiel 17.23 quando afirma uma promessa que Deus cumprirá ao
Seu povo de que eles seriam plantados pelo Senhor e Ele mesmo nutriria e faria
crescer, pois “o plantarei, e produzirá ramos, dará frutos e se fará cedro
excelente. Debaixo dele, habitarão animais de toda sorte, e à sombra dos seus
ramos se aninharão aves de toda espécie”. Essa mesma figura é repetida em Daniel
4.12-22 na interpretação do sonho de Nabucodonosor, ele se tornara uma grande árvore
e as aves, as “extremidades da terra”, dependiam do seu reinado e domínio.
Assim, R.T. France assevera com agudez que, em sua análise, “esta parábola
convida a uma comparação entre o grande, porém de curta duração terrena do
império babilônio, e o muito maior e mais permanente reino dos céus” (2007, p.
527).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Da mesma forma a parábola do
fermento expressa a influência do reino permeando o mundo, contudo não está
expresso aqui se essa influência acontece de forma lenta ou cataclísmica,
progressivamente ou com percalços, devemos ter em vista que apesar de muitas
adversidades o reino dos céus, um dia, influenciará todo o mundo (Ap.21.22). Embora
as duas parábolas estejam estritamente relacionadas quanto ao sucesso do reino,
esta parábola do “fermento ensina que o reino um dia prevalecerá, a ponto de
não existir nenhum reino soberano que possa ser seu rival. Toda a massa de
farinha ficará fermentada” (LADD, 2003, p. 133-134).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">2.1 A consumação do Reino<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">A consumação desse reino acontecerá
na segunda vinda de Cristo (1Co 15.22-55), com isso queremos dizer que a
afirmativa paulina é que Cristo vem a segunda vez para trazer o fim, não para
inaugura um período intermediário.Pois quando o Senhor retornar haverá a
ressurreição dos “que são de Cristo, na sua vinda [...] e, então, virá o fim,
quando ele entregar o reino ao Deus e Pai” (vv. 23,24). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Ou seja, através da Sua obra, todos
os inimigos estão sendo subjugados por Cristoconforme profetizado no salmo
messiânico (Sl 110) e confirmado no Novo Testamento (At 2.34,35). Assim, a
epístola aos Hebreus (2.8) mostra que é um fato estabelecido no período da Nova
Aliança que “todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés” e ainda “desde
que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio”, embora seja
considerável que, pelo menos “agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele
sujeitas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">O amadurecimento (completude) do
reino não deve ser identificado como alguma era dourada ou cumprimento literal
de promessas feitas no Antigo Testamento, antes devemos esperar que esse
amadurecimento ocorrerá completamente na consumação escatológica, ou seja,no ingresso
para o reino eterno. Assim, o Novo Testamento desconhece um período
intermediário no qual aquelas promessas veterotestamentárias se cumprirão, em uma
era intermediária, ou em um mundo entre duas eras: a presente e a porvir (cf. Mc 10.30; Lc20.34-36; Ef 1.21).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Logo, o reino foi inaugurado por
Cristo em sua primeira vinda e o mesmo se prolongará no Novo Céu e Nova Terra
(Is 65.17-19 cf.Ap 21.1-4), sustentar um período que não é nem a Nova Criação,
no sentido pleno da revelação bíblica, e nem este presente mundo (ainda que o
seja de maneira melhorada) é ultrapassar os limites da revelação e impregnar um
entendimento estranho ao Novo Testamento por causa de um sistema escatológico.</span><span style="font-family: "Georgia","serif"; mso-bidi-font-family: Georgia; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3. PRÉ-MILENISMO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O pré-milenismo se
tornou uma visão da igreja majoritária do nosso tempo. O grande motivo foi expansão
missionária do movimento fundamentalista, no qual como uma reação conservadora
ao liberalismo teológico do século XX acabou adotando uma visão mais
literalista de muitas profecias do Antigo Testamento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para esta perspectiva,
mais conhecida como dispensacionalismo, além de ser mantida uma forte convicção
em um período de paz inaugurado com a segunda vinda de Cristo, mas ainda não a
Restauração de todas as coisas, acredita que muitas das profecias bíblicas do
Antigo Testamento encontrarão cumprimento nesse período milenar (Apocalipse 20).
Assim, segundo o pré-milenismo dispensacionalista, quando Cristo retornar a
segunda vez para estabelecer o milênio, então isso acontecerá de tal modo que o
templo, sacrifícios e o sacerdócio serão restaurados, quando os judeus reinarem
sobre a terra em um período de mil anos (Ez 36-48;Ap 20. 1-6).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Devido a preferência
dispensacionalista por um cumprimento rígido e literal das profecias
veterotestamentárias um “historicismo estranho levou muitos dispensacionalistas
a identificar a fundação do Estado de Israel, em 1948, como de profecia, que
por sua vez resultou num apoio em geral acrítico a Israel, para que ninguém seja
flagrado trabalhando contra os propósitos de Deus” (SAWYER, 2009, p. 425).Ou
seja,doses de expectativa excessiva no futuro fizeram com que esse sistema desse
uma interpretação aos eventos da história ao ponto de considerá-los seriamente
a partir de então.Assim, hoje dificilmente algum dispensacionalista não
concordaria que esse evento (a fundação do Estado de Israel em 1948) não está
conectado em algum tipo de tratamento especial de Deus com os judeus como um
cumprimento de alguma profecia bíblica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma segunda forma de pré-milenismo,
essa é a expressão mais antiga, o chamado pré-milenismo histórico. Segundo o
pré-milenismo histórico, também conhecido como pós-tribulacionista, não há
motivo para se acreditar em um caráter mais judaico no período do milênio
(embora seja um período de paz e prosperidade mundial pós-parousia), todavia baseia-se
tacitamente sua concepção de um milênio futuro e terreno reconhecendo que no
“único lugar da Bíblia que fala de um milênio real é a passagem de Apocalipse
20.1-6. Qualquer doutrina do milênio deve basear-se na exegese mais natural
desta passagem (LADD <i>apud</i> CLOUSE,
1985, p. 31).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.1 O pré-milenismo e Apocalipse 20.
1-6.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para o pré-milenista é crucial a certeza
de um reino milenar futuro por causa de sua completa dependência do texto de
Apocalipse 20.Esta é a condição <i>sinequa
non </i>para a sustentação da doutrina. Dessa forma os dispensacionalistas
adaptam as profecias veterotestamentárias nesse texto e o pré-milenismo
histórico também retém a sua teologia baseada nessa mesma porção para assegurar
as suas afirmativas milenaristas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Segundo o pré-milenista
Wayne Grudem, o fato de esta doutrina ser evidenciada, pelo menos de maneira
explicita, apenas em Apocalipse 20 não invalida a crença em um milênio futuro e
terreno de paz, porque “basta que a Bíblia diga uma coisa uma vez para que ela
seja verdadeira e algo em que devemos crer [...]” tendo em vista a revelação
progressiva os autores do Novo Testamento, especialmente João como o ultimo
escritor inspirado, e “uma vez que Apocalipse é o livro do Novo Testamento que
ensina de modo mais explicito sobre as coisas ainda no futuro, é apropriado que
essa revelação mais explicita do futuro milênio fosse colocada neste ponto da
Bíblia” (1999, p. 953). Logo, se essa é uma base segura para o pré-milenarismo,
então deve ser também uma base forte a crença na construção e demolição da
torre de Babel (Gn 11.1-9), na qual todos os crentes confirmam, porém é apenas
nesse texto de Gênesis que essa história é contada. E assim prossegue a
coerência textual dessa perspectiva dentro desse argumento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na interpretação do
Apocalipse, o Pré-milenismo histórico e o dispensacionalismo creem que este
livro deve ser lido de maneira futurista, ainda que existam divergências sobre a
intensidade desse caráter futuro e alguns pequenos detalhes em relação ao papel
de Israel naquele tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Porém é fato entre os
adeptos de ambos os grupos, que o texto (Ap 20. 1-6) deve ser considerado como
um período futuro de: paz e prosperidade;em que Satanás será preso para não
mais agir nesse mundo durante o milênio (vv.1-3); a primeira ressurreição
física acontecerá após a segunda vinda de Cristo e prisão de Satanás, na qualos
tronos estarão na terra e que os crentes se assentarão para reinar (v.4); a segunda ressurreição física, dos descrentes,
acontecerá após o milênio (v.5); depois do reinado futuro de Cristo na terra
(pós-parousia) Satanás será solto e seduzirá as nações congregando um
interminável número delas para a peleja contra os santos (vv. 7-10); haverá o julgamento final (vv. 11-15). Essa é a
estrutura da primeira perícope de Apocalipse 20, sendo demonstrada assim é
levada a sério porções de literalismo, futurismo e uma interpretação inclinada
a questões anti-simbólicas (como o amilenismo, por exemplo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por ser um texto chave
para essa perspectiva escatológica, muitos pré-milenaristas insistem que a sua
leitura de Apocalipse 20 é a mais pura, simples e desligada de comprometimentos
de sistemas. Assim, ainda que pré-milenistas assumam os riscos de basear esta posição
com base em praticamente um texto, contudo mantêm a ignorância quanto ao que exatamente
acontecerá e aos outros detalhes daquela era futura pós-parousia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">assim,
não é de admirar se, antes do estado eterno, Deus tiver instituído um passo
final no desvendar progressivo da história da redenção. Isso serviria para
aumentar a sua glória quando os homens e anjos levantarem os olhos, surpresos
com a maravilha da sabedoria e do plano divinos (GRUDEM, 1999, p.957).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa afirmativa deixa
claro que ainda que algum tipo de milênio seja buscado no AT, porém ele só
aparece de maneira clara e inequívoca apenas nesse texto. Assim,permanece a
questão para ser decidida sobre: o caráter desse milênio, o que significa a
prisão de Satanás e o reinado dos santos durante esse período; na qual trataremos
a seguir como uma resposta ao pré-milenismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4. PROBLEMAS DO PRÉ-MILENISMO. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O principal argumento
utilizado pelos teólogos pré-milenistas é o de que ao fazerem a sua teologia em
Ap 20, são os únicos capazes de oferecer uma leitura simples e natural do
referido texto. Por conseguinte, se outras opções de milênio não se adequarem a
pré-milenarista, então apresentam uma grande rejeição a qualquer opção
alternativa, como o comentário de Wayne Grudem que “uma objeção importante ao
amilenismo deve continuar sendo o fato de não conseguir propor nenhuma explicação
realmente satisfatória para o Apocalipse” (p. 957). Mas será realmente que a
leitura desse texto conforme apresentado pelo pré-milenismo é realmente uma
leitura simples, natural e que flui do texto ao ponto desta ser a única
interpretação viável</span>?<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4. 1 Apocalipse 20.1-6 não ensina a
doutrina pré-milenista<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É importante observar
que o principal argumento em favor de um milênio futuro e pós-parousia de paz e
prosperidade baseado nessa pequena porção das Escrituras é norteado por algum
tipo de purismo, como se um texto como esses com tantas interpretações controversas
pudesse favorecer um fundamento para todo um sistema. Assim, entendemos que a
leitura pré-milenista desse não é de forma alguma natural ou desprovida de
pré-concepções, pelo contrário: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">mesmo a interpretação literal dos prémilenistas
não é coerentemente literal, pois entende a corrente do versículo 1 e também,
conseqüentemente[<i>sic</i>], a prisão do
versículo 2 figuradamente, muitas vezes concebe os mil anos como um longo mas
indefinido período, e transforma as almas do versículo 4 em santos ressurretos.
Estritamente falando, a passagem não diz que as classes referidas (os santos
mártires e os que não adoraram a besta) ressuscitaram dos mortos, mas
simplesmente que viveram e reinaram com Cristo. E se declara que este viver e
reinar com Cristo constitui a primeira ressurreição. Não há absolutamente
nenhuma indicação nestes versículos de que Cristo e os Seus santos estão
exercendo governo na terra. À luz de passagens como Ap 4.4 e 6.9, é muito mais
provável que a cena se passa no céu. Também merece nota que a passagem não faz
menção nenhuma da Palestina, de Jerusalém, do templo e dos judeus, os cidadãos
naturais do reino milenar. Não há nenhuma insinuação de que esses elementos
estejam de algum modo relacionados com este reinado de mil anos(BERKHOF, 2007,
p. 659).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sobre a prisão de
Satanás nada nos é dito no texto bíblico (vv.1-3) que pinte as cores imaginadas
pelos pré-milenistas sobre esse suposto tempo futuro, apenas diz que “Satanás
foi preso para não mais enganar os gentios” (<i>ta ethne</i>). Apenas uma limitação é descrita aqui e “temos de lembrar
que prender Satanás é uma maneira simbólica de dizer que seu poder e sua
atividade foram reduzidos drasticamente; não significa imobilidade total”
(LADD, 1980, p. 195). Porém mesmo reconhecendo que Cristo prendeu o valente
através de sua primeira vinda (<i>deo</i>
cf. Mt 12.28-29) e o expulsou através da Sua obra (<i>ekballõ</i>é a mesma palavra usada pelo o autor de Apocalipse em Jo
12.31-32) para que o evangelho fosse pregado além do povo de Israel, ou seja
agora para todas as nações (<i>pasin tois
ethnesin</i> cf. Mt 24.14; 28.19), o sistema pré-milenista ainda permanece aguardando
uma prisão no futuro que nem é essa prisão conforme o exame supracitado e nem é
a derrota definitiva de Satanás (Ap. 20.10), ou seja, algo estranho a todo o
Novo Testamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas se a prisão de
Satanás (vv. 1-3) não é algo futuro, porém que já aconteceu através da primeira
vinda de Cristo, então o que dizer do reinado dos santos (vv. 4-6)</span>? <span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
importante lembrar que o texto apenas diz que João viu “tronos, e nestes
sentaram-se aqueles a quem foi dada autoridade de julgar” (v.4), o texto não
diz que esses tronos estão na terra; o anjo desce do céu para prender a Satanás
no primeiro versículo, mas em relação aos tronos (v.4) não há esse indicativo
que confirme que esses tronos estão na terra também. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por tanto, uma vez que
temos uma afirmação de que as almas dos decapitados são aqueles que “vivem e
reinam” (v.5), não é improvável que sejam os mesmos agentes que ocupam lugares
de posição ao se assentarem nos tronos. Há um detalhe importante, o texto diz
que quem vive e reina são almas; e mais adiante, diz “dos decapitados”, ou seja,
é como se estivesse quase fazendo um contraste de almas com os corpos daqueles mártires,
no qual também já tinha sido expressa em passagem paralela (6.9-11) a situação dessas
mesmas almas-mártires no céu com o Senhor. Por conseguinte merece observação
também o fato de que “na passagem inteira não uma única palavra sobre a
ressurreição dos corpos” (HENDRIKSEN, 2001, p. 254).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outra forte evidência que esse período de reinado
dos santos (vv.4,5) ocorre durante o estado intermediário é que, conforme
analisou a grande autoridade no livro de Apocalipse, G. K. Beale: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 7.1pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">o
paralelo com 6:9 sugere fortemente que a cena aqui também é ilustrada como o reinado dos santos no céu e não sobre
a terra (como também7: 14-17). Eles permaneceram fiéis até a morte, quer seja
pelo o martírio ou não. A localização celestial dos tronos em 20:4 é evidente a
partir da observação de que das quarenta e seis vezes que a palavra trono (<i>thronos</i>) aparece em quarenta e quatro
ocorrências nesse livro claramente esses tronos estão no céu. A permanência de
três usos desta refere-se ao trono de Satanás e da besta, que também não se
trata de algo terreno, mas localizado em uma dimensão espiritual.(1999, p. 998,
999)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O que é interessante é
que mesmo como uma probabilidade mínima de uso dessa palavra para servir de
apoio ao pré-milenismo, mesmo com tanta dificuldade em harmonizar os usos desta
palavra nesse livro, ainda assim prefere-se assumir e montar a combinação de um
sistema baseado em um uso único. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma questão que tem se enfatizado
com bastante frequência é que a palavra viver(<i>ezesan</i>)nunca é utilizada com algum outro sentido senão o de
ressurreição corporal (Mt 9.18; Rm 14.9; 2 Co 3.14;Ap 2.8), porém encontramos
em Lucas 20.36-38 o registro de Cristo confrontando os fariseus que não asseguravam
não somente descrença em relação a ressurreição, mas também do estado
intermediário da alma (diferente dos fariseus), aos quais é dito que os mortos Abraão,
Isaque e Jacó estão vivos diante de Deus (v.38), “ora, Deus não é Deus de
mortos, e sim de vivos; porque para Ele todos vivem” (<i>pantes gar auto zõsin</i>). Em relação a esse texto Lucas (20.36-38), o
Dr. Joel Green assegura de que esta afirmativa de Cristo aos saduceus “conclui
que Abraão, Isaque e Jacó devem, portanto, ainda estar vivos [...]” e que a Sua
idéia nesse texto “lembra a teologia de 4 Mac 7.19; 16.25, onde é afirmado que
os mártires vivem diante de Deus da mesma forma como esses patriarcas” (1997, p.
722).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esse “viver” era uma realidade
presente também na teologia do Antigo Testamento, pois o argumento de Cristo
foi tirado do texto de Ex 3.1-6 afirmando que “Deus não é Deus de mortos, e sim
de vivos” como uma menção feita por Cristo de “que, na ocasião em que o livro
de Êxodo foi escrito todos esses patriarcas já estavam mortos muito tempo” e “se
Deus, entretanto, afirma que ainda tem um relacionamento com eles, de alguma
forma eles ainda estão vivos” (ISAAK <i>apud
</i>ADEYEMO, 2010, p. 1274). Ou seja, não somente a teologia do estado
intermediário é algo que permeia o Antigo Testamento e que passeia pelo período
inter-bíblico, caminha pelo Novo Testamento até Apocalipse como uma expressão segura
de conforto esperança e relacionamento espiritual diante de Deus no céu (Ap
6.9-11; 20. 4).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se é fato que essas
almas “vivem e reinam com Cristo”, qual, então, é o período desse estado de bem aventurança</span>?
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
resposta deriva do próprio texto, no qual nos mostra os três primeiros
versículos à visão que João teve de uma prisão de mil anos imposta sobre
Satanás (vv. 1-3), porém a partir dos próximos versículos (vv.4-6) observamos
que essas almas também vivem e reinam por um período igual de mil anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Por período de mil anos não desejamos dizer
que o Apóstolo que isto seja um número literal, pois devido o gênero literário
desse livro, é provável “por causa dos óbvios números simbólicos de Apocalipse”
e “mil equivale a dez elevado à terceira potência – um número ideal” (LADD, 1980,
p.194). O que significa que a vida e reinado desses santos é algo favorável,
ideal e completo; ou seja, “é viver com Cristo: “e viveram e reinaram com ele
durante mil anos” (ver Ap 7.9ss.).No céu essas almas respondem de modo perfeito
a um perfeito ambiente. E o que é vida senão isso</span>?<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">”(HENDRIKSEN,
2001, p. 254). Isso foi um grande conforto para os primeiros cristãos e
ouvintes de João que tiveram parentes mortos cruelmente pela perseguição
imposta através do império romano no séc. I (13. 1-18), mas que agora sabem que
seus amados permanecem em um estado de bem-aventurança (14.13 cf. 20.5). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.2 Um olhar mais próximo em Apocalipse
19-20 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outro problema para a
teologia pré-milenista é a crença de que os capítulos de Apocalipse obedecem uma
sequencia cronológica, ainda que haja divergências entre pré-milenistas quanto
a intensidade e frequencia dessa sequencia. Todavia, para se sustentar um milênio
pós-parousia, há unanimidade entre esses teólogos da perspectiva de sequencia entre os capítulos 19-20. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Isso é problemático,
pois o esse gênero literário não demanda tal rigidez de sequencia, mas o texto
de Apocalipse apresenta uma série de relatos paralelos culminado no Juízo Final
e/ou a Segunda Vinda de Cristo em sete seções que apresentam certo tipo de
progressão lógica dos eventos descritos; caso contrário veremos a destruição
completa e final do mesmo mundo e dos homens várias vezes, se for observado do ponto
de vista de sequencia cronológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O que temos em questão
é o fato de que é improvável haver sequencia
nessa parte crucial do texto (19-20), porque logo no capítulo dezenove é
descrita a Segunda Vinda de Cristo e a Sua vingança contra os inimigos (besta,
falso profeta e os descrentes). O texto nos diz que Ele vem para que “comais
carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e
seus cavaleiros, carnes de TODOS, quer livres, que escravos, tanto pequenos
como grandes” (v.18);ou seja, é um verdadeiro massacre e não resta ninguém(v.21).
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O problema é que no
final do texto de Ap. 20.10 (quando Satanás é solto após os mil anos), ele sai
para “seduzir as nações” e as congrega para a batalha de Gogue e Magogue contra
o povo de Deus.Porém resta-nos perguntar: Se já foram todos destruídos no capítulo
dezenove, que é que sobra para ser seduzidos no final do milênio?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outra questão que não
existe resposta satisfatória à leitura feita pelo pré-milenismo do texto em questão (Ap 19-20) é que após os
mil anos quando Satanás for solto algo estranho também acontecerá.Ele, o diabo,
além de seduzir as nações e ajuntá-las para a peleja contra o povo de Deus,
parece que encontrará multidões ávidas pela sua soltura e nos é dito que em
relação a essas nações “o número dessas é como a areia do mar (20.8), enquanto
o povo de Deus é comparado a um acampamento e a uma cidade apenas (20.9) e “só
fogo vindo do céu salva o frágil agrupamento” (GRIER, 1987, p.118).Mas se o
período de mil anos aqui na terra era de plena paz, prosperidade, conversões,
com os crentes ressuscitados de todas as gerações em todas as nações e os
ímpios mortos somente ressuscitarão na segunda ressurreição, por que no final
desse reinado de santos existem mais incrédulos do que crentes?Não deveria ser
o contrário?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Alguns teólogos têm
feito ligações de1 Corintios com Apocalipse 20 como se o texto paulino
ensinasse o esse período de reino intermediário pós-parousia. Assim, Ladd, por
exemplo, se mantêm otimistas em asseverar um provável milênio no ensino de
Paulo, quando afirma que “há somente mais uma passagem no Novo Testamento que
poderia estar considerando um governo temporal de Cristo entre a sua parousia e
o <i>telos</i>: 1 Co 15.23-24” (1980, p.
199). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A tese de um provável
reinado milenial em 1 Co 15. 23-25 é também defendida pelo teólogo Grudem:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">Quando
Paulo fala da ressurreição, diz que cada um receberá um corpo ressuscitado,
segundo a própria ordem dele: <span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Cristo
as primícias, <i>depois</i> (<i>epeita</i>) os que são de Cristo, na sua
vinda.</span> E, <i>então</i>
(<i>eita</i>) virá o fim, quando ele
entregar o reino ao Deus e Pai, e quando houver destruído todo principado, bem
como toda potestade e poder. <span style="background: white;">Porque convém que
reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés (1.Co15.23-25).
As duas palavras grifadas nesse passagem (<i>epeita
e eita</i>) significam “após”, não “ao mesmo tempo”. Por tanto a passagem dá
alguma base para a ideia de que, assim como há um intervalo entre a
ressurreição de Cristo e a sua segunda vinda, quando receberemos um corpo
ressurreto (v.23), também há um intervalo entre a segunda vinda e o fim (v.24),
quando Cristo entregar o reino a Deus depois de reinar por um tempo e colocar
todos os inimigos sob os seus pés. (1999,
p. 965)</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 6.5pt; line-height: 150%;"><br />
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com isso é dito que
essa passagem ensina algo sobre um reino intermediário futuro, porém o Dr.
Robert Mounce, um pré-milenista assumido, adverte que “a tentativa de atribuir uma
crença no milênio sobre a base de 1 Co 15:20-28 não é algo convincente” (1997,
p. 367).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa separação e
intervalo rígido ocasionado pelas palavras “então” e “depois” não podem
carregar todo o peso de suporte dessa doutrina tão crucial. Assim, Vosassume a
análise do texto afirmando que:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">[<i>eita</i>] pode ser usado como um <i>tóte</i>(então) para expressar<i>momentos de sequencias de eventos</i>[...]
de acordo com os versículos 50-58, quando os mortossão ressuscitados
incorruptíveis, e os vivos são transformados (i.e. conforme o versículo23 na
parousia), a morte é tragadana vitória. O Apóstolo aqui fala em termos de
absoluta consumação. (1930, p. 243, 245)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ou seja, simplesmente a
passagem aponta para o que acontecerá no momento do retorno do Senhor, como por
exemplo: a ressurreição e o estado final de tudo. Porém nos convém perguntar: que
fim é esse (v.24) no texto?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Vejamos que mais a
frente (v.52) o Apóstolo diz que quando houver a ressurreição da qual falara
antes (v.23) trazida na vinda de Cristo, acontecerá também a transformação do
nosso corpo mortal ao soar da última trombeta (v.52 cf. Ap. 11.15-19),e então a
morte será destruída/aniquilada(cf. vv. 53-55).Assim todos os inimigos serão
destruídos, o último é a morte; quando a morte for derrotada esse reino chegará
ao final.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Porém os pré-milenistas
acreditam que quando Cristo voltar, apesar de haver a ressurreição dos crentes,
ainda assim, a morte ainda permanecerá no milênio. Dessa maneira, o fim não é
chegado até que termine os mil anos, e ainda surge a pergunta ao perscrutador
dessa doutrina: “se o glorioso salvador reinou durante mil anos e colocou todas
as cousas, até o ultimo inimigo sob os seus pés, de onde virão as hostes
malignas: (“dos quatro cantos da terra”) ao fim desses mil anos? Para essa
pergunta não tem o pré-milenista resposta satisfatória”(GRIER, 1987, p.83). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.3 O Antigo Testamento nada fala sobre
o milênio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por último, e não menos
importante, o Antigo Testamento nada diz em relação a esse período,conforme foi
atestado<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8852857196881684853" name="_GoBack"></a> no inicio desse ensaio. Mas não é difícil vermos anexados a doutrina
de um milênio futuro, vários textos do Antigo Testamento. Porém o que existe
simplesmente na interpretação desses temas proféticos é um descarregamento de
textos da literatura veterotestamentária para dentro de seis frágeis versículos
(Ap. 20.1-6) desse difícil gênero literário (Apocalipse).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim, por exemplo, o
texto de Amós 9.11-12 poderia se referir a um período áureo de reinado
messiânico, se não fosse o desenvolvimento da revelação progressiva através da
aplicabilidade desse texto à igreja do Novo Testamento, conforme usado por
Tiago (At 15. 15-18). E não apenas foi uma parte do cumprimento que foi usado
nesse texto lucano, senão isso diminuiria a força do argumento do próprio
Tiago. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O Antigo Testamento mostra
a beatitude do povo de Deus no período presente (como a restauração sob Zorobabel)
e, mais propriamente, sobre a doutrina do Novo Céu e Nova Terra. Assim, quando
a Bíblia fala de um estado de grande paz e prosperidade, ela fala em linguagem
fenomenológica (acomodação), logo um exemplo é importante: o texto de Isaías
65.17-25 mostra um período dourado de paz e felicidade, porém ao chegarmos no
Novo Testamento observamos que isso é cumprido no Novo céu e Nova Terra (Is 65.
17 cf. Ap 21.1), esse é o lugar onde a Jerusalém de Deus vai permanecer (Is
65.18 cf. 21.2) e o lugar onde “nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem
de clamor” (Is 65. 19 cf. Ap. 21.4). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outras afirmações desse
texto profético que diz que “aquele que morrer aos cem anos é morrer ainda
jovem” (v.20) é algo comum na literatura profética e apocalíptica para descrever
um período que as pessoas viverão sobremaneira, o próprio livro de Apocalipse
usa isto ao dizer que no Novo Céu e Nova Terra haverá folhas para cura da
nações (Ap. 22.2), mas isso não significa que haverá doença ali, apenas uma
linguagem para o ouvinte contemporâneo do autor entendê-lo. É importante
atentarmos ao benefício da revelação progressiva, embora os Judeus que a
desprezam, nós cristãos não podemos repetir o mesmo erro ao tratarmos o texto
do Antigo Testamento, porém é fato que:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">o dispensacionalismo, juntamente com outras
formas de pré-milenismo, é um sistema de teologia biblica defeituosa porque não
extrai as suas pressuposições interpretativas da Biblia. Por exemplo, ele
enfatiza que toda a profecia se cumpre num sentido literal. Isso não está de
acordo com a evidência do Novo Testamento, que interpreta a profecia à luz de
Cristo</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">(</span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%;">GOLDSWORTHY, 2012, p.134).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Isso é um erroque foi
advertido por Hoekema ao examinar as profecias de bem-aventurança que estão no
Antigo Testamento concluindo que “as profecias desta natureza deveriam ser
entendidas como descrições – certamente em linguagem figurada- da nova terra
que Deus trará à existência após a volta de Cristo(2001, p. 325).Por isso
concluímos que em lugar nenhum o Novo Testamento nos ensina uma esperança
pré-milenar, pelo contrário a esperança da igreja repousava sobre a vinda de
Cristo que inaugurará a restauração de todas as coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Da mesma forma, em2
Pedro 3.10-13 nos ensina que a nossa
postura em relação ao futuro é de estarmos “esperando e apressando a vinda do
Dia de Deus [...]”, pois esse Dia não trará, um reino transitório chamado de
milênio, mas “os céus serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão”
(v.12) como própria a renovação de toda a “criação que geme e suporta angustias
até agora”(Rm 8. 20-22); todavia para o cristão “segundo a sua promessa,
esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (v.13).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Após
a verificação da doutrina relacionada ao estado final das coisas, mais
especificamente o reino de Deus e o milênio estamos certos de que a análise
deve ter um interesse maior do que a simples curiosidade acadêmica, porque a
forma como vemos os eventos relacionados ao fim determinará a nossa esperança e
como ansiamos pelo seu objeto. É fato que a igreja contemporânea tem se
mostrado indiferente relacionado ao que Deus fará no futuro ou com excessiva
curiosidade de perscrutar o que não lhe foi revelado; cremos que são dois extremos
que devem ser evitados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Acima
de todas as preferências que nutramos em direção a alguma preferência
escatológica devemos, no entanto, estarmos certos de que ainda que determinada
perspectiva seja adota como a melhor, essa não ficará isenta de problemas
hermenêuticos e não poderá conceder todas as respostas necessárias. Cremos que
a perspectiva amilenista é a que melhor referenda o texto de Apocalipse com o
todo das Escrituras e que o pré-milenismo falha em deixar-se permitir que o fator
determinante de sua esperança se encontre em um texto obscuro e que lhe dá
pouca margem para analisar Escritura com Escritura. Porém reconhecemos que
ambos os posicionamentos precisam ser respeitados, visto que há uma gama de
eruditos e homens piedosos que abraçam ambos os sistemas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim,
devemos nos abster de qualquer opinião que não esteja fundamentada nas
Escrituras, ainda que esteja seja muito atraente como opções escatológicas da
teologia moderna. É fato que o Senhor voltará de maneira visível e estará para
sempre com o seu povo, porém os detalhes em relação a esse evento é algo que
não deve nos dividir ao ponto de gerar desamor por causa de certa preferência
milenial. Certamente haverá grande transformação no coração, pensamento e
prática da igreja hodierna quando houver mais dedicação aos textos bíblicos que
tratam do assunto; humildade ao falar sobre isso e testemunho em relação aos
eventos que nos aguardam. Haverá também piedade na vida diária da igreja quando
nos detivermos mais sobre esse assunto com um espírito de oração. Que Cristo
tenha misericórdia do Seu povo enquanto aguardamos o Seu retorno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">REFERÊNCIAS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">1. FRANCE,
R. T. <b>The gospel of Matthew: T<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">he New International<span class="apple-converted-space"> C</span><em><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">ommentary</span></em><span class="apple-converted-space"> </span>on the New Testament.</span></b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> Grand Rapids: Wm. B.
Eerdmans Publishing Co. 2007. </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">2. MOUNCE, Robert H. <b>The book of Revelation: <span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">the new international<span class="apple-converted-space"> </span><em><span style="font-style: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">commentary</span></em><span class="apple-converted-space"> </span>on the New Testament.</span></b><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> Grand Rapids: Wm. B.
Eerdmans Publishing Co. 1997. </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">3. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;">BERKHOF, Louis. <b>Teologia
Sistemática. </b></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;">3ª edição. São
Paulo: Cultura Cristã, 2007</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.
GRUDEM, Wayne. <b>Teologia
Sistemática</b>. São Paulo: Vida Nova, 1999.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5. ADEYEMO, Tokunboh. <b>O comentário bíblico africano.</b> São Paulo: Mundo Cristão, 2010.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">6. HOEKEMA, Anthony. <b>A Bíblia e o futuro. </b>São Paulo: </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;">Cultura Cristã</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, 2001.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">7. </span><span style="background: #FEFDFA; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;">HENDRIKSEN, William.<span class="apple-converted-space"> </span><b>Mais que vencedores: uma
interpretação do livro do Apocalipse.</b> São Paulo: </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;">Cultura Cristã<span style="background: #FEFDFA; color: #333333;">, 2001.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: #FEFDFA; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;">8. GRIER, W. J. <b>O maior de todos os acontecimentos. </b>São
Paulo: Luz Para o Caminho, 1987.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">9. </span><span style="background: #FEFDFA; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;">CLOUSE, Robert G. (editor). <b>Milênio:
significa e interpretações</b>. </span><span lang="EN-US" style="background: #FEFDFA; color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;">Campinas: Luz Para o
Caminho, 1990.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">10. Beale,
G. K. <b>The Book of Revelation: A Commentary on the Greek Text</b>. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Grand
Rapids, Mich: W.B. Eerdmans, 1999<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">11. <span style="background: white; color: #222222;">GOLDSWORTHY, Graeme. <b>Pregando toda a Bíblia
como escritura cristã.</b></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-theme-font: major-bidi; mso-bidi-theme-font: major-bidi; mso-hansi-theme-font: major-bidi;"> São
José dos Campos, Editora Fiel, 2012.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">12. LADD, George E. <b>Apocalipse: introdução e comentário.</b> São Paulo: Vida Nova, 1980.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">13. SAWYER, James M. <b>Uma introdução à teologia: das questões
preliminares, da vocação e do labor teológico.</b> São Paulo: Vida, 2009. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">14. VOS,
Geerhardus. <b>The pauline eschatology</b>.
P & R Publishing Company, 1992. <o:p></o:p></span><br />
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span>
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">15. GREEN, Joel B. </span><b style="font-family: 'Times New Roman', serif;">The gospel of Luke: T<span style="background-color: white;">he New International<span class="apple-converted-space"> C</span><em><span style="font-style: normal;">ommentary</span></em><span class="apple-converted-space"> </span>on the New Testament.</span></b><span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif;"> Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co. 2007.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Raquel/Desktop/Evandro%20Junior/A%20ESPERAN%C3%87A%20CRIST%C3%83%20(original).docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ensaio acadêmico apresentado à
disciplina de Teologia Sistemática IV, ministrada pelo Rev. Francisco Macena,
semestre 2013.2.</span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Raquel/Desktop/Evandro%20Junior/A%20ESPERAN%C3%87A%20CRIST%C3%83%20(original).docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Bacharelando em Teologia na
Escola Teológica Charles Spurgeon.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<br /></div>
</div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-51909198725325389752013-08-25T18:06:00.004-07:002013-08-25T18:23:10.771-07:00<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">TEOLOGIA DA NOVA ALIANÇA: UMA ANÁLISE</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> </span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 16px; text-align: right;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 16px; text-align: right;"> SANTOS JUNIOR, Evandro Carvalho dos (ECS)</span><a href="file:///C:/Users/Junior%20e%20Ramone/Desktop/Escola%20Charles%20Spurgeon/TRABALHOS%20DO%20SEMIN%C3%81RIO/Ensaio-TEOLOGIA%20DA%20NOVA%20ALIAN%C3%87A.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 16px; text-align: right;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 18px;">[1]</span></span></span></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKY8BzEW8dOxKZkoBWWPpFuq2K0JBnMvVI5sa-O2u1jwvsHvpE51QPSqhacWhfqcZuDCu0PDniKMpwK0DozvV0w92I1uI2j11uJCDNym77kY4nbHazIghV28ouh-Zi-qR37Ac98XIypiQ/s1600/MANDAMENTOS.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKY8BzEW8dOxKZkoBWWPpFuq2K0JBnMvVI5sa-O2u1jwvsHvpE51QPSqhacWhfqcZuDCu0PDniKMpwK0DozvV0w92I1uI2j11uJCDNym77kY4nbHazIghV28ouh-Zi-qR37Ac98XIypiQ/s1600/MANDAMENTOS.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKY8BzEW8dOxKZkoBWWPpFuq2K0JBnMvVI5sa-O2u1jwvsHvpE51QPSqhacWhfqcZuDCu0PDniKMpwK0DozvV0w92I1uI2j11uJCDNym77kY4nbHazIghV28ouh-Zi-qR37Ac98XIypiQ/s1600/MANDAMENTOS.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKY8BzEW8dOxKZkoBWWPpFuq2K0JBnMvVI5sa-O2u1jwvsHvpE51QPSqhacWhfqcZuDCu0PDniKMpwK0DozvV0w92I1uI2j11uJCDNym77kY4nbHazIghV28ouh-Zi-qR37Ac98XIypiQ/s320/MANDAMENTOS.jpg" width="190" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span><br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> 1
INTRODUÇÃO <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sabendo da importância que a teologia
bíblica possui para determinar o modo de viver de todo cristão, propomos uma
análise de uma perspectiva não muito popular, mas extremamente voltada a
assuntos relevantes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A Teologia da Nova
Aliança será esboçada nesse ensaio de uma maioria histórica, pois sempre é
importante verificar o desenrolar de uma doutrina em tempos passados. Essa
análise histórica passeará desde o período patrístico até a maneira moderna
estruturada que hoje a Teologia da Nova Aliança possui.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Depois disso,
definiremos o que é a Nova Aliança e o seu breve relacionamento com outros
sistemas, como a Teologia do Pacto e o Dispensacionalismo; a hermenêutica
aliancista, e o seu entendimento em relação às promessas a Israel e a questão escatológica
nesse sistema.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como o tema demanda uma
analise exegética bem extensa e complexa, não nos aprofundaremos em expressões
mais técnicas ou de extrema complexidade. Pois, acreditamos que uma visão panorâmica
desse sistema sempre será útil, seja em que nível for. Porém, por motivos de
simplicidade, observaremos a ideia básica da Teologia da Nova Aliança e como
ele se relaciona com a Bíblia.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2
A HISTÓRIA DA TEOLOGIA DA NOVA ALIANÇA<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A Teologia da Nova
Aliança como um sistema completo, tem sua inauguração em anos bem recentes. Porém,
suas bases têm sido rastreadas até o período patrístico. Ponderando com extrema
cautela o fato de que os pais da igreja não possuíam uma perspectiva moderna de
neo-aliacismo, mas algumas afirmativas apenas. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim, Irineu (d.C.130-202) demostrava
um extremo contraste entre a Antiga Aliança e a Nova (uma característica bem
peculiar do neo-aliacismo) provando a superioridade desta ultima, </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">como</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">
inaugurada por Cristo:<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #dd4b39; display: none; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hide: all;">Alpha</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: whitesmoke; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: top;">
<span style="color: #888888; display: none; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hide: all;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Jesus quer dizer com essas
coisas que são trazidas do tesouro novo e do velho, duas alianças, a velha, que
foi a lei dada anteriormente, e, aponta como nova, dessa forma fora de vida exigida
pelo Evangelho. ...E Jeremias diz:"Eis que farei uma nova aliança, não
como eu fiz com seus pais" no Monte Horebe. Mas um só e o mesmo o dono da
casa produziu ambas as alianças, a Palavra de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, que
falou com Abraão e Moisés, e que restituiu-nos de novo à liberdade....
(Irenaeus <i>apud</i> WELLS; ZASPEL, 2002,
p.p 23,24)<sup>2</sup><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nessa declaração,
Irineu demostra a superioridade da Nova Aliança em relação a aliança mosaica e
abraâmica, insistindo que essa transição ocorreu mediante o sacrifício de
Cristo. Todavia, isso não anularia o plano da redenção divina, pois, tanto a
antiga aliança quanto a nova foram instituídas por Deus, “o dono da casa”. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando o neo-aliancismo
percebeu esse claro contraste que os pais da igreja faziam entre Antiga e Nova Aliança,
observaram que a Antiga na maioria das vezes mencionadas pela bíblia referia-se
a Aliança mosaica, o pacto da lei.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Justino Mártir
asseverou que os cristãos:<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">[...]
não confiam por meio de Moisés ou através da lei... Agora, a lei colocado
contra a lei revogou o que está antes dele, e uma aliança que veio depois de
uma maneira que pôs fim a anterior, e uma lei eterna e final , ou seja, por
Cristo foi dada a nós, e o pacto é de confiança, depois dessa não haverá mais
nenhuma lei, mandamento e
ordenança."</span><span style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (<i>apud</i> PETTEGREW</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"> ,2007,p.193).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com isso, ele deixou
claro que base para o comportamento e a confiança do crente na Nova Aliança
repousa em uma lei que Cristo entregou; não uma repetição do que fora dito
antes, mas uma nova lei.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Orígenes (d.C.185-254) também
manteve essa ênfase em duas alianças distintas, uma com a igreja (a nova
aliança) e outra com Moisés, comentando Efésios 2.12 afirmava que os gentios
eram “estranhos as alianças de Deus dada
por Moisés e por Jesus, nosso Salvador, e que não tinham parte nas promessas
que Ele fez por eles [..]” e, então, não seria apenas uma questão de ênfase ou
abrangência de uma só aliança, mas porque “Ao dizer isso, ele parece limitar as
alianças [...] (<i>apud</i> WELLS; ZASPEL,
2002, p. 25). Essa dicotomia é fundamental para a Teologia da Nova Aliança, é
sobre ela que a perspectiva se sustenta ou rui.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Contudo, a ideia de
continuidade da lei/decálogo mosaico permaneceu vigente na idade média através
de Tomás de Aquino (d.C.1227-1274) que influenciou o pensamento medieval
através da sua Suma Teológica. Assim, Ele observava que segundo a passagem de
Hebreus 1.1-2, aquela revelação dada por Deus “[...] prova a excelência da Nova
Lei sobre a Antiga; porque no Novo Testamento Deus <i>falou-nos pelo Seu Filho,</i> enquanto que no Antigo Testamento <i>a palavra</i> foi <i>falada por anjos </i>(ii.2)”(<i>apud</i>
WELLS; ZASPEL, 2002, p. 25). Isso é apresentado como uma e a mesma substância
(lei?) asseverada em ambos os Testamentos com uma diferença, apenas, de
mensageiros. No Antigo Testamento essa lei foi exposta por meios diferentes
daqueles da Nova Aliança, mas permanece a mesma mensagem, sem descontinuidade.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mais adiante, durante o
período da Reforma Protestante, algumas características do neo-aliancismo foram
encontradas nas afirmações do Anabatismo. Essas peculiaridades na Reforma Radical
mantinham elementos de uma “Nova Lei”, estava em oposição a lei de Moisés, asseverando
que o Novo Testamento possuía autoridade hermenêutica sobre todo o Antigo Testamento.
<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Algo ainda muito comum
nesse grupo era a sua tipologia bem semelhante ao neo-aliancismo moderno. Como
bem expressou o anabatista </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Hans Betz martirizado em (1537)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">:
<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Cristo
nos mostra a lei de Deus para o homem: "Faça aos outros o que gostaria que
fizessem com você. "Ele nos mostra o que é bom e o que é ruim para que
possamos viver de uma maneira diferente. Cristo é o cumprimento da lei que foi
dada em figuras a Moisés. Todos as figuras da
lei finalizam em Cristo, porque Cristo é a lei. [<i>sic</i>] pois obedecer a lei, diz Cristo, é amar a Deus com toda a
força da nossa almas, e amar o nosso próximo como a nós mesmos. Nestes breves
mandamentos a lei é recolhida em Cristo (<i>apud</i>
HOOVER, 2008, p. 107).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa era uma declaração
típica de um anabatista do séc. XVI, os radicais, como eram conhecidos,
enfatizavam a ética do amor, pois a “Fé e amor de um coração puro, diz Paulo, é
a soma de todos mandamentos [...] e, “é assim que a lei e os profetas são
cumpridos em Cristo, nosso Senhor. Esta é a maneira que ele tem nos mostrado
que conduz ao Pai e a vida eterna [...]”(</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">BETZ <i>apud </i></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">HOOVER, 2008, pp. 107,108).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No período pós-reforma,
a Teologia da Nova Aliança foi identificada “especialmente entre os puritanos, como
John Bunyan”(FERREIRA;MYATT, 2007,p.1155). Muitas expressões de Bunyan
apontavam para uma visão de lei bem parecida com o neo-aliancismo. Um exemplo
claro estava em seus escritos que revelavam fortes críticas a observância do
quarto mandamento:<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">[...]
e se Deus nunca ordenou que este sábado fosse santificado por sua igreja: e, como já disse antes, se estas
cerimônias foram longas uma vez que
morta e enterrada, como deve este sábado ser mantido? Que os homens observem-no, para que enquanto eles pleiteiam pela lei, finjam
ser os únicos que cumprem a
vontade de Deus, para que fazendo assim eles não sejam achados como os maiores
transgressores da mesma. E por que eles não podem manter os outro sábados? Como
o sábados de meses, de anos, e o jubileu?
Pois isso, como eu já apresentei, não é nenhum preceito moral, é apenas
um ramo do ministério da morte e condenação.(</span> <span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">BUNYAN, 1685,
pp.13,14) <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa proposição feita
por Bunyan trazia uma conotação de lei de Cristo bem semelhante àquelas que
seriam posteriormente afirmadas pelos adeptos da Teologia da Nova Aliança. Contudo, a expressão maior do pensamento
puritano nesse período era a Teologia do Pacto, pois a forte influência da
Confissão de Fé de Westminster (e suas variações entre congregacionais e
batistas) não permitia que a lei de Moisés/decálogo fosse examinada de maneira
diferente do que o pensamento predominante confessava.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Após algum tempo de
exames e polêmicas (as mais variadas possíveis!), a questão da lei, alianças,
Israel e Igreja continuou sendo discutida, o assunto ganhou mais abrangência
entre o meio batista calvinista, pois tanto a Teologia do Pacto quanto o
neo-aliancismo expressam sua soteriologia tipicamente calvinista, e em relação
a essa última, o pensamento batista é predominante.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com o crescimento da
teologia reformada em meios batistas, descobriram-se também fortes tendências
do neo-aliancismo na “Confissão de Fé Batista de 1644, afirmada atualmente por
muitas igrejas que seguem a Teologia da Nova Aliança” (FERREIRA; MYATT, 2007,
p. 1111). Como essa confissão foi revisada e adaptada posteriormente, se tornou
a Confissão de Fé Batista de 1689, uma adaptação da Confissão de Fé de
Westminster com forte ênfase na Teologia do Pacto. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nessa peregrinação
hermenêutica, a busca exegética por uma perspectiva bíblica no cenário histórico-redentivo da
humanidade, precisava ser definida em termos de equilíbrio entre o
Dispensacionalismo e suas nuanças descontinuidade, e, a Teologia da Aliança com
seus traços de continuidade. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Portanto, em longa
pesquisa e interesse sincero por uma teologia bíblica que reconheça a
dificuldade exigida pelo assunto, a Teologia da Nova Aliança tem sua estrutura
já formada e “Atualmente, seus principais representantes incluem John
Reisinger, Tom Wells, Fred Zaspel e Geoff Volker, atraindo a atenção de
eruditos como D. A. Carson, John Armstrong e Douglas Moo”( FERREIRA; MYATT,
2007, p. 1112). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Hoje, a Teologia da
Nova Aliança é ainda bem desconhecida em comparação ao Aliancismo e o
Dispensacionalismo, contudo, tem investido muito nas mídias sociais/sites; em
uma editora própria, como a New Covenant Media; e em conferências anuais, como
a </span><span style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">John Bunyan Conference. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Com
esse pano de fundo histórico bem extenso, a Teologia da Nova Aliança mostra-se
promissora em seu futuro, tanto pelos seus adeptos e simpatizantes, como pela
sua proposta e rápida expansão. Nesses passos largos que essa perspectiva vem
tomando, não demorará muito para que se torne possivelmente uma teologia bem
aceita e bastante popular nos próximos anos. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.
A DEFINIÇÃO DE NOVA ALIANÇA<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Muita controvérsia tem
sido levanta quando se trata de definir o que é a Nova Aliança, portanto, a
conceituação realizada será determinante, também, para definir outros assuntos,
como: batismo, igreja composta por regenerados somente etc.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por isso, a tônica da Nova
Aliança é o tema central para esse sistema, pois ao estabelecer a promessa de
Jeremias 31.31-34, é logo percebido que não pode ser algo apenas apontando para
um fim milenar. Assim, os teólogos neo-aliancistas observam que essa Nova
aliança já está em plena operação através da obra de Cristo. O que faz essa
Aliança ser altamente cristocêntrica, não apenas como uma administração
diferente, mas uma Aliança completamente Nova, em substancia e administração na
história da salvação. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um conceito bem
estruturado e simples foi afirmado por Wells:<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">A
Nova Aliança é o vínculo entre Deus e o Homem estabelecida pela morte
sacrificial de Jesus Cristo, sob o qual todos os que foram eficazmente chamados
por Deus em todas os tempos formam no único corpo de Cristo nos tempos do NT, a
fim de estar sob sua lei durante esta era e permanecer debaixo da sua
autoridade para sempre.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">(</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">WELLS; ZASPEL,
2002, p. 75,76</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa declaração mostra
a cumplicidade da Nova Aliança que Deus estabeleceu com o verdadeiro crente, e
as exigências que Ele coloca como lei nesse Novo Pacto. Logo, se esse único corpo
foi formado por Cristo a partir do Novo Testamento, então, a igreja é uma
novidade nesse plano histórico-redentivo. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A Nova Aliança foi uma
promessa àquele povo vetero-testamentário, isso, incluía alguns elementos
próprios dessa nova era, como por exemplo, “ um novo coração (Ez 11: 19-20);
permanente perdão dos pecados (Jr.33:8); a perene habitação do Espirito Santo
em todos os crentes (Ez.36:27) [...]”(</span><span style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">PETTEGREW</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">
,2007,p.185), e, isso faz o neo-aliancismo rejeitar toda ideia de batismo
infantil e enfatizar a igreja composta apenas por regenerados. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por outro lado, a
antiga aliança é exposta como expirando no surgimento da Nova Aliança, ambas não andariam juntas em
substância, mas, uma substituiria a outra e faria que a anterior se tornasse
antiquada (Hb 8.6-13). A Antiga
Aliança, essencialmente ligada a lei mosaica, “era o pacto divino estabelecido
exclusivamente com a nação de Israel. Os termos dessa aliança eram os “dez
mandamentos” ou “tábuas de pedra”(</span><i><span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"> </span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-style: italic;">VOLKER;
KNAUB; ADAMS, p.2).</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-style: italic;">Dessa maneira, fica claro que a Nova Aliança contrasta agudamente essa
expressão judaico-sinaítica aos crentes da nossa era. De uma maneira negativa,
a Nova Aliança é a Negação daquela Aliança Mosaica, tanto relacionada à lei,
como na forma e na pessoa que a faz ser completamente superior a antiga.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.
LEI MOSAICA OU LEI DE CRISTO ?<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As demandas da Antiga
Aliança eram exigências à observância da lei, dadas àquele povo no Sinai. Todo
pecado contra Deus, naquela dispensação, era uma quebra do Pacto sinaítico
(Ex.20.1-26). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa lei foi dada “por
causa da transgressão </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">até que viesse o descendente
a quem se fez a promessa” </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">(Gl 3.18,19), por isso, essa lei
expressava-se com um caráter extremamente temporário. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No Antigo Testamento
essa demanda legal estava vinculada a elementos civis/religiosos/morais, não
como uma necessidade de serem distinguidos assim, mas, porque sua aplicação e
entrega era holística e inseparável àquela nação (Ex. 20-23).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Portanto, quando Deus
entregou leis a nação de Israel, Ele aplicou naquela lei elementos de Sua própria
moralidade, aliás, uma lei intrínseca ao caráter do próprio Deus era uma
realidade latente naquelas exigências pactuais. Por conseguinte, a lei mosaica
não foi essencialmente a lei de Deus, mas apenas continha fragmentos desta. Por
norma divina (lei eterna), queremos dizer que:<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Lei
moral é a que tem sua origem no caráter moral imutável de Deus com o resultado
que é intrinsecamente certo e, portanto, liga todos os homens de todos os
tempos e todas as terras a quem se trata.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> (</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">WELLS; ZASPEL,
2002, p. 162</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">)<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Esse era o motivo que trazia punição para
aqueles que a violassem, porque, embora a sua aplicabilidade trouxesse luz a
questões meramente temporais realmente, contudo, ela não era completamente
temporária. Havia elementos do caráter moral de Deus ali presentes, e, em sua
quebra a esses termos contratuais (a lei), deveriam estar cientes que não estavam
rompendo apenas com estatutos civis, mas com a revelação moral de Deus.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao longo do progresso
da revelação divina, vemos a profecia de Jeremias acerca de uma Torá escrita no
coração do povo de Iaveh (Jr 31.33). Logo, essa lei era uma dádiva ao povo da
Nova aliança (v.31). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como tal, essa norma deveria
ser continuada em alguns termos conforme a anterior, porem expressaria o
advento de uma Aliança que suplantaria a anterior, pois Deus disse que era “n</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">ão conforme a aliança que fiz com seus pais”(v.32), indicando assim uma
descontinuidade aliancística, um rompimento. A Antiga Aliança tinha seus termos
contratuais (por ex. a lei mosaica), e a Nova Aliança autenticará a sua
validade mediante seus próprios contratos (uma nova lei). </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">O ministério
de Cristo na terra foi eficaz em toda a sua obra e ética, seus ensinamentos
foram bem mais excelentes, e reveladores, “</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">assim como também a
aliança da qual ele é mediador é superior à antiga, sendo baseada em promessas
superiores” (Hb 8.6), logo, sua lei como
uma parte pactual dessa nova era, também deveria ser superior a antiga. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-style: italic;">O desenvolvimento dessa nova ética (lei) se tornou tão latente no Novo
Testamento que Paulo, após escrever sobre a escravidão da lei, através de uma
alegoria (Gl. 4. 1-31), começou a falar da liberdade dessa lei que tornava-o
escravo (4.31-5.1), e, explicou como aconteceu
a substituição dessa lei de escravidão (Agar/Antiga Aliança/Lei mosaica). Depois
disso, chegou até mesmo a exortar aqueles cristãos a cumprirem a Lei de Cristo
(6.2).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-style: italic;">Portanto, a Nova Aliança demanda um novo código de conduta. Esse novo
código (lei), não é apenas uma reedição daquele entregue no Sinai, mas algo que
foi trazido mediante o sacerdócio de Cristo, porquanto o sacerdócio de Arão e
Melquisedeque teve o seu papel apenas de maneira transitória, mas “</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Certo
é que, quando há mudança de sacerdócio, é necessário que haja mudança de lei” (Hb 7.11,12).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-style: italic;">Agora, se a lei mosaica não estabelece mais obrigatoriedade a um crente
da Nova Aliança, isso significará que ele é antinomiano? Porque se for essa a conclusão
do pensamento paulino, então não significaria isso uma progressão ética, mas
uma moralidade subjetiva e perigosa. E, quanto as advertências contra a
imoralidade sexual, a adoração a ídolos, assassinato etc., ficará sem
obrigatoriedade para um cristão? Não seria melhor fazer como os gálatas e
sugerir um retorno a Agar/Antiga Aliança? <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-style: italic;">Esse é o ponto crucial na lei da Nova Aliança, pois, a superioridade
ética também diz respeito a essa nova era. O padrão para o crente da Nova
Aliança é bem mais exigente do que a anterior, a qual punia e culpava o
infrator que transgredia visivelmente aquele preceito. Porem, agora, não
somente os atos, mas as próprias intenções do coração são colocadas sob
julgamento (Mt.5.22,28;1 Jo 3.15).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-style: italic;"> Os ensinamentos e a pessoa de
Cristo formam o mais alto padrão de ética, porque se alguma objeção de viver
sem lei (mosaica) fosse levantada contra Paulo, ele mesmo respondia que não era
como alguém que permanecia “</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">estando sem lei para com Deus, mas debaixo
da lei de Cristo” (1 Co 9.21). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Outra observação se faz necessária.
Também é importante analisar a seriedade da acusação que é feita àqueles que
aderem as implicações do ensino bíblico da Nova Aliança, pois esse são chamados
de antinomianos, o que é incorreto, pois
“ a posição esboçada aqui mantem que os Cristãos não estão debaixo da Lei
Mosaica, não que eles estão livres de <i>toda</i>
lei” (MOO <i>in </i>FEINBERG, 1988, p.218). Dessa
maneira, percebemos que o problema é afirmar que se alguém não segue a lei de
Moisés, não segue lei nenhuma.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-style: italic;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-style: italic;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.
A HERMENEUTICA NEO-ALIANCISTA<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outro fator muito
importante na Teologia da Nova Aliança é a sua hermenêutica, pois, nesse ponto,
ela se identifica muito com o aliancismo.
<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A sua maneira de
relacionar ambos os testamentos, tem como método, o Novo Testamento
interpretando o Antigo, quer seja em cumprimento de promessas e profecias, na
tipologia etc., isso torna esse sistema bem cristocêntrico em sua teologia
bíblica. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para a Teologia da Nova Aliança, Cristo
é o cerne de toda a revelação bíblica comunicando-Se de maneira mais clara nos escritos
do Novo Testamento. Porem, esse aspecto interpretativo só se torna mais evidente
quando são avaliadas algumas nuanças do aspecto profético nas escrituras. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4.1
A nação de Israel e a Nova Aliança<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como o povo de Israel
recebeu várias promessas de restauração, Deus deveria cumprir de maneira fiel
aquilo que prometeu, porem para a Teologia da Nova Aliança, isso é descrito em
termos de remanescentes no Novo Testamento (Rm.11.5). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para a Teologia da Nova
Aliança, a nação de Israel era o povo incrédulo de Deus na antiga Antiga
Aliança, e a sua função naquela revelação anterior, era de servir como figura
para o verdadeiro povo de Deus, ainda que entre eles houvesse remanescentes.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dessa maneira, a
Teologia da Nova Aliança se afasta tanto do dispensacionalismo clássico, que
espera o cumprimento da Aliança Davidica e Abraamica em seu aspecto
acentuadamente escatológico. Pois, teólogos neo-aliancistas, não acham razoável
a repetição de cumprimento dessas alianças, porque tanto a epístola aos Hebreus
quanto a de Gálatas mostrou a transitoriedade daquelas alianças, daquela antiga
lei que regulamentava aquele povo. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Então, se o cumprimento
da Nova Aliança acontece de modo cabal em Cristo e sua Igreja e “Tais são as
bênçãos do novo pacto”, logo, seria necessário que o elemento da qual a figura apontava,
expressa-se uma realidade eterna e superior (definitiva). Pois, aquela figura
deveria ser vista como própria de sua função, ou seja, que " Os tipos e as promessas da antiga
aliança foram todas preenchidas em e por Cristo. A nova era raiou. Por que
voltar para as sombras?”(Randal).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por outro lado, a
Teologia da Nova Aliança não sustenta a ideia de que a igreja já existia no
Antigo Testamento, ainda que existissem eleitos dentro da nação israelita. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Assim, todas aquelas promessas de
expansão e promessa de uma Terra para Israel (Gn 15.4,5), são interpretadas à luz de seu
próprio cumprimento na chegada a terra
de Canaã (Sl. 105.4-11). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Default" style="line-height: 150%;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Se lêssemos apenas essas
passagens, sem uma revelação complementar (o Novo Testamento), não haveria
progressão no aspecto de seu cumprimento e aquela promessa indicaria somente um
caráter físico e genealógico. Contudo, em Romanos 9.6-8, Paulo mostra que essa descendência
é aquela que está ligada a Abraão pela fé, os filhos da Promessa. A mesma ênfase no caráter transcendente da
Promessa Abraâmica é abordada novamente em Gálatas, no qual é dito que o
descendente a quem foi feito a promessa é Cristo (3.16), e também, a todos que
estão unidos a Ele </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-family: Georgia; mso-bidi-language: HE;">também são descendência de
Abraão e herdeiros segundo a promessa (v.19).<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Por isso, “Os
israelitas na era da Nova Aliança foram removidos como povo de Deus porque a
aliança estabelecida com eles,<sup><span style="mso-text-raise: 3.0pt; position: relative; top: -3.0pt;"> </span></sup>a Antiga Aliança, chegou ao fim”[...], conforme
é relatado em Hebreus 8.6-8, inaugurada pela obra de Cristo, o qual trouxe uma
Nova Aliança, uma nova lei e um novo povo. Pois, “O povo de Deus, que cumpre a promessa feita
a Abraão, é constituído por quem foi salvo pela obra de Jesus Cristo na cruz —
a Nova Aliança”(VOLKER, p.3). <o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Com esse pano de
fundo em mente, é necessário deixar claro que, agora, para israelitas receberem
os privilégios da Nova Aliança, eles têm que serem incluídos na igreja formada por judeus e gentios
(Ef.2.14-18). <o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Default" style="line-height: 150%;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">4.2
A Teologia da Nova Aliança e a escatologia<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No que se refere a
escatologia, as posições dos adeptos da Teologia da Nova Aliança são bastante
diversificadas. Porém, um consenso entre eles é a negação de um arrebatamento
pré-tribulacional, pois esse conceito estaria carregado de uma série de
pressupostos do dispensacionalismo clássico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Assim, como o seu
tratamento de profecias vetero-testamentárias são aquelas que se referem no
cumprimento da igreja, logo, torna-se comum entre esses teólogos o Amilenismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Por sua escatologia
do Novo Testamento ser bastante simplificada, o mais longe que a Teologia da
Nova Aliança pode desenvolver em termo
de um sistema escatológico que reconheça algum privilegio futuro para Israel, é
o Pré-milenismo histórico. Isso não significa que haverá uma primazia do
reinado israelita naquele período, e isso serve para esclarecer muitas coisas,
pois, é importante deixar bem definido que a Teologia da Nova Aliança:<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">[...]
não é a teologia da substituição, se com isso você quer dizer que Deus substituiu
as primeiras pessoas verdadeiras de Deus pelo povo de Deus número dois. Mas NCT
é uma teologia da substituição, se com isso você quer dizer que o foco da
atenção de Deus não é mais em uma determinada nação (Israel), mas sim a
preocupação de Deus é com [...] o verdadeiro povo de Deus, que é composto de
judeus e gentios. (</span><span style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman;">LEHRER </span><i><span style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman;">apud</span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">
</span><span style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman;">MAYHUE</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">, 2007, p.224)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por isso, sua interpretação
escatológica está sempre voltada para a primazia de Cristo sobre a igreja, os
judeus seriam uma grande inclusão durante o período do milênio, no qual Deus
realizaria a promessa de Romanos 11. No entanto, o Pós-milenismo também é
possível nesse sistema escatológico, tanto pela profecia cumprida já na igreja,
quanto na conversão de judeus esperada pelos pós-milenistas que marcará o
grande avanço no evangelho de Cristo por toda a terra.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Depois de analisar nos
moldes históricos e teológicos da Teologia da Nova Aliança, percebemos que a
sua preocupação é bem pastoral também. Pois, investindo numa teologia que
produza uma forte ênfase em uma igreja
de convertidos apenas, o neo-aliancismo exorta ao teólogo de erudição que
mantenha sua perspectiva da maneira mais coerente com a vida sua congregação.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">È algo notório que essa
perspectiva aliancistica de uma nova lei, foi muito explorada no calor da
perseguição anabatista. Com toda a passividade que o Novo Testamento exige,
esses crentes mantinham sua sua vida em comunidade com bastante simplicidade e
reflexão nessas verdades. O que é algo bem incomum em nosso tempo, pois a
teologia geralmente é “fabricada” em grandes instituições acadêmicas, mas não
trazem sangue na verdade que foi defendida, apenas o crescimento encefálico e
soberbo é o que se torna visível nesse academicismo hodierno. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outro fator bem
importante para uma boa teologia bíblia é a definição que a lei possui para os
crentes. É bastante confuso a compreensão de norma divina que é imprimida na
mente dos cristãos hoje, algo extremamente subjetivo, uma emoção como o
critério do certo e/ou errado. Isso é muito perigoso, pois um tema extremamente
sério com esse, não pode ser tratado de maneira tão simplista, muitas vezes até
negligenciado.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A análise é necessária para se definir
qual será a norma para o cristão viver de maneira bíblica e santificada,
negligenciar isso, é abrir mão do tesouro de mandamentos deleitosos que existe
em toda a Bíblia. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por
conseguinte, a escatologia será apenas uma consequência obvia do padrão hermenêutico
utilizado em toda a interpretação de lei, dispensação, aliança Igreja/ Israel
etc., essa deve flui da chave hermenêutica, não ser esquematizada primeiramente
para depois se feito outros ajustes. Por
outro lado, não seria prudente negligenciar o estudo da doutrina das ultimas
coisas, porque ela é determinante para a esperança que o cristão alimentará
enquanto a história humana se desenrola.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Considerando
a abrangência que o assunto exige, sabemos que o tema não se esgotará nos
próximos anos. E oxalá que continue dessa forma, pois a profundidade da lei de
Deus e do Seu relacionamento com o homem só pode gerar doutrinas profundas
demais para se precisar com toda competência o que ela significaria de modo
pleno. Contudo, a reflexão trará firmeza nas convicções de alguém sobre o tema,
ou até mesmo uma variação dentro dos limites bíblicos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
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<br /></div>
</div>
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<br /></div>
</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
</div>
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<br /></div>
</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
</div>
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<br /></div>
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<div class="MsoNormal">
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<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US;">REFERÊNCIAS:<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">1.WELLS,
Tom; ZASPEL, Fred G<b>. </b></span><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">New Covenant Theology: Description, Definition, Defense</span></b><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">.</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> Frederick, Md.: New Covenant Media, 2002</span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"> (Tradução minha)<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">2.HOOVER,
Peter; </span><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">The Secret of the Strength</span></b><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">:</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "Comic Sans MS"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">What Would the Anabaptists Tell This
Generation?</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">.<b> </b></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Disponível em:. <</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">http://www.elcristianismoprimitivo.com/pdf/the-secret-of-the-strength-.pdf> </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">Acesso em: 07 junho 2012. (Tradução
minha)<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">3.</span><span lang="EN-US"> </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">BUNYAN, John. <b>Questions
About the Nature and Perpetuity of the Seventh-Day Sabbath.</b></span><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Disponível
em:. <</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.chapellibrary.org/johnbunyan/text/bun-sabbath.pdf">http://www.chapellibrary.org/johnbunyan/text/bun-sabbath.pdf</a>></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Acesso em: 12 junho 2012. (Tradução minha)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<h3 style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">4. <span style="font-weight: normal;">VOLKER, Geoff; KNAUB, Bill; ADAMS, Mike</span>.</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Que é Teologia da Nova Aliança?. </span><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-weight: normal;">Disponível em: <<span style="background: white;">www.ids.org/pdf/portuguese/wnct.doc> </span>Acesso em: 13 junho 2012. (Tradução
minha)</span></span> </h3>
<h3 style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">5. <span style="font-weight: normal;">VOLKER, Geoff.</span></span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="font-weight: normal;"> </span>Israel na Teologia da Nova Aliança. </span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Disponível em<<span style="background: #FAFAFA;">www.ids.org/pdf/portuguese</span></span><span style="background: #FAFAFA; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">/</span><span style="background-color: #fafafa; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt; line-height: 150%;">israel</span><span style="background: #FAFAFA; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">.</span><span style="background: #FAFAFA; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">pdf></span><span style="background: white; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"> </span><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Acesso em: 13 junho 2012. </span></span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-weight: normal;">(Tradução minha)</span><o:p></o:p></span></h3>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">6.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> PETTEGREW</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">,</span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Larry D.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"> </span><b><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman,Bold","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "TimesNewRoman\,Bold"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">The New Covenant and New Covenant
Theology. </span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman,Italic","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "TimesNewRoman\,Italic"; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">TMSJ</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">, 18/1, p.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">181-199,</span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 7.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">2007. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"> (Tradução
minha)<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">7.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> FEINBERG</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">, John S. <b>Continuity and Descontinuity:</b></span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;"> </span><b><span lang="EN-US" style="background: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">Perspectives on the
Relationship Between the Old and New Testaments</span></b><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">1ª edição. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Wheaton, Illinois:
Crossway Books, 1988. (Tradução minha)<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">8.FERREIRA,
Franklin; MYATT, Alan. <b>Teologia
Sistemática:</b></span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";"> </span><b><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma análise histórica, bíblica e apologética
para o contexto atual.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">1ª edição. São Paulo: Edições Vida Nova, 2007. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">8.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 9.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">M</span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman;">AYHUE</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">, </span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Richard L.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> </span><b><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman,Bold","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "TimesNewRoman\,Bold"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">New Covenant Theology and Futuristic
Premillennialism. </span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman,Italic","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "TimesNewRoman\,Italic"; mso-bidi-font-style: italic; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">TMSJ</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">, 18/1, p.22</span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">1-232,</span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 7.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span><span lang="EN-US" style="font-family: "TimesNewRoman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: TimesNewRoman; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">2007. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> (Tradução minha)<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" /></div>
<hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Junior%20e%20Ramone/Desktop/Escola%20Charles%20Spurgeon/TRABALHOS%20DO%20SEMIN%C3%81RIO/Ensaio-TEOLOGIA%20DA%20NOVA%20ALIAN%C3%87A.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Bacharelando em Teologia na
Escola Teológica Charles Spurgeon.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-83646146953930590212013-06-11T09:29:00.000-07:002014-04-03T10:12:19.508-07:00VOCÊS SÃO DEUSES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-9KqrdKgZHsl-K17GzfHY90MyKYMg-JJZt1HBeNNlWzZr28pxA1MzGIkW2Idkg5f-zTIxcw3_UljAfDr8ceKVXexAEtIqfKE3L8x74ilud7sKLLRO18cvXB3yqTmcqUubNPZ3mipfZXE/s1600/reflexo+jesus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-9KqrdKgZHsl-K17GzfHY90MyKYMg-JJZt1HBeNNlWzZr28pxA1MzGIkW2Idkg5f-zTIxcw3_UljAfDr8ceKVXexAEtIqfKE3L8x74ilud7sKLLRO18cvXB3yqTmcqUubNPZ3mipfZXE/s320/reflexo+jesus.jpg" height="239" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma análise do Salmo 82.6 à luz da
discussão proposta pelo Movimento da Fé.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">MESQUITA NETO, Nelson Ávila <a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">INTRODUÇÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em anos relativamente
recentes, temos contemplado o surgimento, em determinados setores do
evangelicalismo moderno, de uma nova maneira de se entender as palavras
iniciais do Salmo 82.6: “<i>Vocês são deuses</i>”.
Hanegraaff escreve que os proponentes do “Movimento da Fé” normalmente citam o
uso feito por Jesus deste Salmo, em João 10.31-39, “como prova de que as
pessoas são, realmente, deuses em miniatura” (2004, p. 120).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nosso objetivo neste
ensaio não é imergir nos pormenores teológicos de tal movimento, mas
simplesmente tomar sua maneira de interpretar esta passagem e, após breve
menção de parte do discurso de alguns dos seus mais renomados líderes, analisar
o Salmo em questão, bem como o uso feito por Jesus do mesmo, a fim de
concluirmos se estas passagens ensinam ou não a divinização da humanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">SOMOS DEUSES?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No Salmo 82.6 nós
lemos: “<i>Eu disse: vocês são deuses, todos
vocês são filhos do Altíssimo</i>”. A expressão traduzida como “deuses” é </span><span dir="RTL" lang="AR-SA" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">אֱלֹהִים</span><span style="background-color: white; font-family: David; font-size: 26px; line-height: normal; text-align: right; text-indent: 0px;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[<i>’ēlôhîym</i>], e esta é a mesma palavra
empregada para se referir ao próprio Senhor da criação (v. 1). Com base nesse
texto, muitos têm alegado possuir evidências suficientes para o ensino de que
os homens são, na verdade, mais do que meros homens e compartilham da própria essência
divina como pequenos deuses sobre a terra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Kenneth Copeland,
talvez um dos mais conhecidos líderes do Movimento da Fé, frequentemente faz
declarações que expressam tal entendimento. Numa fita intitulada “<i>The Force Of Love</i>” (tape # 02-0028) ele afirmou:
“Você não tem um deus em você, você é um”. </span><a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em outra fita, “<i>Following the Faith
of Abraham</i>” (tape # 01-3001), Copeland também disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">A
razão de Deus para criar Adão foi Seu desejo de reproduzir-se. Eu quero dizer
uma reprodução de Si mesmo. Ele [Adão] não era um pouquinho como Deus, ele não
era quase como Deus, Ele não estava nem mesmo subordinado a Deus [...] Adão é
Deus manifestado na carne. <a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Outros
pregadores de maior popularidade no Brasil também fizeram declarações muito
semelhantes, como no caso de Kenneth Hagin e Morris Cerullo. Hagin chegou a
dizer:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">O
homem... foi criado em termos de igualdade com Deus, e poderia permanecer na
presença de Deus sem qualquer consciência de inferioridade... Deus nos criou
tão parecidos com Ele quanto possível... Ele nos fez seres do mesmo tipo dEle
mesmo... O homem vivia no Reino de Deus. Vivia em pé de igualdade com Ele... <i>O crente é chamado de Cristo... Eis quem
somos; somos Cristo!</i> (<i>apud</i>
HANEGRAAFF, 2004, pp. 116-117).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Cerullo,
igualmente afirmou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">Vocês
sabiam que desde o começo do tempo o propósito inteiro de Deus era
reproduzir-se?... <i>Quem são vocês?</i>
Vamos lá, quem são vocês? Vamos lá, digam: ‘Filhos de Deus!’ Vamos lá, digam! E
aquilo que opera em nosso interior, irmão, é a expressa manifestação de tudo
quanto Deus é e tem. E quando estamos aqui de pé, vocês não estão olhando para
Morris Cerullo; vocês estão olhando para Deus, estão olhando para Jesus. (<i>apud</i> HANEGRAAFF, 2004, p. 117).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Diante de
tais palavras, a pergunta que se segue é inevitável: “É realmente este o ensino
desta passagem? Adão era deus, e à semelhança dele nós também somos ou podemos
ser deuses?”. Cremos que o contexto deste Salmo é bastante elucidativo e
precisa ser considerado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O CONTEXTO
DO SALMO 82<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">De acordo
com Kidner (2008, p. 323), “O ponto enigmático para o intérprete é a referência
repetida a ‘deuses’ que são repreendidos pela sua injustiça”, assim, para nosso
objetivo, é importante determinar o referente desta expressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Primeiramente, é preciso destacar que pelo menos três classes de
pessoas são mencionadas neste Salmo. 1) Deus (v. 1), também chamado de
Altíssimo (v. 6) e Juiz (v. 1). Esta é uma classe individual, composta apenas
por Ele; 2) A assembleia divina (v. 1), </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">também chamada de
deuses (vv. 1, 6), filhos (v. 6), homens e governantes (v. 7); e 3) As nações
(v. 8), ou terra (v. 8), composta por ímpios culpados (v. 2) e órfãos, fracos,
necessitados, oprimidos (v. 3) e pobres (v. 4).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cada
uma destas possui atribuições diferentes. Deus é retratado como aquele que
preside (v. 1) e julga (v. 8). Ele é o soberano a quem tudo pertence (v. 8). Já
a assembleia divina é responsável por garantir justiça e manter os direitos dos
fracos e necessitados (v. 3), embora sejam acusados por Deus de absolver os
ímpios e favorecê-los (v. 2). A última classe representa todos os habitantes da
terra, sejam ricos ou pobres, ímpios ou justos, os quais possuem um papel
passivo diante das classes anteriores, as quais se estabelecem como autoridades
sobre eles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Desta breve análise,
conclui-se que a assembleia divina é composta por aqueles em posição de
governo, com poder para julgar, condenando impiamente ou fazendo justiça. Como
supramencionado, eles são igualmente descritos como homens que morrerão e
cairão como todos os demais governantes (v. 7). Embora Kidner entenda que o
ponto de vista que interpreta “deuses” aqui como uma referência a anjos pareça
“mais fiel [...] à linguagem do Salmo (e.g. v. 7), e ao emprego ocasional do
termo ‘deuses’ ou ‘filhos de Deus’ para anjos” (2008, p. 324), e isto encontra
certo apoio em algumas interpretações rabínicas<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
especialmente em um documento de Qumran (11 Q <i>Melchizedek</i>), Carson (2007, p. 399) destaca que, de acordo com o
uso feito da passagem por Jesus no Evangelho de João (cap. 10), “a dificuldade
[...] é que o quarto evangelho não menciona anjos nem Melquisedeque. Além
disso, o cenário para a citação traça um forte contraste entre Deus e ‘um
simples homem’ (v. 33), não Deus e anjos”. Mas, se a referência é a homens, por
que, então, são chamados de “deuses” (vv. 1, 6)?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao que tudo indica, não
é devido a qualquer tipo de distinção substancial – eles são homens (v. 7) como
os demais que compõem o grupo das “nações”. Não são anjos ou coisa assim. Mesmo
que pareça encaixar-se bem o <i>link</i> que
Kidner faz entre estes “deuses” e os “principados e potestades”, “os
dominadores deste mundo tenebroso” (cf. Ef 6:12), explicando a sentença de
morte que lhes sobrevirá (v. 7) por meio da alusão à “segunda morte” (cf. Mat
25:41; Apo 20:10, 14-15), da qual o diabo e seus anjos têm parte (2008, pp.
324-325), parece no mínimo estranho que, dentre outras dificuldades, Deus
estivesse a chamar estes seres espirituais caídos (demônios) à responsabilidade
de fazer justiça (vv. 3-4), o que não se repete em nenhum outro lugar nas
Escrituras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Pode-se dizer ainda que
embora o sentido ordinário da palavra </span><span dir="RTL" lang="AR-SA" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">אֱלֹהִים</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> seja “deuses”, ela pode ser ocasionalmente
aplicada também a magistrados, bem como a anjos e ao próprio Deus. No <i>Dicionário Internacional de Teologia do
Antigo Testamento</i> são fornecidos como traduções possíveis os substantivos
Deus, deuses, juízes e anjos (HARRIS; ARCHER JR.; WALTKE, 2008, p. 71). Já Strong
(1999, p. 39), amplia o campo semântico para “anjos, X superior, Deus (deuses)
(-sa, [...]), X (muito) grande, juízes, X poderoso”<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Além disso, devemos lembrar, como bem destaca Noda (1997, p. 18), que “o termo <i>elohim</i> (Deus) é aplicado no Antigo
Testamento a homens em posição de autoridade, como no caso de Moisés em relação
a Aarão.” “<i>Ele falará por ti ao povo; ele
te será por boca, e tu lhe serás por Deus</i> [</span><span dir="RTL" lang="HE" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: "TITUS Cyberbit Basic";">לו לאלהים׃</span><span dir="LTR"></span><span dir="LTR"></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span dir="LTR"></span><span dir="LTR"></span>]” (Êxo 4.16 – ARA<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>).
“Certamente este texto não está ensinando que Moisés é uma exata réplica de
Deus” (NODA, 1997, p. 18), como poderiam pretender os proponentes do Movimento
da Fé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Também não parece haver
qualquer distinção moral que os distinga do restante das nações, visto que eles
não têm agido de acordo com a vontade de Deus fazendo justiça. Este ponto é
importante porque, segundo Noda, visto que, no pensamento do Movimento da Fé, a
queda legou a Satanás a autoridade de governar esta terra no lugar de Adão,
como “deus deste mundo”, há uma dependência da obra da redenção para o reestabelecimento
do homem como governante da criação. A ideia é que “pelo novo nascimento, o
homem não somente é perdoado, mas torna-se da mesma essência de Deus, e é
colocado como deus desta terra” (1997, p. 17). Todavia, não há nada sugerindo
que os componentes da “assembleia divina” neste Salmo sejam homens regenerados,
mas pelo contrário, Deus os reprova no segundo versículo por sua conduta
injusta e traz um pronunciamento de juízo ao final de Sua fala (v. 7), o qual é
seguido pelo clamor de Asafe para que o próprio Deus se levante e faça justiça
sobre a terra (v. 8).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por fim, ao que tudo
indica, o fundamento para tal designação, “deuses”, recai sobre o fato de
desempenharem uma função que compartilha da atribuição divina de “governo”. Conforme
MacDonald, “eram chamados deuses não porque eram realmente divinos, mas porque
representavam Deus quando julgavam o povo” (2008, p. 289). Este, aparentemente,
é o único elo entre eles e Deus. A Palavra do Senhor aqui parece lembrar-lhes
que, não obstante o alto posto que ocupam, o Supremo Juiz um dia fará justiça
sobre a terra e todos, incluindo estes governantes, terão de prestar contas. “Apesar
da posição privilegiada que Deus lhes concedeu, serão derrubados e punidos”
(MACDONALD, 2010, p. 454). Nas palavras de Calvino (1999, p. 135), “Deus
investiu os juízes com um título e caráter sagrados [...] mas ele, ao mesmo
tempo, mostra que isto não proporcionará suporte e proteção aos juízes iníquos”
(1999, p. 235). <a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Assim,
longe da ideia de exaltação da natureza humana regenerada em uma suposta nova
condição essencial de divindade, o Salmo 82 chama de maneira reprovadora
aqueles que ocupam um papel de autoridade à responsabilidade que suas funções
demandam, deixando claro o juízo que aguarda os que se omitem de fazer justiça
ou distorcem-na.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O USO DO SALMO 82 NO
DISCURSO DE JESUS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em João 10.31, logo
após a declaração de Jesus acerca de Sua filiação divina (v. 29) e Sua união
com Deus (v. 30), os judeus pegam “em pedras para apedrejá-lo” conforme alegação
de “blasfêmia”, visto que Jesus, concebido por eles como “um simples homem”,
apresentava-se como Deus (v. 33), já que esta filiação implicava em Sua
divindade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Jesus contrapõe esta
investida citando o Salmo 82: “<i>Não está
escrito na Lei de vocês: ‘Eu disse: Vocês são deuses’?</i>” (v. 34). A pergunta
que deve ser feita então é: “o que Jesus queria dizer ao apelar para este
Salmo? Será que esta objeção apoia de alguma maneira o ensino de que os homens
são pequenos deuses sobre a terra?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O versículo 6 do Salmo
82 serve como a base para a argumentação de defesa de Jesus. É importante
lembrar que Jesus não nega Sua filiação divina, mas a reafirma no final do
verso 36. Para defender a legitimidade de apresentar-se como tal, Ele se
utiliza de um argumento “<i>qal wahomer</i>”
[do menor – os juízes iníquos – para o maior – o Santo Filho de Deus] traçado a
partir do texto bíblico citado, ou, como diz Harman (2011, p. 304), um
argumento que “tem por base a variedade ‘<i>quanto
mais</i>’”, e, assim, Jesus deixa três coisas bem claras, especialmente a
última:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">[...] seus
oponentes [...] estão parcialmente certos (ele, de fato, se faz igual a Deus), parcialmente
errados (esse fato não cria um Deus rival) e profundamente enganados (eles não
entenderam o sentido de suas próprias Escrituras para ver como ele as cumpre,
nem conheceram a Deus bem o bastante para perceber que a revelação que ele é e
traz está em continuidade com a revelação de Deus já provida e é o ápice dessa
revelação). (CARSON, 2007, p. 400).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E qual é o sentido das Escrituras
que fora perdido por aqueles judeus? O contraste entre Jesus e os recipientes
originais daquela revelação! Como bem escreve Boor (2002, p. 260), “Se ele [Jesus]
puder demonstrar-lhes a partir da própria Escritura que também ali já havia
pessoas colocadas em relação especial com Deus e adjetivadas de atributos
divinos, eles terão de silenciar e não poderão simplesmente condená-lo como
blasfemo.” A expressão “deuses”, como visto acima, foi empregada para
referir-se aqueles governantes descritos como ímpios e injustos. Se eles
poderiam ser mencionados pelo título “deuses” (</span><span lang="EL" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "TITUS Cyberbit Basic";">θεοὺς</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">),
por que deveria causar estranheza que Jesus lançasse sobre si mesmo a expressão
Filho de Deus? Ou, nas palavras de Hendriksen (2004, p. 484), é como se Jesus
estivesse dizendo: “Vocês nunca protestaram quanto ao uso desse termo. Vocês
nunca disseram que Deus (ou Asafe) cometeram um erro ao chamar os juízes <i>deuses</i>. [...] Então <i>muito mais ainda </i>[...] vocês deveriam se abster de protestar quando
me denomino Filho de Deus.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os versículos 35 e 36
apresentam uma estrutura condicional que deve ser considerada a fim de comprovar
este entendimento da passagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O padrão estrutural
presente nesta sentença condicional é um </span><span lang="EL" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "TITUS Cyberbit Basic";">εἰ</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> na prótase [o
“se” da condicional] seguido de um verbo no modo indicativo, </span><span lang="EL" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "TITUS Cyberbit Basic";">εἶπεν</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "TITUS Cyberbit Basic";"> – um segundo aoristo ativo, o
que acaba por configurar-se como uma condicional de primeira classe, visto que
na apódase [o “então” da condicional] encontramos um </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">presente
do indicativo, </span><span lang="EL" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "TITUS Cyberbit Basic";">λέγετε</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "TITUS Cyberbit Basic";">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "TITUS Cyberbit Basic";">Wallace (2009, p. 690) declara que “a condicional de
primeira classe indica <i>pressuposição da
verdade por causa do argumento</i>. A idéia [<i>sic</i>] normal, então, é <i>se – e
assumamos que isso seja verdade por causa do argumento – então...</i>”. Wallace
também destaca que “há um grande efeito retórico no <i>se</i>”, e acrescenta que frequentemente “a idéia [<i>sic</i>] parece encorajar a uma resposta, onde o autor tenta forçar
seus ouvintes a chegarem à conclusão da apódase” (2009, p. 690), desde que a
audiência já concorda com a verdade da prótase.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seguindo este
raciocínio, torna-se mais fácil compreender as palavras de Jesus nestes versos.
Primeiramente, Ele assume a verdade da declaração do Salmo 82.6, de que aqueles
juízes iníquos haviam sido chamados de “deuses”, e então busca levar seus
ouvintes a concluírem que, desde que injustos foram chamados de “deuses” e “filhos
do Altíssimo”, aquele “a quem o Pai santificou” (v. 36) tem ainda mais direito
de arrogar para Si o título de “Filho de Deus” (v. 36). Assim, a relação entre
prótase e apódase é de evidência-inferência, ou seja, a evidência de que
iníquos foram chamados de “deuses” deve levar à inferência de que chamar um
justo de Filho de Deus não é incorrer em blasfêmia (v. 36).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">CONCLUSÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Concluímos, portanto,
com base no que foi discutido anteriormente, que não há nada, tanto no Salmo
82.6 quanto no uso feito por Jesus do mesmo, que nos leve a entender que estes
textos ensinem qualquer ideia de deificação da humanidade. Tudo o que nos é
informado é que, no primeiro caso, o julgamento de Deus um dia será derramado
sobre aqueles que receberam a incumbência de governar sobre o povo com justiça
e negligenciaram ou distorceram esse papel, e, no segundo caso, que fugindo da
acusação de blasfêmia por arrogar-se Filho de Deus, Jesus demonstrou que ímpios
no passado haviam sido denominados pelo próprio Deus como “deuses” e “filhos do
Altíssimo”, o que, por inferência, o confere plena legitimidade para atribuir
tais títulos a Si, visto que, longe de qualquer injustiça, Ele era aquele
“santificado” e “enviado” pelo próprio Pai ao mundo (v. 36). Assim, estes
textos não podem ser utilizados verdadeiramente para ensinar que os homens são
de alguma maneira do mesmo tipo do Criador – pequenos deuses – , como ensinam
os líderes do Movimento da Fé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">REFERÊNCIAS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">BOOR, W. de. <b>Evangelho de João I:</b> comentário esperança. Curitiba: Editora
Evangélica Esperança, 2002.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">BRUCE, F. F. <b><i>The Gospel & epistles of
John.</i></b> Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans <i>Publishing
Company</i>, 1983.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">CALVIN, J. <b><i>Commentary on Psalms</i>.</b>
Grand Rapids: <i>Christian Classics Ethereal
Library</i>, volume 3, 1999.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">CARSON, D. A. <b>O comentário de João.</b> São Paulo: Shedd
Publicações, 2007.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">HANEGRAAFF, H. <b>Cristianismo em crise.</b> Rio de Janeiro:
CPAD, 2004.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">HARMAN, A. <b>Salmos:</b> comentários do Antigo Testamento. São Paulo: Editora
Cultura Cristã, 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">HARRIS, R. L.; ARCHER JR., G. L;
WALTKE, B. K. <b>Dicionário internacional
de teologia do Antigo Testamento.</b> São Paulo: Edições Vida Nova, 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">HENDRIKSEN, W. <b>João:</b> comentário do Novo Testamento.
São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">KIDNER, D. <b>Salmos 73-150:</b> introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida
Nova, 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">MACDONALD, W. <b>Comentário bíblico popular:</b> Novo
Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">________________. <b>Comentário bíblico popular:</b> Antigo
Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">NODA, J. I. <b>Somos deuses?:</b> o que alguns televangelistas realmente estão
ensinando. São Paulo: Facioli Gráfica e Editora Ltda., 1997.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">STRONG,
J. <b><i>Strong’s
hebrew dictionary</i></b>. Albany: <i>The
Ages Digital Library Reference</i>, <i>version</i>
1.0, 1999.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">WALLACE,
D. B. <b>Gramática grega:</b> uma sintaxe
exegética do Novo Testamento. São Paulo: Editora Batista Regular do Brasil,
2009.<o:p></o:p></span></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Acadêmico do curso de Bacharel
em Teologia pela Escola Teológica Charles Spurgeon.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;"> Disponível em </span><a href="http://www.cephasministry.com/kenneth_copeland.html"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; text-decoration: none; text-underline: none;">http://www.cephasministry.com/kenneth_copeland.html</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;">.</span></span><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt;"> Acesso em 13 de
maio de 2013, às 10:30 hs. </span></span><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">“</span></i><a href="http://www.discoverynet.com/~tcolvin/toronto/uareone.wav"><i><span style="color: windowtext; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; text-decoration: none; text-underline: none;">You don't have a god in you, you are
one</span></i></a><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">”</span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;">. <span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext;">Todas as citações de Copeland mencionadas neste ensaio
podem ser encontradas neste mesmo endereço eletrônico.</span></span></span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-language: HE; mso-fareast-font-family: "TITUS Cyberbit Basic";"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> “<i>Gods
reason for creating Adam was His desire to reproduce Himself. I mean a
reproduction of Himself. He </i>[<i>Adam</i>]<i>
was not a little like God, he was not almost like God, He was not subordinate
to God even </i>[...] <i>Adam is God manifested in the flesh</i>”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Bruce escreve que “os intérpretes
judaicos estavam divididos (como outros intérpretes têm estado divididos desde
então) sobre a questão de se aqueles mencionados nesses termos por Deus são
seres celestiais ou juízes humanos” [“<i>Jewish
interpreters were divided </i>(<i>as other
interpreters have been divided sice then</i>)<i> on the question whether those addressed in these terms by God are
celestial beings or human judges</i>”].<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> “<i>angels, X exceeding, God</i> (<i>gods</i>)
(-<i>dess</i>, [...])<i>, X </i>(<i>very</i>) <i>great, judges, X mighty.</i>”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> <b>A BÍBLIA SABRADA</b>. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. rev.
e atual. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Ali/Desktop/pendrive%20nelson/Salmo%2082%20LXX.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt;"> “<i>God has invested judges with a sacred
character and title</i> [...] <i>but he, at
the same time, shows that this will afford no support and protection to wicked
judges.</i>”<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-48891453255198962412013-06-03T21:02:00.001-07:002014-04-14T12:42:22.806-07:00A REFORMA RADICAL<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPYeVVWlqm5G4U01C2YSK7GUOwiXQkae1-eu9JI3c6NVJYDWR5xsP21U_LeKJ4VpNAxq226cqzQiAN0I1Ib0WELPLHI-8FSb1A7bxJ2Kosg1Xe6_CdK1JWvGO62WUI3IswoUcogon8Ig0/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPYeVVWlqm5G4U01C2YSK7GUOwiXQkae1-eu9JI3c6NVJYDWR5xsP21U_LeKJ4VpNAxq226cqzQiAN0I1Ib0WELPLHI-8FSb1A7bxJ2Kosg1Xe6_CdK1JWvGO62WUI3IswoUcogon8Ig0/s400/images.jpg" height="256" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A REFORMA RADICAL<a href="file:///C:/Users/Junior%20e%20Ramone/Desktop/A%20REFORMA%20RADICAL%20(original).docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">SANTOS JUNIOR, Evandro Carvalho dos (ECS)<a href="file:///C:/Users/Junior%20e%20Ramone/Desktop/A%20REFORMA%20RADICAL%20(original).docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">RESUMO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Analisa o movimento e
suas nuanças no século XVI. A pesquisa prossegue com um olhar aproximado no que
causou a origem do movimento e seus principais líderes, as diferenças entre os
próprios Anabatistas e o desenvolvimento posterior em Menno Simons. Após isso, a
teologia do grupo será explorada, o que reza com a fé universal das igrejas e que
a torna distinta; e, em seguida, a formação e expansão do movimento serão expostas.
Conclui com uma aplicação prática sobre a importância de alguns pontos
valorizados pelos Anabatistas e desprezados pela igreja contemporânea. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">PALAVRAS-CHAVE<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Anabatismo; reforma; batismo; perseguição;
Zwinglio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">INTRODUÇÃO <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Devido a importância da
verificação histórica de um determinado movimento na história da igreja como
base para discernir a ortodoxia de tal grupo, torna-se necessário observar mais
de perto o movimento Anabatista. Pois é bem provável que hoje o termo esteja
carregado com conotações caricatas e posições particulares que não permitem um
olhar mais próximo do que realmente aconteceu, por isso propomos uma análise do
movimento, suas nuanças teológicas, diversidade e liderança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O movimento será
analisado e testado conforme o desenvolvimento histórico-teológico, e isso se
torna relevante a nós hoje, pois as nuanças desse movimento, de certa forma,
trouxeram heranças teológicas ao pensamento doutrinário de diversas
denominações como os batistas, congregacionais, igreja dos irmãos, quakers etc,
mostrando que a sua força de inicio trouxe influências posteriores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O crescimento do
pentecostalismo em nosso tempo também deve ser algo percebido em sua fonte histórica,
pois a sua influência (ainda que indireta) do Anabatismo é muito forte. Assim,
a ênfase na comunicação imediata com Deus, manifestações físicas e emocionais
em seus cultos revela uma espantosa semelhança com aqueles. Logo, não é errado
concluirmos que a expansão denominação pentecostal do nosso tempo é semelhante
ao crescimento Anabatista no século XVI.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por essas e outras
razões, é necessário fazermos uma análise sobre o motivo de tão avassalador movimento.
A sequencia deste ensaio se dará primeiro em focar o contexto histórico em que
esses cristãos estavam inseridos e suas discordâncias posteriores; depois nos
aproximaremos da própria origem do movimento e a sua relação com os primeiros
líderes, isso será importante para entendermos que o mesmo não teve necessariamente
uma origem direta com João Batista, como afirmavam no início; após verificarmos
o pano de fundo histórico do movimento, a pesquisa repousará sobre a teologia
do grupo, embora sem muita coesão doutrinária, ainda assim haverá ponto de
acordo bíblico entre os próprios Anabatistas e isso será sondado; logo após, a
expansão do movimento será o objeto de estudo, pois será importante vermos como
o Anabatismo cresceu e tomou proporções além-mar; e, finalmente, as
considerações resultantes da pesquisa acontecerão fulcradas nos dados que obtivemos,
sugerindo como esse movimento pode nos ensinar em nosso contexto hodierno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1. CONTEXTO HISTÓRICO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O Anabatismo deve ser
considerado mais do que uma denominação, ou vertente teológica, porém um
movimento com raízes que remontam à Reforma Protestante do séc. XVI. Isso é importante asseverar, pois há muita
incompreensão do que foi o movimento Anabatista e quais foram os seus
desenvolvimentos em períodos posteriores à Reforma. Assim, há várias formas de
se falar sobre este grupo: uma delas é através dos relatos dos inimigos do
Anabatismo (alguns reformadores estavam incluídos): <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">surgiu
recentemente algumas pessoas de mau caráter, que, soberbamente, vangloriando-se
de ensinar em nome do Espírito, depreciam a Escritura e ridicularizam a
simplicidade daqueles que ainda seguem a letra morta e que mata, como eles
mesmos dizem [...] mas eu queria que me dissessem quem é esse espírito, cuja a
inspiração lhes eleva a tão alto lugar, que se atrevem a menosprezar a
Escritura, considerando-a como algo infantil e demasiadamente pueril. (CALVINO,
1597, p. 44)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim vemos com
frequência uma característica muito negativa do movimento sempre ligado à
declarações heréticas e entusiásticas; o
próprio Calvino foi um inimigo ferrenho deste grupo. Isso se dava por não ser
um movimento monolítico de pensamento, o Anabatismo, então, se tornou
estigmatizado em muitos aspectos. Porém é necessário ter os olhos voltados um
pouco mais atrás, ao que originou tamanho antagonismo entre os inimigos do
movimento (católicos e protestantes). Isso é necessário, pois, senão, teremos
apenas uma sensação de que tudo se dava no nível da antipatia pessoal e
teológica apenas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Logo no séc. XVI havia
uma grande turbulência com as ideias de Lutero circulando na Alemanha e
causando impacto em quase todo o continente, assim a fé luterana conquistou muitos
simpatizantes, não somente entre os nobres, como o Príncipe-eleitor da Saxônia,
mas também entre alguns camponeses que se viam presos do sistema
católico-medieval. Eram muitas as queixas, e um homem que demostrava-se grande
opositor daquela política de indulgências e empobrecimento da nação alemã,
certamente teria o apoio dos pobres também.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O que ocorreu foi que a
proposta de Reforma Luterana iniciou-se do “alto”, partindo de um acordo com a
nobreza; permaneciam, ainda, muitas características de um catolicismo não
rompido; as mudanças eram tímidas; e, também, o feudalismo que maltratou tanto
esses camponeses mantinha-se ainda com muita força, mesmo com as ideias de
liberdade cristã de todos os homens expostas por Lutero. Isso causou grande
conflito entre esses alemães e os intelectuais da causa luterana, pois parecia
que aquelas ideias de reforma não eram aplicadas naquele contexto imediato, ou,
se dava muito lentamente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por conseguinte desencadeou
o que foi chamado de a Revolta dos Camponeses, quando alguns companheiros da
causa reformada em Wintenberg, Carlstadt e Muntzer, influenciaram esses
cidadãos à medidas mais drásticas para o avanço da reforma naquela cidade.
Enquanto que Muntzer estabelecia força mais frontal à causa luterana, o grupo
foi adquirindo uma identidade mais indesejável aos olhos de Lutero, pois Thomas
Muntzer começou a fazer reuniões nas casas e doutrinava-os segundo a sua
perspectiva política-sociológica-revolucionária, o que foi bem recebido por
todos do grupo ao ponto de serem chamados de Profetas de Zwickau. </span><b><i><span style="background: white; color: #444444; font-family: "Arial","sans-serif";"> </span></i></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estes ficaram
conhecidos como os Radicais, devido à ênfase de uma reforma mais profunda e
urgente naquele contexto e, especialmente, porque eram dados às visões,
profecias e experiências místicas; o próprio “Muntzer havia dito que não
confiaria em Lutero mesmo que ele tivesse engolido uma dúzia de Bíblias”, isso
gerava antipatia em todo o continente que a reforma alcançava, ao passo que
Lutero sabendo destas coisas respondeu que “não confiaria em Muntzer mesmo que
ele tivesse engolido o Espirito Santo com penas e tudo” (DYCK, 1992, p. 32).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um passo mais adiante,
observa-se ainda entre os reformadores de primeira geração, como Zwinglio, a
presença destes incômodos revolucionários da causa religiosa e social, ainda
com a mesma ênfase de reformar a própria Reforma. Até então, a controvérsia se
dava no campo do avanço da reforma, agora, a discordância tomou proporções
doutrinárias e se tornou um campo de disputa ideológica sobre os motivos de tal
reforma inacabada: o apego às estruturas e dogmas da Igreja Romana e um agrado parcial
em relação aos nobres era a alegação dos radicais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Em Zurique os responsáveis pelo inicio deste
movimento foram principalmente os próprios amigos de Zwinglio: Conrado Grebel,
Félix Mantz e Hubmaier. Quanto ao que ocorria em Zurique, os desenvolvimentos
desta nova fé se davam em aspectos mais calmos e diplomáticos do que aqueles
ocorridos em Wintenberg, pelo menos no inicio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">2. O MOVIMENTO ANABATISTA E SEUS
PRINCIPAIS LÍDERES <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O movimento Anabatista
recebeu este nome mais especificamente na Suíça, pois a questão do batismo foi
forte entre estes cidadãos. Isso acontecia porque, para este grupo, o batismo infantil era insustentável
biblicamente e funcionava apenas como uma estratégia do governo de Zurique para
alistar os novos cidadãos daquela cidade através de uma cerimônia batismal – o
que mais tarde se mostrou verdadeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Qualquer discordância
que ameaçasse a tranquilidade da reforma naquela cidade deveria ser extirpada. Isso
era uma advertência a este movimento, pois não aceitavam o batismo infantil – pelo
que foram chamados de Anabatistas (rebatizadores). Porém, a situação não
permaneceu apenas na área do pensamento, pelo contrário, medidas mais
energéticas a este movimento foram elaboradas por Zwinglio, por causa de sua perspectiva
da relação entre batismo e ordem social. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em 1524, Conrad Grebel -
um homem proeminente na reforma da Zurique e amigo muito estimado de Zwinglio -
escreveu três cartas aos líderes da Reforma na Alemanha- Martinho Lutero, André
Carlstadt e Thomas Muntzer (os dois últimos estavam se separando da causa
luterana na Alemanha). Estes escritos eram de caráter informativo, e revelavam à
sua insatisfação com a reforma naquela cidade, apesar de Grebel discordar da política
de reforma de Muntzer; o batismo infantil era o ponto principal. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Destas três cartas foi
preservada apenas uma, e revelava a inconformidade com a doutrina daquela
igreja oficial: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">[...]
A escritura nos descreve o batismo deste modo, que ele significa que, pela fé e
pelo sangue de Cristo, os pecados foram lavados para aquele que é batizado, que
muda seu modo de pensar, e crê antes e depois, que ele significa que o homem
está morto e deve estar morto ao pecado e caminha em novidade de vida e de
espirito, e que ele certamente será salvo se, de acordo com este significado,
ele vive sua fé por um batismo interior [...] (<i>Apud</i> DICKY, 1992, p. 42).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa afirmação não foi
bem recebida pelo conselho de Zurique, e, em Outubro de 1525, foi decidido que
as “crianças deveriam continuar sendo batizadas e que quaisquer pais que
insistissem na recusa seriam expulsos” daquela cidade, isso era o inicio do
martírio Anabatista e “significava que a força seria usada para perseguir
minorias religiosas nesta área” (DYCK, 1992, p.44). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Zwinglio por sua vez
não ficou fora do conflito, mas “persuadiu o conselho a estabelecer um registro
batismal em cada paróquia” por causa da sua visão sobre a Igreja e o Estado, ele
se manteve ativo neste procedimento; assim, “este recurso, junto com a decisão
de expulsar aqueles cidadãos [...]” foi uma maneira de supervisionar melhor o
que acontecia em Zurique e “permitiu que os magistrados fizessem do batismo
infantil um instrumento para a conformidade política” ( GEORGE, 1994, p. 143). Isso
custou o sangue de muitas famílias, o que legou a este movimento um nome de
“igreja mártir”. Esse preço saiu mais alto do que a consciência daqueles governantes
poderia pagar, e, isso aconteceu não somente em Zurique, mas também na
Alemanha, em cantões católicos da Suíça, Países Baixos etc. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A inimizade entre
católicos e protestantes cessava quando se tinha em conta a perseguição aos
Anabatistas, assim, o primeiro mártir foi Hipólito Eberle (também chamado de
Bolt) em 1525, mas esse foi apenas a primeira gota de sangue de muitos que
seriam massacrados por sua fé. No entanto é importante observar que havia
outras questões que incomodava qualquer reformador ligado ao governo de uma
cidade protestante, a saber: a crença na separação entre igreja e estado, o
pacifismo e a discordância no uso de juramentos; isso era um fardo que os
estadistas católicos ou protestantes não precisariam carregar se usassem a
espada para reprimir tal oposição, e foi o que aconteceu conforme relata
Cornelius J. Dicky: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">O
tratamento para com os prisioneiros era extremamente cruel. Eles eram quebrados
num aparelho de tortura conhecido como cavalete de tortura, para fazê-los
revelar o nome de outros, especialmente dos líderes. Para aqueles que
permaneciam firmes, a execução usual era a morte na fogueira. Às vezes,
primeiramente eram estrangulados; às vezes, um pequeno cartucho de pólvora era
amarrado ao redor do pescoço deles como um ato de misericórdia já que o fogo
rápido e a fumaça apressavam o fim. Aos homens que renunciavam à fé anabatista
era dada a misericórdia da morte por decapitação, enquanto as mulheres eram
afogadas. Mas algumas mulheres foram enterradas vivas, e outras ainda como
também homens, foram enforcados. (1992, p.106)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essas declarações
expressam o terror que se abateu nas comunidades Anabatistas que já se formava
naquela em época em busca de paz. Por conseguinte, a perseguição prosseguia no
objetivo da destruição desta casta religiosa, pois, para os perseguidores, não
havia diferença alguma entre os Anabatistas suíços e os Profetas de Zwickau.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um pouco depois desta
ordem em Zurique, aparece no cenário do movimento um líder proeminente chamado
Melchior Hoffman. Este homem se converteu ao luteranismo primeiramente, mais
tarde simpatizou com as ideias de Zwinglio e depois pelo radicalismo de
Carlstadt, até se tornar extremamente influenciado pelos Anabatistas em
Estrasbugo e muito influente na expansão de suas ideias (ainda que excêntricas
muitas vezes). Prosseguiu no seu alvo de espalhar pregadores e ministros, e o
fez com muito sucesso ao ponto de deixar, em 1530, uma soma de trezentos
batizados na cidade de Emden e enviar missionários aos Países Baixos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O sucesso de Hoffman
foi alcançado em boa parte dos Países Baixos e estes estavam sendo influenciados
pela fé do movimento. Todavia como era um homem com ideias estranhas, logo se
percebeu uma obsessão por assuntos de caráter profético, esse seu tempero apocalíptico,
mais tarde trouxe sérios prejuízos à almejada ortodoxia no movimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sobre esses exageros,
Dyck conta-nos que tanto Hoffman quanto os seus discípulos profetizavam que
“Estrasburgo seria a Jerusalém
espiritual e que ele mesmo era o Elias escolhido para proclamar o evento
vindouro ao povo” (1992, p. 92), porém a sua morte aconteceu no seu regresso à
Estrasburgo, no ano de 1533, quando se entregou à prisão, crendo que de
brevemente aconteceria o cumprimento de suas profecias; nada aconteceu e “ele
permaneceu na cadeia até sua morte, cerca de dez anos depois, [...] esperando
até o fim a descida da Nova Jerusalém” (GEORGE, 1994, p.256).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O Anabatistas dos
Países tomaram ênfase nos ensinamentos de Jesus, entre os quais,
principalmente, o pacifismo. O inicio deste novo aspecto na perspectiva do
movimento tornou-se evidente com dois irmãos Obbe e Dirk Philips, a quem o
grupo tem grande débito por suas lideranças e legado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Obbe e Dirk Philips
foram bem educados, o primeiro foi ordenado ancião e o segundo esteve com os
franciscanos e, possivelmente, recebeu treinamento teológico nesta época. A
vida religiosa no movimento iniciou ainda quando eram discípulos de Jan
Matthijs e foram batizados por volta de 1533-1534; porém os dois irmãos não
concordavam com este homem, nem no suposto estabelecimento do reinado de Jan em
Munster; a poligamia e a teocracia pretendida ali eram ensinos que não lhes
permitia prosseguir com este líder – ainda mais depois da tragédia entre os
munsteritas em 1534-1535.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esses acontecimentos
acima mencionados e o legalismo que aos poucos engessava o movimento teve
grande impacto em Dirk, que abandonou o movimento em 1539-40, tendo ordenado Obbe
e David Joris antes disso. Todavia a sua herança prosseguiu de maneira tal que
a sua influência foi notória no movimento ao ponto de seu pacifismo se tornar
posteriormente a principal marca do Anabatismo até hoje. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Obbe se tornou
influente nos Países Baixos, e, talvez, se não tivesse surgido no quadro do
movimento Menno Simons, os pacifistas se chamariam hoje de obbenitas. Assim quando observamos a história deste
movimento podemos cair no erro de apenas dar credibilidade documental aos
líderes mais proeminentes, mas existe uma gama de homens que levantaram à
estrutura deste movimento. Por outro lado, devemos rejeitar a perspectiva
Anabatista primitiva que se proclamava como descendentes diretos de João
Batista, dessa forma rejeitavam toda a história e herança deixada pelos pais da
igreja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A maneira mais refinada
de um Anabatismo ortodoxo surgiu com o grande líder Menno Simons, este ergueu o
movimento do monturo e trouxe-os à pacificidade, catequização, sistematização
de suas doutrinas e evangelização extensiva. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Menno Simons
(1496-1561) nasceu em Witmarsum, Holanda; e foi educado “na escola monástica de
Bolsward” onde teve as primeiras bases para a sua formação como sacerdote
católico, assim teve treinamento em “latim e podia ler um pouco de grego [...]
também teve contato com certos pais da igreja, como Tertuliano, Cipriano e
Eusébio” (GEORGE, 1994, 256). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A liderança de Menno aos
Anabatistas da Holanda foi fundamental, pois a tragédia de Munster somada às
perseguições em Zurique e as heterodoxas afirmações do grupo pelos seus líderes
predecessores trouxeram instabilidade e ameaça à continuidade do movimento. Tudo
isso produziu em Menno Simons grande compaixão, assim para ele aquelas pessoas
eram como ovelhas sem pastor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Depois de ter
trabalhado bem o assunto da fé Anabatista naquela região, Menno produziu muito
em literatura em vários aspectos, desde literatura devocional até controvérsias
sobre a reforma por meio da espada pregada por radicais como Jan van Leiden;
tudo isso surtiu muito efeito á fé do movimento, pelo que se estendeu em boa
parte dos Países Baixos e conquistou além de muitos adeptos, diversas
antipatias por parte de católicos e protestantes. Logo, não demorou muito para
que Menno fosse perseguido, porém sua morte não se deu por martírio, mas de
maneira natural, em 31 de Janeiro de 1561 em sua casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3. A TEOLOGIA ANABATISTA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando verificamos o
material de teologia Anabatista, se torna fácil identificarmos o grupo como não
monolítico de pensamento, pois tanto os radicais de Munster quanto os
pacificadores de Menno, são descritos como sem definição exata e sistematizada
de suas doutrinas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Porém é verdade que a
fé do movimento teve grande desenvolvimento em relação à sua crença inicial, porque os lideres contribuíram,
o movimento foi muito privilegiado. Isso perpassou as perseguições realizadas a
estes de um modo tal que sua teologia foi amadurecendo no calor do martírio,
porém, além dos escritos de seus principais líderes ainda restou a Confissão de
Fé de Schleitheim (1527) composta por sete artigos e bem acessível àqueles
irmãos, pois “à nível de doutrina, a decisão aqui era simples, bíblica,
completa e suficientemente consistente tal que um simples cristão podia
compreendê-la, testemunhar a respeito dela e sofrer por ela” (DYCK, 1992, 54).
A descrição da teologia Anabatista que se segue é compatível com a posição
majoritária do movimento (huteritas, amish e menonitas), embora se reconheça
que há grande diversidade de crenças entre eles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.1 Batismo somente de crentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O batismo deve ser
realizado somente às pessoas que professam fé em Cristo, ainda que seja uma
confissão acompanhada de pouca eloquência e ainda recente, mesmo assim deve ser
consciente e vinda do próprio crente. O modo de batismo não era tão importante
assim, pois batizavam de “início por afusão ou aspersão e, depois, por imersão”
(CAIRNS, 2008, p.277) porque o que era de crucial importância estava relacionado
ao sujeito do batismo, e se alguém desejasse ser um Anabatista e foi batizado
na infância, então seria [re]batizado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esse era um ponto pelo
qual os anabatistas sofriam, morriam e eram exilados, porque a convicção do seu
tempo era que os bebês faziam deviam ser batizados; pelos católicos por que “o
primeiro efeito do batismo é a remissão de pecado” e, esse sacramento da Igreja
Católico era necessário ser aplicado às crianças visto que “no batismo as
crianças recebem a graça espiritual” (HODGE, 2001, pp. 1470,1471). Assim, se
alguma criança fosse vitimada pela mortalidade infantil predominante na idade
média, já teria recebido graça salvadora pelo <i>sacramentum regenerationis</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Entre os protestantes o
ensino de regeneração batismal foi abandonado devido o frágil alicerce bíblico
em que ela se sustentava, e porque isso não coadunava com a ideia de <i>sola gratia</i> afirmada por eles. “O
resultado foi ou abandono da prática, ou a construção de uma nova justificativa
teológica para preservá-la”(FERREIRA; MYATT, 2007, p.940).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como foi observado
anteriormente, o batismo representava uma filiação não somente à Igreja, mas
também ao Estado; pois defender o contrário disso era sinônimo de anarquia,
pois naquele período de introdução à reforma “[...] os reformadores não
chegaram a aceitar a noção de uma separação completa da Igreja e do Estado”. Assim,
Zwinglio que se mostrou no início simpatizante com as ideias dos Anabatistas,
logo se revelou um oponente forte ao movimento depois de ter analisado as
consequências daquele ensino. Isso levou alguns lideres de cantões protestantes
a pensar que “já que não era mais possível apelar para a doutrina da
regeneração batismal [..]”, algo, porém, precisava ser feito; então, “com o
intuito de apoiar esta prática Zwinglio e Bullinger desenvolveram uma defesa
inédita do batismo infantil”, edificada com bases mais evangélicas “essa defesa
foi construída com a nova teologia da aliança” (2007, p. 940).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No entanto, os Anabatistas não estavam
satisfeitos com a explicação protestante sobre o batismo infantil e pedia que
lhes mostrassem na Bíblia tal batismo, por isso afirmavam aos que batizavam
bebês na época: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">“se
eles nos mostrarem de acordo com as Sagradas Escrituras que estamos errados ou
equivocados, nós nos retiraremos e nos retrataremos com gosto, e com gosto
sofreremos condenação e punição por nossa ofensa. Mas, se não se puder ser
provado, espero por Deus que se arrependam e permitam ser instruídos.” (DYCK,
1992, p.55)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa afirmação era algo
indigesto àquela época, mas segundo esses cristãos o principio do <i>sola scriptura</i> estava apenas sendo considerado
de maneira consistente. E, se isso deveria ser administrado em todas as
doutrinas bíblicas, então a questão do batismo não poderia ser uma exceção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.2 A Igreja e o Estado<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O principio de que a Bíblia
deve nortear os assuntos da relação da Igreja com o Estado, também teve um
grande impacto à este povo, pois a Igreja deve ser considerada não como um uma
extensão do Estado ou como uma Instituição de auxilio à este, mas como um <i>entis</i> divino na terra que não deve
receber influência do Estado e nem interferir neste.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A igreja não deve ser
considerada como constituída de uma parte invisível, mas com um só corpo
visível de crentes batizados, e que testemunham de sua fé como peregrinos neste
mundo que exercem a disciplina cristã em amor e nascida no Novo Testamento – não
existente ainda na Antiga Aliança; assim, “por ocasião do dia de Pentecostes, o
Espírito Santo criou um novo povo, a Igreja”(LEDERACH, 1993, p.93). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.3 A hermenêutica Anabatista e a lei de
Deus<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nos grupos Anabatistas algumas
características da Teologia da Nova Aliança foram encontradas em muitas de suas
afirmações. Essas peculiaridades na Reforma Radical mantinham elementos de uma
“Nova Lei”, que estava em oposição à lei de Moisés, asseverando que o Novo
Testamento possuía autoridade hermenêutica sobre todo o Antigo Testamento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Algo ainda muito comum
nesse grupo era a sua tipologia bem semelhante ao neo-aliancismo moderno. Como
bem expressou o anabatista </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Hans Betz martirizado em (1537)</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">:
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;">Cristo
nos mostra a lei de Deus para o homem: "Faça aos outros o que gostaria que
fizessem com você. "Ele nos mostra o que é bom e o que é ruim para que
possamos viver de uma maneira diferente. Cristo é o cumprimento da lei que foi
dada em figuras a Moisés. Todos as figuras da
lei finalizam em Cristo, porque Cristo é a lei. [<i>sic</i>] pois obedecer a lei, diz Cristo, é amar a Deus com toda a
força da nossa almas, e amar o nosso próximo como a nós mesmos. Nestes breves
mandamentos a lei é recolhida em Cristo (<i>apud</i>
HOOVER, 2008, p. 107).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa era uma declaração
típica de um anabatista do séc. XVI. Os radicais, como eram conhecidos,
enfatizavam a ética do amor, pois a “Fé e amor de um coração puro, diz Paulo, é
a soma de todos os mandamentos [...]” e, “é assim que a lei e os profetas são
cumpridos em Cristo, nosso Senhor. Esta é a maneira que Ele tem nos mostrado
que conduz ao Pai e a vida eterna [...]”(</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">BETZ <i>apud </i></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">HOOVER, 2008, pp. 107,108).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essa era uma
perspectiva contrária à posição majoritária daquela época, na qual se afirmava
uma continuidade das alianças, incluindo a Aliança Abraâmica para dentro da
Nova Aliança a fim de batizar os bebês como uma substituição da circuncisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.4 Em memória de mim<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A ceia Anabatista é
considerada a forma zwingliana de ordenança dentro Anabatismo. Não houve uma
alteração severa na maneira memorial em que a ceia do Senhor era crida por
Zwinglio conforme pretendido em Lc 22.19
nesse ponto não havia problema com o reformador; porém entre Católicos,
Luteranos e Calvinistas posteriores a questão
era diferente. Esse assunto se tornou um forte motivo de perseguição também,
assim “os mártires anabatistas eram frequentemente interrogados sobre sua
teologia eucarística” (GEORGE, 1994, p. 289).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Embora a ceia do Senhor
fosse memorial, o Anabatistas consideravam como um elo importante de amor e
comunhão ao corpo de Cristo, “assim, os cristãos que partilhavam da ceia juntos
tinham de pôr de lado todas as desavenças e contendas” porque a memória de
Cristo merecia solenidade e “deviam
perdoar uns aos outros, servir uns aos outros, censurar e exortar uns aos
outros[...]” (GEORGE, 1994, p. 291). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quanto aos que
administrava ceia do Senhor, os irmãos (como também eram conhecidos) não eram
dogmáticos quanto ao dever de ser somente um ministro devidamente ordenado
sempre, mas entendiam que o “que realmente importa não é o que acontece aos
emblemas, e nem quem estava administrando a comunhão”, mas “[...]a qualidade da
vida das pessoas, reunidas em torno do memorial, e seu relacionamento umas com
as outras é o que se revestem da real importância” (LEDERACH, 1993,
p.124). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4. FORMAÇÃO E EXPANSÃO DO MOVIMENTO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com considerável
observação do movimento na História da Igreja o estudioso deverá estar disposto
a ter diante de si uma perspectiva de desenvolvimento e amadurecimento do
movimento, tanto em suas convicções iniciais quanto a forma que o movimento
assumiu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Já foi dito anteriormente que os radicais munsteritas
foram o núcleo de formação do movimento, porém deve-se perceber que mais
adiante Menno Simons pastoreou o grupo que assumiu posições mais ortodoxas. Enquanto
observamos o que se passou no Anabatismo alemão, suíço e holandês, pretendemos
abrir a cortina da expansão e êxito missionário do movimento para termos um
quadro mais completo do Anabatismo como um todo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O conhecido Tratado de
Westfália (1648) entregou algumas cidades à França, menos Mulhasen; porém esta
divisão teve implicações à causa Anabatista, desta forma prosseguiam em suas
reuniões da maneira que desejava. Esse foi um bom tempo ao grupo, agora chamado
de menonitas, pois gozavam de certa liberdade em Alsácia por causa do Tratado,
e começava a receber refugiados, entre eles Jacó Ammann. Este homem se
identificava com o movimento – pois ele mesmo se identificava como um menonita
e foi ordenado ministro posteriormente - porém trouxe aspectos mais ascéticos e
severos ao movimento, como a insistência da prática de lavar os pés, quem em
casos de disciplina “até os membros da família deveriam evitá-los, deixando-os
comer, dormir e viver completamente sozinhos” e, em relação ao modo de vestir,
exigia-se “[...] que os membros usassem roupas simples incluindo barba aos
homens” (DYCK, 1992, p.138).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os discípulos de Jacó
Ammann ficaram conhecidos como <i>amish</i>,
e mais tarde foram expulsos da Alsácia pelas autoridades francesas em 1712,
porém mesmo permanecendo alguns, ainda foi dada nova ordem de partida em 1744,
1766 e 1780. Após esta retirada, os
amish formaram-se em colônias de “maiores migrações à América [...] até o
século XIX [...], logo que essa mudança aconteceu, a expansão desse tipo de
Anabatismo alcançou o “Canadá, bem como como em Ohio e outros estados
centro-orientais” (DYCK, 1992, p.139).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os menonitas, por sua
vez, mostravam-se bem lucrativos à qualquer cidade que os recebia, isso se
devia à ênfase no trabalho honesto por parte desses irmãos e as colônias
estabelecidas gozavam de certa liberdade devido este fator. O estudioso menonita
Dyck nos informa que foi dessa maneira que a Rússia logo recebeu os menonitas,
um alvará foi expedido a esses irmãos em “3 de março de 1788 e mais tarde
reafirmado pelo Czar Paulo I, a 8 de setembro de 1800” (1992, p.154) que lhes
conferia permanência e privilégios como qualquer outro imigrante naquele lugar.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Até então os menonitas
russos falavam entre si em idioma alemão, quando “o Departamento Estadual de
Instrução observou de perto as escolas menonitas e nos anos de 1891 toda
instrução seria dada no idioma russo” (DYCK,1992, p.168), o que trouxe declínio
à força da identidade do movimento, um pouco antes disso acontecia o acordo de serviço
militar de 1874, no qual fez com que 18.000 menonitas se mudassem para os
Estados Unidos e Canadá, porém os que permaneceram, sofreram fome em 1921 a
1923 na nova URSS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A expansão do movimento
se dava rapidamente devido a ênfase missionário, e também a intolerância do
país que lhes recebia. Colônias menonitas foram formadas na Ásia, começando
pela Indonésia, em 1854, e prosseguindo o alcance aos redor até chegar ao
continente africano em 1911 na República do Zaire. A influência menonita também
chegou à América Latina, os primeiros registros são de 1877 na Argentina e, no
Brasil, em 10 de fevereiro de 1930 no estado de Santa Catarina; em solo
brasileiro, as escolas menonitas são supervisionadas pelo estado, porém as
escolas permanecem com excelente qualidade e “muitos não-menonitas estão sendo
ensinados junto com os seus próprios alunos[...]”, assim houve boa
receptividade à esses irmãos, e, com isso, trouxe vários benefícios, pois “um
instituto Bíblico foi estabelecido em Curitiba [...]” e “um orfanato na mesma
cidade, também mantido pelas igrejas Irmãos Menonitas” (DYCK,1992, p.306). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Após
a verificação da história, doutrina e práticas do Anabatismo estamos certos de
que a análise deve ter um interesse maior do que a curiosidade acadêmica,
porque a vida deste povo é de grande incentivo à <i>práxis</i> da igreja contemporânea que tem perdido referenciais de fé,
testemunho e piedade. Cremos que a história Anabatista tem muito a nos ensinar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outro
fator que merece relevo é que a teologia deste povo não foi realizada dentro de
escritórios, mas em meio a perseguições e açoites. Isso deve fazer-nos pensar
como a teologia está intrinsecamente ligada ao povo comum que sofre e peregrina
neste mundo, como se dele não permanecesse. É verdade que eles cometeram muitos
erros, porém é fato que em muitas coisas foram um povo que pensava além de sua
geração e foram perseguidos por isso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Assim,
devemos nos abster de qualquer opinião quando nos for passada informações bem
caricatas sobre Anabatistas, pois os mesmos (no início) não formavam um grupo
de pensamento monolítico e boa parte do que temos à nossa disposição hoje vem
dos opositores do movimento. Certamente haverá grande transformação no coração
do pensamento e prática da igreja hodierna quando houver mais dedicação,
simplicidade, testemunho e piedade como estes irmãos tiveram. Que Deus tenha
misericórdia do Seu povo até que esse dia chegue.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">REFERÊNCIAS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">1.
CALVINO, Juan. <b>Institución de la
Religion Cristiana</b>. Traducida y publicada por Cipriano de Valera em 1597
por Luis de Usoz y Rio en 1858. Nueva edicion revisada em 1967. Países Bajos:
Fundacion Editorial de Literatura Reformada, 1967. vol I.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">2. HOOVER,
Peter; </span><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">The Secret of the Strength</span></b><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">:</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "Comic Sans MS"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "Comic Sans MS"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span><b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">What Would the Anabaptists Tell This
Generation?</span></b><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">.<b> </b></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Disponível em:. <</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">http://www.elcristianismoprimitivo.com/pdf/the-secret-of-the-strength-.pdf>.
Acesso em: 07 junho 2012. (Tradução minha)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">3.FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. <b>Teologia Sistemática:</b></span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";"> </span><b><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">uma
análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">
1ª edição. São Paulo: Edições Vida Nova, 2007.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">4. CAIRNS, Earle E. <b>O cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. 3ª
edição revisada e ampliada.</b> São Paulo: Edições Vida Nova, 2008.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">5. HODGE, Charles.<b> Teologia Sistemática. </b>São Paulo: Editora Hagnos, 2001.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">6. GEORGE, Timothy. <b>Teologia dos reformadores.</b> 1ª edição. São Paulo: Edições Vida Nova,
1994.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">7. DYCK, Cornelius J. <b>Uma introdução à história menonita.</b> 1ª
edição. Campinas: Editora Cristã Unida – Associação Evangélica Menonita, 1992.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">8. LEDERACH, Paul M. <b>Uma terceira opção.</b> 1ª edição.
Campinas: Editora Cristã Unida – Associação Evangélica Menonita, 1993. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Junior%20e%20Ramone/Desktop/A%20REFORMA%20RADICAL%20(original).docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ensaio acadêmico
apresentado à disciplina de História da Igreja II, ministrada pelo professor Bruno
Calíope, semestre 2012.3.</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<a href="file:///C:/Users/Junior%20e%20Ramone/Desktop/A%20REFORMA%20RADICAL%20(original).docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Bacharelando em Teologia na
Escola Teológica Charles Spurgeon.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-12603098199990247392013-05-27T14:59:00.001-07:002013-05-27T14:59:43.320-07:00Brasil: um país sem jeito?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio3PArRRvLohVs3x5UtLw4oldIOIqw37eAy9o4sXbruizureLU3QLPVfGN4lXkEROVg_Gz7S_WqPxfGWf1LFiRXVI8MEfTgyLvUj7RVU4BdjKeE4Gi3KnrY0BQ0GzoTGEIN2pHCoDhIn0/s1600/patria1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio3PArRRvLohVs3x5UtLw4oldIOIqw37eAy9o4sXbruizureLU3QLPVfGN4lXkEROVg_Gz7S_WqPxfGWf1LFiRXVI8MEfTgyLvUj7RVU4BdjKeE4Gi3KnrY0BQ0GzoTGEIN2pHCoDhIn0/s320/patria1.jpg" width="284" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Muito se ouve falar que o Brasil é um país que não tem jeito. Este parece ser um axioma incontestável. A divergência se dá quando propostas são levantadas para responder ao inevitável por quê. Bem, creio que parte da resposta deve incluir o fato de sermos uma nação capenga, ou seja, que só manqueja para um lado, sem reais possibilidades de estabilidade. E isto porque presenciamos um governo que se arroga democrático, mas vive a sonhar com suas aspirações de totalitarismo; sempre deixando suas prerrogativas para interferir naquilo que não lhe diz respeito, colocando os ditames do estado acima dos direitos de seu povo, que se contenta em deitar a cabeça no travesseiro que a bolsa família lhe deu, para, entorpecido com a figura mítica de seu ex-presidente "mais perto das massas", sonhar que um ponto acima da extrema pobreza é conforto demais para o resto da vida. "Trabalhar pra quê, enquanto temos esta pátria mãe idolatrada que nos alimenta, veste e nos diz o que fazer?" (nem pensar é preciso!), é o que trabalha no subconsciente da cultura das "bolsas" e "cotas", no país que despreza a meritocracia e favorece a letargia. A verdade é que um país com toda sorte de movimento esquerdista, do light ao radical, sem qualquer contrapeso do outro lado da balança jamais poderá dar certo. A União Soviética não deu, a Alemanha Oriental também não. Será que devemos esperar que uma nação inspirada por Cuba e Venezuela vai dar? Já nos ditam o que devemos aceitar por normal (família é o preconceito ultrapassado; relacionamentos homoafetivos são a evolução do pensamento, e a pedofilia vem na esteira). Já nos é imposto o modo como devemos educar nossos filhos (nada de palmadas, nada de repressão; seus filhos precisam construir o conhecimento a partir de suas próprias experiências. Você deve ser, no máximo, um facilitador!). Já perdemos o direito a defesa (pois a política do desarmamento só favorece o bandido, que com desarmamento ou não, sempre terá sua arma, enquanto o cidadão vive a mercê de uma polícia mal paga e, talvez até por isso - sem contar a corrupção - ineficiente). Estamos a ponto de ser silenciados quanto a algumas de nossas crenças (desde que o cristianismo, segundo as estatísticas do governo é homofóbico e deve ser barrado). Qual será o próximo direito do qual seremos privados? Em breve estaremos na próxima era dos mártires, onde os últimos resistentes serão oferecidos como sacrifício por sua fé e consciência! Deus tenha misericórdia de nós!</span><br />
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Nelson Ávila.</span></div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-37761682553421078432013-04-26T14:56:00.002-07:002013-04-26T15:06:41.590-07:00<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); widows: 2; orphans: 2; }P.western { font-family: "Calibri",serif; }P.cjk { font-family: "Calibri"; }P.ctl { font-family: "Times New Roman"; }A:link { color: rgb(0, 0, 255); }A.sdfootnoteanc { font-size: 57%; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" lang="en-US" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="CENTER" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O PERFEITO 1
CORINTIOS 13:10 E A CESSAÇÃO DO CHARISMATA</span></span><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8852857196881684853#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc"><sup>1</sup></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">SANTOS JUNIOR,
Evandro Carvalho dos (ECS)</span></span><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8852857196881684853#sdfootnote2sym" name="sdfootnote2anc"><sup>2</sup></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQQ0pESNpAc9YUfbhSGQtJzxPzGGEt9L1C-bsg8t-G-24Zkvi1_y-DR9CTEh3oIaEWu3CoEXc6wtoAlzM_YlFC49SPRQMShn8Nel4nA-fqIHkjS-pcG2lSEbgy-xPmuilKN0o1OTfZnuw/s1600/45-pentecost.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQQ0pESNpAc9YUfbhSGQtJzxPzGGEt9L1C-bsg8t-G-24Zkvi1_y-DR9CTEh3oIaEWu3CoEXc6wtoAlzM_YlFC49SPRQMShn8Nel4nA-fqIHkjS-pcG2lSEbgy-xPmuilKN0o1OTfZnuw/s200/45-pentecost.jpg" width="163" /></a><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">RESUMO</span></span></div>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<br />
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Analisa o texto de 1
Coríntios 13.10 dentro de algumas perspectivas adotadas a respeito
do significado de to teleion. Mostra-se com uma perspectiva de
equilíbrio após passar pelas visões anteriores dentro do contexto
bíblico do texto em questão, da analise histórica-fundacional
daquela igreja e do exame exegético requerido pelo tema, apresenta
tensões entre as visões, discute-as e promove o desfecho
interpretativo. Conclui com uma aplicação pastoral e de relevância
eclesial à vida do leitor.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">PALAVRAS-CHAVE</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">To teleion; dons;
cessacionismo; escathon</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">1 INTRODUÇÃO </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Sabendo da
importância que a teologia bíblica possui para determinar o modo de
viver de todo cristão, propomos uma análise das principais
perspectivas sobre o significado de 1 Coríntios 13.10 como um meio
decisivo ao assunto da cessação ou continuação dos carismas.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O texto será
examinado à luz do seu contexto histórico, passando assim a
perceber o que estabeleceu as marcas daquela comunidade coríntia na
qual mais tarde foi advertida por Paulo a respeito de vários
problemas, principalmente dos dons espirituais. Por conseguinte,
observaremos também fatores internos daquela comunidade; sua
teologia e vida moral como um indicativo do seu procedimento
admoestado pelo apóstolo. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Depois disso,
faremos uma exegese cuidadosa, mas não tão diminuta, passeando por
textos anteriores ao capítulo 13, trazendo assim aquela bagagem
contextual necessária para lançar mais esclarecimento do tema que
será tratado.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Por fim, a questão
será vista à luz dos próprios eruditos, firmada sobre o respaldo
de seus próprios conceitos e ponderada de acordo com a maneira mais
natural e com menos problemas possíveis ao texto discutido. Por
isso, o nosso propósito não será expor extensamente a grande
variedade de visões sobre o texto examinado, mas tornar disponível
ao leitor aquelas perspectivas mais adotadas e suas principais
argumentações.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">2 O CONTEXTO EM QUE
A CARTA FOI ESCRITA</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Como pano de fundo à
carta, a observação de que várias nuanças daquela época dirigia
a práxis da igreja é algo bastante relevante, pois as tendências
morais e filosóficas recebidas por tais cristãos permitia que a
vida da igreja fosse adaptada a essa nova forma grega-cristã de
cultuar ao Senhor. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Encontrar um tema
que padronize de forma exata todo o conteúdo dessa epístola é algo
difícil, pois são vários os problemas relatados nessa comunidade
e diversas questões pendentes de resolução que são tratadas por
Paulo. Todavia, a consideração de </span></span><i><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><span style="background: #ffffff;">William
MacDonald</span></span></span></span></span></i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
é importante em frisar que o tema dessa epístola “é corrigir a
igreja mundana e carnal que não leva a sério atitudes, erros e atos
que o apóstolo Paulo considerava alarmante” (2008, p.475), o que é
algo bastante óbvio numa simples leitura dessa epístola.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Prosseguiremos no
exame desses ares que permeava a vida da sociedade anti-Deus na
cidade de Corinto, e a maneira como essa tendência adentrava na
igreja como um todo. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">2.1 Um pouco de
história antes</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">A cidade de Corinto
era um centro comercial muito importante na época em que o apóstolo
Paulo fundou ali uma igreja cristã. Sendo cosmopolita de governo
romano, com cultura grega clássica, Corinto experimentava de alto
prestígio como uma cidade que conseguiu ser reerguida um século
mais tarde, após ter sido “destruída pelo romano L. Mummius
Archaicus, em 146 a.C.” (MORRIS, 1981, p. 11). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Por isso, quando
prosseguimos em descobrir os motivos de tão elevada importância no
século I, percebemos que sua localidade era também fundamental para
gozar de um avanço econômico bastante almejado.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Porque era uma
cidade portuária e próxima a Acaia, Corinto “ficava 80 km a
sudoeste de Antenas, perto do istmo que junta a Ática ao
Peloponeso.”( </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: #ffffff;">Bíblia
de Estudo de Genebra,1999, p.1298); isso se tornou importante mais
tarde, pois</span></span></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
com todo esse favorecimento geográfico, Corinto recebia embarcações,
hospedava muitos visitantes e interagia também de maneira
multicultural com seus hóspedes. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim, uma cidade em
fervente desenvolvimento cultural e econômico, e com o mesmo
histórico de reerguimento que essa possuía, fazia com que na
mentalidade de todo aquele nascido em suas dependências fosse
formado um alto padrão de si mesmo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">2.2 A moralidade
coríntia</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Como as
circunstâncias em Corinto favorecia certa pluralidade de raças e
relacionamentos com estrangeiros, não seria de admirar que as marcas
de uma sociedade de tão alta classe do século I não influenciasse
também a moral de sua época.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim, todas
aquelas disposições culturais e políticas em sua localidade
impactou profundamente o exercício da religião coríntia, pois não
excluía a possibilidade de interagir religiosamente com a poligamia
de estrangeiros e incrementar muitos elementos, como orgias e
transes, por exemplo, em seus cultos de mistério. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">William Barclay
explica de maneira bem específica essa situação em que:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">acima do istimo ...
elevava-se o monte do Acrópole, e sobre este ficava o grande templo
de Afrodite, deusa do amor. Ligados a este templo estavam mil
sacerdotisas, prostitutas sagradas, e ao anoitecer elas desciam do
Acrópole e vendiam-se nas ruas de Corinto, até que se tornou um
verbo grego: “Não é todo homem que pode sustentar uma viagem a
Corinto”.(</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>apud
</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">MACARTHUR
JR., 2002, p. 104)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Dessa maneira, as
diversas marcas pagãs eram penetradas no âmago da comunidade, tanto
no ramo do pensar e sua admiração quase idolátrica à filosofia
pagã (1 Co 1.19,23,26-27), quanto em seu ascetismo e libertinagem
como expressada nas admoestações do apostolo Paulo (1 Co 7.1;
6.15-16). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Portanto, o contexto
complicado desta cidade, aparentemente, mostra-se árido para o
inicio de uma missão apostólica, mas este era o desafio de Paulo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">2.2 O CONTEXTO
TEOLÓGICO</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Com todo esse
aparato de dificuldades, Paulo não se mostrou tímido ao
anunciar-lhes o Evangelho de Cristo; pelo contrário, após uma
experiência de rejeição em Atenas (At.17.32), logo partiu para
Corinto (At. 18.1).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim, em
prosseguimento ao seu objetivo missionário, Paulo se estabelece
nesta cidade e permanece hospedado com Priscila e Áquila (At.
18.2-3); em Corinto o apóstolo anuncia o evangelho e consolida
àquela comunidade recém-formada durante dezoito meses, por volta do
ano 55 d.C. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Como vimos antes, o
contexto histórico-cultural em que a cidade estava inserida requeria
que Paulo fosse mais energético com eles possivelmente interagindo
menos com a filosofia hodierna do que quando fizera com os atenienses
outrora (At.17.28 cf. 1 Co. 2.1-5). Todavia, após se converterem ao
Senhor como esses cristãos vão conviver na ética do Reino? E como
as religiões de mistério, com toda disposição lasciva que
aquela sociedade possuía seria desarraigada daqueles novos crentes? </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Com todas essas
questões pendentes, Paulo trata desses assuntos de maneira bem
específica. Isso acontece baseado no relato que ele recebeu </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>pelos
da casa de Cloe</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
(1 Co.1.11) e por uma carta recebida (1 Co. 7.1,25; 8.1;12.1;16.1 )
com muitos questionamentos relacionados à casamento, divórcio e
novo casamento; liberdade cristã, santa ceia, dons espirituais,
culto, ressurreição e coleta dos santos.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Dessa forma
percebemos que a epístola aos coríntios vem com uma bagagem de
problemas relacionados à situação anterior, quando eram pagãos.
Logo, quando Paulo trata das questões dessa igreja, ele o faz
sabendo que aquela cidade tinha imprimido um mundo de paganismo
religioso na mente daqueles conversos. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Por isso, quando
avançamos em nosso exame dos dons espirituais nesta epístola temos
que estar sensíveis aos apelos contemporâneos da cidade coríntia,
pois a maneira que esta igreja via os assuntos relacionados à fé
mostrava-se, também, como um espelho da religião mística, do culto
ao transe e da má compreensão do propósito real desses dons.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">3 PROBLEMAS
RELACIONADOS AO USO DOS DONS</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">A igreja de Corinto
carregava ainda consigo tendências de soberba em relação à quase
tudo que fazia, até mesmo diante de pecados cometidos no seio
daquela comunidade, eles não mantinham o senso de humildade e
vergonha necessária para reverter tal situação (1 Co 5.6). Por
conseguinte, não foi diferente quando se tratava dos dons
espirituais, se havia soberba até diante de pecados conhecidos
naquela igreja, quanto mais em relação àquilo que Deus outorgara
como uma expressão do poder do Espirito Santo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim, Paulo trata
dos dons espirituais do capitulo 12 ao14 mostrando qual é o
verdadeiro propósito destes, a maneira que deveriam ser corretamente
utilizados naquela comunidade e prossegue sua argumentação
observando que há um caminho melhor, permanente e mais relevante que
àqueles dons em discussão.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Com isso em vista, a
epístola de Paulo aos coríntios se tornou mais conhecida nos
círculos evangélicos recentes por causa desta questão carismática;
e, como o assunto dos dons é algo bastante enfatizado em nosso
tempo, consideramos que os problemas da igreja de corinto devem ser
tratados com muita relevância para refrear os exageros ou
reconsiderar a importância de tais dons a alguma faceta da igreja de
Cristo. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Sendo assim, devemos
considerar por certo que o desenvolvimento do debate carismático
permanecerá durante muito tempo, e haverá versículos centrais para
o apoio e/ou defesa de tal controversa.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Quanto a um texto
muito utilizado nesse debate (1Co 13.8-13), caminharemos para sua
análise, pois já que é um tema muito contemporâneo, e de muita
importância, nos debruçaremos deleitosamente nesta questão. Por
isso, faremos à medida que o assunto demandar objetividade e
especificidade teológica. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">3.1 Quanto ao seu
propósito na igreja local (1 CORINTIOS 12 e 14)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ao iniciar um novo
assunto, Paulo se dirige aos coríntios com um tom de resposta a
alguma pergunta emitida anteriormente por esses crentes; assim, </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>a
respeito dos dons espirituais </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">(12.1),
traz a ideia de um novo assunto que o apóstolo tratará a seguir.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Esse novo assunto se
relaciona mais especificamente a maneira que aqueles congregados
deveriam tratar com os dons do Espírito, não como </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ignorantes</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
(12.2), pois sua situação agora era incomparavelmente superior
àquela que possuíam quando eram pagãos.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ademais, essa
ignorância deveria ser evitada quanto ao que era definido como
conteúdo do dom exercido (12.3), a cautela em se perceber a doutrina
trazida por determinada manifestação pneumática requeria exame, e
não uma aceitação indiscriminada. Ainda assim, a importância
requerida a esses dons deveria ser mantida, pois estava ligada
diretamente a distribuição soberana do Espirito e da Trindade
(12.4-6,11).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Prosseguindo em sua
argumentação, Paulo ilustra a necessidade de </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>todos</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
os dons utilizando o corpo como um exemplo da união necessária para
o equilíbrio do exercício de tais dons que Deus tinha concedido
àquele povo, pois eles foram batizados com o Espírito nesta
unidade, isto é, no corpo de Cristo (12.12,13). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim, não haveria
necessidade de alguém ser um corpo de apenas “um membro”, mas a
ação do Espirito na comunidade requeria que fosse reconhecido a
importância de cada dom, pois nem todo eram apóstolos; nem todo
mundo era profeta; todos não eram mestres; operadores de milagres
não era algo para todos os crentes; assim como os dons de curar,
todos não os possuía (12.29). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Por isso, após
fazer uma série de perguntas retóricas, Paulo explica a sequência
do que seria a urgência real daquele povo, e, reverte a lista dos
coríntios expondo (em graus de importância) o que deveria ser
valorizado entre eles, porque “</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>a</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>
uns estabeleceu Deus na igreja, </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i><b>primeiramente</b></i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>,
apóstolos; em </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i><b>segundo</b></i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>
lugar, profetas; em </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i><b>terceiro</b></i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>
lugar, mestres”(12.28</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">a</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>
</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">cf</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">.
Ef. 4.11</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">), o
grau de importância é muito notório, pois esses dons estão
relacionados a palavra; suas funções primárias eram de trazer
edificação ao corpo. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Logo, ele mostra que
outros dons são necessários também, porque Deus ainda concedeu
“</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i><b>depois</b></i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>,
operadores de milagres; </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i><b>depois</b></i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>,
dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.”</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">(12.28b).
Por conseguinte, o pensamento correto sobre esses carismas era de que
deveriam ser buscados alguns quanto a sua importância, não por
exclusividade; assim, os coríntios não deveriam tratar o dom como
um fim em si mesmo, mas como um meio para a edificação do Corpo,
pois o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>carisma</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
é de caráter transitório e sua brevidade aponta para algo perene
(12.31).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">3.2 Quanto aos
visitantes</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Paulo centraliza
mais ainda a necessidade de edificação quanto ao dom de profecia
(14.1), pois esse dom beneficia o corpo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Com profecia, não
queremos dizer necessariamente pregação, embora tivesse alguma
correspondência a esta; profecia, segundo o entendimento paulino no
capítulo 14 “não é a transmissão de um sermão preparado
cuidadosamente, mas a elocução de palavras diretamente inspiradas
por Deus” (MORRIS, 1981, p. 153), ainda envolvia certa dose de
“improviso organizado” como algo comum nessas manifestações
(14.23); não extático (1 Co. 14.32) e também constituía –se um
sinal para os crentes e incrédulos (1Co. 14.22, 24-25). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Nestes termos, o dom
de profecia deveria ser realizado em primazia na igreja e em uso
posterior (menos importante, mas não desnecessário) o dom de
línguas. Entretanto, os coríntios estavam enfatizando exatamente
aquele dom que não trazia edificação à igreja, assim, Paulo
adverte esses cristãos através do exame da natureza do dom de
línguas em contraste à profecia (1 Co. 14.1-19); é importante
observar que Paulo não exclui a necessidade do dom de línguas ser
exercitado (1 Co 14.39), mas apenas considera os níveis de
importância para a edificação do corpo. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">4 UM CAMINHO MELHOR </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">As definições a
respeito do que são os dons espirituais e qual propósito destes
fizeram-se necessário, pois, como havia supervalorização dos dons
menos importantes, o caráter de duração desses também foi
trabalhado por Paulo no capítulo 13. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ademais, assim como
havia dons mais importantes que outros, existia também um caráter
de brevidade em cada um deles; Paulo contrasta agora os dons mais
valorizados pelos coríntios com a perenidade do amor.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ao iniciar sua
argumentação concernente à brevidade dos dons, o apóstolo faz
antes uma série de comparações sobre a importância do amor e a
relativa inutilidade dos dons não realizados em consonância com
este; os carismas por si mesmos não tem valor algum sem o amor
(13.1-3), esse foi o argumento chave de Paulo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Depois de expor no
capítulo 12 a importância dos dons para o corpo, Paulo agora dá
definições do que é o amor (13.4-7), e isso ele faz com afirmações
positivas: o amor</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>
é </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">paciente,
</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>é</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
benigno (13.6,7); ou, seja, antes definir o que o amor </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>não
é</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
primeiramente (1 Co. 13.4-6), Paulo fala do que ele </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>é</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
antes de tudo. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Isso reverbera bem a
sua proposta de que esse era “</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>um
caminho sobremodo excelente</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">”
(1Co.12.31 b), pois o que poderia ser maior do que os dons outorgados
poderosamente pelo Espírito? Não seria a atuação carismática um
sinal de que a perfeição já é chegada? Como, pois, vislumbraremos
algo mais precioso do que a atuação pneumática no culto ao ponto
de nos submetermos a outra coisa? Essas eram questões que
possivelmente eram levantadas pelos coríntios e, com não muita
diferença, é levantada hoje também. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Essa era a fraqueza
daqueles crentes: a utilização dos dons sem o amor, o que
significava algo muito sério, e que deveria ser corrigido, pois, de
maneira contrária, aquela situação permaneceria devido à
insensibilidade dos coríntios; não importava quão grandes pecados
aquela igreja possuía se houvesse manifestações carismáticas (até
mesmo genuínas) em seu culto, isso seria um sinal da aprovação de
Deus. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Como Chantry bem
endossou:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
“ <span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">Acaso há
conduta vergonhosa, exaltação dos homens, presença do pecado,
ausência da verdade? Se for assim, então a tais reuniões falta
amor. Não importa quais sejam os dons presentes, falta o essencial.
Apesar da presença espetacular de manifestações portentosas, a
reunião ou pessoas sem amor se caracteriza pelo fracasso.”
(CHANTRY,1996, p. 52) </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim, torna-se
evidente os problemas que aqueles cristãos possuíam, logo, toda
inclinação referente a alguma atitude triunfalista mesclada à
utilização de tais dons, foi corrigida por Paulo através de uma
pregação “constrangedora” do que é agir em amor: sofrer,
esperar e suporta r (13.7), porém tudo isso era um fardo para eles. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">5. O CARÁTER
PASSAGEIRO DOS DONS</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Como compartimento
necessário à sua argumentação, Paulo depois de ter falado sobre a
inferioridade dos dons em relação ao amor, agora discorre a
respeito da brevidade (13. 8-10) do que era mais valorizado por
aquela comunidade. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O amor </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>jamais</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
acaba” (13.8), constituía-se em uma afirmação bem mais rigorosa
do que apenas falar que o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>amor
é sobremodo excelente</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
(12.31), pois requeria um contraste agora relacionado à maneira
passageira que Paulo via esses dons, ou seja, aqueles crentes não
deveriam se apegar além do que era necessário àquilo que passaria.
</span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Porque o amor não
acaba, com os dons acontecerá o contrário, eles terão fim; toda a
sua utilização e o conhecimento que este produzia era parcial
(13.9), haveria um estado de perfeição que suplantará eternamente
aquela imparcialidade de conhecimento que os dons mediavam: o
perfeito (13.10). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">6. QUANDO VIER O QUE
É PERFEITO</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">A vinda do perfeito
(gr. </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>to
teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">)
é um ponto </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>crux</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
nesta perícope (13.8-12), porque a questão principal antes de
definir o “que é” esse perfeito, é tê-los como algo perene e
superior em relação aqueles elementos incompletos </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: #ffffff;">(profecias,
línguas e ciência), e demostrar qual é o seu papel fundamental na
concepção do apóstolo.</span></span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Com papel principal,
queremos dizer que o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion
</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">representava
um evento fatídico, na história, em que finalizaria àquelas
manifestações carismáticas. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Porque Paulo
realmente via que “era um sinal de imaturidade quando os crentes
coríntios tratavam os dons do Espírito como revestidos de
significação final” ( </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: #ffffff;">Bíblia
de Estudo de Genebra,1999, p.1362), a perfeição para eles eram
aquelas evidencias carismáticas, o que Paulo considera como algo
impossível. </span></span></span></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: #ffffff;">Esse
elemento escatológico obsessivo era bem comuns daqueles crentes, a
ponto que Paulo ironiza do seu pressuposto que o reino futuro já se
fazia presente entre eles (13.8), mais à frente o apóstolo faz uma
exposição sobre eventos associados a </span></span></span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;"><span style="background: #ffffff;">parousia</span></span></i></span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: #ffffff;">,
como a ressurreição, e corrige qualquer escatologia triunfalista
que eles amadureceram tão rapidamente.</span></span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: #ffffff;">Que
havia certa medida de escatologia mesclada ao fator carismático,
Paulo reconhecia muito bem (1.4-8), mas a questão crucial era como
manter saudável essa expectativa escatológica associada a uma
correta utilização dos dons para a edificação do corpo; ou, seja,
o perfeito tornará obsoleto os dons mencionados no versículo 8
(profecias, línguas e ciência), ele faz isso de maneira incisiva
ensinando, inclusive, a cessação desses dons. </span></span></span></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Entretanto, não
podemos imaginar que ele dizia que a ciência (conhecimento) acabará,
pois o versículo 8 trata de dons (línguas e profecia), e ciência
aqui nesse texto diz respeito ao dom de conhecimento (12.8), esse é
o contexto, pois usar profecias, línguas e ciência como algo mais
geral é inconcebível, assim como “pensar que ao conhecimento, a
linguagem e a verdade teriam de desaparecer no sentido absoluto da
palavra” (CHANTRY,1996, p. 53)</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">
</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">parece
ser algo estranho ao texto. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Tendo isso em vista,
do que se trata o perfeito, ou, melhor dizendo, o que o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">?</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Com esse pano de
fundo temos diante de nós um importante fator para analisar o
perfeito do versículo 10, sim, porque assumindo a identidade do
perfeito podemos ter uma ideia basilar a respeito da continuação ou
cessação desses dons, o que é alvo de grande debate.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Analisaremos aqui
três principais perspectivas do “perfeito”, poderia se colocada
sob exame mais uma gama de interpretações possíveis, mas em nível
de acesso apenas essas três serão abordadas.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">6.3 O PERFEITO COMO
SENDO O FECHAMENTO DO CÂNON </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Essa é uma
perspectiva bem comum em círculos reformados e dispensacionalistas,
pois, segundo essa posição, esses dons (profecias, ciência,
línguas e outros revelacionais) chegariam ao fim com o fechamento do
cânon do Novo Testamento, esse pensamento permeia toda argumentação
do capítulo 13. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim, quando o
versículo 9 diz que esses dons são realizados “em parte” (</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ek
merous</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">),
é correspondente a afirmativa de que a vontade autoritativa e
revelacional de Deus acontece apenas parcialmente.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Visto que o Novo
Testamento (a revelação completa) não tinha sido completado; dessa
maneira, a progressão do pensamento requer que o versículo 10 tenha
um contraste “revelacional”, com o perfeito, para, então, se
chegar a conclusão de Chantry que “o que realmente Paulo afirma é
que “quando vier o que é suficiente, o inadequado e parcial
desaparecerá”, porque a maturação requerida no versículo 11
aponta para o amadurecimento da revelação canônica, por isso “as
línguas cessarão e o conhecimento se acabará no momento que o Novo
Testamento for completado” (CHANTRY,1996, p. 54).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Por conseguinte, o
pensamento dominante permanece sob o escopo maior em rumo a
canonicidade Bíblica, assim a afirmação do versículo 12 de “ver
face a face, constitui-se da mesma forma em uma metáfora,
significando simplesmente ter a falta de clareza devido à revelação
limitada removida” (COMPTON, 2004, p. 100). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Como essa construção
teológica mantem uma forte ênfase na palavra “</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">”
relacionada ao amadurecimento revelacional, também, esta, reafirma
uma larga rejeição a alguma relação desse perfeito com algum
fator escatológico devido a implicações que gerariam dessa
correlação. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Esboçando muito bem
essa perspectiva, Josafá Vasconcelos (1998, p. 37) relaciona sua
análise do versículo 12 como relacionados diretamente aos
versículos seguintes (11 e 12), assim indaga que “não sei porque
a palavra “</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">”
não pode ser metáfora também”, nota-se aqui uma ênfase ao fato
da palavra ser um gênero neutro, e, como tal, deve ser considerada
como </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>algo</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
(um evento/fechamento do cânon?), não como a vinda de alguém
(Cristo); ainda nesse raciocínio, a conclusão que se chega é
“porque tem que ser Deus ou a face de Deus, ou o céu, e não o que
, pelo contexto, parece realmente ser</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><b>,
aperfeiçoamento do conhecimento genuíno</b></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">.”
</span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim a visão
canônica do </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
requer um desenvolvimento de raciocínio mais moderno sobre a
canonicidade do que os coríntios do primeiro século possuíam. Essa
visão permanece progredindo em suas implicações, juntando as
peças, e verificando que muitas delas realmente se encaixam muito
bem, embora alguns itens “não encaixáveis” ainda permaneçam
negligenciados. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">6.3.1 Pontos fortes
e fracos</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Em primeiro lugar, a
visão canônica do “perfeito” é bem honesta em perceber o claro
contraste que existe no texto em questão; com isso queremos dizer
que realmente existe uma linguagem mostrando o “perfeito” como
contrário ao que é em parte (13.9-10), a maturidade como
contrastando à maturidade (13.11) e o conhecimento parcial e
obscuro como algo que será suplantado pela nitidez do que “veremos
face a face” (13.12). Isso é algo notável, pois reconhecer que
esse contexto é algo necessário para se chegar a uma conclusão
coerentemente (logicamente) desejada é algo bem mais indicado do que
permanecer apenas no versículo 10 e depois passear por toda a bíblia
procurando a próxima palavra “perfeito” para encaixá-la no
pensamento; o contexto é levado em consideração como exemplo de
respeito à uma exegese amadurecida. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Todavia o que
poderia ser sinônimo de uma conclusão precisa mostra-se com uma
interpretação já viciada do texto em si; sim, porque embora seus
caminhos rumo a uma coesão da perícope ande em bom termo,
entretanto, sua conclusão é imposta, pois o texto requer
</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>necessariamente</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
maturidade revelacional? É importante observar que o capítulo não
está tratando </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>apenas</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
de conhecimento, mas também do amor (13.1-8 b) e da maturidade como
Paulo falava comumente nesta epístola (13.8 cf. 14.20), porque,
então, não poderia ser uma dessas duas possibilidades?</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Embora as respostas
sejam dadas, como se Paulo estivesse falando simplesmente de um
conhecimento futuro, no entanto, isso demanda na </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>práxis</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
da argumentação que o apóstolo falava realmente de conhecimento
canônico pós-apostólico, o que acaba em anacronismo (levando Paulo
a ver a história assim como a temos plenamente hoje).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Mas, se finalmente
Paulo falava de cânon, de forma não consciente disso, parece ser
muito difícil pensar que ele falava convictamente de algo misterioso
para que seu povo entendesse a advertência misteriosa e fossem
corrigidos com algo que nem Paulo, nem eles mesmos sabiam do que se
trava. Todavia, a exegese requer que o leitor original da carta
entenda (pelo menos em primeira instancia) aquilo que lhes é
endereçado. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Em segundo lugar, a
exegese da perspectiva canônica permanece cuidadosa em perceber
detalhes necessários como a realidade de </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
ser um gênero neutro, o que indica a chegada de um evento, não de
uma pessoa; isso é importante porque por vezes nos deparamos com a
concepção de que aquele perfeito é Cristo sem examinar
corretamente a palavra grega, ou por uma associação hermenêutica
popular que é dada àquele versículo. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Portanto ao se dizer
que o “perfeito” ali é o cânon alguns mares interpretativos
foram atravessados com muita paciência, não é prudente
simplesmente renunciar essa possibilidade por ser ela incomum em
nosso tempo, pois tem seus fundamentos; o fator que impulsiona essa
explicação do cânon merece o mérito que possui, na aceitação
dominante no século XIX ou XX, porque mantem em grande estima a
importância da Bíblia, e isso é elogiável; ao ser considerado
como algo “perfeito” diante dos homens, a afirmação requer o
mais alto padrão de autoridade.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Porém, é
inconcebível que </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>to
teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
signifique conhecimento canônico futuro, porque não há como
dissociar o elemento pneumatológico ali discutido com a questão
escatológica já esboçada no texto de 1 Co.1.7 em que Paulo
reconhece que aquela igreja era tão abençoada com aqueles carismas
que “ de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a
revelação de nosso Senhor Jesus Cristo”; deve haver algo que
justifique que Paulo não está reverberando o que dissera
anteriormente, antes Paulo falava dos dons relacionados à
expectativa escatológica como um incentivo e fortalecimento ao
progresso e perseverança daqueles irmãos (1 Co.8).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Agora, no capítulo
13, ele retoma o assunto, porém de maneira solene como uma exortação
de que essa expectativa escatológica aponta para um evento que porá
fim àqueles dons como formas imperfeitas de adquirir conhecimento. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Grudem explica muito
bem essa relação de ambas as passagens afirmando que Paulo:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">[...] relaciona a
posse dos dons espirituais e a situação deles na história da
redenção (aguardando o retorno de Cristo), dando entender que os
dons são dados à igreja para o período entre e ascensão de Cristo
e sua volta. De maneira semelhante, Paulo olha adiante para o empo da
volta de Cristo e diz “quando, porém, vier que é perfeito, então
o que é em parte será aniquilado” (1Co13.10), dando a entender
também que esses dons “imperfeitos” (mencionados nos v.8-9)
estarão em operação até a volta de Cristo, ocasião em que serão
superados por algo muito maior.” (GRUDEM, 1999, p.861)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Dessa maneira, não
devemos dizer que isso seria apenas um incentivo pneumático e
escatológico somente aplicado à situação daquela igreja coríntia,
pois o texto transcende em sua aplicabilidade católica (cf. 1 Co
1.8,9). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ademais, a
asseveração de que Paulo está falando no versículo 12 (face a
face) </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>apenas</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
em tom de contraste, demonstra um reducionismo da intenção
escatológica que apóstolo vinha argumentando anteriormente, pois é
necessário um referente maior que conduza ao esclarecimento do que
era obscurecido como um espelho (v.12a), a visão esclarecida virá
de maneira pessoal (retorno de Cristo) e a clareza que isso trará é
uma derivação desse fator maior. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Afirmamos isso
porque não seria incorreto divorciar essa linguagem de Paulo de toda
aquela bagagem no Antigo Testamento em que “face a face” tem o
significado de “olhar para Deus em pessoa [...]”, por isso
observamos que com muita naturalidade isso acontecia na linguagem
judaica: “ veja, por exemplo, Gênesis 32.30 e Juízes 6.22
(exatamente a mesma expressão em grego de 1 Co 13.12)” (GRUDEM,
2001, p.253).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Além disso, o fato
de </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>to
teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
“representar um adjetivo neutro articular”, não implica que não
possa significar também a vinda de </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>alguém
</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">(não
de </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>algo</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">),
já que, também, a palavra pode “funcionar como um substantivo e
traduzida como "perfeito" ou "o que é perfeito"
(COMPTON, 2004, p. 100), por isso, embora seja verdade a afirmação
exegética de “perfeito” como um adjetivo neutro, não podemos
ser dogmáticos quanto a oscilação da funcionalidade que essa
palavra tem no grego, como a visão do cânon geralmente faz. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Dessa maneira,
devemos admitir que a visão do cânon exige algo a mais do que o
apóstolo pretendia àqueles leitores originais. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">6.4 O PERFEITO COMO
SENDO O AMADURECIMENTO DA IGREJA</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">A visão do
“perfeito” como o amadurecimento da igreja é amplamente
defendida hoje também, visto que a alternativa anterior tem se
mostrado insuficiente em suas argumentações algumas vezes, há uma
busca pelo sentido do “perfeito” em caminhos da linguagem de
imaturidade </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>versus</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
maturidade.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Essa perspectiva
afirma que a “perfeição” equivale aquele estado no qual a
igreja alcança plena maturidade espiritual. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Nesse pensamento, a
linguagem de 1 Co 13.8-13 é vista como um processo de imaturidade á
maturidade, envolvida a isso a ideia de que conhecemos </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ek
merous </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">(em
parte) é um conhecimento não completo, como uma derivação
revelacional que aquela igreja imatura tinha; assim, </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>quando
eu era </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">menino
(v.11), indica imaturidade rumo á edificação completa, por isso “
1 Coríntios 13 revela mais claramente o propósito paulino do v.11”
porque “ele entende um constante crescimento no processo do corpo
de Cristo e uma realização gradual de novos graus de maturidade”
(THOMAS, 1974, p. 87), toda essa ideia permeia a interpretação do
perfeito.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Em um contexto
posterior, Paulo adverte aqueles crentes quanto à sua imaturidade
(14.20), apesar de aqui ser utilizada a palavra </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>paidia</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">,
não </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>nepios
</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">(13.11),
o relativo contraste é visível em toda a argumentação paulina
(Ef.4.4-6). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Essa é a
perspectiva afirma que a igreja caminha para esse estado, e os
coríntios não poderiam se vangloriar de algo pertencente à sua
fase infantil, assim Paulo admoesta aqueles irmãos explicando-lhes a
brevidade daqueles dons por causa de sua presente situação como
corpo de Cristo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ao examinar o uso de
</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleios</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
no Novo Testamento, Godet conclui que o seu significado básico é de
“ter alcançado determinado fim, acabado, completado, perfeito”
(</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>apud</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">MCDOUGALL</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">,
2003, p.201), logo espera-se que esses dons permaneçam durante toda
a era da igreja.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Todavia, não
devemos supor que é essa a exata conclusão que essa perspectiva
mantêm, porque embora a igreja ainda não esteja em seu estado de
perfeição, isso não significa aqueles dons (13.8) permaneçam. Mas
como assim? Os carismas em questão não acompanharão a igreja como
um sinal de sua imaturidade? Não </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>necessariamente</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">,
afirma essa visão.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O artifício
exegético bem comum encontrado por essa perspectiva é a distinção
que Paulo faz quando diz que “havendo profecias, </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>desaparecerão</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">;
havendo línguas, </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>cessarão</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">;
havendo ciência, </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>passará</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">”,
prova a diferença do que acontecerá com as línguas em relação à
profecia (geralmente entende-se como a pregação de hoje) e o
conhecimento. Assim acontecerá algo distinto acontece com as
línguas, um evento de </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>pausotai</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
(cessação) natural ocorrerá, ou seja, enquanto profecia e ciência
experimentarão </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>katargeo</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
como uma expressão diferenciada dos modos que isso ocorrerá. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ao examinar essa
peculiaridade, Robert L. Thomas afirma que a distinção dos verbos
foi proposital por Paulo para expressar uma ideia muito relevante,
visto que o apóstolo </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
“<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">escolhe o verbo
</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>pauo</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">
antes que </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>katargeo</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">
quando fala da cessação das línguas [...] alguém pode identificar
na voz média de </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>pausontai</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">
como quando comparada a voz passiva de </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>katargethesontai</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">
e </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>katargethesetai
</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">.
Isso também pode ser explicado como uma distinção entre dons que
são primeiramente revelacionais em caráter, dependendo mais
diretamente de uma ação externa, e um dom para o propósito de
confirmação [...] portanto o último cessaria por si próprio ou
causaria a sua própria cessação.”(</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">1974,
p. 81)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim, as línguas
cessariam primeiro que os outros dons porque as línguas “cessariam”
por si mesmas, isso indica que seria um evento natural, não causado,
espontâneo e fluente no seu determinado tempo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">A maneira como o
verbo foi expresso é algo muito relevante, pois aponta (ainda que
sutilmente) para a autocessação das línguas, ou seja, o perfeito
colocará um fim nos outros dois dons, mas a línguas acabou por si
só. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Fazendo assim, essa
perspectiva possibilita a inutilização desse dom antes daquele
estágio futuro, a perfeição. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Esse exame é
fundamental para se sustentar uma perspectiva cessacionista dos dons
sem precisar recorrer à visão do </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>canôn</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">;
a fluência da passagem é bem mais tranquila e há pouco esforço
interpretativo comparado àquela visão.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">6.4.1 Pontos fortes
e fracos</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Primeiramente
devemos estar sensíveis à uma visão que busca equilíbrio em cima
de uma passagem tão controversa, isso merece todo respeito possível.
Também, constatamos que a perspectiva da maturidade da igreja faz
isso muito bem, reconhece os tons de contraste que o v.10 realmente
possui e os aplica à um propósito futuro.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Em segundo lugar, há
uma harmonia de todo o pensamento paulino a respeito do “perfeito”,
as conexões do pensamento do apóstolo realmente caminha para uma
maturidade como a visão sugere, assim não é sem motivo que “das
vinte vezes que a palavra aparece no NT, oito ocorrências (quase a
metade) estão no escritos de Paulo”, o que é muito significativo,
também, é que das oito vezes que o apóstolo cita </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleios</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
“cerca de sete vezes cada, é feita com referência ao que é
sólido ou completo, enfatizando o que é completo, perfeito ou
intacto” (THOMAS, 2003, p.201-202). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Todavia, não
devemos conceber que a maturidade da igreja era o único propósito
que o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
se referia, pois embora isso faça parte do escopo de argumentação
paulina (14.20), não devemos assumir que </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>to
teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
aponte </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>apenas</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
a uma questão de maturação.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Todavia, essa
interpretação falha ao reduzir a função do </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
exclusivamente à maturação espiritual da igreja, que o crescimento
do povo de Deus está nos compartimentos do pensamento paulino é
notório, mas afirmar que esse era o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>principal</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
ou a </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>primeira</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
referência que o “perfeito” apontava, não pode ser sustentada
neste texto pelas razões apresentadas acima. Isto é, há uma forte
persuasão retórica em Paulo que mostra um evento de culminação
escatológica (cf. 1.4-8; 13.10,12), não de superação
eclesiológica. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Portanto, embora a
maturidade da igreja seja uma advertência paulina na epístola aos
coríntios, devemos asseverar que esta é uma consequência natural
do que acontecerá naquele Dia, não algo que Paulo falava </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>a
priori</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Porém, o ponto mais
crítico do cessacionismo nessa perspectiva é que há um exagero
minimalista da maneira que Paulo utilizou o verbo </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>pauo</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
como um recurso que favorece a cessação deste dom (pelo menos neste
texto). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Afirmar que a voz
média deste verbo (</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>pausontai</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">)
é decisiva para afirmar que este dom não pode mais acontecer nos
dias de hoje é algo difícil de conceber, pois o fato de que
“</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>cessarão</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">”
não respalda uma distinção suficiente dos outros dois dons
(profecia e ciência) como se este fosse passar por um processo
diferente dos outros, ou como se fosse causar sua própria cessação.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Isso é um problema
porque é complicado afirmar que Paulo pretendia ser tão clínico na
utilização deste verbo para afirmar uma mudança tão drástica
deste dom (sua cessação), pois a maneira como foi relatada pelo
apóstolo demanda apenas um reconhecimento de sua fluência
estilística ao falar destes três dons (profecia, línguas e
ciência), ou seja, ele utiliza desaparecerão, cessarão e passará
como intercambiáveis, não de uma maneira tão clínica e
perscrutadora como pretende a visão acima. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O outro motivo
quanto a essa interpretação da cessação das línguas é a
utilização da voz média não é um fator tão decisivo assim, por
exemplo “a ação do mesmo aoristo médio </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>pauo</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
envolve necessariamente causalidade em Lucas 8:24, onde o vento e as
ondas "cessaram"(</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>epausanto</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">),
e não "por si mesmas", mas pela ordem de Jesus”
(RUTHVEN, 2008, p.120), assim não podemos admitir que só por que
Paulo se utilizou da voz média ele imaginava, ou pretendia, todas
aquelas implicações que essa perspectiva interpreta. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Sobre esse exagero
na busca por uma definição exegética da voz média como
determinante à formulação de uma doutrina, Carson argumenta que: </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
“<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">Não é algo
intrínseco à sua natureza, que exige que o cessar aparentemente
independe da cessação da profecia e do conhecimento. Esta visão
assume sem mandado que o interruptor a este verbo é mais do que uma
variação estilística. Pior, ela interpreta a voz média
irresponsavelmente. Em grego helenístico, a voz média afeta o
significado do verbo em uma variedade de maneiras, e não apenas no
futuro de alguns verbos, onde são mais comuns, mas também em outros
tempos a forma do médio pode ser utilizada, enquanto a força ativa
é preservada. Nesses pontos o verbo é depoente. Ninguém sabe a
força que a voz média tem a não ser através da inspeção
cuidadosa de todas as ocorrências do verbo sendo estudados” (</span></span><span style="font-family: TimesNewRoman, serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>apud</i></span></span><span style="font-family: TimesNewRoman, serif;"><span style="font-size: x-small;">
MCDOUGALL, 2003, p. 197).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Assim, é necessário
que haja um pouco mais de cautela em alguma afirmação categórica a
respeito de uma particularidade tão específica quanto a que
examinamos acima, porque além de se encontrar em sérios riscos como
Carson exclamou, ademais a afirmativa também desconsidera o contexto
que liga as “línguas ainda como uma porção do charismata </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ek
merous </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">que
se contrasta com o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
e são abolidas por ele”; isso ainda traz outras dificuldades
porque, “desde que as línguas são listadas no 12:10, 28 e 29 como
um dom iniciado e mantido pelo Espírito de Deus, é absurdo inferir
que elas cessarão “por si mesmas" alheia a alguma ação do
Espírito” (RUTHVEN, 2008, p.120-121), logo, é muito difícil
sustentar essa posição com todas estas considerações ponderadas
com a honestidade devida.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">7. POR QUE O
PERFEITO É O ESCATHON</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Com o respectivos
exames das visões anteriores percebemos que há pouca concordância
quando se trata da definição do que é esse “perfeito”, pelo
menos nisso há harmonia no pensar, contudo, nossa proposta é
mostrar que o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
em 1 Co13.10 refere-se mais diretamente ao </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>escathon</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
como um evento que trará luz e culminação à todas as coisas, seja
de conhecimento, maturação eclesial e todas as outras graças que
possa fluir de fatídico Dia.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Por percebermos que
as perspectivas anteriores não expressam com a devida simplicidade e
trata o assunto até mesmo com uma determinada exiguidade
interpretativa propomos estabelecer uma via que possa suportar de
maneira coerente a argumentação paulina respaldada no texto em
questão (1 Co 13.8-13).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ao fazermos assim
queremos dizer que a melhor maneira de entender a fala do apóstolo
aos coríntios é ver que sua argumentação parte de uma série de
exortações ligando as manifestações carismáticas ali discutidas
com a expectativa escatológica tanto reafirmada nesta epístola
(e.g. 15.23-28).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">7.1 Desaparecerão,
cessarão, passará (13.8)</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Essa afirmação de
Paulo parece ser bem pessimista comparada à grande dignidade que os
coríntios depositavam quanto a estes dons, uma asseveração que dê
total certeza de que essas manifestações são passageiras, porque o
amor </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>jamais
acaba</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
pode ter sido um choque àqueles Cristãos; no entanto é isso
realmente o que Paulo diz: Não adianta vocês se apegarem tanto
àquilo que não possui um valor eterno como um amor, pois eles
acabarão. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Já explanamos que o
propósito de Paulo ao utilizar verbos em modos diferentes (</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>Pausontai</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
e</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>
</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>katargeo</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">)
não era para especificar milimetricamente a descontinuidade e/ou
descontinuidade de determinados dons, mas utilizá-los como
intercambiáveis para dizer, de maneira enfática, que eles terão
fim. Essa sensibilidade interpretativa é necessária para não nos
perdermos em detalhes não intencionados pelo o autor original em
direção às inferências de discussão mais contemporânea, as
oscilações de sentido que o verbo adquirirá dependerão do seu
contexto imediato.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Quanto a essa
certeza da cessação de tais dons, devemos estar cintes de que, não
apenas Paulo, mas todos os ramos da ortodoxia evangélica (seja ela
tradicional ou carismática) afirmam também que esses dons terão
fim na vinda do perfeito.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Isso é axiomático
pois o teleion decidirá o a permanência daquilo que é em </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>parte</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">,
mas a pergunta deve ser feita é: a que se refere </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ek
merous</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">?</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">7.2 Por que tanta
controvérsia por causa de ek merous (13.9)?</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Paulo diz que </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>em
parte conhecemos</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
e </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>em
parte profetizamos</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">,
e, fazendo assim ele também se inclui naquele estado de
incompletude; quanto a isso, há duas possíveis interpretações
quanto ao que se refere “em parte”.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Essa definição é
necessária para alguns porque ela definirá se o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
tem realmente alguma conexão com a perpetuidade e/ou cessação de
tais dons, e, por outro lado, pode trazer luz quanto as conexões que
essa perpetuidade carismática possui com o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>escathon</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">A palavra </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ek</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>merous</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
então é colocada sob analise de duas possíveis interpretações,
pois, a tendência bem erudita do Dr. Gaffin admite que “em parte”
equivale a dizer que o “conhecimento presente é fragmentário e
opaco(vv.9,12)”,ou seja, “o contraste entre “o parcial” e o
“perfeito” (v.10;cf. vv.9,12) é qualitativo e não quantitativo
– entre o que constitui a presente ordem de coisas [...] e a era
futura em seu caráter absoluto”(2010, p.120). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Dessa maneira, ek
merous não pode estar tão intrinsicamente ligado à
continuação/descontinuação de dons, pois “os dons não formam,
por si mesmos, um lado do contraste, mas são parte de um quadro mais
amplo” (GAFFIN JUNIOR, 2010, p.120)., a intenção de Paulo é
mostrar estados de conhecimento, o tempo presente como imperfeito, e
o estado futuro de conhecimento perfeito. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ao falar sobre </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ek
merous</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">,
Grudem estabelece como medida propondo que “em parte” como modos
de se conhecer, ou seja, </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>to
teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
em conexão com </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ek
merous</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
aponta para um momento que “haverá uma forma superior de
aprendizado e de conhecimento das coisas, igual à maneira pela qual
“sou plenamente conhecido”(2001, p. 259). E assim prossegue a
argumentação de ambos para que na reconstrução exegética de ek
merous” possa se chegar a implicações mais contundentes.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Um ponto positivo de
Gaffin é sua sensibilidade ao contraste de estados de conhecimento
perfeito/imperfeito descrito por Paulo, e White estar correto após
sua ponderação das perspectivas de Gaffin e Grudem sobre essa
questão, pois embora </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ek
merous</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
tenha sua devida relevância neste texto (13.9), a verdade é que “no
centro do debate sobre o que o NT ensina sobre a duração do dom da
profecia permanece em 13:10 Coríntios ” (1992, p.179); todavia na
seria prudente divorciar de maneira tão aguda as duas categorias.
Pois, por que ambas têm que ser </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>necessariamente</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
autoexcludentes?</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Quanto a esse
perigo, Ruthven corretamente adverte-nos:</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
“<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">Separar o
"estado" do conhecimento derivado do dom do conhecimento
neste contexto é diminuto: nem seria significativa a existência de
um sem o outro, uma vez que este conhecimento espiritual não pode
ser apreendido à parte da revelação (1 Coríntios. 2:14). Tal
separação representa um equívoco em todo argumento de Paulo, que é
o de corrigir problemas tratando com os dons espirituais, e não a
aquisição de corpos de aprendizagem”(2008, p.120).</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Essa observação de
Ruthven é importante porque pondera de maneira eficaz o uso
exagerado de minúcias exegéticas (com implicações anacronizando o
próprio autor), como fez Gaffin ao ponto de concluir que “o tempo
de cessação das profecias e línguas é uma questão aberta
enquanto se considera essa passagem” (2010, p.121). </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">7.2 Quando, porém,
vier o que é perfeito (13.10) </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Em prosseguimento ao
que foi dito com referência à esse “perfeito”, cremo que é
inconcebível ser algum outro evento senão o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>escathon</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">,
isso por que até mesmo toda argumentação de Paulo desde 1.4-8, em
que ele relaciona a permanência daqueles dons até o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>Dia
de nosso Senhor Jesus Cristo</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">,
não deixando motivos para timidez ao retomar a esse assunto em
13.8-13, agora de maneira exortativa. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Esse é um princípio
que permeia com muita naturalidade a epístola, e 15.24 em que ele
afirma que “então (</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>hotan</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">),
virá o </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>télos</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">”,
como uma estrita relação do que falara anteriormente que “quando,
porém, vier o que é perfeito (</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>to
teleion</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">),
então (</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>hotan</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">),
o que é em parte será aniquilado” (13.10), isso prova que para
Paulo era muito comum observar os carismas relacionados ao </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>escathon</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Por escathon
queremos dizer a consumação do plano de Deus, como um evento
ultimo, terminado, àquele estado eterno que trará luz a todas as
coisas e que o veremos face a face – </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>prosopon</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
(13.12), ou, como na linguagem de Apocalipse 22.4: no Dia em que os
remidos “contemplarão a sua face (</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>prosopon</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
)”.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">8. CONSIDERAÇÕES
FINAIS</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Após a análise
realizada nos versículos do debate em questão, percebemos que por
mais que os argumentos tragam certa timidez aos leitores devido o
rigor acadêmico exigido por quem defende essa ou aquela perspectiva
sobre o “perfeito”; e, ainda que o olhar clínico mostre-se
amedrontador para aquele que não está muito arraigado nessas
questões, contudo, o debate ainda é algo extremamente relevante à
práxis da igreja contemporânea. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Afirmamos isso
porque a prática eclesial é o reflexo do que ela crê e confessa,
ainda que inconscientemente, pois para levantarmos críticas ao que
for estranho aos nossos olhos, devemos nos dirigir primeiramente ao
âmago da questão e para muitos 1 Corintios 13.10 é decisivo para
se decidir a posição pneumatologica de uma igreja local. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ponderando as
perspectivas acima mencionadas, devemos nos resguardar para não
errar em extremos em relação ao apagar do Espírito ou ao querer
“acendê-Lo” acima da medida bíblica. Ainda que o autor do texto
tenha se posicionado mais inclinado à perspectiva do
escathon/não-cessacionista; o fato é que há algo que une todos
esses estudiosos e os mantêm em completa harmonia: esse debate
apenas </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>cessará</i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
quando o Dia de Cristo </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">chegar</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
e expor toda nossa ignorância dos assuntos que nos consideramos
doutores. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"> </span></span>
</div>
<div id="sdfootnote1">
<div style="margin-bottom: 0.35cm; page-break-before: always;">
<span style="font-size: x-small;"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8852857196881684853#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym">1</a><sup> </sup>
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Ensaio acadêmico apresentado à
disciplina Teologia Sistemática II, ministrada pelo professor
Antonio Neto, semestre 2012.2.</span></span></div>
</div>
<div id="sdfootnote2">
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; page-break-before: always;">
<span style="font-size: x-small;"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8852857196881684853#sdfootnote2anc" name="sdfootnote2sym">2</a><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Bacharelando em Teologia na Escola Teológica Charles Spurgeon.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
</div>
Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-13883712696366773162012-06-22T11:31:00.000-07:002012-06-22T11:31:36.958-07:00A DOUTRINA DO LÓGOS: Uma análise histórica e exegética.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzi2kPToEnPaJSgTL2PXWWLe8MUlTxoqUq2MvDiVZuSvSvB83KGjSAy6K4Fyrz5ne9B3NUKeiBrBJ0yU0JplSfDTTEbe9DP6szl4y-fxNJ6rLNDbeJGfA8eHjGPNyqxZrHpAXDtC93uSI/s1600/bb.jpg" imageanchor="1" style="background-color: white; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzi2kPToEnPaJSgTL2PXWWLe8MUlTxoqUq2MvDiVZuSvSvB83KGjSAy6K4Fyrz5ne9B3NUKeiBrBJ0yU0JplSfDTTEbe9DP6szl4y-fxNJ6rLNDbeJGfA8eHjGPNyqxZrHpAXDtC93uSI/s320/bb.jpg" width="225" /></a></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 341.25pt; text-align: right; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 341.25pt; text-align: right; text-autospace: none;">
MESQUITA
NETO, Nelson Ávila (E.T.C.S.).</div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 341.25pt; text-align: right; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 202.5pt 341.25pt; text-autospace: none;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">1 INTRODUÇÃO</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Desde que João escreveu “e o Verbo [<i>Lógos</i>/Palavra]
era Deus” (Jo 1:1c) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
não têm sido poucos os que se levantaram em protesto ao longo da história da
igreja. As “Controvérsias Cristológicas” dos primeiros séculos realçam o peso
dessa afirmação, a qual ganha ainda mais destaque quando aliada a declaração do
evangelista de que este Verbo/Deus “se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1:14)
na pessoa de Jesus. Assim, a chocante doutrina do Deus/homem Jesus Cristo
apresentada por João, ora tem sido atacada de um lado, por grupos que buscam enfraquecer
ou negar a plena humanidade do Verbo (estabelecida na encarnação), como nos
casos do docetismo, do apolinarianismo e do eutiquinianismo; ora tem sido agredida
em seu outro flanco, por grupos que buscam minimizar ou suprimir a plena
divindade do Verbo (“e o Verbo era Deus”), como nos casos do ebionismo, do
adocionismo e do arianismo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Embora o Credo cunhado no Concílio de Calcedônia (451 d.C.) figure como o
postulado oficial da igreja cristã, cerrando assim as fronteiras da ortodoxia, facções
continuaram a surgir ao longo de todas as épocas, seja para reverberar o grito
de Ário – condenado como herege em Nicéia (325 d.C.) e Constantinopla (381
d.C.) por negar a <i>plena</i> divindade do <i>Lógos</i> Jesus, afirmando que houve um
tempo em que o Verbo não era (não existia) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> –
como o fizeram no séc. XVI Servetus e os italianos Lélio Socínio (1525-1562) e
seu sobrinho Fausto Socínio (1539-1604) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>, e
ainda o fazem em nossos dias a seita Testemunhas de Jeová; seja para reassumir
velhas heresias como o sabelianismo<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
criado por Sabélio, presbítero de Ptolemaida, e o modalismo<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
desenvolvido por Paulo de Samosata, bispo de Antioquia, que negam a
pessoalidade distinta entre o Verbo, o Pai e o Espírito, apontando para uma
espécie de Deus em máscaras, que ora apresenta-se na máscara do Filho, ora na
máscara do Espírito ou do Pai. “Esta posição tem reaparecido na atualidade no
ensino dos pentecostais unidos” conforme declaram Ferreira e Myatt (2007, p.
488). <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
No presente trabalho, nos propomos a focar nas implicações concernentes a
divindade do <i>Lógos</i>, a qual
consideramos como a mais atacada na atualidade, principalmente depois do surgimento
do liberalismo teológico, onde Cristo passou a ser apresentado como alguém que
não está muito além de um grande mestre da moral. Iniciaremos, portanto,
analisando o desenvolvimento anterior a João de uma doutrina do <i>Lógos</i>, nos pensamentos helenista e judaico,
findando com o desenvolvimento do próprio evangelista e suas peculiaridades. Em
seguida, nos deteremos na consideração da declaração “e o Verbo era Deus” (Jo
1:1), buscando estabelecer exegeticamente como esta deve ser compreendida.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2 A DOUTRINA DO LÓGOS ATRAVÉS DA
HISTÓRIA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2.1 O <i>Lógos</i> no helenismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Ladd observa que “os estudiosos, com freqüência, tentaram encontrar a
fonte do conceito de João a respeito do <i>Logos</i>
no pensamento helenístico” (2009, p.357). Falando a este respeito, Cullmann
(2008, p. 330) destaca que “o título <i>Logos</i>
ocorre já na mais antiga filosofia grega, a de Heráclito, e, mais tarde,
especialmente no estoicismo”. A partir destas referências analisaremos a
ocorrência do termo <i>Lógos</i> e seus
variados conceitos no pensamento helenístico.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2.1.1 Heráclito<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Para Heráclito de Éfeso (530-470 a.C.) “[...] todas as coisas estavam em
um determinado curso, e [...] nada permanece da mesma maneira. Entretanto, a
ordem e o padrão podem ser percebidos em meio ao fluxo e ao refluxo eternos e
incessantes das coisas no <i>Logos</i> – o
princípio eterno de ordem no universo.” Ele mantinha ainda que “o <i>Logos</i>, por trás de qualquer mudança
duradoura, é que faz com que o mundo se torne um <i>cosmos</i> e um todo ordenado” (LADD, 2009, p. 357).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Heráclito é o criador da famosa ilustração, a qual “[...] contende que um
homem não pode parar no mesmo rio duas vezes, visto que a água e o leito do rio
estão constantemente se movendo e mudando”. Em acréscimo a isto, é postulado
que “o próprio homem está constantemente mudando também, de forma que quando
ele parar num rio pela segunda vez, ele já será diferente do homem que era
quando parou no rio pela primeira vez” (CHEUNG, 2008, p. 65).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Cheung argumenta que “o conhecimento depende da imutabilidade”, visto que
se um objeto muda o tempo todo, torna-se impossível traçar qualquer definição a
seu respeito, o que findará reduzindo-o a nada, “e se é nada, então não pode
ser conhecido”. Sendo assim, o <i>Lógos</i>,
no entendimento de Heráclito, seria “[...] uma lei ou princípio, que não muda.
[...] ‘um agente racional e bom, cuja atividade parece como a ordem na
Natureza’. Sem isso tudo seria um caos, e a natureza seria ininteligível” (2008,
p. 65).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2.1.2 O estoicismo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Para o estoicismo, que “por sua vez, teve origem com Zenão de Cício (<span style="font-family: "Wingdings 2"; mso-ascii-font-family: "Times New Roman"; mso-char-type: symbol; mso-hansi-font-family: "Times New Roman"; mso-symbol-font-family: "Wingdings 2";"> </span>
263 a.C.) [...] Sua doutrina do <i>Logos</i>
o concebia como a razão impressa na estrutura do universo e também como a fonte
de energia de todas as coisas” (GRANCONATO, 2010, p. 51), ou, como o expressou
Cullmann (2008, p. 330), “O <i>Logos</i> aí
é a lei suprema do mundo, que rege o universo e que, ao mesmo tempo, está
presente na razão humana. Trata-se pois de uma abstração e não de uma
hipóstase”. Uma espécie de “alma impessoal e panteísta do mundo”. É, portanto,
muito natural a declaração de Ladd (2009, p. 357) de que “o <i>Logos</i> era um dos elementos mais
importantes na teologia estóica”. Foi esta idéia do <i>Lógos</i> que “os estóicos usaram [...] para prover a base para uma
vida moral e racional” (LADD, 2009, p. 357).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Ladd explica que este conceito de <i>Lógos</i>
surgiu da confrontação “[...] com o dualismo comum dos gregos, a respeito de
Deus e do mundo”, e destaca que, “a fim de resolver o problema da dualidade”, passou-se
a empregar “o conceito do <i>Logos</i> como
uma idéia unitária” (2009, p. 357).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Neste sistema de pensamento, portanto, todo o universo passou a ser “[...]
concebido como formando um conjunto vivo singular, que era permeado em todas as
suas partes por um poder primitivo”, o qual era idealizado “[...] como um poder
que nunca precisava de repouso, um fogo capaz de penetrar todas as coisas, ou
um vapor abrasador [...], um tipo difuso e firme de ar flamejante que possuía a
propriedade de pensar”, uma “substância ultra refinada [...] imanente em todo o
mundo e aparecendo nos seres vivos como a alma”. Assim, este “poder Divino [<i>Logos</i> ou Deus] de caráter mundial,
contendo dentro de si mesmo as condições e os processos de todas as coisas”,
era visto como um poder produtivo, sendo “[...] denominado de <i>spermatikos logos</i>, o <i>Logos</i> seminal ou princípio gerador do
mundo”, o qual, permeando o universo, revelava-se em “[...] inumeráveis <i>logoi spermatikoi</i>, ou forças formativas,
que energizavam o fenômeno múltiplo da natureza e da vida”. Desta forma, o <i>Lógos</i> forneceria “[...] a ordem racional
do universo e providenciaria o padrão para a conduta e para a adequada
ordenação da vida para o homem racional” (LADD, 2009, pp. 357, 358). Por esta
razão, Granconato escreve que a conclusão dos estóicos era a de que “o homem
sábio é aquele que ajusta sua vida à ordem natural que existe no universo,
suprimindo suas paixões, abandonando desregramentos e obedecendo à lei natural
que existe no mundo e que está impressa no ser de cada pessoa” (2010, p. 51).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 369.0pt; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2.1.3 O platonismo <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Cullmann (2008, p. 330) afirma que o platonismo também alimentava um
conceito referente ao <i>Lógos</i>.
Granconato diz que “de acordo com as noções do médio-platonismo (Sécs. I a.C. –
II AD), Deus era concebido como absolutamente transcendente e impassível. Esse
Deus mantinha ligação com o mundo sensível através do <i>Logos</i>, a razão universal” (2010, p. 51). Para Cullmann, “aqui já
nos aproximamos mais da idéia de um ser real [o demiurgo]; ‘real’ no sentido do
idealismo platônico. Porém, ainda assim, não estamos diante de uma hipóstase, e
a idéia de uma encarnação do <i>Logos</i> é
absolutamente inconcebível” (2008, p. 330).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
É digno de nota que, embora não devamos permitir que a analogia da
terminologia nos induza “[...] a identificar a concepção de <i>Logos</i> atestada no judaísmo tardio, ou
mesmo a do Evangelho de João, com a da filosofia grega” (CULLMANN, 2008, p.
330), segundo proposto por Cullmann, “esta concepção filosófica do <i>Logos</i> ocupa um lugar essencial na
história longa e complicada deste termo, pois influenciou ao menos na forma, as
idéias judaicas e pagãs tardias de um Logos mais ou menos personificado” (2008,
p. 330).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Embora seja provável que “temas mitológicos tenham influenciado mais
profundamente”, Cullmann está convencido de que “a doutrina filosófica do <i>Logos</i>, incontestavelmente, é uma das
fontes destas concepções tardias” (2008, pp. 330, 331). Para Cullmann um
exemplo claro de alguém sob tal influência pode ser visto em Fílon [ou Filo,
como é mais comum] de Alexandria (2008, p. 331).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2.1.4 Filo de Alexandria<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Nascido em Alexandria (20-25 a.C.), de acordo com Lopes (2007, p. 83),
“Filo era um judeu praticante, da Diáspora”, que teria morrido entre 42 e 50
d.C.<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ele foi [...] contemporâneo de Herodes, o Grande, dos sábios rabínicos como
Gamaliel, Hilel e Shamai, e ainda de Jesus e de Paulo” (LOPES, 2007, pp. 83,
84). Bem versado na Septuaginta e nas tradições do Judaísmo, Lopez declara
ainda que “Filo teve um treinamento completo em filosofia grega” e, “Filosoficamente
falando, ele era uma mistura de platonista e estóico, com a predominância do
pensamento de Platão” (2007, p. 84).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Filo ficou conhecido por seu método hermenêutico, ao que Ladd (2009, p.
358) chama de “[...] interpretação alegórica extremada”. Tal método influenciou
profundamente a “[...] academia cristão patrística”, tornando-se “[...] o
método de interpretação predominante em uma das mais importantes escolas de
catequese nos primórdios da Igreja cristã, a escola de Alexandria, no Egito”,
sendo posteriormente adotado como “[...] o método dominante durante a Idade
Média, após passar por algumas modificações” (LOPES, 2007, p.83).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Relevante para nossos objetivos é o empreendimento de Filo na “[...]
extraordinária tarefa de casar a religião judaica com a filosofia helenística”
(LADD, 2009, p. 358). Filo defendia “[...] a perspectiva grega de um Deus
completamente transcendente e separado do mundo; e utilizou o conceito do <i>Logos</i> para prover uma forma de mediação
entre o Deus transcendente e a criação” (LADD, 2009, p. 358).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Segundo Champlin, “Algumas vezes Filo se referia à <i>impessoalidade</i> do <span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;"><<</span>Logos<span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;">>></span>,
como se fosse a essência imaterial da mente de Deus, de onde teria procedido o
plano e o padrão da criação.” Em outras ocasiões, “[...] entretanto, ele falou <i>pessoalmente</i> sobre o <span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;"><<</span>Logos<span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;">>></span>,
como o <i>anjo</i> do Senhor” (2008, p.
899).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
O que se pode, de fato, falar e saber acerca do Deus de Filo, em virtude
de seu caráter transcendental, é que ele existe. Nada mais nos é dito a seu
respeito, nem qualquer detalhe nos é oferecido sobre ele, com exceção da
afirmação de sua existência. Como Ladd bem expressa:</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Deus é absoluto e encontra-se fora do universo material.
Ele abrange todas as coisas e, no entanto, Ele próprio não pode ser abrangido.
Está fora do tempo e do espaço e não pode ser conhecido em seu próprio ser. O
único nome pelo qual Deus pode ser designado é ‘ser puro’, <i>to on</i>, um ser sem atributos em si mesmo (2009, p. 358).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Sendo assim, visto que Deus não se mistura ao mundo material, ele “[...]
precisa contar com agentes, tanto na criação como nos seus contatos com o
mundo” (CHAMPLIN, 2008, p. 900).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
O <i>Lógos</i>, ou Razão, conforme
concebido por Filo é, portanto, “[...] o mesmo que o <span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;"><<</span>demiurgo<span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;">>></span>
de Platão”, ou seja, “O princípio de mediação entre Deus e a matéria [...], no
qual estariam comprimidas todas as idéias das coisas finitas, e que teria
criado o mundo material, fazendo estas idéias penetrarem na matéria”, ou ainda,
“[...] é a razão divina e universal, a razão imanente, que contém dentro de si
mesmo o ideal universal, mas que ao mesmo tempo, é a palavra expressa, que
procede da parte de Deus e que se manifesta neste mundo em tudo quanto aqui
existe” (CHAMPLIN, 2008, p. 900). Por esta razão, Ferreira e Myatt (2007, p.
509) resumem o pensamento de Filo acerca do <i>Lógos</i>
como “[...] a emanação divina que intermediou a criação do universo”. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Assim sendo, vendo o <i>Lógos</i> como
“[...] a manifestação que Deus faz de si mesmo neste mundo”, Filo entendia que
“ao revelar a si mesmo, Deus poderia ser chamado de <i>Logos</i>”, e “[...] o <i>Logos</i>,
na qualidade de agente revelador de Deus, poderia ser chamado de Deus”
(CHAMPLIN, 2008, p. 900).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2.2 O <i>Lógos</i> no judaísmo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
No pensamento judaico encontramos duas concepções acerca do <i>Lógos</i>: a concepção judaico-helenística,
onde temos seu maior representante em Filo, como já apresentado acima; e aquilo
que Cullmann chama de “[...] a concepção autenticamente bíblica”, a qual
remontaria “[...] a Gn 1, segundo a qual o Verbo de Deus, o <i>debar Iahweh</i>, é entendido em seu sentido
primitivo e torna-se, às vezes, em virtude de um desenvolvimento imanente do
pensamento, uma hipóstase divina” (2008, p. 333).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2.2.1 A concepção judaico-helenística<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Quanto à primeira concepção, embora já tenhamos discorrido sobre a
influência do platonismo e do estoicismo aliados à hermenêutica alegórica no
trato com a Bíblia judaica (o Antigo Testamento) em Filo, Cullmann (2008, p.
331), seguindo Bultmann, aponta para uma possível influência do paganismo, e/ou
da doutrina gnóstica, na formulação destes conceitos no pensamento
judaico-helenístico. Ele escreve:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Aqui o <i>Logos</i>
é um ser mitológico, intermediário entre Deus e o homem. Não é tido só por
criador do mundo é, em primeiro lugar, o portador da revelação e a este título,
Salvador; pode também, transitoriamente, revestir-se da forma humana, porém,
sempre dentro de um quadro mítico e doceta; jamais no quadro histórico de uma
verdadeira encarnação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Cullmann (2008, p. 331) faz questão de frisar que o próprio Bultmann
deixa claro que este ser mitológico “[...] está somente ‘disfarçado’ de homem”,
reforçando a rejeição de qualquer idéia de encarnação real.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Exemplos da prefiguração deste <i>Lógos</i>
personificado nas religiões antigas podem ser vistos em Hermes e no deus
egípcio Thot, os quais “[...] ostentam o título de <i>Logos</i>” (CULLMANN, 2008, p. 332). Embora endossando o pensamento de
Bultmann a este respeito, Cullmann (2008, p. 332) o critica por considerar
“[...] esta doutrina gnóstica acerca do <i>Logos</i>
como a única fonte da doutrina judaico-alexandrina do <i>Logos</i> e da sabedoria, tal como a encontramos em Fílon, nos livros
da sabedoria e nos textos rabínicos e, também, como a única fonte de noção
joanina do <i>Logos</i>”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 228.0pt 237.75pt; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2.2.2 A concepção
veterotestamentário<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 228.0pt 237.75pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 228.0pt 237.75pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Na visão judaica mais preocupada em deter-se sobre a
revelação bíblica, em detrimento das considerações filosóficas e pagãs
correntes, três são os conceitos sobre os quais uma doutrina do <i>Lógos</i> foi erigida: o <i>debar Iahweh</i>, o <i>memra déjahvé</i> e a sabedoria.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 228.0pt 237.75pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 228.0pt 237.75pt; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">a) O <i>debar Iahweh</i> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
O <i>debar Iahweh</i>, ou a Palavra de
Deus, “[...] foi um importante conceito para os judeus” (LADD, 2009, p. 358).
Conforme Cullmann, “Há no Antigo Testamento, toda uma série de passagens nas
quais a ‘Palavra de Deus’, se não está personificada é, ao menos, considerada
como uma entidade independente e que passa a ser objeto de reflexão teológica
em razão do enorme poder de sua ação” (2008, p. 335).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Champlin nos diz que “a <i>Palavra</i>,
que corporifica a <i>vontade divina</i>, é
personalizada na poesia hebraica”. Deste modo, sendo-lhe conferidos atributos
divinos, a Palavra nos é apresentada como “[...] um curador (ver Sal. 107:27);
um mensageiro (ver Sal. 147:15), e o agente dos decretos divinos (ver Is.
55:11). (Ver também Sal. 32:4; Is. 40:8 e Sal. 119:105)” (2008, p. 899).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Ladd (2009, p. 358), ainda apontando para esta realidade, nos relembra
que “a criação veio a existir e foi preservada pela palavra de Deus (Gn. 1:3,
‘e disse Deus’, veja Sl. 33:6, 9; 47: 15-18); e a palavra de Deus é a portadora
da salvação e da nova vida (Sl. 107:20; Is. 4:8; Ez. 37:4-5).” Ele arremata ao
declarar que “no Antigo Testamento, a palavra não é meramente uma forma de
expressão; é uma existência semi-hipostática, de forma que pode mover-se e
cumprir o propósito divino (Is. 55:10-11)”. Assim, “A palavra de Deus proferida
na criação, expressa por intermédio dos lábios dos profetas (cf. Jr. 1:14, 11;
2:1) e na Lei (Sl. 119:38, 41, 105), tem um certo número de funções que podem
muito bem ser comparadas com aquelas atribuídas ao <i>Logos</i> em João.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Interessantíssimo, enquanto delineando um exemplo muito claro da Palavra
como um ser <i>hipostasiado</i>, é a
descrição encontrada na “[...] <i>Sabedoria
de Salomão</i> (submetida já à influência alexandrina), onde lemos no capítulo
18:15: ‘Tua Palavra onipotente sai do trono real como um guerreiro
implacável...’” (CULLMANN, 2008, p. 335). A nível de paralelo, acerca deste
trecho de Sb. 18:15, Jeremias (2006, p. 397) declara: “Isto nos lembra
imediatamente Ap 19.11ss, onde Cristo é descrito como o herói que chega num
cavalo branco com uma espada na boca, e onde é chamado ‘o Lógos de Deus’
(19:13)”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">b) O <i>memra déjahvé</i><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<i>Memra déjahvé</i>, ou simplesmente <i>Menra</i>, “[...] é a designação aramaica da
Palavra de <i>Iahweh</i>” (CULLMANN, 2008,
p. 335). Este é um conceito posterior no pensamento judaico e parece expressar
uma reflexão mais acurada acerca do conceito da Palavra de Deus, elevada ao
nível em que pode ser usada até mesmo para substituir o próprio nome de Deus.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Champlin nos informa que devido à personalização do conceito da Palavra
de Deus nos “[...] comentários e [...] exposições do A.T.”, assim como na
“[...] teologia judaica”, “[...] um agente de Deus, como se fora a união de
seus atributos, segundo eles são revelados aos homens”, foi criado, e a este
(tomado como uma espécie de princípio todo inclusivo) fora dado o nome “[...]
Menra (Palavra ou <span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;"><<</span>Logos<span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;">>></span>) de Jeová”
(2008, p. 899).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Esta idéia, conforme nos explica Champlin (2008, p. 899), fora, então,
introduzida pelos eruditos judaicos nos Targuns, “[...] ou seja, nas paráfrases
inseridas no V.T., escritas no idioma aramaico”. Um exemplo de tais paráfrases
nos é fornecido por ele (2008, p. 899) acerca de Gên. 39:21: “<span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;"><<</span>A
Menra estava com José, na prisão<span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;">>></span>”. No trecho em questão, a
palavra substituída por <i>Menra</i> é, na
verdade, “o Senhor”. Nesta concepção, portanto, “A <span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;"><<</span>Menra<span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 8.0pt; line-height: 150%;">>></span>
também teria sido o anjo que destruiu os primogênitos do Egito, e também teria
sido a <i>Menra</i> quem conduziu Israel, na
nuvem de fogo” (CHAMPLIN, 2008, p. 899). Isto nos revela uma clara
personificação da Palavra (<i>Lógos</i>) de
Jeová sendo intercambiável com o próprio Jeová ou Suas teofanias.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">c) A sabedoria<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
De acordo com Ladd (2009, p. 359), “O conceito de sabedoria personificada
também fornece um contexto judaico para o conceito de <i>Logos</i>”. Para Cullmann (2008, pp. 336, 337), “[...] foram as
especulações do judaísmo tardio acerca da Sabedoria [...] as que mais
influenciaram a noção de <i>Logos</i> no
cristianismo primitivo”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Nas palavras de Goppelt (1983, p. 551):</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Já na porção mais recente dos Provérbios (século III
AC), confere-se à Sabedoria uma função cosmológica. Ela é primícia das obras de
Deus e participa da obra da criação (Pv 8,22-36). Ao mesmo tempo, tem função
soteriológica: quem ouve suas admoestações e observa seus caminhos “encontra a
vida”, quem, todavia, a odeia, “encontra a morte” (Pv 8,36; cf. sir Bar
3,9-4,4).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Digna de atenção é a noção de Sabedoria desenvolvida no livro de
Provérbios. “Em Provérbios 8:22-31, a sabedoria é semi-hipostática. A Sabedoria
foi a primeira de todas as coisas criadas e, depois, por ocasião da criação do
mundo, diz de si mesma: ‘<i>Eu</i> estava
com ele e era seu aluno’” (LADD, 2009, p. 359). Na verdade, este capítulo 8 de
Provérbios constitui-se num discurso feito pela própria Sabedoria em primeira pessoa.
Cullmann (2008, p. 337) diz que esta mesma idéia pode ser encontrada “[...] em
Eclo. 1.1 ss.; 24.1 ss., e ainda em diversos outros lugares”. Em Sir. 24:8
lê-se que “[...] a Sabedoria emanou de Deus para habitar em Israel e torná-lo o
povo de Deus” (LADD, 2009, p.359). “Na <i>Sabedoria
de Salomão</i> se diz que a Sabedoria é um ‘reflexo da luz eterna de Deus’
(7.26)” (CULLMANN, 2008, p. 337). Tudo isto demonstra uma íntima relação entre
o conceito de <i>Lógos</i> e a <i>Sophia</i>, que para Cullmann “[...] são
palavras quase intercambiáveis” (2008, p. 337).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Conquanto tenhamos distinguido nestas seções, 2.2.1 e 2.2.2, entre duas
linhas diretivas no judaísmo; a que adota o conceito de “Palavra” simplesmente,
desenvolvida a partir de influências exteriores, e a linha especificamente
bíblica acerca da Palavra de Deus, do <i>debar
Iahweh</i>, deve-se destacar que “ambas têm em comum o expressarem a obra pela
qual Deus se revela. Porém, a idéia desta obra, esta Palavra dirigida por Deus
ao mundo, poder finalmente encarnar-se no quadro histórico de uma vida humana e
terrena, é coisa tão estranha a uma como a outra” (CULLMANN, 2008, p. 338).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">3 O <i>LÓGOS</i> NO PENSAMENTO JOANINO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Conforme Schreiner e Dautzengerg (1977, p. 48), “A aplicação do título de
<i>Logos</i> a Cristo é específica da
apresentação Joanina.” Ainda que no Evangelho o título seja empregado somente
no prólogo (Jo 1:1, 14), João faz uso deste também em uma de suas cartas (1 Jo
1:1 – “Verbo da vida”) e em Apocalipse 19:13 (“Verbo de Deus”). Não significa
dizer com isto que a idéia do <i>Lógos</i>
empregada por João não encontre paralelos em outros escritos do próprio Novo
Testamento. Exemplo claro disso pode ser visto em Hebreus 1:1-3. De acordo com
Cullmann, “É verdade que o termo mesmo <span lang="EL">λ</span>ό<span lang="EL">γος</span><span lang="EL"> </span>não aparece aí; porém, o
falar de Deus em seu Filho está associado com a criação do mundo e ligado a uma
definição da relação eterna entre o Filho e Deus o Pai” (2008, p. 342).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
O Verbo apresentado
como Deus em João (1:1c), é descrito pelo autor aos Hebreus como “o esplendor
da glória e a expressão exata do seu [de Deus] Ser.” O Verbo por intermédio do
qual foram feitas todas as coisas e, sem o qual, “nada do que foi feito se fez”
(Jo 1:3), encontra mais um claro paralelo no Filho retratado em Hebreus, sobre
o qual lemos que “fez o universo” (Hb 1:2) e sustenta “todas as coisas pela
palavra do seu poder” (Hb 1:3). </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Procurou-se por muito tempo compreender o <i>Lógos</i> joanino apenas com base no uso helenístico do termo, ou
ainda, mais recentemente, como uma mera extensão do pensamento judaico, seja no
conceito bíblico da Palavra de Deus ou da Sabedoria, seja no conceito
filosófico apresentado por Filo. Embora paralelos existam, pois como diz
Champlin (p. 900), “[...] essa doutrina não foi criada no vácuo”, Ladd destaca
que “[...] a despeito de certas semelhanças, nem a idéia do <i>Logos</i> nem a de sabedoria se aproxima da
verdade que João enuncia por meio de sua doutrina do <i>Logos</i>: a preexistência <i>pessoal</i>
e a <i>encarnação</i> do <i>Logos</i>” (2009, p. 359). Como já vimos
anteriormente, mesmo que o conceito de <i>Lógos</i>
fosse por vezes apresentado como <i>hipostasiado</i>,
ou mesmo personificado, jamais era concebido como personalizado, nem se
aceitava qualquer idéia relativa à encarnação real.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Para Ladd (2009, p. 360), portanto, “A questão importante é o uso
teológico que João faz do conceito do <i>Logos</i>,
e esse uso, por ser peculiar, não encontra paralelos, quer na filosofia
helenística quer no pensamento judaico.” Acerca deste uso teológico, destacam-se
dois conceitos: (1) A preexistência de Jesus (o <i>Lógos</i>); e (2) Sua divindade.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Em primeiro lugar, digno de nota é a alusão deliberada feita por João a
Gênesis 1:1, onde lemos o relato da criação; criação esta que, tanto ali como
em João (1:3), vem à existência por meio da palavra de Deus (“Disse Deus” – Gn
1:3), o próprio <i>Lógos</i>. Se compararmos
<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Έ</span><span lang="EL">ν</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἀ</span><span lang="EL">ρχ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ᾖ
(</span>“No
princípio”) em Jo 1:1 com a tradução feita pela Septuaginta de Gn 1:1,
perceberemos que não há qualquer diferença. As palavras são exatamente as
mesmas. A única distinção aqui se deve ao fato de que “‘No princípio’, em Jo
1:1, refere-se a um período anterior a Gênesis 1:1 [...] pois o <i>Logos</i> foi o agente da criação.” Assim,
“O Verbo já existia na eternidade, que não tem início e nem fim” (LADD, 2009,
p. 360).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
A este respeito, Hendriksen (2004, p. 99) declara: “A maneira como este
Evangelho começa é magnificente. Ele começa retratando a vida de Cristo na
eternidade, antes que o mundo existisse.”</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Nas palavras de Ladd, “A preexistência de Jesus é refletida em várias
passagens de seu próprio ensino.” Exemplo disto pode ser visto na declaração: “‘Antes
que Abraão existisse, eu sou’ (8:58). Essa surpreendente afirmação é uma alusão
ao uso do Antigo Testamento. Deus Revelou-se a Moisés como ‘EU SOU O QUE SOU’
(Êx. 3:14)” (2009, p. 360). Ou ainda, “Vede, agora, que eu, eu o <i>sou</i>, e mais nenhum deus comigo” (Dt.
32:39). Jesus também interrogou: “Que será, pois, se virdes o Filho do Homem
subir para o lugar onde primeiro estava?” (Jo 6:62). Embora a expressão “o
lugar onde primeiro estava” não aponte diretamente para Sua preexistência na
própria eternidade, se compararmos esta passagem com Sua oração final,
poderemos encontrar, então, uma clara afirmação desta preexistência: “e, agora,
glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes
que houvesse mundo” (Jo 17:5). Está, pois, evidente que “o lugar onde primeiro
estava”, é, portanto, junto ao Pai, “antes que houvesse mundo”. “Assim, quando
céu e terra foram criados, havia a Palavra [ou Verbo] de Deus, já existindo na
mais próxima associação com Deus e compartilhando da essência de Deus” (BRUCE,
1983, p. 31) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Desta forma, Bruce (1983,
p. 31) nos alerta: “Não importa para quão distante possamos tentar empurrar
nossa imaginação, não podemos nunca buscar um ponto no qual poderíamos dizer da
Divina Palavra [ou Verbo], como Ário o fez, ‘Houve um tempo quando ele não
existia’”. <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Como dito previamente, “Em segundo lugar, João utiliza a idéia do <i>Logos</i> para afirmar a divindade de Jesus
Cristo. O <i>Logos</i> estava com (<i>pros</i>) Deus, e o Verbo era Deus (<i>theos </i><i>ēn ho
logos</i>)” (LADD, 2009, p. 360). Conforme supramencionado, Deus apresenta a Si
mesmo como o “EU SOU”. Cristo faz uso da mesma expressão para representar sua
divindade, e, no Evangelho de João este uso do <span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἐ</span><span lang="EL">γώ</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">ε</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἰ</span><span lang="EL">μί</span> é profícuo (ex: 6:35, 41, 48, 51; 8:12; 10:11,
14; 11: 25; 14: 6; 15:1, 5) e está sempre conectado ao uso do Antigo
Testamento, mesmo quando tratado de maneira figurada (ex. Jo 4:14; 7:38,
comparar com Jr 2:13 – Jesus é “água viva”; Deus é manancial de água viva”. A
promessa aos que serão salvos, segundo escreve João em Ap 7:17; 21:6, 22, é a
de que serão conduzidos à “água da vida”).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
A apropriação que Jesus fazia de
Deus como Seu Pai também apontava para Sua divindade, desde que este o fazia de
forma toda particular. Isto fica muito evidente em Jo 5:17, 18, onde os judeus
procuravam matá-lo, “não somente por violar o sábado”, mas porque dizia também
“que Deus era seu próprio Pai”. No pensamento joanino, Jesus não é a criatura
agarrando-se ao Criador como a um Pai, mas antes “o unigênito [não criado, mas
eternamente gerado] do Pai” (Jo 1:14). Ainda em João 5:18, devemos ressaltar
que é o evangelista, inspirado pelo Espírito Santo, e não os judeus, quem declara
abertamente que outro motivo pelo qual buscavam assassinar Jesus se devia ao
fato de Ele fazer-se “igual a Deus” (Jo 5:18). Mais adiante, os próprios judeus
indicam este fato quando, após a declaração de Jesus (“Eu e o Pai somos um” –
Jo 10:30), pegam em pedras para o apedrejar acusando-o de blasfêmia, pois Ele
[Jesus] sendo homem, fazia-se Deus a Si mesmo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Destarte, no pensamento joanino, Jesus é Deus (Jo 1:1c; 5:18). Como a
segunda pessoa da Trindade Ele não é o Pai, mas está em íntima e eterna relação
com Este, sendo um com o próprio Deus Pai (Jo 10:30), de tal forma que Ele está
no Pai e o Pai nEle (Jo 10:38; 14:10), pelo que quem O vê, vê o Pai (Jo 14:9).
Assim, podemos resumir este ponto com a afirmação que encontramos nos
Catecismos, Maior<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> e
Breve<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
de Westminster, os quais declaram que Jesus é “[...] o eterno Filho de Deus, da
mesma substância e igual ao Pai”, o qual “[...] no cumprimento do tempo fez-se
homem, e assim foi e continua a ser Deus e homem em duas naturezas perfeitas e
distintas e uma só pessoa para sempre”.<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Escrevendo sobre João 1:1, Cullmann (2008, 348) afirma: </div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10.0pt;">É, deveras, a opinião do evangelista a que se expressa
aqui, quando chama ao Logos “Deus”. Isto é o que a parte final de seu Evangelho
mostra quando Tomé, convencido, exclama diante do Ressuscitado: “Meu Senhor e
meu Deus!” (Jo 20.28). Com este último e decisivo “testemunho”, fecha-se o
círculo: o evangelista retorna ao prólogo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
Acerca deste prólogo, embora não objetivemos nos deter neste quesito, a
saber, de se o prólogo joanino consiste num hino primitivo ou não, é
interessante destacar o pensamento de Jeremias (2006, p. 382). Para ele, “[...]
Jo 1:1-18 é uma passagem poética”. A partir daqui ele procura fazer uma análise
literária da passagem em questão apontando para um paralelismo semelhante às
construções encontradas nos Salmos.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
Jeremias argumenta que “no Oriente Próximo, o paralelismo tem a mesma
função que a rima entre nós: com a métrica, diferencia a poesia da prosa”. Sua
argumentação desemboca na afirmação de que o prólogo joanino trata-se, na
verdade, de “[...] um cântico vigorosamente construído, um poema religioso dos
inícios do cristianismo, um salmo, um hino ao Lógos Jesus Cristo” (2006, p.
382). Ele aponta também para Fl 2:6-11 como “[...] a citação de um hino
pré-paulino a Cristo, no qual Paulo inseriu comentários” (2006, p. 384). Com
isto ele busca corroborar a sua tese de que o que vemos em João é a mesma
coisa, ou seja, um hino composto em forma de paralelismo em série ascendente,
entremeado por comentários do autor do, assim chamado, Quarto Evangelho.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
Se Jeremias está correto ou não ao tomar esta passagem como um “[...]
gênero literário, em que a história da salvação é cantada em forma de
salmodia”, a “[...] <i>Heilsgeschichte in
Hymnenform</i> (história da salvação em forma de hino)” (2006, p. 386), não é
matéria na qual devamos nos deter aqui, porém, tal discussão unida ao registro
histórico encontrado na carta de Plínio à Trajano (Carta X 96), onde lemos que
os cristãos perseguidos, em sua liturgia cantavam “[...] hinos a Cristo,
[adorando-o] como a um Deus” (<i>in</i>
BETTENSON, 2007, pp. 29, 30), nos fornece uma boa base para afirmarmos que ao <i>Lógos</i> [Jesus] era atribuída a mesma
devoção, glória e louvor devida à <i>Theós</i>
[Deus o Pai], conduzindo-nos, assim, à evidente constatação de que a divindade
de Jesus era amplamente sustentada pela igreja primitiva.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Por fim, Hörster expressa bem a idéia
apresentada no prólogo joanino afirmando: “Esse Logos, que era um com Deus,
tornou-se um homem de carne e osso e viveu com os homens. Alguns que confiaram
nele chegaram a ver seu poder e majestade, reconheceram nele o Filho de Deus e
admiraram-se com a bondade e fidelidade de Deus que encontraram nele” (2009, p.
55). “Isto mostra claramente que o infinito pode entrar em relações finitas, e
de fato entra, e que, de algum modo, o sobrenatural pode entrar na vida
histórica do mundo” (BERKHOF, 2002, p. 307). Sem dúvida, esta concepção
sustentada por João é absolutamente singular e distinta de qualquer outra idéia
preconcebida acerca do <i>Lógos</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14.0pt;">4 ANÁLISE
EXEGÉTICA DE JOÃO </span></b><b><span style="font-size: 16.0pt;">1:1c</span></b><b><span style="font-size: 14.0pt;">: </span></b><b><span lang="EL" style="font-size: 18.0pt; mso-ansi-language: EL;">κα</span></b><b><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὶ</span></b><b><span style="font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> </span></b><b><span lang="EL" style="font-size: 18.0pt; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">θε</span></b><b><span style="font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ò</span></b><b><span lang="EL" style="font-size: 18.0pt; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ς</span></b><b><span lang="EL" style="font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> </span></b><b><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἦ</span></b><b><span lang="EL" style="font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ν</span></b><b><span lang="EL" style="font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> </span></b><b><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span></b><b><span style="font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> </span></b><b><span lang="EL" style="font-size: 18.0pt; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">λ</span></b><b><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ό</span></b><b><span lang="EL" style="font-size: 18.0pt; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">γος</span></b><span style="font-size: 8.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Analisaremos agora o primeiro versículo do prólogo joanino, buscando
determinar a intenção do autor ao escrever “<span lang="EL">κα</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὶ</span> <span lang="EL">θε</span>ò<span lang="EL">ς</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἦ</span><span lang="EL" style="font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ν</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">λ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ό</span><span lang="EL">γος</span>” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>
(kaì theòs ên ho lógos). Iniciaremos apresentando como 18 versões das
Escrituras traduziriam João 1:1: </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus” (ARA, ARC<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
Almeida séc. XXI, BJ<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
TB<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava
com Deus, e a Palavra era Deus” (VR<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava
com o Deus, e a Palavra era <i>deus</i>”
(TNM <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
versão de 1967).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele
estava com Deus, e era Deus” (NVI<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a>, NBV<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn20" name="_ftnref20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“No princípio havia a Palavra. A Palavra estava
com Deus, e em tudo era igual a Deus” (<i>Gute
Nachricht</i><a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn21" name="_ftnref21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“Antes de ser criado o mundo, aquele que é a
Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus” (NTLH<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn22" name="_ftnref22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“Antes de tudo, havia a Palavra, a Palavra
presente em Deus, Deus presente na Palavra. A Palavra era Deus, desde o
princípio à disposição de Deus” (A Mensagem<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn23" name="_ftnref23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“En un principio era el Verbo, y el Verbo estaba
ante Dios, y el Verbo era Dios” (BTRV<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn24" name="_ftnref24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a>).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US">“In
the beginning was the Word, and the Word was with God, and the Word was God” (HCSB<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn25" name="_ftnref25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
KJV</span><a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn26" name="_ftnref26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US">, NASB<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn27" name="_ftnref27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US">“In
the beginning the Word already existed. He was with God, and he was God” (NLT<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn28" name="_ftnref28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 71.45pt; mso-layout-grid-align: none; mso-list: l0 level1 lfo2; tab-stops: list 71.45pt; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="font-family: Symbol; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]--><span lang="EN-US">“In
the beginning the Word was, and the Word was with God, and the Word was a god”
(NWT<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn29" name="_ftnref29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Todos concordarão que o versículo pode ser dividido em três cláusulas: 1)
No princípio era o Verbo; 2) O Verbo estava com Deus; 3) O Verbo era Deus.
Quanto às duas primeiras cláusulas, parece não haver discordância entre as
traduções, embora algumas enfatizem mais alguns aspectos do que outras, como,
por exemplo, a pré-existência do Verbo (cláusula 1), nitidamente destacada
pelas versões NTLH (“Antes de ser criado o mundo, aquele que é a Palavra já
existia.”) e NLT (“No princípio a Palavra já existia”), e a posição do Verbo em
relação a Deus no princípio (cláusula 2), como expressa a BTRV pelo uso da
palavra “diante”, que, segundo é esclarecido em suas notas de rodapé, tem por
significado estar “<i>face a face, frente a
frente, ou na presença de</i>”, o que definiria “[...] a posição <i>reflexiva</i> do Verbo” (itálicos originais)
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn30" name="_ftnref30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
A divergência se levanta, portanto, na terceira cláusula, onde a NWT, contrariando
todas as demais traduções propostas acima, traduz “<span lang="EL">κα</span><span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL;">ὶ</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">θε</span>ò<span lang="EL">ς</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἦ</span><span lang="EL">ν</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">λ</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ό</span><span lang="EL">γος</span>” por “e a Palavra era<i> um
deus</i>”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">4.1 Seria Θεό</span></b><b><span lang="EL" style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL;">ς</span></b><b><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span></b><b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">em João 1:1 indefinido?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Mather e Nichols (2000, p.454) nos informam que “as Testemunhas de Jeová
[seita responsável pela publicação da NWT] argumentam que as regras gramaticais
gregas permitem a inserção de um artigo indefinido “um”, a fim de, desta
maneira, anular a utilização deste texto para defender a doutrina da divindade
de Cristo” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn31" name="_ftnref31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Wallace (1996, pp. 266,
267), porém, declara que “O argumento gramatical de que o predicado nominativo
aqui é indefinido é fraco” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn32" name="_ftnref32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
e acrescenta: “Freqüentemente, aqueles que argumentam por uma visão tal (em
particular, os tradutores da NWT) o fazem assim tão somente sobre a base de que
o termo é anártro [isto é, não possui artigo]” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn33" name="_ftnref33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
A respeito do uso do artigo em grego, Mounce (2009, p. 47) destaca: “O
artigo definido é o único artigo em grego. Não existe artigo indefinido (‘um’).
Por isso, você pode se referir ao artigo definido grego simplesmente como o
‘artigo’”. Mais adiante ele complementa: “Se não houver artigo, você poderá
inserir ‘um/uma’ antes do substantivo se fizer melhor sentido em português”
(2009, p. 50). Tais afirmações parecem aprovar o procedimento de tradução
adotado pela NWT, visto que o texto em grego encontra-se como segue: “<i>kaì</i> [ausência do artigo definido “<i>ho</i>”] <i>theòs
ên ho lógos</i>”. Todavia, é importante ressaltar que “os gregos não empregam o
artigo da mesma maneira que nós o fazemos. Empregam-no onde nós nunca empregaríamos,
e o <i>omitem</i> quando o português <i>o exige</i>” (MOUNCE, 2009, p. 50 – itálicos
acrescentados).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
As Testemunhas de Jeová não são ignorantes quanto a isto. Fato é que na
NWT a ausência do artigo junto à <i>theós</i>
nos versículos 6, 12, 13 e 18 não os leva a traduzir estas passagens como “um
deus”, o que seria coerente com a justificativa utilizada para a tradução do
versículo 1. No entanto, o próprio argumento defendido por eles, de que a
ausência de artigo tornaria o substantivo indefinido, deveria logicamente conduzi-los
a traduzir estes versículos por “um deus”, ao invés de “Deus”, como o fazem
seguindo todas as outras versões supracitadas<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn34" name="_ftnref34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Enfatizando este ponto Countess (<i>apud</i>
Wallace, 1996, p. 267) atesta:</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10.0pt;">No Novo Testamento há 282 ocorrências do </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεός </span><span style="font-size: 10.0pt;">anártro. Em dezesseis
lugares a NWT traduz como um deus, deus, deuses, ou piedoso<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn35" name="_ftnref35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Dezesseis de 282 significa que os tradutores foram fiéis ao <i>seu</i> <i>próprio</i>
princípio de tradução apenas seis por cento das vezes. <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn36" name="_ftnref36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Wallace (1996, p. 267) nota que “Se expandirmos a discussão para outros
termos anártros no Prólogo Joanino, notaremos outras inconsistências na NWT” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn37" name="_ftnref37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Em suas próprias palavras:</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 10.0pt;">É interessante que a <i>New World Translation</i> traduz </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεός </span><span style="font-size: 10.0pt;">como “um deus” sobre as
bases simplistas de que lhe falta o artigo. Isto é certamente uma base
insuficiente. Seguindo o princípio “anártro = indefinido” significaria que </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἀ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ρχ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ᾗ</span><span style="font-size: 10pt;"> deveria ser “um princípio” (1:1, 2), </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ζωή </span><span style="font-size: 10.0pt;">deveria ser “uma vida”
(1:4), </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">παρ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὰ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> θεο</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ῦ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span style="font-size: 10.0pt;">deveria ser “de um deus” (1:6), </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">Ίωάννη</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span style="font-size: 10.0pt;"> deveria ser “um João” (1:6), </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεόν</span><span style="font-size: 10.0pt;"> deveria ser “um deus”
(1:18), etc. Ainda que nenhum desses outros substantivos anártros seja
traduzido com um artigo indefinido.<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn38" name="_ftnref38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[38]</span></span><!--[endif]--></span></a></span><span style="font-family: "MS Shell Dlg","sans-serif"; font-size: 8.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Wallace arremata dizendo: “alguém pode somente suspeitar de uma forte
tendência teológica em uma tradução como esta” (1996, p. 267) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn39" name="_ftnref39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[39]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Por que, então, a NWT sustenta tal inconsistência para com seu próprio
princípio de tradução? Mather e Nichols (2000, p.455), citando parte de uma
entrevista do erudito em grego J. R. Mantey <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn40" name="_ftnref40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[40]</span></span><!--[endif]--></span></a>, apresentam
a seguinte conclusão quanto à metodologia empregada na tradução das Testemunhas
de Jeová [NWT]:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Quando encontram certas passagens das Escrituras que
parecem estar contra o ponto de vista deles, para o meu grande desapontamento,
em alguns casos, deliberada e fraudulentamente traduzem errado – engano
deliberado – o que para mim é imperdoável. Essa é uma atitude desonesta e, num
certo sentido, diabólica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
“De acordo com o estudo de Dixon, se <span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span> fosse <i>indefinido</i> em João 1:1, seria o único
predicado nominativo anártro pré-verbal no Evangelho de João a ser assim”
(WALLACE, 1996, p. 267). Embora Wallace argumente que isto seja de algum modo
um exagero, ele concorda que “o ponto geral é válido: A noção indefinida é a
mais pobremente atestada pelos predicados nominativos anártros pré-verbais.
Assim, gramaticalmente um significado tal é improvável” (1996, p. 267). Ele
também sustenta que o contexto não apóia uma tradução assim, observando que “a
própria teologia do evangelista milita contra essa visão”, visto que “há uma
Cristologia exaltada no Quarto Evangelho, ao ponto que Jesus Cristo é
identificado como Deus (cf. 5:23; 8:58; 10:30; 20:28, etc.)” (WALLACE, 1996, p.
267) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn41" name="_ftnref41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[41]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Além de tudo, entender <span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span>aqui
como indefinido traria implicações teológicas sérias que apontariam para alguma
forma de politeísmo, “[...] talvez sugerindo que a Palavra fosse meramente um
deus secundário em um panteão de deidades” (WALLACE, 1996, p. 266) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn42" name="_ftnref42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[42]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Por
isso, Van Dam (2000, p. 30) assevera veementemente: “aceitar sua defeituosa
tradução é aceitar o politeísmo. Porque de acordo com a TNM [a mesma NWT], em
João 1:1, o que João afirma é que há pelo menos dois deuses, enquanto que o
ensino consistente da Escritura é que só há um Deus”.<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn43" name="_ftnref43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[43]</span></span><!--[endif]--></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Passemos em revista agora os motivos pelos quais a esmagadora maioria das
traduções bíblicas traduz a ultima cláusula de João 1.1 por “e o Verbo [a
Palavra] era Deus”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">4.2 Seria </span></b><b><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">Θεός </span></b><b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">em João 1:1 definido?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Primeiramente precisamos destacar mais
uma vez o fato de que a ausência de artigo não prova que um predicativo do
sujeito numa posição anterior ao verbo seja indefinido. Wallace (1996, p. 257),
citando Colwell acerca de sua famosa regra, escreve:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Substantivos predicados
definidos que precedem o verbo usualmente perdem o artigo... um predicado
nominativo que precede o verbo não pode ser traduzido como um substantivo
indefinido ou ‘qualitativo’ tão somente por causa da ausência do artigo; se o
contexto sugere que o predicado é definido, ele deve ser traduzido como um
substantivo definido. <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn44" name="_ftnref44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[44]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Em outras palavras, se for demonstrado a
partir do contexto que <i>theós</i> aqui é
um predicativo do sujeito definido, a ausência de um artigo pode perfeitamente
ser explicada pelo fato de <i>theós</i>
preceder o verbo. Um bom exemplo de uma construção semelhante a esta pode ser
visto no próprio capítulo 1 de João. No versículo 49 lemos a resposta de
Natanael: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn45" name="_ftnref45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[45]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
No original há um artigo antes de “Filho de Deus” (<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ </span><span lang="EL">υ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἱ</span>ò<span lang="EL">ς</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">το</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ῦ</span> <span lang="EL">θεο</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ῦ</span>),
o qual se encontra após o verbo, enquanto que na oração seguinte não há artigo
antes de “Rei” (βασιλεύ<span lang="EL">ς</span><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol;">)</span>, o qual precede
o verbo. Carson (2007, p.117) confirma o que já tem sido dito até aqui nas
seguintes palavras: “Demonstrou-se que, nessa construção, é comum para um
substantivo predicado finito ser colocado antes do verbo, ser anártro”. De
acordo com isto, “[...] Colwell assumiu que a definição do predicado nominativo
poderia ser alcançada tanto pelo artigo como pela mudança na ordem da palavra”
(WALLACE, 1996, p. 257) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn46" name="_ftnref46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[46]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Até mesmo a NWT traduz esta passagem como “Rei de Israel” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn47" name="_ftnref47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[47]</span></span><!--[endif]--></span></a> e
não “um rei de Israel”, o que seria mais adequado ao seu princípio de tradução
perante substantivos anártros.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Baseado no que tem sido apresentado até
então, alguns eruditos têm argumentado em favor de que <i>theós</i> seria um substantivo predicado anártro definido. Reymond
aponta para a tradução de Monffat como um exemplo de tradução onde <i>theós</i> é traduzido qualitativamente (isto
é, adjetivamente) por “divino”, e protesta: “Nenhum Léxico Grego padrão oferece
‘divino’ como um dos significados de <span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL">ς</span><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol;">, </span><i>theos</i>, nem o substantivo se torna
adjetivo quando ‘perde’ seu artigo” (2009, p. 300) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn48" name="_ftnref48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[48]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Tanto Reymond (2009, p.300)<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn49" name="_ftnref49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[49]</span></span><!--[endif]--></span></a>
quanto Carson (2007, p.117)<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn50" name="_ftnref50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[50]</span></span><!--[endif]--></span></a>
argumentam ainda que se o intuito de João era expressar um sentido puramente
adjetival (qualitativo), como se a Palavra (ou Verbo) não fosse Deus, mas
apenas divina, ele teria a sua disposição o adjetivo <i>theîos</i>, o qual seria mais indicado. A este respeito, Carson demonstra
sua insatisfação para com uma tradução que aponte <i>theós</i> como qualitativo afirmando: “Isto não é o bastante” (2007, p.
117).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Um problema que se levanta contra a
defesa de um <i>theós</i> definido é que “a
maioria dos predicados nominativos <i>definidos</i>
pré-verbais anártros são monádicos<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn51" name="_ftnref51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[51]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
em construções genitivas, ou são nomes próprios, nenhum dos quais é verdade
aqui, diminuindo a probabilidade de um <span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL">ς</span><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol;"> </span>definido em João
1:1c [cláusula 3]” (WALLACE, 1996, p. 268) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn52" name="_ftnref52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[52]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Outro problema é que, em virtude da
aparição prévia de <span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL">ς</span> antecedido
por artigo (<span lang="EL">τ</span>ò<span lang="EL">ν</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">θε</span>ò<span lang="EL">ν</span>) na segunda cláusula, poderíamos afirmar com certeza ser <span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL">ς</span> articular na terceira cláusula desde que
se referisse à mesma pessoa. Todavia, na cláusula 2 <span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL">ς</span> é uma referência direta a Deus o Pai e na cláusula 3 uma
referência ao Verbo. Portanto, Bruce escreve: “Tivesse <i>theos</i>, assim como <i>logos</i>,
sido precedido pelo artigo, o significado teria sido que a Palavra era
completamente idêntica a Deus, o qual é impossível, já que a Palavra estava
também ‘com Deus’” (1983, p. 31) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn53" name="_ftnref53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[53]</span></span><!--[endif]--></span></a>. “Assim,
dizer que <span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL">ς</span><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol;"> </span>em 1:1c [3ª cláusula] é a mesma pessoa é
dizer que ‘A Palavra [o Verbo] era o <i>Pai</i>’.
Isto, como os antigos gramáticos e exegetas apontaram, é Sabelianismo ou
modalismo embrionário” (WALLACE, 1996, p. 268) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn54" name="_ftnref54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[54]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Conforme Wallace (1996, p. 268), “O
Quarto Evangelho é o último lugar provável para se encontrar modalismo no NT” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn55" name="_ftnref55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[55]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Porém, é importante notar que ele faz questão de deixar claro que “isto não
quer dizer que em um determinado contexto Jesus não poderia ser identificado
com <span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span>. Em João 20:28, por exemplo, onde o crescendo do Evangelho se
estabelece na confissão de Tomé, Jesus é chamado <span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span>. Mas, não há nada naquele
contexto que o identificaria com o Pai” (WALLACE, 1996, p. 268) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn56" name="_ftnref56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[56]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Frente às dificuldades apresentadas acima,
há que se analisar ainda uma última probabilidade, a saber, a de <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span> ser encarado como qualitativo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">4.3 Seria </span></b><b><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">Θεό</span></b><b><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span></b><b><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span></b><b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">em João 1:1 qualitativo?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
O último de nossos questionamentos recai sobre a possibilidade de
tomarmos <i>theós</i> como qualitativo na
terceira cláusula. Wallace afirma que “o mais provável candidato para <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span> é o qualitativo” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn57" name="_ftnref57" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[57]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
e sustenta que “isto é verdade tanto gramaticalmente (pois a maior proporção
dos predicados nominativos pré-verbais anártros caem nesta categoria) quanto
teologicamente (tanto na teologia do Quarto Evangelho quanto na do NT como um
todo)” (1996, p.269) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn58" name="_ftnref58" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[58]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
No que diz respeito ao aspecto gramatical, é importante tratarmos aqui brevemente
sobre a relação entre sujeito e predicativo do sujeito. No português, esta
relação é facilmente distinguida pela ordem das palavras, ou seja, o sujeito
vem primeiro, seguido pelo verbo de ligação e o predicativo do sujeito, como na
frase “‘João é um homem’, ‘João’ é o sujeito, e ‘homem’ é o predicativo do
sujeito” (WALLACE <i>apud</i> MOUNCE, 2009,
p. 37), ambos unidos pelo verbo de ligação “é”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
No grego, porém, a ordem das palavras é bastante flexível e, de acordo
com Wallace (<i>apud</i> MOUNCE, 2009, p.
37), “[...] é empregada visando ênfase mais do que uma função gramatical
rigorosa”, sendo utilizados outros meios para fazer a distinção entre sujeito e
predicativo do sujeito, como, por exemplo, a presença de um artigo definido junto
a um dos substantivos, evidenciando-o como o sujeito.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Sendo assim, estudando a disposição das palavras nas sentenças gregas
entendemos que “quando uma palavra é colocada no início da oração, é para
enfatizá-la”, portanto, “[...] quando um predicativo do sujeito é transportado
para antes do verbo, recebe ênfase em virtude da ordem da palavra” (WALLACE <i>apud</i> MOUNCE, 2009, p. 37), como acontece
em nosso caso com a terceira cláusula de João 1:1.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
É interessante que, em nossas versões, este versículo é traduzido como “e
o Verbo [ou a Palavra] era Deus”. Não é assim, porém, em grego. A forma como o
encontramos é: “<span lang="EL">κα</span>ì<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif";"> </span><span lang="EL">θε</span>ò<span lang="EL">ς</span><span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἦ</span><span lang="EL">ν</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">λ</span>ó<span lang="EL">γος</span>” (“e Deus era a o Verbo [ou a
Palavra]”). Visto que o “Verbo [ou a Palavra]” carrega consigo um artigo
definido, logo percebemos que se trata do sujeito e, em nossas traduções,
seguindo os moldes da relação “sujeito/predicativo do sujeito” em português, o
arrastamos para o início da frase: “e o Verbo [ou a Palavra] era Deus”.<span style="font-family: Tahoma, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Wallace (<i>apud</i> MOUNCE, 2009, pp.
37, 38) declara que “duas perguntas, ambas com relevância teológica, devem vir
à mente: (1) por que <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span> foi transportado para o início da
oração? E (2) por que está sem artigo?” Respondendo a primeira pergunta, Bruce
diz que a intenção de João aqui é expressar “[...] que a Palavra [ou Verbo]
compartilhava a natureza e o ser de Deus” (1983, p. 31) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn59" name="_ftnref59" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[59]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Isto concorda com o pensamento de Wallace (<i>apud</i>
MOUNCE, 2009, p. 38), o qual afirma que a posição enfática das palavras
ressalta a essência ou qualidade do sujeito. Tanto Wallace (1996, p. 269)
quanto Bruce (1983, p. 31) apontam para a tradução “O que Deus era, a Palavra
era” como uma boa interpretação para expressar a força dessa ordem de palavras.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
A posição de que <i>theós</i> em João
1.1c deva ser tomado como qualitativo tem encontrado algumas críticas, na
maioria das vezes baseadas numa má interpretação da regra de Colwell. Embora
Colwell tenha afirmado que um predicado nominativo, sendo, a partir do
contexto, provavelmente definido, quando precedendo um verbo habitualmente
aparecerá sem o artigo, muitos têm generalizado e entendido que um predicado
nominativo, simplesmente por anteceder o verbo, deve ser, freqüentemente,
tomado como definido. Wallace descreve um acontecimento que lança bastante luz
acerca deste mau entendimento:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Quarenta anos depois do artigo de Colwell ter
aparecido no <i>JBL</i>, o ensaio de Philip
B. Harner foi publicado no mesmo jornal. Harner apontou que “Colwell estava
quase inteiramente interessado na questão de se os substantivos predicados
anártros eram definidos ou indefinidos, e ele não discutiu em qualquer extensão
o problema de sua significação qualitativa.” Isto foi provavelmente devido ao
fato de que muitos gramáticos antigos <i>não</i>
viam distinção entre substantivos qualitativos e substantivos definidos (1996,
p. 259).<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn60" name="_ftnref60" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[60]</span></span><!--[endif]--></span></a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Precisamos lembrar que “quando um substantivo é anártro, ele pode ter uma
das três forças: indefinido, qualitativo, ou definido” (WALLACE, 1996, p. 243) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn61" name="_ftnref61" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[61]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Ao deixar de abordar o problema da significação qualitativa, o próprio Colwell,
ao que parece, acabou contribuindo para um posterior mau uso de sua regra.
Digno de nota, também, é o destaque de Wallace ao fato de Harner ter produzido
“[...] evidência de que predicados nominativos anártros pré-verbais são
usualmente qualitativos – não definidos nem indefinidos. Suas descobertas, em
geral, foram de que 80% das construções de Colwell envolviam substantivos qualitativos
e apenas 20% envolviam substantivos definidos” (1996, p. 259) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn62" name="_ftnref62" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[62]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Uma comparação entre João 1:1c e João 1:14 também se apresenta como
grande auxílio para compreendermos o que se pretende expressar ao tomarmos <i>theós</i> como qualitativo. Wallace (1996, p.
269) sustenta que ambas as passagens “[...] enfatizam a natureza do verbo e não
sua identidade. [...]<span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span><span lang="EL"> </span>era sua
natureza desde a eternidade (daí, <span lang="EL">ε</span><span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL;">ἰ</span><span lang="EL">μ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ί</span>
ser usado), enquanto <span lang="EL">σ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ά</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ρξ</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> </span>foi acrescentada na encarnação (daí, <span lang="EL">γ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ί</span><span lang="EL">νομαι</span><span lang="EL"> </span>ser usado).” <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn63" name="_ftnref63" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[63]</span></span><!--[endif]--></span></a> Assim,
seguindo o que já dissemos até aqui, atribuindo a <i>theós</i> um peso qualitativo asseveramos a essência do Verbo (ele
compartilha indistintamente dos mesmos atributos do Pai) sem contestar de
maneira alguma Sua deidade, e neste caso a tradução de Moffatt (de que o Verbo
é “divino”) seria aceitável apenas se o tomássemos como “[...] um termo que
pode ser aplicado <i>tão somente</i> à
verdadeira deidade”<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn64" name="_ftnref64" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[64]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
diferindo do uso moderno que o aplica “[...] com referência aos anjos, [em
inglês] aos teólogos, e até mesmo a comida” (WALLACE, 1996, p. 269) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn65" name="_ftnref65" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[65]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Acerca da segunda pergunta, ou seja, o porquê de <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span> estar sem artigo, nos parece evidente a intenção autoral de nos
impedir “[...] de identificar a <i>pessoa</i>
da Palavra (Jesus Cristo) com a <i>pessoa</i>
de Deus (o Pai)” (WALLACE <i>apud</i> MOUNCE,
2009, p. 38). Resumindo, nas Palavras de Wallace: “[...] a ordem das palavras
nos diz que Jesus Cristo tem todos os atributos divinos que o Pai possui; a
falta do artigo nos diz que Jesus Cristo não é o Pai. [...] Conforme disse
Martinho Lutero, a falta de um artigo vai contra o sabelianismo; a ordem das
palavras vai contra o arianismo” (<i>apud</i>
MOUNCE, 2009, p. 38).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Uma forma de vermos isto mais claramente nos é proposta por Wallace (<i>apud</i> MOUNCE, 2009, p. 38) através da
comparação das diferentes construções gregas tais como seguem:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="EL">κα</span><span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EL;">ὶ</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">λ</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ό</span><span lang="EL">γος</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἦ</span><span lang="EL">ν</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span> “e
a Palavra era o Deus” (i.e, o Pai; sabelianismo)</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="EL">κα</span><span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EL;">ὶ</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">λ</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ό</span><span lang="EL">γος</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἦ</span><span lang="EL">ν</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span> “e a Palavra
era um deus” (arianismo)</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 35.4pt; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="EL">κα</span><span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL;">ὶ</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">θε</span>ò<span lang="EL">ς</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἦ</span><span lang="EL">ν</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">λ</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ό</span><span lang="EL">γος</span> “e a Palavra
era Deus (fé ortodoxa)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Assim, podemos firmemente afirmar com Wallace: “<i>A construção que o evangelista escolheu para expressar esta idéia foi o
modo mais <b>conciso</b> que ele poderia
ter usado para afirmar que a Palavra era Deus e era ainda distinta do Pai</i>”
(1996, p. 269) <a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn66" name="_ftnref66" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[66]</span></span><!--[endif]--></span></a>. “Jesus Cristo é Deus e
possui todos os atributos que o Pai possui. Não é, porém, a primeira pessoa da
Trindade. Tudo isso é afirmado de modo conciso em <span lang="EL">κα</span><span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL;">ὶ</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">θε</span>ò<span lang="EL">ς</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἦ</span><span lang="EL">ν</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">λ</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ό</span><span lang="EL">γος</span>” (WALLACE <i>apud</i> MOUNCE, 2009, p. 38).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
No que diz respeito à tradução, concordamos com Wallace que, embora
creiamos que <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span> na terceira cláusula seja
qualitativo, pensamos que a mais simples e correta tradução seja: “e o Verbo
[ou a Palavra] era Deus”. “Pode ser melhor afirmar claramente o ensino neotestamentário
da deidade de Cristo e então explicar que ele <i>não</i> é o Pai, ao invés de <i>parecer</i>
ambíguo sobre sua deidade e explicar que ele é Deus, mas não é o Pai” (1996, p.
269).<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftn67" name="_ftnref67" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[67]</span></span><!--[endif]--></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">5 CONCLUSÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
A conclusão a que chegamos é a de que, embora o conceito de <i>Lógos</i> fosse comum e já bem definido no
período em que João o empregou, o apóstolo o desenvolve de modo inteiramente
novo, atribuindo-o a uma existência divina que se encarna e vive como um homem
neste mundo. Sua doutrina do <i>Lógos</i>
trabalha para revelar a natureza excepcional de Jesus, o Deus preexistente que
se faz homem e apresenta-se numa cruz como sacrifício ao Pai no lugar de
pecadores, demonstrando assim o seu amor e garantindo-lhes salvação.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Nossa exegese de João 1:1 esforçou-se para estabelecer o real sentido aplicado
pelo apóstolo ao chamar o <i>Lógos</i>
de <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span>. Esta análise
demonstrou-se consistente com o restante do ensino de João, apoiando o conceito
do, assim chamado, “quarto evangelista” de que, tomando <span lang="EL">θε</span>ó<span lang="EL">ς</span> como qualitativo, o Lógos compartilha da mesma essência do Pai,
sendo, todavia, distinto da primeira Pessoa da Trindade quanto a Sua hipóstase
(pessoa). Assim, desde o prólogo de seu Evangelho, João apresenta Jesus como
Deus, o Filho, co-eterno e co-igual ao Pai. <u><o:p></o:p></u></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Vale à pena relembrar as palavras de Lewis:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Estou tentando impedir que alguém repita a rematada
tolice dita por muitos a seu respeito: “estou disposto a aceitar Jesus como um
grande mestre da moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus.” Essa é a
única coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse somente um homem e
dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria
um lunático – no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido – ou
então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de
Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser
um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a
seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal
condescendência, dizer que ele não passava de um grande mestre humano. Ele não
nos deixou esta opção, e não quis deixá-la. (LEWIS, p. 69, 70)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
Mais do que em qualquer outro lugar da Escritura, e, todavia, em absoluto
acordo com toda ela, na narrativa de João, tanto Jesus quanto o apóstolo
reivindicam, incontestavelmente, a doutrina do Deus/homem. Jesus “era Deus”
desde o “princípio” (Jo. 1:1), “se fez carne” (Jo. 1:14), foi crucificado,
ressuscitou e apareceu para Tomé como “Senhor” e “Deus” (Jo. 20:28). </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<b>REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
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<span style="font-size: 10.0pt;">BERKHOF, L. <b>Teologia
sistemática</b>. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2002.<o:p></o:p></span></div>
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<br /></div>
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<span style="font-size: 10.0pt;">BETTENSON, H. <b>Documentos
da igreja cristã</b>. São Paulo: Aste, 2007.<o:p></o:p></span></div>
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<span style="font-size: 10.0pt;">BRUCE, F. F. <b>The
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<br /></div>
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<span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">CARSON, D. A. </span><b><span style="font-size: 10.0pt;">O Comentário
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<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
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<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">REYMOND, R. L. <b>A New Systematic Theology of the Christian
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<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">WALLACE, D. B. <b>Greek Grammar
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<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Todas as citações bíblicas, com exceção das expressamente identificadas, foram
retiradas da versão Almeida Revista e Atualizada (2 ed. Barueri: Sociedade
Bíblica do Brasil, 2009), doravante ARA.</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> No
Concílio de Nicéia (325 d.C.), “Ário, apoiado por Eusébio de Nicomédia [...] e
por uma minoria dos presentes, insistiu que Cristo não existiu desde a
eternidade, mas que começou a existir por um ato criativo de Deus antes do
tempo. Cristo era, então, de essência ou <i>substância
diferente</i> (<i>heteros</i>) <i>do</i> Pai. Pela excelência da sua vida e
por sua obediência à vontade de Deus, Cristo pôde ser considerado divino. Ário
achava, entretanto, que Cristo era um ser criado a partir do nada, subordinado
ao Pai e de essência diferente do Pai. Não era co-igual, coeterno e da mesma
substância com o Pai. Para Ário, Cristo era divino mas não era Deus” (CAIRNS,
2008, p. 114).</div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> “De acordo com os
socinianos, Cristo deve ser adorado como um homem que obteve a divindade por
sua vida superior” (CAIRNS, 2008, p. 277).</div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
“Sabélio [...] cria na noção de que só existe uma Pessoa divina, Deus Pai, que
se manifesta nas três formas, Pai, Filho e Espírito Santo. Deus, então, é uma
pessoa que se transformou no processo da história” (FERREIRA & MYATT, 2007,
p. 488).</div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
“Paulo de Samosata [...] entendia que Deus apresentou-se em três modos, mas não
existe eternamente como três pessoas. Intrinsecamente, Deus é somente uma
pessoa” (FERREIRA & MYATT, 2007, p. 488).</div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a> O
famoso grupo “Voz da Verdade”, com canções muito conhecidas e tocadas no meio
“evangélico” apresenta-se sem reservas como unicista.</div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ladd (2009, p. 358) indica a data 42 d.C., enquanto Lopes (2007, p. 83) aponta
para uma data aproximada a 50 d.C. como a da morte de Filo.</div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “So, when heaven and earth were
created, there was the Word of God, already existing in the closest association
with God and partaking of the essence of God.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">No matter how far back we may
try to push our imagination, we can never reach a point at which we could say
of the Divine Word, as Arius did, ‘There was once when he was not.’”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a> Resposta a pergunta de nº
36: “Quem é o Mediador do pacto da graça?”.</div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a> Resposta a pergunta de nº
21: “Quem é o Redentor dos escolhidos de Deus?”.</div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 10.0pt;"> A própria Confissão de fé de Westminster (Cap. III, </span><span style="font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">§ II)
professa: “</span><span style="font-size: 10.0pt;">O Filho de Deus, a Segunda
Pessoa da Trindade, sendo verdadeiro e eterno Deus, da mesma substância do Pai
e igual a ele, quando chegou o cumprimento do tempo, tomou sobre si a natureza
humana com todas as suas propriedades essenciais e enfermidades comuns, contudo
sem pecado, sendo concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da Virgem
Maria e da substância dela. As duas naturezas, inteiras, perfeitas e distintas
- a Divindade e a humanidade - foram inseparavelmente unidas em uma só pessoa,
sem conversão, composição ou confusão; essa pessoa é verdadeiro Deus e
verdadeiro homem, porém, um só Cristo, o único Mediador entre Deus e o homem.” </span><span style="font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Na Confissão
de fé Batista de 1689 (Cap. VIII, § II) encontramos exatamente a mesma
profissão, mudando apenas algumas palavras. Na confissão Belga (Artigo X)
encontramos a seguinte declaração: “</span><span style="font-size: 10.0pt;">Cremos
que Jesus Cristo, segundo sua natureza divina, é o único Filho de Deus, gerado
desde a eternidade. Ele não foi feito, nem criado - pois, assim, Ele seria uma
criatura, - mas é de igual substância do pai, co-eterno, ‘o resplendor da
glória e a expressão exata do seu Ser’ (Hebreus 1:3), igual a Ele em tudo. Ele
é o Filho de Deus, não somente desde que assumiu nossa natureza, mas desde a
eternidade, como os seguintes testemunhos nos ensinam, ao serem comparados uns
aos outros: diz que Deus criou o mundo, e o apóstolo João diz que todas as
coisas foram feitas por intermédio do Verbo que ele chama Deus. O apóstolo diz
que Deus fez o universo por seu Filho e, também, que Deus criou todas as coisas
por meio de Jesus Cristo. Segue-se necessariamente que aquele que é chamado
Deus, o Verbo, o Filho e Jesus Cristo, já existia, quando todas as coisas foram
criadas por Ele. O profeta Miquéias, portanto, diz: ‘Suas origens são desde os
tempos antigos, desde os dias da eternidade’ (Miquéias 5:2); e a carta aos Hebreus
testemunha: ‘Ele não teve princípio de dias, nem fim de existência’ (Hebreus
7:3). Assim, Ele é o verdadeiro, eterno Deus, o Todo-poderoso, a quem
invocamos, adoramos e servimos.” No Catecismo de Heidelberg (1563), de Zacarias
Ursinus e Guido de Brés, respondendo a pergunta de nº 35: “0 que você entende, quando diz
que Cristo "foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu da virgem
Maria?”(Domingo 14), lemos: “Entendo que o
eterno Filho de Deus, que é e permanece verdadeiro e eterno Deus, tornou-se
verdadeiro homem, da carne e do sangue da virgem Maria, por obra do Espírito
Santo. Assim Ele é, de fato, o descendente de Davi<sup> </sup>igual a seus
irmãos em tudo, mas sem pecado.” Por fim, a Segunda Confissão Helvética, de
Heinrich Bullinger (elaborada em 1562), no Cap. XI (“De Jesus Cristo,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem, único Salvador do mundo”) está escrito: “<b><i>Cristo
é verdadeiro Deus</i></b>. Além disso, ensinamos que o Filho de Deus, nosso
Senhor Jesus Cristo, foi, desde a eternidade, predestinado ou pré-ordenado pelo
Pai para ser o Salvador do Mundo. E cremos que ele nasceu, não somente quando
da Virgem Maria assumiu a carne, nem apenas antes que se lançassem os
fundamentos do mundo, mas antes de toda a eternidade e certamente pelo Pai, de
um modo inexprimível. [...] Portanto, quanto à sua divindade, o Filho é
co-igual e consubstancial com o Pai; verdadeiro Deus (Fil 2.11), não de nome ou
por adoção ou por qualquer dignidade, mas em substância e natureza, como disse
o apóstolo São João: “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (I João 5.20).”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Todas as citações do texto grego foram retiradas de SAYÃO, L. A. T. (Ed.). <b>Novo Testamento trilíngüe:</b> grego,
português e inglês. São Paulo: Vida Nova, 2003. </div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> Almeida
Revista e Corrigida (<b>NOVO TESTAMENTO:</b>
português inglês. Campinas: Os Gideões Internacionais, 1988).</div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Bíblia de Jerusalém (São Paulo: Sociedade Bíblica Católica Internacional e
Paulus, 1996).</div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Tradução Brasileira (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011).</div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Versão Restauração (<b>NOVO TESTAMENTO</b>.
Anaheim: Living Stream Ministry, 2008).</div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Tradução do Novo Mundo, versão de
1967 (Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc., 1967).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn19">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[19]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2000).</div>
</div>
<div id="ftn20">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref20" name="_ftn20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[20]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Nova Bíblia Viva (São Paulo: Mundo Cristão, 2011).</div>
</div>
<div id="ftn21">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref21" name="_ftn21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[21]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Bíblia alemã <i>Gute Nachricht</i> (Boa
Notícia). Tradução apresentada por Hörster (2009, p. 53).</div>
</div>
<div id="ftn22">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref22" name="_ftn22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[22]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil,
2000).</div>
</div>
<div id="ftn23">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref23" name="_ftn23" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[23]</span></span><!--[endif]--></span></a>
PETERSON, E. H. <b>A Mensagem:</b> Bíblia
na linguagem contemporânea. São Paulo: Ed. Vida, 2011.</div>
</div>
<div id="ftn24">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref24" name="_ftn24" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[24]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Biblia Textual Reina-Valera (<b>EL NUEVO
TESTAMENTO</b>. Capellades: Sociedad Bíblica Iberoamericana, 2001): “Em um
princípio era o Verbo, e o Verbo estava diante de Deus, e o Verbo era Deus”
(tradução nossa).</div>
</div>
<div id="ftn25">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref25" name="_ftn25" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[25]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 10.0pt;"> Holman Christian Standard Bible (Nashville: Holman
Bible Publishers, 2003): “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com
Deus, e a Palavra era Deus” (tradução nossa).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn26">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref26" name="_ftn26" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[26]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> King James Version (<b>THE NEW TESTAMENT OF OUR LORD AND SAVIOR
JESUS CHRIST</b>. <st1:city w:st="on"><st1:place w:st="on">Nashville</st1:place></st1:city>:
The Gideons International, 1988).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn27">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref27" name="_ftn27" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[27]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> New American Standard Bible
(Anaheim: Foundation Publications, Inc., 1995).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn28">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref28" name="_ftn28" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[28]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> New Living Translation (LAURIE, G.
[Ed.]. <b>New Believer’s Bible New
Testament:</b> first steps for new Christians. </span>Wheaton: Tyndale House
Publishers, Inc., 1996.): “No princípio a Palavra já existia. Ele estava com
Deus, e ele era Deus” (tradução nossa).</div>
</div>
<div id="ftn29">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref29" name="_ftn29" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[29]</span></span><!--[endif]--></span></a>
New World Translation [Tradução do Novo Mundo] (Brooklyn: Watchtower Bible and
Tract Society of New York, Inc., 2006): “No princípio a Palavra era, e a
Palavra estava com Deus, e a Palavra era um deus” (tradução nossa).</div>
</div>
<div id="ftn30">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref30" name="_ftn30" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[30]</span></span><!--[endif]--></span></a>
“[...] <i>cara a cara, frente a frente, o em
presencia de</i> [...] Ante define la posición <i>reflexiva</i> del Verbo” (p. 152).</div>
</div>
<div id="ftn31">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref31" name="_ftn31" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[31]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Mather e Nichols (2000, p.456) afirmam ainda que “a tradução deles [Testemunhas
de Jeová] é feita para ficar de acordo com a sua teologia, ao invés de ser o
oposto, ou seja, a Torre de Vigia submeter sua teologia às Escrituras”.</div>
</div>
<div id="ftn32">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref32" name="_ftn32" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[32]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">“The grammatical argument
that the PN here is indefinite is weak.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn33">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref33" name="_ftn33" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[33]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “Often, those who argue for such a
view (in particular, the translators of the NWT) do so on the sole basis that
the term is anarthrous”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn34">
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref34" name="_ftn34" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[34]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
<span style="font-size: 10.0pt;">Nas palavras de Countess (<i>apud</i> Wallace, 1996, p. 267): A primeira seção de João – 1:1-18 –
fornece um lúcido exemplo do dogmatismo arbitrário da NWT. </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">Θεό</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span style="font-size: 10.0pt;">ocorre oito vezes – versos 1,
2, 6, 12, 13, 18 – e possui o artigo apenas duas vezes – versos 1, 2. Todavia,
a NWT traduziu seis vezes como “Deus”, uma vez como “um deus”, e uma vez como
“o deus” (“The first section of John – 1:1-18 – furnishes a lucid exemple of
NWT arbitrary dogmatism. </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">Θεό</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">occurs eight times – verses 1,
2, 6, 12, 13, 18 – and has the article only twice – verses 1, 2. Yet NWT six
times translated ‘God,’ once ‘a god,’ and once ‘the god’”). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn35">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref35" name="_ftn35" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[35]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
referência aqui é a passagem de 2 Co 7:10a, onde lemos “<span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἡ</span>
<span lang="EL">γ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὰ</span><span lang="EL">ρ</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">κατ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὰ</span>
<span lang="EL">θε</span>ò<span lang="EL">ν</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">λ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ύ</span><span lang="EL">πη</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">μετ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ά</span><span lang="EL">νοιαν</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">ε</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἰ</span><span lang="EL">ς</span><span lang="EL"> </span><span lang="EL">σωτηρίαν</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἀ</span><span lang="EL">μεταμέλητον</span><span lang="EL"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἐ</span><span lang="EL">ργάζεται</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif";">”.</span>
A NWT produz uma tradução impossível aqui: “For sadness in a godly way makes
for repentance to salvation that is not to be regretted” (Porque a tristeza de <i>modo piedoso</i> produz arrependimento para
a salvação que não se há de deplorar). A expressão <span lang="EL">κατ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὰ</span> <span lang="EL">θε</span>ò<span lang="EL">ν</span> (segundo Deus) é traduzida arbitrariamente aqui por “de modo
piedoso” (godly way). Uma tradução literal seria: “Ela [a dor], pois, a dor
segundo Deus, desenvolve irrevogável arrependimento para a salvação” (tradução
nossa).</div>
</div>
<div id="ftn36">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref36" name="_ftn36" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[36]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> In the New Testament there are 282
occurrences of the anarthrous </span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θε</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ό</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span lang="EN-US">.
At sixteen places NWT has either a god, god, gods, or godly. Sixteen out of 282
means that the translators were faithful to <i>their</i>
translation principle only six percent of the time.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn37">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref37" name="_ftn37" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[37]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">If we expand the discussion
to other anarthrous terms in the Johannine Prologue, we notice other
inconsistencies in the NWT.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn38">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref38" name="_ftn38" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[38]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> It is interesting that the <i>New World Translation</i> renders </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span lang="EN-US">as “a god” on the simplistic grounds that it
lacks the article. This is surely an insufficient basis. Following the
“anarthrous = indefinite” principle would mean that </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἀ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ρχ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ᾗ</span><b><span style="color: red; mso-ansi-language: EN-US;"> </span></b><span lang="EN-US">should be “a beginning”
(1:1, 2), </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ζωή</span><span lang="EN-US"> should be
“a life” (1:4), </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">παρ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὰ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεο</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ῦ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span lang="EN-US">should be “from a god” (1:6), </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">Ίωάννη</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span lang="EN-US">
should be “a John” (1:6), </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεόν</span><span lang="EN-US"> should be “a god” (<st1:time hour="1" minute="18" w:st="on">1:18</st1:time>),
etc. Yet none of these other anarthrous nouns is rendered with an indefinite
article.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn39">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref39" name="_ftn39" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[39]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> One can only suspect strong
theological bias in such a translation.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn40">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref40" name="_ftn40" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[40]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Entrevista esta retirada de “[...] um panfleto escrito por Michael Van Buskirk,
intitulado <i>A Desonestidade Escolástica da
Torre de Vigia</i> (1975), no qual o autor destaca que a seita Testemunhas de
Jeová cita erroneamente os famosos eruditos gregos cristãos H. E. Dana e J. R.
Mantey” (MATHER; NICHOLS, 2000, p. 455).</div>
</div>
<div id="ftn41">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref41" name="_ftn41" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[41]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">According to <st1:city w:st="on"><st1:place w:st="on">Dixon</st1:place></st1:city>’s study, if </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span lang="EN-US"> were <i>indefinite</i>
in John 1:1, it would be the only anarthrous pre-verbal PN in John’s Gospel to
be so […] the general point is valid: The indefinite notion is the most poorly
attested for anarthrous pre-verbal predicate nominatives. Thus, grammatically
such a meaning is improbable […] the evangelist’s own theology militates
against this view, for there is an exalted Christology in the Fourth Gospel, to
the point that Jesus Christ is identified as God (cf. <st1:time hour="5" minute="23" w:st="on">5:23</st1:time>; <st1:time hour="8" minute="58" w:st="on">8:58</st1:time>;
<st1:time hour="10" minute="30" w:st="on">10:30</st1:time>; <st1:time hour="20" minute="28" w:st="on">20:28</st1:time>, etc.).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn42">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref42" name="_ftn42" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[42]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “[…] perhaps suggesting that the
Word was merely a secondary god in a pantheon of deities”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn43">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref43" name="_ftn43" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[43]</span></span><!--[endif]--></span></a> “[...]
<span lang="ES-TRAD">aceptar su defectuosa
traducci</span>ó<span lang="ES-TRAD">n es
aceptar el politeísmo. Porque de acuerdo con la TNM, en Juan 1:1, lo que Juan
afirma es que por lo menos hay dos dioses, mientras que la enseñanza
consistente de la Escritura es que sólo hay un Dios.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn44">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref44" name="_ftn44" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[44]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “Definite predicate nouns which
precede the verb usually lack the article... a predicate nominative which
precedes the verb cannot be translated as an indefinite or a ‘qualitative’ noun
solely because of the absence of the article; if the context suggests that the
predicate is definite, it should be translated as a definite noun…”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn45">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref45" name="_ftn45" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[45]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">Ραββ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ί</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">, </span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">σ</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ù </span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ε</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἶ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 9.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span lang="EL">υ</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἱ</span><span lang="EN-US">ò</span><span lang="EL">ς</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">το</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ῦ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεο</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ῦ</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">, </span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">σ</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ù </span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">βασιλε</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ù</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ε</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ἶ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> </span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">το</span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 8.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ῦ</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;"> ’</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">Ισραήλ</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">” </span><span lang="EN-US">[Rabbí, sù eî ho huiòs toû theû, sì
basileùs eî toû ’Israél]. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn46">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref46" name="_ftn46" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[46]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “From this, Colwell assumed that
definiteness of the PN could be achieved either by the article ou by a shift in
word order.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn47">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref47" name="_ftn47" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[47]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">“Na.than´a.el answered him:
‘Rabbi, you are the Son of God, you are King of Israel’” (Jo <st1:time hour="1" minute="49" w:st="on">1:49</st1:time> - NWT).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn48">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref48" name="_ftn48" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[48]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “No standard Greek lexicon offers
‘divine’ as on of the meanings of </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL">ς</span><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol;">, </span><i><span lang="EN-US">theos</span></i><span lang="EN-US">, nor does the noun become an adjective when it
‘sheds’ its article”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn49">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref49" name="_ftn49" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[49]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “If John had intended an adjectival
sense, he had an adjective (</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θε</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">î</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ος</span><span lang="EN-US">, <i>theios</i>) ready at hand” (“Se João tivesse pretendido um sentido
adjetival, ele tinha um adjetivo [</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θε</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">î</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ο</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">ς</span><span lang="EN-US">,
theios] pronto à mão”). <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn50">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref50" name="_ftn50" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[50]</span></span><!--[endif]--></span></a>
“Há uma palavra perfeitamente adequada em grego para ‘divina’ (<i>theios</i>).</div>
</div>
<div id="ftn51">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref51" name="_ftn51" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[51]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Isto é, o único de um tipo, como o sol, por exemplo. Visto não haver outro sol,
ele é o único de um tipo.</div>
</div>
<div id="ftn52">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref52" name="_ftn52" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[52]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “The vast majority of <i>definite</i> anarthrous pre-verbal predicate
nominatives are monadic, in genitive constructions, or are proper names, none
of which is true here, diminishing the likelihood of a definite </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL">ς</span><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol;"> </span><span lang="EN-US">in John 1:1c.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn53">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref53" name="_ftn53" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[53]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “Had <i>theos</i> as well as <i>logos</i>
been preceded by the article the meaning
would have been that the Word was completely identical with God, which is
impossible if the Word was also ‘with God’”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn54">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref54" name="_ftn54" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[54]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “Thus to say that </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen;">θεό</span><span lang="EL">ς</span><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol;"> </span><span lang="EN-US">in 1:1c is the same person is to say
that ‘the Word was the <i>Father</i>.’ This,
as the older grammarians and exegetes pointed out, is embryonic Sabellianism or
modalism.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn55">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref55" name="_ftn55" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[55]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “The Fourth Gospel is about the
least likely place to find modalism in the NT.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn56">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref56" name="_ftn56" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[56]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “This is not to say that in a given
context Jesus could not be identified with </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">θε</span><span lang="EN-US">ó</span><span lang="EL">ς</span><span lang="EN-US">. In John 20:28, for example, where the crescendo of the Gospel comes in
Thomas’ confession, Jesus is called </span><span style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ὁ</span> <span lang="EL">θε</span><span lang="EN-US">ó</span><span lang="EL">ς</span><span lang="EN-US">. But there is nothing in that context that would identify him with the
Father.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn57">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref57" name="_ftn57" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[57]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">“The most likely candidate
for </span><span lang="EL">θε</span><span lang="EN-US">ó</span><span lang="EL">ς</span><span lang="EN-US"> is qualitative.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn58">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref58" name="_ftn58" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[58]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">“This is true both
grammatically (for the largest proportion of pre-verbal anarthrous predicate
nominatives fall into this category) and theologically (both the theology of
the Fourth Gospel and of the NT as a whole).”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn59">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref59" name="_ftn59" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[59]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “What is meant is that the Word shared
the nature and being of God”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn60">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref60" name="_ftn60" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[60]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “Forty years after Colwell’s article appeared
in <i>JBL</i>, Philip B. Harner’s essay was
published in the same journal. Harner pointed out that ‘Colwell was almost
entirely concerned with the question whether anarthrous predicate nouns were
definite or indefinite, and he did not discuss at any length the problem of
their qualitative significance.’ This was probably due to the fact that many
older grammarians saw <i>no</i> distinction
between qualitative nouns and indefinite nouns”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn61">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref61" name="_ftn61" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[61]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “When a substantive is anarthrous, it may have
one of three forces: Indefinite, qualitative, or definite.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn62">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref62" name="_ftn62" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[62]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “[...] evidence that an anarthrous pre-verbal
PN is usually <i>qualitative</i> – not
definite nor indefinite. His findings, in general, were that 80% of Colwell’s
constructions involved qualitative nouns and only 20% involved definite nouns.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn63">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref63" name="_ftn63" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[63]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “[...] both emphasize the nature of the Word,
rather his identity. […]</span><span lang="EL">θε</span><span lang="EN-US">ó</span><span lang="EL">ς</span><span lang="EN-US"> was his nature from eternity (hence, </span><span lang="EL">ε</span><span lang="EL" style="font-family: "Tahoma","sans-serif"; mso-ansi-language: EL;">ἰ</span><span lang="EL">μ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ί</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 11.5pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"> </span><span lang="EN-US">is
used), while </span><span lang="EL">σ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ά</span><span lang="EL" style="font-family: "Sylfaen","serif"; mso-ansi-language: EL; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ρξ</span><span lang="EN-US"> was added at the incarnation (</span><span lang="EN-US">hence, </span><span lang="EL">γ</span><span style="font-family: "Sylfaen","serif"; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Sylfaen; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">ί</span><span lang="EL">νομαι</span><span lang="EL"> </span><span lang="EN-US">is used).”</span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn64">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref64" name="_ftn64" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[64]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">“[…] a term that can be applied <i>only</i> to true deity.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn65">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref65" name="_ftn65" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[65]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">“[…] with reference to angels, theologians, even a
meal!”<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn66">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref66" name="_ftn66" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[66]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">“<i>The construction the evangelist chose to express this idea was the most
<b>concise</b> way he could have stated the
Word was God and yet was distinct from the Father</i>” (itálico original).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn67">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/A%20doutrina%20do%20L%C3%B3gos%20III.doc#_ftnref67" name="_ftn67" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Batang; mso-fareast-language: PT-BR;">[67]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> “It may be better to clearly affirm
the NT teaching of the deity of Christ and then explain that he is <i>not</i> the Father, than to <i>sound</i> ambiguous on his deity and explain
that he is God but is not the Father.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-58186092553994080452012-06-14T11:52:00.000-07:002012-06-14T11:52:33.241-07:00UMA QUESTÃO DE CARÁTER: A importância da integridade na vida de um líder.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm8PWoCremmiRB0ihZwmvqAubbpshZhemQpZmxy5BkroaKNB6Up7ZEOU-YoG-bkY2QGkp5_YlhXYMeLpSX04f8d4uUKv2hkv2Px52kLlIBy2fbRjifEtP101bjpnarP42-LNoJrLvTG40/s1600/juramento_hipocrates_dedos_cruzados.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm8PWoCremmiRB0ihZwmvqAubbpshZhemQpZmxy5BkroaKNB6Up7ZEOU-YoG-bkY2QGkp5_YlhXYMeLpSX04f8d4uUKv2hkv2Px52kLlIBy2fbRjifEtP101bjpnarP42-LNoJrLvTG40/s320/juramento_hipocrates_dedos_cruzados.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
MESQUITA NETO, Nelson
Ávila (E. T. C. S.).</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b>1 INTRODUÇÃO<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 146.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 146.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 146.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Muito tem sido discutido acerca de liderança em nossos
dias. O grande número de livros e artigos escritos a respeito parece não
encontrar paralelo se comparado às décadas passadas. Um senso de insatisfação,
ao que tudo indica, estende-se desde o Planalto Central, em Brasília, até
aquela denominação eclesiástica que teve início há cinco segundos, enquanto
estas linhas eram escritas. Perspectivas acerca do que se deve esperar de um
líder, ou propostas e modelos, os mais variados, para o desenvolvimento de
lideranças “eficazes”, não param de jorrar a todo instante de editoras e
centros de treinamentos “especializados”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 146.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Aparentemente, a grande maioria dos programas
“engessados” de liderança que nos são apresentados, visa resultados
instantâneos, espelhando-se nas mais recentes percepções do mundo empresarial à
nossa volta. “Dá certo?” – revela-se a pergunta mais freqüente quando o assunto
é liderar pessoas. Questões como caráter e integridade parecem já não fazer
mais parte da discussão, sendo absolutamente dispensáveis nos programas
pragmáticos de nossa geração.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 146.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Este trabalho se propõe justamente a abordar esta
temática. Entendemos que caráter e integridade, não apenas precisam ser
discutidos, mas são fundamentais. Portanto, iniciaremos procurando estabelecer
aqueles elementos mais básicos e que não podem faltar à definição do termo
“liderança”. Em seguida, apresentaremos um panorama daquilo que nos parece ser
uma incontestável crise de integridade na liderança atual. Por fim,
trabalharemos numa proposta que, longe de ser nova, fundamenta-se nos “meios de
graça” como base para o desenvolvimento de um caráter íntegro – alicerce para
uma liderança verdadeiramente saudável.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 146.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Embora muito do que esteja escrito aqui possa ser
aplicado a uma área bem mais ampla em termos de liderança, temos nossas mentes
voltadas especialmente para o campo eclesiástico, por isso, o temor de Paulo, o
de que, “tendo pregado a outros”, não viesse ele mesmo a ser “desqualificado”
(1 Cor. 9:27) <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>, permanece
bem diante de nossos corações, e deve ser incentivo para os que se encontram à
frente do povo de Deus</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b>2 MAS, O QUE É UM LÍDER MESMO?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A primeira coisa que deveríamos considerar ao tratarmos sobre liderança é
a seguinte pergunta: “O que faz de alguém um líder?” Com isso estamos indagando
a respeito, não daquela série de qualificações exigidas de quem assume qualquer
papel específico no campo da liderança, como a presidência de uma empresa, a
diretoria de uma escola, a gerência de uma loja, o pastorado de uma igreja <i>etc.</i>, mas do quesito básico, uma espécie
de menor irredutível, constituinte de um líder.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Ferreira (2000, p. 426) declara em seu minidicionário que “líder” é um
substantivo masculino que significa “guia; chefe”, e “liderar”, um verbo
transitivo direto que pode ser tomado como “dirigir na condição de líder”, ou
“ser o primeiro em.” Em suma, portanto, um líder seria alguém à frente de
outras pessoas, presidindo-as ou conduzindo-as rumo a algum lugar ou objetivo. Isto
parece estar de acordo com a opinião de MacArthur (2009, p. 8), o qual afirma
que “um verdadeiro líder inspira seguidores.” E acrescenta: “Aquele que não tem
seguidores dificilmente pode ser chamado de líder”, visto que, em suas
palavras, “[...] liderança é <i>influência</i>”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Assim, um líder que não influencia alguém, nem inspira qualquer um a
segui-lo, logicamente não terá a quem guiar e nem sobre quem presidir, tornando,
por definição, inválida a atribuição da palavra “líder” a si mesmo, embora em
nossos dias já tenhamos escutado alguns defendendo idéias como “seja líder de
si mesmo” e outros jargões do “mercado” de auto-ajuda.<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Agora, alguém poderia questionar:
“Então, tudo que é necessário para ser um líder é influenciar pessoas e ter
seguidores?” Nossa resposta é “sim”, pois é exatamente isto que a palavra líder
significa; qualquer um nesta condição pode reivindicar o direito de chamar-se
líder. Todavia, a indagação que deve levantar-se aqui não é tanto a respeito da
distinção entre um líder e um não-líder, mas entre um líder bom e um líder
ruim. Jin Jones foi um líder extremamente persuasivo, contudo não foi um bom
líder; o fruto de seu ministério foi o acontecimento de 18 de Novembro de 1978 em
Jonestown, na Guiana, que ficou conhecido como o maior suicídio em massa dos
tempos modernos, onde 909 membros do “Templo do Povo” tiveram suas vidas
ceifadas ao seu comando. Então, o que faz de alguém um bom líder?</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Embora tenhamos usado o exemplo de Jin Jones, por ser um modelo negativo
bem extremo de um líder, não nos deteremos em casos como o dele, onde um
emaranhado de outras questões, muitas delas psicológicas, poderia ter lugar.
Nosso caso é bem mais simples, e busca avaliar uma liderança saudável em termos
de integridade, sendo esta resultante de um bom caráter.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 170.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
MacArthur declara que “o líder ideal é alguém cuja
vida e cujo caráter motivam as pessoas a seguirem seu exemplo” (2009, p. 8).
Isto é absolutamente verdade. Muitos que ocupam papéis de liderança em grandes
empresas possuem currículos invejáveis, e mesmo que consigam certo número de
resultados positivos, estão muito aquém do que poderiam obter por meio de um
simples exemplo de integridade pessoal. O problema é que “muito da ‘liderança’
do mundo não passa de manipulação das pessoas por meio de ameaças e
recompensas” (MACARTHUR, 2009, p. 8). Desta maneira, os liderados obedecem por
pura obrigação e de má vontade, estando dispostos a serem negligentes nas áreas
em que os próprios líderes apresentam-se vulneráveis. Não é incomum ouvirmos
pessoas retrucando acerca de seus superiores: “Se ele que é o maior interessado
não faz, ou não se preocupa, por que eu deveria?” Este é o reflexo claro de
alguém que não está comprometido com a causa pela falta de exemplo. Por isso,
“o melhor tipo de liderança tira sua autoridade primeiro da força de um exemplo
justo e não meramente do poder de prestígio, personalidade ou posição”
(MACARTHUR, 2009, p. 8). Uma autoridade que se alicerça sobre um caráter
íntegro que lidera pelo exemplo, chama seus liderados ao comprometimento
voluntário, ao conduzi-los a um padrão que encontram no próprio líder e não a
um padrão intangível e inalcançável, conquistando respeito, autoridade e
gerando maior produtividade. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 170.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Temos falado em liderar por
meio de exemplo, exemplo este que é reflexo de caráter e integridade pessoal, mas,
o que queremos dizer por “caráter e integridade pessoal”? Esta é uma pergunta
pertinente. MacArthur aponta para uma dificuldade por trás deste questionamento
ao afirmar: “O problema é que vivemos numa era em que a própria definição de <i>caráter</i> ficou indistinta. As pessoas
lamentam a perda de integridade em termos gerais, mas poucos têm alguma idéia
clara do que a ‘integridade’ mais requer.” Aqui tomaremos ambos os termos,
caráter e integridade, como intercambiáveis e sinônimos, apontando para uma
postura ética e moral que se fundamenta, acima de qualquer convenção social, na
eterna, imutável, autoritativa e inerrante Palavra de Deus, e busca viver de
acordo com o padrão estabelecido por esta.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 170.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Embora muito do que se tenha dito acima possa ser
aplicado à liderança de um modo geral, estamos interessados em estabelecer aqui
um padrão para o líder cristão, independente de se o seu círculo de atuação se
desenvolve na igreja ou num ambiente secular. Talvez algum líder não-cristão
possa identificar-se com o descrito, visto que por vezes mesmo aqueles que não
possuem “lei”, acabam procedendo “de conformidade com a lei”, em virtude da
“norma da lei gravada” em seus corações (Rom 2:14, 15). Porém, somente o líder
cristão tomará conscientemente as Sagradas Escrituras para abalizá-lo. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 170.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 170.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 170.25pt;">
<b>3 A CRISE DE INTEGRIDADE NA LIDERANÇA<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 170.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 170.25pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Um clamor por líderes íntegros, às vezes até inconsciente, é claramente
perceptível em nossos dias. As pessoas estão gritando por justiça diante da
grande corrupção que se tem alastrado praticamente por toda a esfera ocupada
por aqueles em posição de autoridade; embora seja bem verdade que este clamor
esteja permeado também por excessivas doses de hipocrisia, visto que os que protestam,
não raro, enquanto o fazem corrompem a si mesmos na primeira oportunidade de
benefício próprio que encontram.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
De acordo com MacArthur, “A integridade pessoal, aparentemente, não é
mais uma exigência para o ofício político” (2009, p. 15), e poderíamos estender
esta afirmação para bem mais do que apenas o âmbito político. Mas, por que tem
sido tão difícil encontrar líderes de caráter?</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
MacArthur faz uma breve análise do baixo padrão moral de nossa sociedade,
capacitando-nos a enxergar um mecanismo criado por ela mesma que milita contra
qualquer tentativa de um crescente desenvolvimento de caráter e integridade:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">A nossa é a primeira sociedade desde o decadente
império romano que regulariza a homossexualidade. Nós estamos vivendo na
primeira geração em centenas de anos que legalizou o aborto. O adultério e o
divórcio são epidêmicos. A pornografia é agora uma indústria enorme e um
empecilho principal no caráter moral da sociedade. Praticamente mais nenhum
padrão moral ou ético claro é aceito. Não é à-toa que é difícil encontrar
integridade pessoal inflexível (2009, p. 16).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
As bandeiras da pós-modernidade são a tolerância e o relativismo. O
relativismo destrói qualquer padrão moral e ético para julgamento do que quer
que seja, visto que a própria verdade, a verdade absoluta, tem sua existência
aniquilada, sendo substituída por um incontável número de opiniões, as mais
variadas, que recebem agora igualmente o <i>status</i>
de “verdade”, vago pela ausência da primeira.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A “tolerância” nos diz que se deve “1. Ser indulgente [condescendente,
complacente] para com. [Bem como] 2. Consentir tacitamente [silencioso,
calado]” (FERREIRA, 2000, p. 675). <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> Com
isso, nossos julgamentos e críticas devem restringir-se as nossas próprias
visões e “verdades”, resguardando as dos outros como plenamente válidas. Desta
maneira, o que quer que satisfaça os ímpetos de alguém, independente de quão
moralmente decadente possa parecer, como a abertura de casas para a troca de
casais, o incentivo a fornicação por meio da distribuição de preservativos à
adolescentes para “sexo seguro” e a regulamentação da prostituição como
profissão, deve ser simplesmente aceito.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Aos que se levantam em protesto, tachando-nos de radicais, e apontando
para o assassinato, o roubo, o excesso de velocidade <i>etc</i>. como crimes punidos pela lei que restringem a ação dos homens,
impedindo que os ímpetos maus de alguém sejam irrestritamente satisfeitos, indagamos
a respeito da base objetiva sobre a qual se fundamentam tais proibições. Alguns
lançarão mão da subjetiva “vontade” da maioria em detrimento da “vontade” da
minoria, mas isto despedaça completamente a propaganda pluralista do
relativismo e da tolerância, sem falar que o problema torna-se ainda maior: “Com
a crescente onda de violência e promiscuidade, o que nos garante então que a
maioria vai continuar defendendo o assassinato, o roubo, a pedofilia <i>etc.</i>, como crimes dignos de punição?” A
união homossexual era matéria absolutamente inconcebível até bem pouco tempo
atrás, porém já é regulamentada por lei em diversos lugares. O aborto já foi
defendido em campanha eleitoral pela presidenta Dilma V. Rousseff <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>, e
mesmo a regulamentação da maconha encontrou no ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> um
ferrenho defensor. Quem nos garante que o próximo passo não será a legalização
da pedofilia? Sem um alto padrão objetivo ético e moral para orientar as
relações neste mundo de pecado e morte, estaremos completamente desprotegidos.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Infelizmente, a crise não afeta apenas o ambiente extra-eclesiástico. Muitos
daqueles que se apresentam como líderes do povo de Deus, e, portanto, deveriam
ser verdadeiros estandartes para onde as pessoas neste mundo caído poderiam
olhar e encontrar o que realmente significam caráter, justiça, integridade,
santidade <i>etc</i>., são testemunhos vivos
exatamente do contrário, propagando o mesmo tipo de mentalidade mundana que
permeia toda a sociedade hodierna; abandonando o alto padrão apresentado na
Bíblia e abalizando-se pelos ditames da cultura vigente.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
MacArthur Jr. declara que “é espantoso como a maioria das igrejas
escolhem sua liderança. Elas selecionam pessoas que sejam mais bem sucedidas
nos negócios, que tenham mais para dizer, e que tenham mais dinheiro” (1991, p.
103) <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a>. Ele
acrescenta: “Um homem não deve ser um líder na igreja porque é um bem-sucedido
homem de negócios, tem habilidade inata para liderança, ou é um super vendedor.
Ele deve ser um líder porque ele é um homem de Deus. Este é o princípio da efetividade
na igreja” (1991, p. 104) <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Todavia, quão ignorado tem sido este princípio e quanto estrago tem sido
causado por fecharmos os olhos para o que a Palavra de Deus nos ensina tão
claramente em passagens como 1 Timóteo 3:1-13 e Tito 1:5-9.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Romeiro (1999) deu o seguinte título a um de seus livros: “Evangélicos em
crise: decadência doutrinária na igreja brasileira”. Este expressa bem a
realidade vivida na maior parte daquilo que hoje se chama igreja.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Neste livro, Romeiro nos apresenta a falta de discernimento do
“evangelicalismo” brasileiro, dando exemplos, ainda, de líderes eclesiásticos que
sustentam os mesmos baixos padrões morais de nossa sociedade corrompida, como
no caso de Nehemias Marien, o qual afirma “[...] ser pastor presbiteriano da
primeira igreja ecumênica do Brasil” (1999, p. 20) e defende abertamente que
“na homossexualidade se pratica o amor liberto de todas as formas de
preconceitos, numa entrega plena e sem restrições. Por isso mesmo mais puro e
sincero” (1999, pp.22, 23); alegando que “o homossexualismo é uma prática de
amor (...). [E por isso] A igreja não tem o direito de sonegar a bênção divina
a duas almas gêmeas, não necessariamente macho e fêmea, quando estas se
encontram no amor” (1999, p. 23).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Romeiro escreve que “Nehemias Marien não é o primeiro a publicar tais
abominações” (1999, p. 23), e aponta para John Shelby Spong, “bispo de uma
igreja episcopal nos Estados Unidos”, como alguém que defendera posições
semelhantes, tendo chegado mesmo a declarar “[...] sem hesitação: ‘Eu espero
ser usado por Deus para introduzir o homossexualismo na Igreja evangélica”
(1999, p. 23). Mais recentemente, pode-se falar ainda a respeito das
declarações do Pr. Ricardo Gondim <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
líder da Igreja Betesda, que chocaram o mundo evangélico ao serem interpretadas
como apoio a causa homossexual.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A crise é tão alarmante que mesmo posições como o aborto têm encontrado
guarida em círculos eclesiásticos modernos. Seu maior defensor no Brasil talvez
seja o cabeça da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Macedo, que a
despeito do título “Igreja”, é considerada pelos conservadores como uma seita
neopentecostal, embora vista pelos leigos, ou mal intencionados, como legítima comungante
do movimento evangélico.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Não bastassem todas estas coisas, ainda temos os escândalos morais, na
maioria deles envolvendo lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, crimes
dos quais foram acusados o já mencionado bispo Macedo<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a>, e
os líderes da igreja Renascer, Estevão e Sônia Hernandes <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
os quais chegaram até a ser presos nos Estados Unidos. Outros escândalos no
âmbito moral geralmente dizem respeito a casos de infidelidade conjugal, como
no famoso episódio do então Pastor presbiteriano Caio Fábio <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>, em
1999, hoje líder do “Caminho da Graça”, e do televangelista internacional Jimmy
Swaggart, o qual confessou em seu programa de televisão ter pecado, após Marvin
Gorman, também televangelista, ter entregue “[...] aos oficiais da igreja
fotografias de Jimmy Swaggart do lado de fora de um motel com uma prostituta” (CARTER
e TRULL, 2010, p. 92). O curioso nesse caso é que o próprio Gorman, durante um
processo contra Swaggart, também admitiu ter praticado “[...] um único ‘ato
imoral’ com uma mulher” (CARTER e TRULL, 2010, p. 92).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
O divórcio, já tido por natural na cultura ocidental, vem a algum tempo
conquistando espaço também nos círculos ditos “evangélicos”. Aparentemente, não
é muito difícil encontrar pastores que já estejam no segundo ou mesmo no
terceiro casamento. A prescrição de Paulo, de que o líder deve ser “esposo de
uma só mulher” (1 Tim. 3:2; Tit. 1:6), tem sido completamente relativizada. A
este respeito, Lopes (2008, p. 136) aponta para pelo menos três problemas
enfrentados pelos ministros divorciados: a) Ele expressa não saber “[...] como
pastores que enfrentam a separação, o divórcio, um novo casamento e a adaptação
à nova realidade (se tiver filhos é ainda mais difícil) encontram tranqüilidade
para pastorear, ao mesmo tempo em que vivem as angústias da crise”; b) “O
segundo ponto é o exemplo, para os filhos, se houver, e para os casais da
igreja pastoreada”, o qual, para não dizer algo pior, fica extremamente
arranhado; c) O terceiro, por fim, “[...] é a questão da autoridade. [...] Qual
a autoridade de um pastor divorciado já pela segunda ou terceira vez para
exortar os maridos da sua igreja a amar a esposa e a se sacrificar por ela?”
Questiona Lopes.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Por uma série de razões como as supracitadas, Romeiro (1999, p.18)
escreveu: “Temos hoje uma necessidade urgente de mais líderes que nos sirvam
como modelos de oração, piedade e integridade. É claro que não são todos, mas
há vários precisando muito mais de receber ministração do que em condições de
ministrar.” No mesmo tom de lamento, Fernando (2003, pp. 35, 36) declarou:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Temo que o comportamento da presente geração de
líderes cristãos seja tal que estejamos indo dar à próxima geração um exemplo
muito pobre de piedade. Se não detivermos esta tendência, poderemos ser
responsáveis por uma erupção de cinismo na geração mais jovem, onde as
doutrinas não mais são honradas porque os líderes da primeira geração não
adornaram a doutrina com vidas santas (Tit. 2:10). <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Embora este mundo não seja tão ruim quanto o potencial que ele detém, e
isto se deve aos freios da graça de Deus apenas, o abandono da Palavra de Deus
como única regra de fé e prática para a sociedade, e mesmo dentro da própria
igreja, e a inclusão de padrões humanos inferiores, tornou possível a
construção de uma cultura degradante e, conseqüentemente, a erupção de uma incontestável
crise de caráter e integridade que assolam nossa era, principalmente no que diz
respeito à liderança, a qual deveria apresentar-se como o espelho do povo que a
segue. A pergunta que se levanta então é: “O que fazer para vencer a crise?”</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b>4 NADANDO CONTRA A MARÉ<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Muitas pessoas hoje estão dispostas a admitir a crise de liderança em
nossa sociedade; são sinceros ao avaliar suas próprias falhas de caráter e
pecados pessoais, porém, sinceridade apenas não é suficiente. Lidório (2008,
p.17) afirma que “a grande diferença entre sinceridade e integridade é a
obediência. Enquanto a primeira reconhece suas falhas e erros, a segunda se
contorce incomodada por concerto e transformação. A integridade [portanto] vai
além da sinceridade”. Assim, o primeiro desafio do líder cristão é batalhar por
integridade.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
De acordo com Lidório (2008, p. 9), na Palavra de Deus, “[...] a oração
mais marcante na busca pela integridade talvez tenha sido a proferida pelo
salmista, quando clamou: ‘<i>Sonda-me, ó
Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há
em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno</i>’” (Sal. 139:23, 24).
Para ele, esta oração “[...] reconhece a nossa incapacidade de autoconhecimento
e que, portanto, precisamos de Deus para nos sondar. Reconhece também a
incapacidade humana de discernir os caminhos, ou de fazer a escolha certa entre
o caminho mau e o caminho eterno” (2008, pp. 9, 10). Lidório arremata afirmando
que “necessitamos de Deus para nos guiar.” E acrescenta: “Essa oração expressa
as áreas da vida em que a luta se trava. Não é nos palácios ou nas ruas, mas no
coração e nos pensamentos. Precisamos de Deus para nos provar. ‘Guia-me pelo
caminho eterno’ deve ser o nosso pedido a cada nova manhã” (2008, p. 10).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Tal visão vai na contra-mão do que nos é proposto na atualidade. Longe de
clamar a Deus por uma mudança em nosso caráter, que pode ser demorada e
dolorosa, as pessoas estão em busca de soluções rápidas e fáceis. “Nossa
cultura hoje está clamando por soluções pragmáticas, fórmulas confortáveis,
programas de três passos, quatro passos, ou doze passos para responder a toda
necessidade humana” (MACARTHUR, 2009, p. 10), porém, “[...] a liderança não é
tanto sobre estilo ou técnica quanto é sobre caráter” (MACARTHUR, 2009, p. 8).
MacArthur expressou esta verdade de uma outra maneira:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">[...] o caráter – não estilo, não técnica, não
metodologia, mas <i>caráter</i> – é o
verdadeiro teste bíblico em relação à liderança notável. A organização
empresarial é maravilhosa, porém o empresário sem caráter mais qualificado no
mundo não é nenhum líder genuíno. Planejamento estratégico é importante, mas se
você não tiver líderes que as pessoas seguirão, seu plano estratégico falhará.
A clareza de uma declaração proposta bem traçada é crucial, mas o verdadeiro
líder espiritual tem de ir além de esclarecer somente o foco das pessoas. O
líder autêntico é <i>um exemplo para seguir</i>
(2009, p. 11).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; tab-stops: 258.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Assim, “[...] um escravo humilde de caráter inatacável é mais
satisfatório para liderança espiritual que um magnata empresarial cuja
integridade é questionável” (MACARTHUR, 2009, p. 150). Por isso, MacArthur
afirma: “Um homem é qualificado para esta posição por causa do que ele <i>é</i>, não meramente por causa do que ele <i>faz</i>. A ênfase está sempre no caráter
mais do que na habilidade. A pureza, não a personalidade, é a questão
fundamental” (2009, p. 150).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Lidório destaca que “a integridade, bem como outras virtudes cristãs,
precisa ser construída” (2008, p. 15). Nossa pergunta, então, deve ser o que
podemos fazer para cultivarmos um caráter integro à semelhança do que
encontramos na Palavra de Deus, e que fora cabalmente exemplificado, na prática,
pela própria vida santa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo?</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Deus proveu para o Seu povo meios pelos quais podemos trabalhar nosso
caráter. Os assim chamados “meios de graça”, são, em resumo, a oração, a
Palavra e as ordenanças (ou sacramentos). Estes estão à nossa disposição e
devem ser empregados por nós.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4.1 Oração<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Embora já tenhamos falado um pouco sobre a necessidade de clamarmos a
Deus para nos sondar e apontar nossos caminhos maus, afim de que possamos ser
guiados rumo ao caminho eterno, cremos que algo mais precise ser dito a
respeito da oração.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Os afazeres da vida geralmente têm conduzido muitos líderes a
negligenciarem seus momentos de oração. Na verdade, até mesmo grandes homens de
Deus, doutores em muitas das diversas áreas do escopo teológico, quando tratam
da oração continuamente descrevem-se como pequenos aprendizes. Miller (2004, p.
25) declara que até mesmo o príncipe dos pregadores, Charles H. Spurgeon,
“[...] dono de grande experiência nessa prática, incluía-se entre os que se
sentem pouco à vontade com essa disciplina espiritual. Em determinado momento,
ele chegou a dizer: ‘Em geral, sinto-me mais insatisfeito com minhas orações do
que com qualquer outra coisa que faça’”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Declarações como esta, vindas de um homem como Spurgeon, pode nos trazer
algum conforto quando encaramos nossa própria luta com a oração, porém não
devemos transformar este conforto em licença para a passividade. O próprio
Spurgeon (2002, p. 70) declarou: “O ministro que não ora fervorosamente pela
obra que realiza, só pode ser um homem fútil e vaidoso. Age como que se
considerando auto-suficiente, e, portanto, como se não precisasse apelar para
Deus.” Em outro lugar ele exclamou: “Creio que encontraremos menos falhas no
ministério quando houver mais crentes a sós com Deus em oração” (<i>apud</i> MILLER, 2004, p. 31). Em certa
ocasião Spurgeon (<i>apud</i> MILLER, 2004,
p. 31) lamentou: “Se fôssemos mais fortes e vigorosos na oração, mais
fervorosos em nosso coração, mais virtuosos na vida, quem saberia dizer que
efeito exerceríamos sobre nossa época”. Ah, se este lamento ardesse nos
corações dos líderes de nossos dias! O próprio Senhor Jesus era constante na
prática de orações. O autor aos Hebreus diz que “nos dias da sua carne”, Jesus
ofereceu, “com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia
livrar da morte” (Heb. 5:7). Ele também foi responsável por ensinar seus
discípulos a orar (Mat. 6:9-13; Luc. 11:2-4), instruindo-os a pedir livramento
das tentações. A oração é responsável por boa parte do trabalho de lapidação de
um caráter, visto que nos coloca bem diante do Deus que é Santo, Santo e Santo.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4.2 A Palavra<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Paulo registrou: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, afim de
que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra” (2 Tim. 3:16-17). Desta maneira, a leitura da Palavra é requisito
indispensável para qualquer um que almeje crescimento espiritual, pois ela é
plenamente suficiente para o aperfeiçoamento do homem de Deus. Isto é ainda
mais imprescindível ao ministro cristão, o qual é responsável pelo ensino da
mesma.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Paulo escreveu a Timóteo que o bispo, isto é, o pastor <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
deve ser “apto a ensinar” (1 Tim. 3:2). Sanders (1985, p. 34) afirma que “mental
e espiritualmente, o líder deve <i>ter
capacidade para ensinar</i>”, e acrescenta: “Se ele [o líder] deseja ensinar,
deve primeiro tornar-se um estudioso das Escrituras.” Citando H. A. Kent,
Sanders (1985, p. 34) escreve: “Nenhum homem que se mostre incapaz de ser bem
sucedido no ensino está capacitado para a liderança espiritual”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Em sua interpretação de “apto a ensinar”, Sanders (1985, p. 34) explica
ainda que “a palavra não implica apenas na habilidade mas também em disposição
para ensinar; um desejo veemente, quase compulsivo, de compartilhar com outros
as verdades que o Espírito Santo lhe ensinou, a partir das Escrituras”.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Enquanto que a leitura diária das Escrituras o vai auxiliando a
desenvolver um caráter íntegro, sua posição como líder e expositor das
Escrituras deve pressupor seu progresso no caminho da santificação. Como
Sanders bem expressa: “O líder espiritual é responsável pelo ensino àqueles que
estão sob seus cuidados, em grau maior ou menor, e seu ensino deve ter o
suporte de uma vida inculpável” (1985, p. 34), ou seja, deve implicar em
integridade de caráter. A Palavra é o martelo do Espírito na forja de um
caráter. Pregá-la e não vivê-la é uma brutal contradição.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4.3 As ordenanças<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Na tradição protestante são consideradas ordenanças, ou sacramentos, os
dois mandamentos que Cristo nos deixou, a saber, o batismo (Mat. 28:19) e a
Santa Ceia (Luc. 22:19-20; 1 Cor. 11:23-25). No batismo somos sepultados com
Cristo em Sua morte e ressuscitamos com Ele para andarmos em novidade de vida
(Rom. 6:4). Assim, Ware (<i>In</i> WRIGHT,
2009, p. 41) declara:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt;">Uma área onde a maioria dos credobatistas e dos
pedobatistas concorda é esta: o batismo é o sinal e o selo da nova aliança,
inaugurada pela morte e ressurreição de Cristo, significando a promessa para o
batizado de que os pecados são perdoados, de que a nova vida em Cristo é
recebida, e de que Deus dá a pessoa um novo coração e a habitação do Espírito
Santo, pela fé.<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Em outras palavras, é a exteriorização de um ato operado por Deus no
interior do crente; “[...] é um sinal de fé [o aspecto subjetivo da profissão de
fé do batizando], mas, em adição, é um sinal de em quê aquela fé está confiando
[o aspecto objetivo da obra de Cristo realizada em Sua morte e na ressurreição]”
(WARE <i>in</i> WRIGHT, 2009, p. 73) <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Desta forma, os ministros e líderes cristãos deveriam trazer à mente a
realidade do batismo sempre que a tentação se apresentar buscando corromper seu
caráter, ou seja, deveriam rememorar aquilo que professaram ao batizar-se, de
que estavam crucificando seu “velho homem” (Rom. 6:6), morrendo “para o pecado”
e ressuscitando a fim de viver “para Deus” (Rom. 6:10), e a obra realizada por
Cristo em seus lugares, sobre a qual estão fundamentados seus batismos.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Do mesmo modo, a respeito da Ceia do Senhor, o Puritano Thomas Doolittle
(1630-1707) escreveu: “O fim é dado pelo qual nós devemos nos aproximar da Mesa
do Senhor: ‘Fazei isto em memória de Mim.’ Sempre que celebramos a Ceia do
Senhor, nós comemoramos a morte do Senhor” (1998, p. 4) <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Doolittle (1998, p. 4) diz ainda que “está de acordo com a mente de Cristo que
os crentes na Ceia do Senhor deveriam fazer uma aplicação particular dEle
próprio, e dos frutos de Sua morte e sofrimentos, a si mesmos.” <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Segundo ele, “Um crente poderia pegar o pão e dizer, ‘O Senhor Jesus morreu por
mim.’ E ele poderia tomar o vinho e dizer, ‘Cristo Jesus derramou seu sangue
por mim’” (DOOLITTLE, 1998, p. 4) <a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Assim, somos relembrados na ceia do grande sacrifício que Cristo fez por nós.
Cristo foi pregado numa cruz para que tivéssemos vida. Ele “foi traspassado
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos
traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isa. 53:5).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Se os sacramentos apontam para a realidade da morte e ressurreição de Cristo
e se entendemos que isto foi feito por nós e em nosso lugar, devemos viver “por
modo digno de Deus”, que nos chamou “para o seu reino e glória” (1 Tes. 2:12).
Esta é uma verdade para todos os crentes, mas principalmente para os que estão
em posição de destaque e autoridade.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>4.4 O alto padrão<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Diferentemente do que se é exigido dos que ocupam cargos de chefia na
sociedade, o padrão de liderança estabelecido na Palavra de Deus é muito
elevado. O ministro deve ser “irrepreensível” (Tit. 1:6, 7; 1 Tim. 3:2),
“marido de uma só mulher” (Tit. 1:6; 1 Tim. 3:2), deve governar “bem a própria
casa” (1 Tim. 3:4) e ter “filhos crentes” (Tit. 1:6), criados “sob disciplina,
com todo o respeito” (1 Tim. 3:4), de modo que não sejam “acusados de
dissolução”, nem sejam “insubordinados” (Tit. 1:6); o líder não deve ser “neófito”
(1 Tim. 3:6), nem “arrogante” (Tit. 1:7), nem “irascível” (Tit. 1:7), nem “dado
ao vinho” (Tit. 1:7; 1 Tim. 3:3), “nem violento” (Tit. 1:7; 1 Tim. 3:3), “nem
cobiçoso de torpe ganância” (Tit. 1:7), “antes, hospitaleiro” (Tit. 1:8; 1 Tim.
3:2), “cordato” (1 Tim. 3:3), “amigo do bem” (Tit. 1:8) e “inimigo de contendas”
(1 Tim. 3:3), “sóbrio” (Tit. 1:8; 1 Tim. 3:2), “modesto” (1 Tim. 3:2), “justo”
(Tit. 1:8), “piedoso” (Tit. 1:8), tendo “domínio de si” (Tit. 1:8) e sendo “temperante”
(1 Tim. 3:2), “apto para ensinar” (1 Tim. 3:2) e “apegado à palavra fiel, que é
segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino
como para convencer os que o contradizem” (Tit. 1:9). Talvez um resumo de tudo
isso seja o mandamento do apóstolo Paulo de que deveríamos seguir o seu exemplo
de imitar a Cristo (1 Cor. 11:1), visto que Ele, Cristo, traz em si toda a
plenitude da virtude. Por fim, o líder deve ser imitador até mesmo do próprio
Deus-Pai (Efé. 5:1).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Diante disso MacArthur indaga: “Por que esse alto padrão?” Ao que ele
mesmo responde: “Porque tudo o que os líderes são as pessoas se tornam”, visto
que “líderes espirituais estabelecem o exemplo para outros seguirem” (2009, p.
150). Lidório diz que um pastor amigo seu “[...] percebia, entre outras coisas
importantes, que nenhum homem vai além do seu caráter. E entendia o perigo de
se desenvolver uma liderança ou uma reputação sem um caráter íntegro como
fundamento” (2008, p. 15). Semelhantemente, no que diz respeito aos liderados,
MacArthur afirma: “As pessoas não subirão acima do nível espiritual da sua
liderança” (2009, p. 150). Como disse Jesus, “o discípulo não está acima do seu
mestre” (Luc. 6:40). E o profeta Oséias também declarou algo similar, “como é o
povo, assim é o sacerdote” (Osé. 4:9).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Temos visto como desenvolver um caráter íntegro através do uso dos “meios
de graça” que Deus confiou ao Seu povo, buscando o Senhor em oração, aprendendo
dEle na Palavra e trazendo à memória, através das ordenanças, aquilo que Cristo
fez por nós em Sua morte e ressurreição. Vimos ainda o alto padrão exigido
daqueles em posição de liderança, visto que estes servem de modelo aos que se
encontram sob sua influência. Precisamos, por fim, relembrar que todos nós prestaremos
contas a Deus no dia em que Ele vier julgar as nações. “Àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem
muito se confia, muito mais lhe pedirão” (Luc. 12:48). Em toda esta
crise atual, pode-se encontrar pelo menos um lado positivo. As pessoas estarão
prontas para seguir aqueles em quem elas puderem confiar, e este será,
certamente, o líder de caráter. Quão reprováveis seremos nós se, tendo esta
oportunidade nas mãos, negligenciarmos nosso dever de apresentarmo-nos como “sal e luz” (Mat. 5:13-14) diante desta geração insípida
e que anda em trevas.<b><span style="color: red;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b>5 CONCLUSÃO<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Concluímos, portanto, afirmando que se um líder quer de fato obter
resultados, deve inspirar pessoas a seguir seu exemplo, e isto só será
alcançado por meio da demonstração de um caráter íntegro em que os liderados
sentem-se à vontade para confiar. Isto se aplica à todas as áreas da liderança
e ainda mais especialmente à liderança eclesiástica, onde caráter e integridade
não são opção, mas dever.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A partir de uma perspectiva meramente humana, devemos reconhecer que
somos falhos e pecadores demais para cumprir perfeitamente as exigências da
perfeita e santa Palavra de Deus, todavia, não podemos descansar de batalhar
por santidade, fazendo uso dos maios de graça que o Senhor nos deixou, para
que, de algum modo, possamos refletir a glória daquele a quem seguimos.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A exortação de Paulo à Timóteo, o jovem líder em formação, deve ser
dirigida a nós também: “Tu, porém, ó homem de Deus, foge” de uma vida de
pecados, e “segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.
Combate o bom combate” e “guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até a
manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tim. 6:11, 12, 14). Líder,
“mantém o padrão das sãs palavras” (2 Tim. 1:13).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<o:p> </o:p><span style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
CARTER, J. E.; TRULL, J. E. <b>Ética ministerial:</b> um guia para a formação moral de líderes
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<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">DOOLITTLE,
T. <b>A treatise concerning the Lord’s
Supper</b>. Morgan: Soli Deo Gloria Publications, 1998.<o:p></o:p></span></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">FERNANDO,
A. <b>Jesus driven ministry</b>. <st1:place w:st="on">Leicester</st1:place>: Inter-Varsity Press, 2003.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
FERREIRA, A. B. H. <b>Miniaurélio
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Nova Fronteira, 2000.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
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LIDÓRIO, R. <b>Liderança
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LOPES, A. N. <b>O que
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MACARTHUR, J. <b>O livro
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ROMEIRO, P. <b>Evangélicos
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SANDERS, J. O. <b>Liderança
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SPURGEON, C. H. <b>Lições
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Publicações Evangélicas Selecionadas, 2002.</div>
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<span lang="EN-US">WRIGHT, D.
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<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Todas as citações bíblicas, com exceção das expressamente identificadas, foram
retiradas da versão Almeida Revista e Atualizada (2 ed. Barueri: Sociedade
Bíblica do Brasil, 2009), doravante ARA.</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> A
pergunta que se levanta é a seguinte: alguém que esteja lendo um livro como
“Seja líder de si mesmo” não estaria sendo liderado pelo autor ao invés de por
si mesmo? Em outras palavras, terminando a leitura alguém estaria realmente
capacitado a ser um líder de si mesmo, ou, ao seguir os conselhos de um livro
tal, as pessoas simplesmente caminhariam conforme as prescrições do autor, o
verdadeiro líder?</div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Embora o dicionário (FERREIRA, 2000) apresente um terceiro significado para
“tolerar” (p. 675) como “suportar”, ele deixa claro que este suportar (p. 654)
é num sentido de “Sustentar”, como “Segurar para que não caia; suster;
suportar” (p. 656), o que seria algo como “dar suporte a”, o que propaga a
idéia de que ser tolerante é apoiar a opinião do próximo sem exercer
julgamento.</div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> Em
sua página na internet, a redação do <b>UCHO.INFO:</b>
a marca da notícia, publicou no dia 13/02/2012: “Durante a campanha
presidencial, em 2010, Dilma defendeu a tese de que o aborto deve ser tratado
como questão de saúde pública.” Na mesma matéria, é citada uma declaração feita
em 2004 por Eleonora Menicucci de Oliveira, atual Ministra da Secretaria de
Políticas para as Mulheres, onde ela declara: “Estive também fazendo um
treinamento de aborto na Colômbia. Era nas Clínicas de Aborto. A gente aprendia
a fazer aborto.” (<i>In</i>:
<http: ministra-que-defende-o-aborto-complica-a-vida-de-fernando-haddad-e-facilita-a-de-gabriel-chalita-em-sp="" ucho.info="">,
acesso em 22/05/2012 às 15:31 hs.).</http:></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> Em
um documentário conduzido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e
exibido no programa “Fantástico”, da Rede Glogo, a apologia à legalização da
maconha ganhou audiência nacional. O “Fantástico” declara ter aberto votação
entre os telespectadores para mensurar a opinião a respeito e alega que “57%
dos telespectadores que votaram defenderam que o consumo deve ser permitido e
regulamentado.” (<i>In</i>: <http: +regulamentacao+da+maconha+e+causa+polemica.html="" 0,,mul1663389-15605,00-fernando+henrique+defende="" fant="" fantastico.globo.com="" jornalismo="">, acesso em 22/05/2012 às
15:47 hs.)</http:></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[6]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> It`s amazing how most churches
choose their leadership. They select people who are the most successful in
business, who have the most to say, and who have the most money.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[7]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> A man is not to be a leader in the
church because He is a successful businessman, has innate leadership ability,
or is a supersalesman. He is to be a leader because he is a man of God. That is
the beginning of effectiveness in the church.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[8]</span></span><!--[endif]--></span></a> Em
entrevista a <b>CARTA CAPITAL</b>, quando
perguntado se era “[...] a favor da união civil entre homossexuais”, Gondim
respondeu: “Sou a favor. O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não
podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar
as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A
comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem
de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações
homossensuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que
considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita
com a homossexualidade ou heterossexualidade.” (<i>In</i>:
<http: o-pastor-herege="" sociedade="" www.cartacapital.com.br="">, acesso em
22/05/2012 às 15:59 hs.).</http:></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[9]</span></span><!--[endif]--></span></a> De
acordo com a página na internet da emissora Rede Globo de Televisão, o G1, “O
Ministério Público Federal apresentou uma denúncia contra o bispo Edir Macedo,
da Igreja Universal do Reino de Deus, e mais três dirigentes sob acusação de
lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, falsidade
ideológica e estelionato contra fiéis para a obtenção de recursos para a
igreja.” (<i>In</i>:
<http: 09="" 2011="" g1.globo.com="" mpf-denuncia-bispo-edir-macedo-sob-acusacao-de-lavagem-de-dinheiro.html="" noticia="" sao-paulo="">,
acesso em 22/05/2012 às 16:07 hs.).</http:></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-size: 10.0pt;"> De acordo com a página na internet da emissora Rede
Globo de Televisão, o G1, “Os bispos foram presos por levarem US$ 56 mil
em dinheiro vivo para os Estados Unidos. Eles declararam às autoridades
alfandegárias que traziam US$ 10 mil, que é o limite imposto pela lei
americana. Hernandes e Sônia têm residência em Miami e outros bens nos EUA, e
respondem a processo por evasão de divisas e lavagem de dinheiro - o que
estende as investigações até aos órgãos de inteligência americanos.” (<i>In</i>:
<http: 0,,aa1413589-5598,00.html="" brasil="" g1.globo.com="" noticias="">, acesso
em 22/05/2012 às 16:14 hs.).<o:p></o:p></http:></span></div>
</div>
<div id="ftn11">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[11]</span></span><!--[endif]--></span></a>
“No início de 1999, Caio Fábio confessou um caso extraconjugal (adultério) com
a secretária com quem trabalhava desde 1983. Na época, era casado com a Alda
Maria Fernandes d'Araújo há 23 anos, mas o casamento estava abalado, agravado
por causa do Caso Dossiê Cayman” (<i>In:</i>
< http://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_F%C3%A1bio_D%27Ara%C3%BAjo_Filho>,
acesso em 22/05/2012 às 16:21). Cf. Também o artigo “A volta do pecador” de
Roberta Paixão (In: < http://veja.abril.com.br/171199/p_168.html>, acesso
em 22/05/2012 às 16:25 hs.).</div>
</div>
<div id="ftn12">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[12]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> I fear that the behavior of the
present generation of Christian leaders is such that we are going to give the
next generation a very poor example of godliness. If we do not arrest this
trend, we could be responsible for an outbreak of cynicism in the younger
generation, where doctrines are not honored anymore because the leaders of the
early generation did not adorn the doctrine with holy lives (Tit. 2:10).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn13">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[13]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Sanders (1985, p. 32) declara: “É aceito, em geral, que as duas palavras usadas
para os líderes da igreja – <i>bispos</i> e <i>presbíteros</i> – eram aplicadas a mesma
pessoa. <i>Presbítero</i> (ancião)
referia-se à sua dignidade e status, enquanto <i>bispo</i> relacionava-se à sua função, ou deveres. Em outras palavras,
uma palavra referia-se à pessoa, a outra, ao trabalho. Esta interpretação é
sustentada por passagens como Atos 20:17 e 28, em que Paulo se dirige às mesmas
pessoas, primeiro como presbíteros, e depois, como bispos. O significado atual
de <i>bispo</i> é uma transformação muito
posterior.” (Cf. também MACARTHUR JR, 1991, p. 85).</div>
</div>
<div id="ftn14">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[14]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">One area where most
credobaptists and most paedobaptists agree is this: Baptism is the sign and
seal of the new covenant, inaugurated by Christ’s death and resurrection,
signifying the promise for the one baptized that sins are forgiven, that new
life in Christ is received, and that God gives the person a new heart and the
indwelling Holy Spirit, by faith.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn15">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[15]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">[…] baptism is a sign of
faith, but it is in addition a sign of what that faith is trusting in!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn16">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[16]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> The end is given for which we
should approach the Table of the Lord: “Do this in remembrance of Me.” Whenever
we celebrate the Lord’s Supper, we commemorate the Lord’s death.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn17">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[17]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> It is according to the mind of
Christ that believers in the Lord’s Supper should make particular application of
Himself, and of the fruits of His death and sufferings, to themselves.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn18">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///E:/LIDERAN%C3%87A%20E%20INTEGRIDADE%20II.doc#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[18]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> A believer may take the bread and
say, “The Lord Jesus died for me.” And he may take the wine and say, “Christ
Jesus shed His blood for me.”<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-71247609218503029852012-03-03T10:21:00.030-08:002012-03-03T13:49:21.510-08:00Reflexões sobre a igreja contemporânea<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje76HbbiSaxs2zlVbdG5bVltbXDWjiXS_vpci2_cpVNlVTnED8LU6GW8u364aO0tcs9T9SxQOAC5erz_LoPoJOLtAc6eo0Ho6yFKhCcI-Wj5C2gQqcc9yE9GEAQNIZ_Ix1xxkmJCjediI/s1600/VENDILHOES.jpg"></a><br /><div><div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjitvnHfDMph9YYM6NHUUogbygB-4lFdcLYlTEc_tV8KnmIRVjxcLH6SROQDzr8aOpMQI1wB3rMxQ4F6awKr_9BpuA7xhL2nMZOZV84qzyZPDTlNrX-WdE3aPNAiu1gT4FiZwlwu7MupDE/s1600/VENDILHOES.jpg"><span style="font-size:130%;"><img style="margin: 0px auto 10px; width: 400px; height: 284px; text-align: center; display: block; cursor: pointer;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5715758134901259378" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjitvnHfDMph9YYM6NHUUogbygB-4lFdcLYlTEc_tV8KnmIRVjxcLH6SROQDzr8aOpMQI1wB3rMxQ4F6awKr_9BpuA7xhL2nMZOZV84qzyZPDTlNrX-WdE3aPNAiu1gT4FiZwlwu7MupDE/s400/VENDILHOES.jpg" /></span></a><br /><div><div align="justify"><br /><span style="font-size:130%;"> É algo natural em nossa época ao falarmosde idolatria, vermos pessoas se vangloriando de abandonar o catolicismo para setornar um evangélico. Não há imagens, crucifixos, velas etc. Não frequento mais missa, “conheço muitos louvores tremendos” e tenho um ministério poderoso de cura para as nações; idolatria, nunca mais, diz o neófito com dez anos de “fé”!</span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><br /> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> Em meio a tantos encontros de três dias, tantas unções e “palavras proféticas”, o indivíduo se enche de uma certeza inabalável que conhece o Senhor mais do que aquele cristão “frio” que apenas fala da bíblia, intransigente e criterioso. Nesse homem não se vê pulos, não há risos com uma pregação cheia de piadas, ele não entra na onda do cair no espírito (não acha razões bíblicas suficientemente fortes para isso), as músicas evangélicas populares de Top Ten, são, para ele, aguadas de conteúdo bíblico e doutrina fiel. É difícil encontrar alguns desses andando por aí. Eles não se encontram nas marchas para Jesus, emporcalhando a cidade e tornando o trânsito um inferno, muito menos, nós o veremos dando ibope as redes de televisão aberta, pois ninguém gosta de sua mensagem, ele é intragável!</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:130%;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> Por que isso acontece? Simples, a cultura de crentes formados em solo brasileiro é idolátrica até a alma! Sim, o evangelicalismo brasileiro é idólatra, pernicioso e doente.<br /> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> Até pouco tempo, o cristão era visto como alguém que não era aplaudido pela mídia, recebia preconceitos por cada pronunciamento seu ser acompanhado por dois ou três versículos, era um corpo estranho na sociedade, o inferno e a ira era a pregação impopular que ameaçava ao ímpio endurecido. Jesus te ama, era bem o que os pecadores queriam ouvir, mas esses homens não os ajudavam a se sentirem melhor com esses clichês. As músicas falavam sobre a espada da lei, logo, não podiam ganhar o Grammy Latino. Encharcadas de bíblia, as almas cantavam grandioso és tu, pois, meditavam nessa verdade de Genesis a Apocalipse. Nesse tempo os pastores não trocavam de carro todo ano à custa dos fiéis, mas a bíblia era ensinada completamente, ele lutava consigo mesmo durante dias estudando e orando ao Senhor por apenas um sermão. Doutrinas eram expostas, e, o coração da ovelha caída era enternecido pelas palavras de vida eterna, pela visitação pastoral e pela oração sobrecarregada de seus irmãos. A justificação pela fé e a salvação pela graça eram temas conhecidos e decorados pelas crianças, assim podiam cantar capítulos inteiros da bíblia até a sua mocidade. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span> </div><div align="justify"><br /><span style="font-size:130%;"> A prática dos cristãos modernos e populares é exatamente oposta, ideológica e moralmente, dessa antiga geração de cristãos fiéis. Negligenciam descaradamente a palavra de Deus em nome de um “tanto faz”, deixa assim mesmo ou “quem somos nós para julgarmos”? Uma geração de crentes com anos de igreja sem ter lido a bíblia toda. O culto familiar foi abandonado, e, as crianças se tornaram em depósitos de ensinamentos e cânticos mais fracos do que a pregação-teatro-jogral-ministração-unções que é feita no templo no templo domingo após domingo, campanha após campanha. O teatro usurpou a pregação e fez que a mensagem fosse mais “relevante” aos bodes, ainda que se abrisse um pouco a bíblia para falar algo, isso seria apenas para desencargo de consciência, mas não alimentava o suficiente. Embora se desconfiem que existam práticas estranhas e místicas, a ditadura do líder fundador, faz a mente preguiçosa do crente alienado, relaxada e apta a não usar o discernimento bíblico.<br /> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> A verdade é que tudo está estampado diante do mais simples crente, mas, as escamas da alienação, não permitem que a luz brilhe. Algum cantor (a) famoso se “converte”, rapidamente grava mais um cd e dá uma guinada em sua vida pública que antes estava esquecida, e, com seu testemunho, arrecada milhares de reais gastos em hotéis e cruzeiros de luxo, fazendo assim a “obra” de Deus. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span> </div><div align="justify"><br /><span style="font-size:130%;"> Se isso não é idolatria e paganismo camuflado de piedade, então, o evangelho puro e simples de Cristo, pregado e vivido pela igreja primitiva, é falso. Mas o só pensar nisso é blasfêmia! Viver segundo o que o “apóstolo” diz e não julgá-lo pela bíblia, andar amarrando tudo que é demônio inventado por aí, sem parar para examinar nas escrituras, profundamente, cada uma dessas coisas, é desprezar a Palavra da maneira mais vil e religiosa possível, é odiar a Deus com as mãos levantadas, pensado que está fazendo o bem. Fazer o que se pensa que é certo, utilizando a si mesmo como o padrão, e, não a bíblia, através do estudo diligente desta, é profanação da pior espécie. </span></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:130%;"> Que Deus tenha misericórdia dessa geração. </span></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:130%;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> Amem!</span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> Fortaleza- CE, 03 de março de 2012 </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"> Evandro C. S. Junior</span></div></div></div></div></div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-4350855912906601572011-11-04T10:59:00.001-07:002011-11-04T11:17:36.279-07:00O TEÍSMO ABERTO E AS SAGRADAS ESCRITURAS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSWnSq7tXlI6mWRrxhUM8V46dkHcQXxrkxVpueAfrze1-nXD8RiUgoOKp635nBeFt5VnNiPEyg_QXS-KxIV7cJ7Sgfij4Rxi9loMStypgdxNqDij9ItpXNBtmEqYCC5yU43lxJkX5efD8/s1600/vendado.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 345px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSWnSq7tXlI6mWRrxhUM8V46dkHcQXxrkxVpueAfrze1-nXD8RiUgoOKp635nBeFt5VnNiPEyg_QXS-KxIV7cJ7Sgfij4Rxi9loMStypgdxNqDij9ItpXNBtmEqYCC5yU43lxJkX5efD8/s400/vendado.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5671204310682273602" /></a><p class="MsoNormal" align="right" style="text-align:right;line-height:150%; background:white">MESQUITA NETO, Nelson Ávila (E. T. C. S.).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>1 INTRODUÇÃO</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> O Tesísmo Aberto, ou “Teologia Relacional”, como é conhecido no Brasil, foi motivo de acentuado debate à alguns anos, em virtude da aderência a esta corrente teológica por parte de alguns pastores que gozavam de relevante popularidade e influência. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;background:white">Embora o movimento não tenha saboreado a receptividade esperada, arrefecendo após angariar numerosas críticas das posições históricas (calvinismo e arminianismo), as quais, ainda que conflitantes, uniram-se a fim de refutar aquela, o Teísmo Aberto permanece vivo no ambiente eclesiástico e acadêmico, tendo demonstrado, principalmente em seus pronunciamentos nesta última esfera, bastante produtividade, como comprovam os livros e artigos de seus proponentes que continuam a proliferar-se ano após ano.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;background:white">Assim sendo, cremos fazer-se indispensável uma exposição, ainda que breve, de sua proposta, afim de constatarmos se esta apresenta-se como uma abordagem teológica sadia, que merece ser estudada e considerada como genuína alternativa bíblica para os temas a que se propõe responder, ou se deve ser rejeitada e combatida com intrepidez, por revelar um caráter não-bíblico e ofensivo ao Deus da Revelação.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;background:white">Principiaremos apresentando aquilo que parece ser a base sob a qual se fundamenta a visão aberta de Deus, prosseguindo através de uma síntese das principais características que compõem o ensino geral do Teísmo Aberto. A partir daí, veremos algumas proposições teológicas e filosóficas que claramente influenciaram na formulação de seu pensamento, para logo em seguida abordarmos seu desenvolvimento prático, findando com o indispensável escrutínio bíblico da matéria em questão.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>2 O TEÍSMO ABERTO E O AMOR DE DEUS: O ATRIBUTO EXALTADO</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Deus é amor! Este tem sido o maior <i>slogan</i> cristão dos nossos tempos. Sem dúvida, Deus é amor! É maravilhoso saber que entre Seus atributos encontra-se o amor. Assim como Deus é imutável (“Porque eu, o Senhor, não mudo” [Ml 3.6<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-ansi-language:PT-BR; mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>]) e Eterno (Gn 21.33; Dt 33.27; Jr 10.10), Ele “é amor” (1 jo 4.8), e por isso podemos confiar e nos alegrar na palavra que diz: “com amor eterno eu te amei”(Jr 31.3). Desde o princípio Deus era e continuará sendo pelos séculos dos séculos o “Deus de amor” (2 Cor 13.11); Ele não ama hoje e amanhã deixa de amar. Seu amor permanece inabalável a preencher os recipientes de Sua misericórdia. Ou, nas palavras de Bavinck (2001, p. 150), “Esse amor não é sujeito ao tempo e ao espaço, mas está acima tanto de um quanto de outro, e vem da eternidade para o coração dos filhos de Deus”. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Deus é perfeito e o amor é uma das perfeições de Seu caráter. Deus não pode ser mais amoroso, ou menos amoroso, pois de outra forma Ele não seria perfeito; haveria algo ainda a ser melhorado, ou acrescentado, ao Ser de Deus. Portanto, Deus ama na medida certa. Contudo, quanta confusão se tem levantado sempre que se eleva um dos atributos de Deus acima dos demais. Por exemplo: através da ênfase na Onipresença e na Imanência de Deus, chegou-se ao Panteísmo, onde Deus (um ser impessoal) e o cosmos são indistintos. Sendo assim, Deus é tudo e tudo é igualmente Deus. Do mesmo modo, através da ênfase na Transcendência divina, chegou-se ao agnosticismo, onde qualquer conhecimento acerca da Divindade torna-se plenamente impossível. Da ênfase na Onipotência e Onisciência, originou-se o Fatalismo mórbido, que coloca o homem na condição de um ser passivo e inerte, negando-lhe qualquer tipo de responsabilidades. Mesmo que seja o amor, um dos considerados mais sublimes atributos de Deus, este também não pode ser colocado acima, como gerenciador, dos demais atributos do Ser de Deus, pois todos eles coexistem igualmente. No entanto, a ênfase no amor de Deus tem sido marca registrada desta geração e tem trazido drásticas conseqüências para a igreja. O “Teísmo Aberto” é inquestionavelmente marcado por esta ênfase.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b> </b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>3 O QUE ENSINA O TEÍSMO ABERTO?</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Em síntese, o “Teísmo Aberto” (ou “Teologia Relacional”) ensina que, por amor, Deus trouxe à existência criaturas e quis relacionar-se com elas, mas, para que este relacionamento fosse verdadeiro, estas pessoas precisavam ser totalmente livres; por isso, Deus, em amor a este relacionamento, abriu mão de Sua soberania, erguendo-se do trono do universo e unindo-se aos agentes livres que criou, para juntamente com Eles construir o futuro. Deus também deixou de lado Sua Onisciência, pois, não haveria um relacionamento de fato livre se ele soubesse o que faríamos amanhã, por isso, Deus poderia saber tudo acerca do passado e do presente, mas não do futuro. Na verdade, o conceito de onisciência é redefinido por esta visão. Como expressa Pinnock, um dos maiores propagadores da visão aberta de Deus: <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;background: white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">Vemos o futuro não como totalmente estabelecido, e isto, é claro, relata os riscos que Deus encara no futuro. Nossa segurança advém, não da crença de que Deus conhece tudo exaustivamente (uma visão que questionamos biblicamente), mas da crença que ele tem a sabedoria para lidar com qualquer surpresa que se levante (<i>apud</i> REYMOND, 2011, p. 347)<span class="yiv276913422msofootnotereference">.</span></span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Este relacionamento também continuaria não sendo livre se Deus interferisse nas atitudes livres de Suas criaturas sempre que algo não saísse de acordo com Seus planos, por isso Deus mutilou Sua Onipotência, podendo tudo, mas nada fazendo sem consentimento prévio de todos os agentes livres envolvidos na situação.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>4 O TEÍSMO ABERTO E SUA ORIGEM</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> Uma boa pergunta a se fazer seria: como os proponentes desta corrente teológica chegaram a estes conceitos? Alguns de seus partidários afirmam veementemente que tais concepções são fruto de profunda reflexão filosófico-teológica, o que garantiria a originalidade da perspectiva. Na verdade, um de seus congressos no Brasil chegou a receber o tema: “Um Novo Deus no Mercado”. Contudo, uma breve retrospectiva nos mostrará que o ensino do Teísmo Aberto encontra precedentes em velhas propostas refutadas a muito pelo cristianismo histórico.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>4.1 O teísmo aberto e a filosofia grega</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">De acordo com Lopes (2008, p. 12), “Algumas das idéias da Teologia Relacional têm uma impressionante semelhança com as especulações dos filósofos gregos”, como por exemplo, “o <i>livre-arbítrio libertário</i>” que traz “a idéia de que o arbítrio humano é completamente independente de forças externas e internas e, portanto, totalmente livre em tomar decisões. Isso ocorre porque o mundo e a história são governados pelo acaso”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Há também o conceito da “<i>limitação</i> de Deus”. “Os deuses da mitologia grega, cantados na <i>Odisséia</i> e na <i>Ilíada</i> de Homero, são concebidos como seres finitos e limitados, que não governam o mundo de acordo com sua vontade, mas espreitam os homens e suas decisões, intervindo algumas vezes” (LOPES, 2008, p. 12).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Por fim, Lopes cita “o conceito de um <i>futuro aberto e indeterminado</i>” onde “encontramos a idéia de um mundo autônomo, funcionando por si mesmo, já que não havia deuses que determinassem seu curso, e visto que as decisões humanas eram imprevisíveis”. Tais idéias, como esposadas acima, “[...] podem ser encontradas em filósofos como Tales, Epicuro, Platão e Aristóteles, para mencionar alguns” (LOPES, 2008, p. 13), e mantêm plena correspondência com a visão aberta de Deus.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>4.2 O teísmo aberto e o arminianismo</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Apesar de tantas semelhanças entre os conceitos do Teísmo Aberto e da filosofia grega, para Lopes, “A maior influência na Teologia Relacional, sem dúvida é o arminianismo” (2008, p. 13). Segundo ele:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">Podemos afirmar inclusive que ela é um desenvolvimento lógico do arminianismo, ou ainda, o arminianismo levado às suas últimas consequências [...] O ponto central do arminianismo é que a salvação depende da decisão humana. É o homem, com seu livre-arbítrio, quem decide o seu futuro e, portanto, o futuro da raça humana. A salvação foi dada por Deus mas ela só é eficaz se o homem decidir aceitá-la.” (LOPES, 2008, pp. 13, 15)</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Em seu livreto “Os cinco pontos do calvinismo”, Seaton (pp. 3, 4) faz distinção entre a visão calvinista e a arminiana, relacionando os cinco pontos do arminianismo da seguinte maneira: “1. Livre-arbítrio, ou capacidade humana [...] 2. Eleição condicional [...] 3.Redenção universal, ou expiação geral [...] <st1:metricconverter productid="4.ᅠA" st="on">4. A</st1:metricconverter> obra do Espírito Santo na regeneração limitada pela vontade humana [...] 5. Cair da graça”. A este respeito, Lopes (2008, p. 15.) escreve: “A Teologia Relaconal concorda com praticamente todos os pontos da interpretação arminiana da salvação com exceção daquele que fala da presciência de Deus [eleição condicional], que Deus anteviu a escolha dos que haveriam de ser salvos”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>4.3 O teísmo aberto e o socinianismo</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">De acordo com Lopes (2008, p. 16), Socinianismo “[...] é o nome que se dá a outra corrente teológica do século XVI originada nas idéias dos italianos Lélio Socínio (1525-1562) e seu sobrinho Fausto Socínio (1539-1604)” os quais “[...] negavam em seus escritos a deidade de Cristo, Sua morte vicária na cruz e a imputação da Sua justiça aos pecadores arrependidos. Suas idéias eram tão heréticas que foram condenadas pelos católicos e pelos protestantes”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">A similaridade entre estas duas visões é justamente o trato dispensado para com a presciência divina.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">[...] Lélio e Fausto argumentaram que os calvinistas estavam, a princípio, logicamente corretos em dizer que o conhecimento que Deus tem do futuro se baseia no fato que o próprio Deus havia determinado tudo o que vai acontecer. Deus sabe as coisas que vão acontecer porque Ele mesmo determinou essas coisas. Todavia, eles prosseguiram a argumentar que os arminianos estão corretos quando dizem que é inadmissível pensar que Deus determinou tudo que vai acontecer, pois isso anula a liberdade humana. Logo, para que se possa preservar a plena liberdade do homem, é preciso negar não somente que Deus preordenou as decisões livres de agentes livres, mas também que Deus conhece de antemão quais serão tais decisões. E assim, os socinianos foram além do calvinismo e do arminianismo, negando a soberania de Deus (calvinistas) e também a Sua presciência (arminianos) [...] É exatamente esse o ensino da Teologia Relacional quanto à presciência de Deus [...] A semelhança é notável, até mesmo nos detalhes. Os socinianos diziam que a onisciência de Deus significava que Deus conhecia tudo o que era possível de ser conhecido. Como as decisões livres dos seres humanos eram impossíveis de serem conhecidas – exatamente porque eram livres – Deus não podia ter conhecimento delas. Os teólogos relacionais argumentam da mesma forma, redefinindo a onisciência de Deus de maneira similar” (LOPES, 2008, pp. 16, 17, 18.).</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">A conclusão é óbvia: “Se o homem tem livre-arbítrio e as coisas podem ser diferentes, Deus não pode ser onisciente” (CLARK, 2010, p. 52). Socinianos e Teístas Abertos preferiam resguardar a liberdade humana em detrimento da onisciência divina.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b> </b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>4.4 O teísmo aberto e a teologia do processo</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> O Teísmo Aberto também possui laços mais fortes do que gosta de admitir com a corrente teológica que atende pelo nome de Teologia do Processo.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">Existe [...] uma semelhança visível entre a relação de Deus com o tempo defendida pela Teologia Relacional e aquela da Teologia do Processo. É verdade que os teólogos relacionais criticam a Teologia do Processo; todavia, não conseguiram se distanciar o suficiente para evitar a sua influência [...] De acordo com o cristianismo clássico, o Deus eterno criou o tempo e vive fora dele. Dessa forma, ele pode contemplar simultaneamente o passado, o presente e o futuro, como se fossem janelas ou telas abertas diante dEle. A Teologia do Processo nega esse conceito e defende que a realidade está em processo de mudança constante e que Deus evolui e progride dentro dessa realidade. Os teólogos relacionais admitem que Deus vive no tempo, mas discordam que isso faça parte essencial da Sua existência. Afirmam que ele optou por viver no tempo para poder Se relacionar de forma amorosa e significativa com Suas criaturas [...] apesar das críticas à Teologia do Processo, a Teologia Relacional afirma que Deus vive dentro do tempo, sujeito ao passar do tempo e às mudanças que isso proporciona. Ao final, temos de lidar com um Deus que, à nossa semelhança, aprende e evolui com o passar do tempo e não pode saber com exatidão o que nos aguarda no futuro. (LOPES, 2008, pp. 19,20).</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Percebe-se com isso que o atributo divino da imutabilidade é completamente ignorado, prejudicando assim a perfeição da deidade, pois, como tem sustentado a ortodoxia cristã ao longo dos séculos, “Se o ser de Deus possui toda a perfeição possível, então qualquer mudança nele deve ser para a pior. Por ser imutável, não pode piorar. E por deter toda a perfeição, ele não tem necessidade de se alterar ou passar por um desenvolvimento” (CHEUNG, 2008, p. 84). Estariam os defensores da visão aberta e da teologia do processo dispostos a sustentar a idéia de que o deus a quem cultuam, em virtude de seu desenvolvimento, pode estar pior hoje do que a dois mil anos atrás? Tal possibilidade deve ser admissível em seus sistemas de pensamento. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Outra semelhança é “[...] a crítica de que a teologia cristã clássica foi influenciada por idéias da filosofia grega quanto a formulação da doutrina de Deus” (LOPES, 2008, p. 21), o que constitui grande ironia, já que o Teísmo Aberto, como supracitado, importa para seu corpo doutrinário uma gama de conceitos da visão grega. Ambas as posições, Teologia do Processo e Teísmo Aberto, defendem também:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">[...] uma reformulação da doutrina clássica a respeito de Deus. A onisciência de Deus deve ser entendida como Seu conhecimento de tudo que pode ser conhecido – menos o futuro que ainda não aconteceu. A onipotência é entendida como poder perfeito, mas Deus não tem monopólio dele. Ele tem todo o poder possível a um ser. Não que Seu poder seja ilimitado. Ele é somente o maior. Portanto, Deus nunca pode determinar um evento, ou que alguma coisa aconteça irreversivelmente. Seu poder é coercivo, nunca determinativo. Todas essas idéias são também defendidas pelos teólogos relacionais” (LOPES, 2008, pp. 21, 22).</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>5 ASPECTOS PRÁTICOS DO TEÍSMO ABERTO</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Veja o Deus de amor do Teísmo Aberto em ação. Imagine a cena: um homem viciado em crack sai pelas ruas com uma arma na mão; ele quer mais dinheiro para sustentar seu vício. Numa rua sem movimento e mal iluminada, uma jovem caminha rumo à estação de metrô. Ela se atrasou no trabalho e saiu mais tarde que o habitual. O encontro é inevitável e Deus assiste tudo. Repentinamente, o homem saca a arma. A jovem tenta fugir e ele dispara. Ela cai morta e ele vai embora com o dinheiro, encerrando assim o trágico episódio.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Segundo o Teísmo Aberto, Deus nada podia fazer, pois, se o fizesse, violaria a liberdade (livre-arbítrio) daqueles agentes livres. Deus não sabia o que aconteceria, pois haviam muitas ações livres implícitas na questão e tudo o que Deus conhece são as possibilidades. Aquilo machucou profundamente o coração de Deus e ele certamente estava torcendo para que nada de mal acontecesse, mas não havia nada que Ele pudesse fazer, senão lamentar angustiadamente. “E quanto ao propósito? Deve haver algum propósito em todo este caso lamentável.” – alguém perguntaria. O deus do Teísmo Aberto diz: “Não! Foi tudo uma fatalidade”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Bruce A. Ware (2010, pp. 13, 14), ilustrando a visão do “Teísmo Aberto” acerca do sofrimento, escreve:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">Quando a tragédia entrar em sua vida, por favor, não pense que Deus tem algo a ver com isso! Deus não deseja que a dor e o sofrimento ocorram e, quando isso acontece, ele se sente tão mal com a situação como aqueles que estão sofrendo. Não pense que, de alguma maneira, essa tragédia deva cumprir algum propósito final. É bem possível que não seja assim! O mal que Deus não deseja acontece a todo momento e, com freqüência, não serve para nenhum bom propósito. Porém, quando sobrevém a tragédia, podemos confiar que Deus está conosco e nos ajuda a reconstruir o que se perdeu. Afinal, de uma coisa temos certeza, a saber: Deus é amor. Então, embora não possa evitar que uma boa parcela de coisas ruins aconteça, ele sempre estará conosco quando elas acontecerem.</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>6 O TEÍSMO ABERTO <i>VERSUS</i> A SAGRADA ESCRITURA</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Será que a Bíblia se engana ao relatar o episódio de Atos 4.27-28? “De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com o povo de Israel nesta cidade, para conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste. Fizeram o que o teu poder e a tua vontade haviam decidido de antemão que acontecesse” (NVI).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Não lemos aqui que todo o sofrimento que sobreviera a Jesus fora determinado por Deus? Deus estava por trás de tudo isso, inclusive das ações, supostamente “livres”, dos ímpios. Como Pink (2001, p. 28) bem expressou:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">Deus sabia da crucificação do Seu Filho e a predisse muitas centenas de anos antes que Ele se encarnasse, e isso, porque, segundo o propósito divino, Ele era o Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Portanto, lemos que Ele “... foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus...” (Atos 2:23).</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">É importante destacar aqui que tal acontecimento não fora destituído de propósito, mas pelo contrário, foi por meio deste sofrimento que recebemos a salvação! <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">E o que dizer sobre o diálogo entre Deus e Ananias a respeito do apóstolo Paulo? Conforme Atos 9.15-16, lemos: “Mas o Senhor disse a Ananias: ‘Vá! Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel. Mostrarei a ele o quanto deve sofrer pelo meu nome” (NVI). Como, pela visão do “Teísmo Aberto”, responder a passagens como essas sem desrespeitar (ou até mesmo violentar) o texto bíblico? Só podemos afirmar com Ware (2010, p. 21) que:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">A visão aberta rebaixa Deus, pura e simplesmente falando. Tenta tornar mais significativa a escolha e ação humanas, a custa da própria grandeza e glória de Deus. O Deus do teísmo aberto é muito limitado, simplesmente por ser menos que o majestoso, pleno conhecedor, todo-sábio Deus da Bíblia.</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">O deus do Teísmo Aberto não sabe e não pode. Está cego quanto ao futuro. Tem a boca fechada e as mãos amarradas para não interferir nas livres escolhas (livre-arbítrio) de seus agentes livres. Está limitado pelo poder das suas criaturas.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">O Teísmo Aberto tira o controle remoto do mundo das mãos de Deus e o coloca nas mãos dos homens. É o antropocentrismo entronizado. É um deus extremamente debilitado e não o Deus das Escrituras, sobre o qual lemos: “Porque o domínio é do Senhor, e ele reina sobre as nações” (Sl 22.28); “Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz” (Sl 115.03). Sobre Sua onisciência: “[...] Eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade” (Is 46. 9,10). Eis aqui mais uma visível distinção, pois, o Deus das Escrituras “[...] reivindica para Si a presciência sobre os acontecimentos futuros, desafiando os deuses falsos (Is. 41:22)” (DAGG, 2003, p. 53), enquanto o Deus do Teísmo Aberto permanece na ignorância. Como disse C. S. Lewis (2008, p. 226): “Todos que crêem em Deus acreditam que ele sabe o que eu e você faremos amanhã”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Buscando resguardar a plena liberdade da criatura, a visão aberta de Deus acaba restringindo a liberdade do Criador. É exatamente neste ponto que o Teísmo Aberto mais uma vez se mostra deficiente, pois em lugar algum nas Escrituras lemos sobre uma criatura plenamente independente de seu Criador. Para sustentar tal coisa, Clark (2010, p. 53) afirma que a própria “[...] doutrina da criação deve ser abandonada”, pois, “Uma criação <i>ex nihilo</i> estaria completamente no controle de Deus”, visto que “Forças independentes não podem ser forças criadas, e forças criadas não podem ser independentes”. Sendo assim, mesmo a Revelação Geral é suficiente para mostrar a necessidade de um Deus Soberano e sustentador de todas as coisas (Heb. 1:3).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Reymond (2011, p. 354), por exemplo, baseado nos estudos em biometereologia de Sallie Tisdale (“<i>Weather’s Unseen Power</i>”, <i>Outside</i> [Dezembro 1995]) aponta para o fato de como o clima, o qual é mantido e determinado por Deus (Gên 8:22), pode influenciar os seres vivos, inclusive em suas decisões, e então escreve (em resposta a doutrina do livre-arbítrio sustentada por Pinnock):<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">[...] assumindo, novamente por causa do argumento apenas, que a vontade do homem seja normalmente livre, mesmo Pinnock não negará que causas desconhecidas a eles podem influenciar e mesmo forçar pessoas a escolherem um ao invés de outro curso de ação. O clima, por exemplo, – no mínimo, às vezes desconhecido para nós – afeta como sentimos, o que, por sua vez, influencia nossas escolhas. Doenças presentes em nosso corpo das quais estamos inconscientes (por exemplo, tumores cerebrais) podem nos levar, enquanto presumimos o tempo todo nossa sanidade, a tomar decisões irracionais. Os pais, muito tempo depois de mortos, através de seus ensinos e exemplos em nossos anos de formação, freqüentemente agora<b>, </b>sem que estejamos cientes disso,<b> </b>ainda exercem uma poderosa e determinante influência sobre nós em nossos anos adultos (Prov. 22:6). O problema que se levanta é este: como pode qualquer homem conhecer com certeza, quando escolhe um curso específico de ação, que era completamente livre de todas estas causações externas ou internas?<span class="yiv276913422msofootnotereference"> </span><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-ansi-language:PT-BR; mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a></span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">A este respeito, Clark (<i>apud</i> REYMOND, 2011, p. 354) declara:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">A conclusão é evidente, não é? Para sabermos que nossa vontade não é determinada por qualquer causa, devemos conhecer todas as causas possíveis no universo inteiro. Nada poderia escapar de nossas mentes. <i>Ser consciente do livre-arbítrio, portanto, requer onisciência</i>. Desde que não há consciência do livre-arbítrio: o que seus expoentes tomam como consciência do livre-arbítrio é simplesmente a inconsciência do determinismo. <a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-ansi-language:PT-BR; mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a></span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">No século XVI, Lutero travou sua própria batalha quanto à questão do livre-arbítrio. Pink (2001, p. 39) registra que “Numa de suas cartas a Erasmo, disse Lutero: ‘As tuas idéias sobre Deus são demasiado humanas”. Podemos dizer a mesmíssima coisa no que se refere à teologia sustentada pelo Teísmo Aberto.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Portanto, O deus do Teísmo Aberto só nos deixa o desespero, pois um deus que não seja o “Todo-Poderoso” que “reina” (Ap 19.6; 15.3 - ó Rei dos séculos) e conhecedor de “todas as coisas” (1 Jo 3.20 - inclusive “as coisas que ainda não sucederam” - Is 9.10]) não é digno de confiança nem tem autoridade para fazer cumprir suas promessas. “Quanto à visão aberta, só se pode dizer o seguinte: ‘O Deus deles é limitado demais!’” (WARE, 2010, p. 20).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Como Pink (2001, pp. 40, 41) escreveu, “Um <i>Deus</i> cuja vontade é impedida, cujos desígnios são frustrados, cujo propósito é derrotado, nada possui que se lhe permita chamar Deidade, e, longe de ser digno objeto de culto, só merece desprezo”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>7 CONCLUSÃO</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> Concluímos, por tudo que foi apresentado até aqui, que o Teísmo Aberto confronta as doutrinas basilares do cristianismo histórico, contradizendo o claro ensino das Escrituras e apresentando uma perspectiva acerca de Deus que está muito aquém daquela sustentada pela ortodoxia cristã.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Deus disse a Moisés: “Eu Sou o que Sou” (Ex 3.14), e é assim que devemos adorá-Lo; não tentando fazer de Deus aquilo que Ele não é ou o que queremos que Ele seja. Continua pertinente e atual a acusação de Pink de que: “Os idólatras do lado de fora da cristandade fazem “deuses” de madeira e de pedra, enquanto que os milhões de idólatras que existem dentro da cristandade fabricam um Deus extraído de suas mentes carnais” (PINK, 2001, p. 40).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Devemos atentar para o fato de que aquele que adora outros deuses, por mais amorosos que possam parecer estes outros deuses, está sujeito ao juízo do Senhor, que diz: “Certamente perecerá” (Dt 8.19), e o “profeta que tiver a presunção de falar [...] em nome de outros deuses, esse profeta morrerá” (Dt 18.20).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">“Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3). Este é o mandamento mais quebrado e o pecado mais cometido em nossa geração. O Teísmo Aberto tem sido responsável por estimular e propagar tal pecado, devendo ser rejeitado como a teologia de um outro “deus”. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b> </b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">BAVINCK, H. <b>Teologia Sistemática</b>. Santa Bárbara d’Oeste: Socep, 2001. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">CHEUNG, V. <b>Introdução à Teologia Sistemática</b>. São Paulo: Arte Editorial, 2008.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">CLARK, G. H. <b>Deus e o Mal:</b> o problema resolvido. Brasília: Editora Monergismo, 2010.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">DAGG, J. L. <b>Manual de Teologia</b>. São José dos Campos: Fiel, 2003.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">LEWIS, C. S. <b>Cristianismo Puro e Simples</b>. São Paulo: Martins Fontes, 2008.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">LOPES, A. N. <b>Teologia Relacional:</b> Suas origens, seus ensinos, suas conseqüências. São Paulo: Ed. PES, 2008.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">PINK, A. W. <b>Os Atributos de Deus</b>. <st1:place st="on"><st1:city st="on"><span lang="EN-US">São Paulo</span></st1:city></st1:place><span lang="EN-US">: Ed. PES, 2001.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"><span lang="EN-US"> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"><span lang="EN-US">REYMOND, R. L. <b>A New Systematic Theology of the Christian Faith</b>. </span>Nashiville: Thomas Nelson, 2011.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">SEATON, W. J. <b>Os Cinco Pontos do Calvinismo</b>. São Paulo: Ed. PES.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">WARE, B. A. <b>Teísmo Aberto</b>: a teologia de um deus limitado. São Paulo: Vida Nova, 2010.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <div><!--[if !supportFootnotes]--> <hr align="left" size="1" width="33%"> <!--[endif]--> <div id="ftn1"> <p class="MsoNormal" style="background:white"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span style="font-size:10.0pt">Os textos bíblicos utilizados aqui foram extraídos, em sua maioria, de <b>BÍBLIA SAGRADA</b>. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. rev. e atual. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2009. Aqueles que divergirem desta tradução serão devidamente identificados.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoFootnoteText"><o:p> </o:p></p> </div> <div id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">But assuming, again For the sake of argument only, that man’s will is <i>normally</i> free, even Pinnock will not deny that causes unknown to them can influence and even force people to choose one rather than another course of action. The weather – at least sometimes unknown to us – affects how we fell, for instance, which in turn influences our choices. Diseases present in our body of which we are unaware (for example, brain tumors) can cause us, while we presume all the while our sanity, to make irrational decisions. Parents long dead, through their teaching and example in our formative years, often now without our being aware of it, still wield a powerful determining influence upon us in our adult years (Prov. 22:6). The problem that arises is this: How can any man know for sure, when he has chosen a specific course of action, that he was completely free from all such external or internal causation?</span></p> </div> <div id="ftn3"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Desktop/O%20TE%C3%8DSMO%20ABERTO%20E%20AS%20SAGRADAS%20ESCRITURAS%20Final..doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> <span lang="EN-US">The conclusion is evident, is it not? In order to know that our wills are determined by no cause, we should have to know every possible cause in the entire universe. Nothing could escape our mind. To be conscious of free will therefore requires omniscience. Hence there is no consciousness of free will: what its exponents take as consciousness of free will is simply the unconsciousness of determinism.</span></p> </div></div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-37150789243240199822011-11-01T11:09:00.000-07:002011-11-01T11:12:25.775-07:00O MARCIONISMO E O CÂNON<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSSYPJlYqX4wRVeFJNPkqYU0TdP4WV2ns_2M-AgqsvFCR3lsfxYmduISrk1EoImBD_uBqTBND5TQWh5xMw4zQZIloPInr7YZQze_BB5hHlBfmzPVBd8lP61O4VliUvCA_gk0EWcX7PZCU/s1600/marcion.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 256px; height: 178px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSSYPJlYqX4wRVeFJNPkqYU0TdP4WV2ns_2M-AgqsvFCR3lsfxYmduISrk1EoImBD_uBqTBND5TQWh5xMw4zQZIloPInr7YZQze_BB5hHlBfmzPVBd8lP61O4VliUvCA_gk0EWcX7PZCU/s400/marcion.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5670091808403170194" /></a><p class="MsoNormal" align="right" style="text-align:right;background:white">MESQUITA NETO, Nelson Ávila (E, T. C. S.)<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="text-align:right;text-indent:35.45pt; line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b>1 INTRODUÇÃO</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent:35.45pt;line-height:150%;background:white"><b> </b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Voltaremos nossa atenção neste trabalho para o movimento cismático oriundo do segundo século que ficou conhecido como Marcionismo. Explanaremos os desafios gerados a partir das idéias de Marcião e suas conseqüências para a cristandade de então.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Principiaremos com uma apresentação das principais características do pensamento marcionita, e em seguida abordaremos o modo como a igreja reagiu diante desta nova situação.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Sabemos que de tempos em tempos velhas idéias, que a muito pareciam mortas ou adormecidas, costumam reaparecer, com maior ou menor força, travestidas de um espírito de originalidade em busca de novos adeptos. Objetivamos com o presente estudo prevenir os cristãos contemporâneos contra estes erros teológicos que, embora pareçam distantes e insustentáveis na presente era, ainda podem facilmente ser percebidos em certa medida, nos discursos de muitos líderes da atualidade.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b>2 O PENSAMENTO MARCIONITA</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">O nome Marcionismo deriva de seu fundador, Marcião (110 – 160 d. C.), ou Márciom como pode ser encontrado em alguns livros de história. Este, “[...] era filho do bispo de Sinope, na região do Ponto” (GONZÁLES, 2009, p. 98), todavia passou a sustentar uma posição teológica bem diferente da ortodoxia cristã, o que o levou a ser excomungado no ano 144 d. C.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Sobre este período, Gonzáles (2009, p. 99) escreve: “No ano 144, Márciom foi a Roma, onde conseguiu vários seguidores, e até alguns pensaram em fazê-lo bispo. Mas com o tempo, o resto dos cristãos decidiu que seus ensinos contradiziam a fé, e Márciom criou sua própria igreja, que perdurou por vários séculos”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Segundo Hägglund (2003, p. 28), a doutrina de Marcião “[...] é similar ao gnosticismo em vários pontos”, o que teria levado a sua inclusão “[...] entre os gnósticos pelos Pais Eclesiásticos”. A este respeito, Cairns (2008, p. 84) diz que “Marcião e seus seguidores parecem ter sido os mais influentes dos grupos ligados ao gnosticismo”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">No que diz respeito a seu ensino, Marcião “[...] parece ter sentido duas fortes antipatias: contra este mundo material e contra o judaísmo. Portanto, sua doutrina combina estes dois elementos” (GONZÁLES, 2009, p. 99). Conforme Cairns (2008, p. 84), “Por entender que o judaísmo era mau, odiava a Bíblia Hebraica e o Javé nela apresentado”, chegando a “[...] estabelecer um contraste radical entre o Antigo e o Novo Testamento” (GRANCONATO, 2010, p. 75).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Marcião sustentava uma visão dualista em sua teologia. Para ele, Jeová, o Deus dos hebreus, era “[...] um ser mau e vingativo, desejoso de guerras, inconstante nos sentimentos, criador da matéria, autor do mal e originador da Lei” (GRANCONATO, 2010, p. 76), tendo outros dois planos abaixo de si, onde encontravam-se os anjos e a matéria. Porém, havia ainda um Deus bom e verdadeiro, o Pai de amor revelado em Jesus, o qual ficava num plano superior ao de Jeová. Para Marcião, conforme registrado por Gonzáles:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">Foi Jeová que fez este mundo. O propósito do Pai não era que houvesse um mundo como este, com todas as suas imperfeições, mas que houvesse um mundo puramente espiritual. Mas Jeová, seja por ignorância ou por maldade, fez este mundo, e nele colocou a humanidade (2009, p. 99).</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Como seu entendimento, seguindo as concepções gnósticas, era o de que a matéria era má, ele interpretava o papel de Cristo na história da redenção como tendo sido enviado pelo Pai e manifestado como homem “[...] para abolir a Lei e os profetas, bem como todas as obras do perverso criador” (GRANCONATO, 2010, p. 76).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Citando o historiador Roque Frangiotti, Granconato (2010, p. 76) nos informa que no conceito Marcionita, Cristo teria se revestido de uma corporeidade apenas aparente, “[...] pois se assumisse a matéria ficaria sob o poder do criador maligno e não alcançaria seu alvo final que era libertar as almas de todos os homens do plano material”. Com isso, além de pregar “[...] a forma mais crua de universalismo”, pois, no conceito Marcionita, como Matos (<i>apud</i> GRANCONATO, 2010, p. 76) bem esclarece, “O Deus verdadeiro perdoa todos os pecados e assim toda a humanidade será salva”, visto que “A salvação é do espírito, não do corpo”, Marcião ainda declara abertamente seu posicionamento Docetista.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Por seus ensinamentos, ele acabou angariado a antipatia de muitos cristãos, dentre eles, alguns memoráveis, como é o caso do respeitável bispo de Esmirna, do qual se lê que “Marcião [...] certo dia, indo ao encontro de são Policarpo, lhe diz: ‘Reconhece-nos, Policarpo!’ Este respondeu a Marcião: ‘Eu reconheço, reconheço o primogênito de satanás.’ (QUINTA, 2002, p. 156).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Além de Policarpo, “Justino, particularmente, revela especial repugnância pelos ensinos desse herege, alistando-o entre os ‘ateus, ímpios, injustos e iníquos’ com quem os cristãos não tinham nenhuma comunhão”, acreditando ainda que “Marcião propagava suas doutrinas com o auxílio de demônios” (GRANCONATO, 2010, p. 75), conforme escreveu:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">Por fim, um tal Marcião, natural do Ponto, está agora mesmo ensinando seus seguidores a crer num Deus superior ao criador e, com a ajuda dos demônios, fez com que muitos, pertencentes a todo tipo de homens, proferissem blasfêmias e negassem o Deus Criador do universo, admitindo, em troca, não sabemos que outro deus, ao qual, supondo maior, se atribuem obras maiores do que àquele (JUSTINO apud GRANCONATO, 2010, p. 75).</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> Para defender sua doutrina, Marcião abandonou toda a revelação Veterotestamentária por consistir, nos moldes de sua compreensão, na palavra de um deus inferior (o Jeová dos judeus), rejeitando ainda aqueles escritos Neotestamentários que discordavam de seus ensinamentos, criando assim seu próprio Cânon, que sustentava como único Evangelho autorizado uma versão do “[...] Evangelho de Lucas (excetuando os capítulos 1 e 2, por serem judaicos demais) e as epístolas de Paulo (menos as epístolas pastorais)” (FISHER <i>In</i> COMFORT, 1998, p.106).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">No entendimento marcionita, Paulo era “[...] o único que, entre os apóstolos, havia compreendido a verdadeira mensagem de Jesus”, sendo os demais “[...] judeus demais para entendê-la” (GONZÁLES, 2009, p. 100). Marcião considerava todas as citações do Antigo Testamento encontradas em Lucas e nas cartas paulinas como tendo sido inseridas nos textos sagrados por judaizantes que “[...] tratavam de adulterar a mensagem” (GONZÁLES, 2009, p. 100).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Nas palavras de Gonzáles, outros ensinos negados por Marcião, como pode-se concluir logicamente dos já supracitados, era “[...] a criação, a encarnação e a ressurreição final” (2009, p. 100). Por ter organizado uma igreja independente, “[...] com seus bispos rivais aos da outra igreja”, Gonzáles (2009, p. 100) entende que seus ensinos, portanto, “[...] tendiam a se perpetuarem”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b>3 O ATAQUE MARCIONITA E A REAÇÃO DA IGREJA</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">A teologia de Marcião representou um dos primeiros ataques sérios a autoridade e inspiração das Sagradas Escrituras. Diferentemente dos demais grupos gnósticos, que inventavam “[...] toda uma série de seres espirituais, [...] o que Márciom propôs era muito mais simples” (GONZÁLES, 2009, p. 99), e justamente por suas doutrinas parecerem tão simples e lógicas, “[...] a propaganda marcionita dentro do resto da igreja era impressionante” (GONZÁLES, 2009, p. 100).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">É interessante notarmos que a arma utilizada pelos Pais da igreja para reagir à heresia Marcionita fora justamente a reafirmação da Palavra de Deus como única e final autoridade inerrante e infalível. <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Nenhuma Escritura é de particular interpretação: A Bíblia “toda” é “todo” o conselho de Deus e podemos chegar ao entendimento de suas partes mais obscuras comparando-as com suas partes mais claras.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Embora não houvesse ainda a preocupação em estabelecer um Cânon como “oficial” para a comunidade, os cristãos do primeiro século faziam uso dos mesmos textos bíblicos que nós hoje (somando a estes os escritos dos Pais apostólicos, que ainda hoje nos servem, embora sem a prerrogativa de inerrância e autoridade), e tinham a firme convicção de que a Verdade é preservada por Deus numa tradição pública e verificável por todos, e esta tradição é resguardada pelos bispos legitimamente instituídos por Deus, tendo sido estes ordenados mediante algum apóstolo ou outros bispos originalmente ordenados por estes mesmos apóstolos.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Quanto ao Antigo Testamento, “[...] todos, exceto os gnósticos e os marcionitas, concordavam que devia fazer parte das Escrituras” (GONZÁLES, 2009, p. 101). Ferreira e Myatt (2007, p. 130) atestam que “os livros do Antigo Testamento protestante já eram aceitos pelos judeus antes do tempo de Jesus”, e acrescentam: “A evidência dos Evangelhos apóia a noção de que o Antigo Testamento usado por Jesus era igual ao que temos hoje”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">No que diz respeito ao Novo Testamento, Ficher (<i>In</i> COMFORT, 1998, p.102) declara que “O princípio que determina o reconhecimento da autoridade dos escritos canônicos do Novo Testamento foi estabelecido dentro do próprio conteúdo desses escritos”. Ele aponta, para comprovação de sua posição, na direção das “[...] repetidas exortações para a leitura pública das mensagens apostólicas” em passagens como 1 Tessalonicenses 5:27 e Colossenses 4:16, por exemplo; e a reinvidicação autoral de comunicadores da Palavra de Deus, que facilmente se pode encontrar em textos como 1 Tessalonicenses 2:13, 1 Coríntios 14:37 e 2 Pedro 3:15-16 (FISHER <i>In</i> COMFORT, 1998, pp.102, 103).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Ferreira e Myatt nos garantem três, dentre alguns dos critérios utilizados no processo gradual de fixação do Cânon, e os dispõem da seguinte maneira: “(1) Apostolicidade. Critério que, em última instância, veio a estabelecer o cânon” (2007, p. 95), e que consistia no fato de que os textos bíblicos, para serem considerados inspirados, deveriam ter sido escritos por um apóstolo ou alguém (companheiro imediato) ligado aos apóstolos.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">“(2) Reconhecimento de sua autoridade pela igreja primitiva” (2007, p. 95). Lembrando que a idéia aqui não é a de que uma igreja (concilio) infalível determina o Cânon bíblico, e sim que uma igreja falível, que milita contra o pecado no mundo, é firmada sobre a Palavra de Deus infalível, a qual se apresenta e é reconhecida por esta. Como escreveu Sproul, “[...] a igreja não ‘criou’ o Cânon. A igreja identificou, reconheceu e se submeteu ao Cânon das Escrituras. O termo usado pela igreja em concílio foi <i>recipimus</i>, que significa: ‘nós recebemos’” (<i>apud</i> FERREIRA & MYATT, 2007, p. 129).<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Bruce (2010, p.36) também asseverou:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">Uma coisa precisa ser afirmada com toda ênfase: os livros do Novo Testamento não se tornaram escritos revestidos de autoridade para a Igreja porque foram formalmente incluídos em uma lista canônica; pelo contrário, a Igreja incluiu-os no cânon porque já os considerava divinamente inspirados, reconhecendo neles o valor inato e, em geral, a autoridade apostólica, direta ou indireta.</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Por fim, “(3) A harmonia com os livros dos quais não havia dúvidas” (FERREIRA & MYATT, 2007, p. 93). Um exemplo deste último é a epístola aos Hebreus, da qual não se sabe a autoria, mas é perfeitamente compatível com a mensagem evangélica (apostólica) do Novo Testamento.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Estes critérios foram de grande valia para os cristãos primitivos, e o reconhecimento oficial dos livros canônicos auxiliou a igreja a lidar com toda sorte de proposições teológicas que surgiram desde então.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b>CONCLUSÃO</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Concluímos, portanto, que, ao sustentar firmemente a autoridade da Palavra de Deus, os cristãos dos primeiros séculos puderam permanecer firmes nos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos, e assim manter a igreja longe dos desvios doutrinários ensinados pelo Marcionismo.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Ferreira e Myatt rejeitam como sendo errônea, “[...] A idéia de que o gnosticismo, o marcionismo e o montanismo obrigaram a igreja a fixar o cânon do Novo Testamento” (2007, p. 93). Contudo, podemos afirmar que tais movimentos contribuíram de alguma maneira para a aceleração do processo canônico, e concordar com Ficher (<i>In</i> COMFORT, 1998, p.105) quando diz que “O herético Marcião, com seu ato de definir um cânon limitado para uso próprio (c. 140 d.C.), na realidade instigou os crentes ortodoxos a se manifestarem sobre o assunto”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">Hoje, quando muitos se levantam dentro da própria igreja atacando a autoridade e inspiração das Sagradas Escrituras, como o fazem os adeptos da teologia liberal e neo-ortodoxa, ou selecionam para si uma porção de textos bíblicos que supostamente apóiam suas vãs filosofias e falsos ensinamentos, como no caso dos neopentecostais e carismáticos que constantemente se valem dos mesmos textos fora de contexto para propagarem sua mensagem de prosperidade, a fé na Palavra infalível do nosso Deus deve ser mais uma vez reafirmada para que a luz do Evangelho resplandeça em meio às trevas do evangelicalismo moderno, cada vez mais pragmático, secularizado e, conseqüentemente, apóstata.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white">É interessante recordar que nunca houve na história da igreja um concílio que tenha se reunido com o objetivo de elaborar uma comissão para investigação da canonicidade dos textos bíblicos, ainda assim, no final do séc. V já não havia qualquer dúvida acerca da inspiração dos 27 livros que compõem o Novo Testamento. Sempre, mesmo que de maneira não oficialmente organizada, existira na igreja cristã um “Padrão” (Cânon)<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Meus%20documentos/O%20MARCIONISMO%20E%20O%20C%C3%82NON.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-ansi-language:PT-BR; mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> que a guiasse e mantivesse a salvo dos falsos ensinos de satanás e seus mensageiros. Apeguemo-nos, portanto, como fizeram nossos pais espirituais no passado, a este “Padrão” (Cânon) e, frente às mentiras deste mundo corrompido e idólatra, declaremos com Agostinho (<i>apud</i> FERREIRA & MYATT, 2007, p. 91): “O que a minha Escritura diz, eu digo”. Ainda se faz pertinente ouvir o velho conselho de Paulo a Timóteo:<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size: 10pt; ">“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há <st1:personname productid="em Cristo Jesus. Toda" st="on">em Cristo Jesus. Toda</st1:personname> Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.” (2 Tim 3.14-17)</span><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent:35.45pt;line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b> </b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b> </b><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b> <o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white">BRUCE, F. F. <b>Merece Confiança o Novo Testamento?</b>. São Paulo: Vida Nova, 2010.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white">CAIRNS, E. E.<b> O Cristianismo Através dos Séculos: </b>uma história da igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 2008.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white">COMFORT, P. W (Ed.). <b>A Origem da Bíblia</b>. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="background:white">FERREIRA, F.; MYATT, A. <b>Teologia Sistemática: </b>uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white">GONZÁLES, J. L.<b> Uma História Ilustrada do Cristianismo:</b> a era dos mártires. São Paulo: Vida Nova, 2009.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white">GRANCONATO, M. <b>Eles Falaram Sobre o Inferno:</b> a doutrina da perdição eterna nos primeiros escritos cristãos. São Paulo: Arte Editorial, 2010.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white">HÄGGLUND, B. <b>História da Teologia</b>. Porto Alegre: Concórdia, 2003.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white">QUINTA, M. (Org.). <b>Padres Apostólicos. </b>Coleção Patrística. São Paulo: Paulus, 2002.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"> <o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <div><!--[if !supportFootnotes]--> <hr align="left" size="1" width="33%"> <!--[endif]--> <div id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/Administrador/Meus%20documentos/O%20MARCIONISMO%20E%20O%20C%C3%82NON.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> A palavra Cânon derivada do hebraico, <i>qenéh</i>, e do grego, <i>kanóni</i>, que podem ser traduzidas por “vara de medir, régua ou padrão.</p> </div></div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-73622745643563991162011-09-01T07:00:00.000-07:002011-09-01T07:02:36.475-07:00POLICARPO DE ESMIRNA: Vida e Pensamento<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdbkLqjMPGlSZMT_wtxxCZUla95aXfL_Tk13BqlUvCWKdaJGp4vgY_nNyVD_GL4xLm7JeD5HXjD1FWnzskkRcr7UgMCiteDEbfIPalB1xEG4-wG_cfiPA353Tvfx6mdP8qzkQGk2yKeM8/s1600/Policarpo.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 232px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdbkLqjMPGlSZMT_wtxxCZUla95aXfL_Tk13BqlUvCWKdaJGp4vgY_nNyVD_GL4xLm7JeD5HXjD1FWnzskkRcr7UgMCiteDEbfIPalB1xEG4-wG_cfiPA353Tvfx6mdP8qzkQGk2yKeM8/s400/Policarpo.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5647391077078616018" /></a><p class="MsoNormal" align="right" style="text-align:right;line-height:150%; mso-outline-level:1">MESQUITA NETO, Nelson Ávila (E. T. C. S.).<b><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;mso-outline-level: 1"><b>1 O BISPO DE ESMIRNA<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>Desde seu início, a igreja cristã esteve sob severa perseguição. Ferreira (2006, p. 23) destaca que “entre o fim do século 1.º e o começo do século 4.º, houve dez perseguições patrocinadas pelo Império Romano”. O 2.º século encontrava-se exatamente no centro deste período, e a política adotada na época para com o cristianismo era a de que “se alguém os acusava, e se negavam a abandonar sua fé, deviam ser castigados; mas se ninguém os acusava, o estado não devia empregar seus recursos para persegui-los” (GONZALES, 2009, p. 65).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Foi em meio a este momento histórico que emergiu a figura de Policarpo (c. 70-150). Como bem destacou Frangiotti (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 129), “[...] de sua infância, sua formação, sua família, ignoramos tudo”. Todavia, embora não tenhamos quaisquer detalhes destes anos de sua vida, temos algumas informações sobre a sociedade na qual se desenvolveu até chegar ao ofício de bispo em Esmirna, o que poderá nos ajudar a compreender melhor como foi formado o caráter deste grande homem.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Esmirna (hoje Izmir), localizada na Ásia Menor (atual Turquia), era uma cidade portuária a oeste de Éfeso. Sabemos que apesar de enfrentar os mesmos problemas supracitados, os cristãos possuíam ali uma igreja forte e muito respeitada. Das cartas endereçadas às sete igrejas no Livro de Apocalipse, a única a não ser encontrada em falta fora a igreja de Esmirna. Deveras, é belíssimo o testemunho a respeito desta igreja conforme descrito por João (Apocalipse 2:8-11), o qual é encerrado com a promessa: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida [...] O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>Também Inácio de Antioquia, outro a tornar-se mártir, tece grandes elogios na carta endereçada a ela<a href="file:///F:/tEOLOGIA/POLICARPO%20DE%20ESMIRNA%20-%20RESUMIDO.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Logo no início, ela é saudada como uma igreja “[...] repleta de fé e amor, à qual não falta nenhum dom”, e que é “caríssima a Deus”; Inácio ainda descreve aqueles irmãos como “sábios” e “perfeitos na fé imutável” (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 115).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Foi nessa igreja que, como escreveu Ferreira, “Policarpo foi formado, educado e feito bispo”. Todas as informações que temos a seu respeito “[...] surgem a partir de seu serviço pastoral, como bispo, à frente da comunidade” (2006, p. 24).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>Frangiotti (<i>In</i> QUINTA, 2002, pp. 129, 130) atesta que é possível reconstruir a personalidade de Policarpo a partir de alguns testemunhos fidedignos, tais como “[...] as freqüentes referências de Irineu de Lião, seu discípulo”. Segundo Frangiotti, na própria “Carta aos Filipenses”, Policarpo “[...] revela toda a sua alma, seu coração compassivo” e “sua compreensão para com os fracos”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>É importante destacar ainda uma peculiaridade acerca da ordenação de Policarpo ao episcopado da igreja em Esmirna. Segundo algumas fontes históricas, ele teria sido ordenado pelos próprios apóstolos. Ferreira (2006, p. 25) aponta para dois testemunhos importantes acerca deste fato: 1) o de Tertuliano, o qual declara que “Policarpo teria sido ordenado [...] pelas mãos do próprio apóstolo João, ‘segundo a tradição daquela igreja, do mesmo modo que a igreja de Roma afirma que Clemente fora ordenado bispo por Pedro [o Apóstolo]’”; e 2) o testemunho de Irineu, o qual menciona que Policarpo “não apenas foi discípulo dos apóstolos e viveu familiarmente com muitos dos que tinham visto o Senhor, mas foi estabelecido bispo da Ásia, na igreja de Esmirna, pelos próprios apóstolos”. A simples declaração de tal fato, ainda de acordo com Irineu, teria “[...] levado à conversão muitos dos gnósticos” em Roma, quando Policarpo ali estivera, “na época do bispado de Aniceto”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>As informações mais claras, porém, das quais dispomos concernentes a Policarpo, não dizem respeito ao modo como viveu, mas, sim, ao modo como morreu. Uma carta escrita pela igreja de Esmirna, e enviada à igreja de Filomélio, descreve em “detalhes aterradores”, como expressa Olson (2009, p. 47), o que ficou conhecido como o “Martírio de Policarpo”. Nela, lemos sobre o modo como o bispo de Esmirna foi perseguido e como, espontaneamente, se deixou capturar. Está escrito que após ser encontrado, Policarpo mandou servir uma refeição aos seus captores, solicitando apenas uma hora para orar antes de ser conduzido às autoridades (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 149).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>Diante do procônsul, Policarpo se manteve firme. Quando solicitado que declarasse “Abaixo os ateus!” (como eram chamados os cristãos por não adorarem os deuses pagãos), Policarpo olhou “[...] severamente toda a multidão de pagãos cruéis no estádio” e, apontando para eles, disse: “Abaixo os ateus!” (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 150). Incitado a amaldiçoar o Cristo, ele respondeu: “Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e ele não me fez nenhum mal. Como poderia blasfemar o meu rei que me salvou?” (<i>In</i> QUINTA, 2002, pp. 150, 151). Desprezando, assim, a ameaça de ser lançado às feras, foi sentenciado à fogueira. Antes de ser queimado, orou, bendizendo a Deus por ter sido “[...] julgado digno deste dia e desta hora, de tomar parte entre os mártires”, e do cálice de Cristo, “[...] para a ressurreição da vida eterna da alma e do corpo, na incorruptibilidade do Espírito Santo” (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 153).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>Ferreira (2006, p. 28, 29), citando Curtis, Lang & Peterson, destaca que “nos 150 anos seguinte [...], à medida que centenas de outros mártires caminharam fielmente para a morte, muitos foram fortalecidos pelos relatos do testemunho fiel do bispo de Esmirna”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;mso-outline-level: 1"><b>2 O LEGADO LITERÁRIO DE POLICARPO<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>De acordo com Frangiotti (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 132), “Policarpo teria escrito várias cartas destinadas às diversas comunidades”. Todavia, a única preservada, “parcialmente em grego e inteiramente em latim”, foi a endereçada aos filipenses. Esta carta, escrita em 110 d.C., embora simples, tem especial relevância pela proximidade de seu autor com os escritores do Novo Testamento. Cairns (2008, p. 63) afirma que Policarpo “pôde conhecer de perto a mente dos discípulos por ter sido discípulo de João”. De fato, Policarpo aponta para questões basilares do cristianismo, das quais a maioria dos Pais se desviaram naqueles dias, como é o caso de sua soteriologia fortemente marcada pela graça e não pelas obras, embora a caridade não houvesse perdido seu devido valor. Logo no início de sua carta ele escreve: “E vós sabeis que é pela graça que fostes salvos, não pelas obras, mas pela vontade de Deus, por meio de Jesus Cristo” (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 139).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>Policarpo faz grande uso do Novo Testamento, tendo-o em posição igual ao Antigo, apontando freqüentemente para as epístolas paulinas. Cairns alista 60 citações do N. T. na Carta do bispo de Esmirna aos filipenses, sendo 34 destas dos escritos de Paulo (2008, p. 34). Segundo Ferreira (2006, p. 26), ele também “estava familiarizado com [...] o evangelho de Mateus, além de citar 1 Pedro, 1 João e Atos”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>Policarpo se preocupa em defender a encarnação, morte e ressurreição de Cristo, provavelmente refutando algum perigo das heresias docetistas e gnósticas (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 143, 144, 151). Para ele, o sacrifício de Jesus foi substitutivo (vicário). “Cristo Jesus [...] carregou nossos pecados em seu próprio corpo sobre o madeiro” (<i>In</i> QUINTA., 2002, p. 143, 144).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Ainda tratando da carta aos Filipenses, Granconato (2010, p. 87), em concordância com o pensamento de Héber Carlos de Campos, atesta que “pode-se facilmente detectar o embrião de uma doutrina que [...] desenvolveu-se ao longo dos séculos”, sendo incluída “em versões posteriores do Credo Apostólico (a partir do século IV)”, figurando no “[...] Credo de Atanásio (séculos V e VI)”, chegando mesmo a tornar-se “[...] afirmação credal comum nos diversos documentos da igreja, especialmente a partir do século VII”, a saber, “a doutrina de que, entre seu sepultamento e ressurreição, Cristo desceu a um lugar chamado Hades a fim de completar ali sua obra de salvação”. Todavia, não poderia deixar-se de mencionar que, em sua carta, ele não chega a desenvolver “[...] os contornos exatos do seu pensamento sobre a descida de Cristo ao Hades” (GRANCONATO, 2010, p. 88).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Voltando olhos agora para a narrativa de seu suplício, parece ser possível inferir uma firme concepção da doutrina da Trindade; isto é evidenciado em sua oração final diante da sentença à fogueira, onde confere glória ao Pai, com Jesus Cristo [o Filho] e o Espírito, “[...] agora e pelos séculos futuros. Amém” (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 153). <span> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span><span> </span>A intenção principal, entretanto, de sua carta é fortalecer os irmãos em meio às perseguições, exortando-os a que vivam vidas santas, castas e que glorifiquem a Deus; instruindo-os a respeitarem as autoridades constituídas, tais como os presbíteros e os diáconos, na realidade eclesiástica, e “[...] os reis, autoridades e príncipes”, na esfera civil, pelos quais deveriam orar sempre (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 146).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span> </span>Policarpo não nos deixou um legado literário muito extenso, mas seu exemplo de fé e ortodoxia continua a fortalecer cristãos, incentivando-os a andar com o Senhor até os dias de hoje, lembrando sempre que “se sofrermos por causa do seu nome, o glorificaremos” (<i>In</i> QUINTA, 2002, p. 144).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;mso-outline-level:1;tab-stops:125.25pt center 220.95pt"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%">CAIRNS, E. E. <b>O Cristianismo Através dos Séculos:</b> uma história da igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 2ª Edição, 2008.</p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;mso-outline-level:1">FERREIRA, F. <b>Gigantes da Fé</b>. São Paulo: Editora Vida, 2006.</p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%">GRANCONATO, M. <b>Eles Falaram Sobre O Inferno:</b> a doutrina da perdição eterna nos primeiros escritos cristãos. São Paulo: Arte Editorial, 2010.</p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%">QUINTA, M. (Org.). <b>Padres Apostólicos. </b>Coleção Patrística. São Paulo: Paulus, 3ª Edição, 2002.</p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%">GONZALES, J. <b>Uma História Ilustrada do Cristianismo:</b> a era dos mártires. São Paulo: Vida Nova, 2009.</p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%">OLSON, R. <b>História Da Teologia Cristã:</b> 2.000 anos de tradição e reformas. São Paulo: Vida, 2009.</p> <div><!--[if !supportFootnotes]-->
<br /> <hr align="left" size="1" width="33%"> <!--[endif]--> <div id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText"><a href="file:///F:/tEOLOGIA/POLICARPO%20DE%20ESMIRNA%20-%20RESUMIDO.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> “Inácio escreveu às igrejas a maioria das suas cartas” (OLSON, 2009, p. 47), todavia, uma foi também dirigida ao próprio Policarpo, quando aquele era ainda jovem.</p> </div></div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-39796424215222904072011-07-27T04:56:00.000-07:002011-07-27T05:02:11.518-07:00Visões do Céu, um Teste de Caráter<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQT_NhU7e1KUeu6NH3ejX-7AciCXeWopYmy8Y1jmEe7_VeBA-zfj4m7DmZCBg_T5jkxV4R5UFZdYY-RjGbEjWuse5Bl_x4ByfWzxevH7pCTaLHijU623JXB05v1kPIU7ixPn-aG3T829I/s1600/owen.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 215px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQT_NhU7e1KUeu6NH3ejX-7AciCXeWopYmy8Y1jmEe7_VeBA-zfj4m7DmZCBg_T5jkxV4R5UFZdYY-RjGbEjWuse5Bl_x4ByfWzxevH7pCTaLHijU623JXB05v1kPIU7ixPn-aG3T829I/s400/owen.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5634000968753343298" /></a><div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" ><u><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center">Por John Owen</p></u></span></div><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">Podemos examinar desta forma tanto as nossas próprias noções do estado de glória como nossas preparações para ele, e se estamos, em qualquer medida, “participando da herança dos santos na luz”. Vários são os pensamentos dos homens a respeito do estado futuro, - as coisas que não são vistas, as quais são eternas. Alguns não vão além de esperanças de escapar do inferno, ou das misérias sem fim, quando morrerem. Mesmo os pagãos tinham seus campos Elíseos, e Maomé o seu paraíso sensual. Outros têm apreensões de não sei que tipo de glória reluzente, que os agradará e satisfará, de uma maneira que eles não sabem como, quando não puderem mais estar aqui. Mas este estado é de uma natureza completamente diferente, e sua bem-aventurança é espiritual e intelectual. Tome um exemplo de uma das coisas antes descritas. A glória do Céu consiste na plena manifestação da sabedoria, bondade, graça e santidade divina, - de todas as propriedades da natureza de Deus <st1:personname productid="em Cristo. Na" st="on">em Cristo. Na</st1:personname> clara percepção e constante contemplação disto, consiste grande parte da eterna bem-aventurança. Quais, então, são os nossos presentes pensamentos acerca destas coisas? Que alegria, que satisfação temos em vista delas, as quais temos pela fé através da revelação divina? Qual o nosso desejo de vir a compreendê-las perfeitamente? O quanto gostamos deste Céu? O que encontramos em nós mesmos que será eternamente satisfeito com isto? De acordo com os nossos desejos que estão por trás disto, assim, e de nenhum outro modo, são os nossos desejos do verdadeiro Céu, - De modo algum Deus nos levará ao céu, quer queiramos ou não, se, pela ignorância e escuridão das nossas mentes, - se, pelo mundanismo e sensualidade de nossas afeições, - se, pela plenitude do mundo e suas ocasiões, - se, por amor a vida e nossos prazeres presentes, somos estranhos a estas coisas, não estamos familiarizados com elas, não temos muito tempo diante delas, - não estamos no caminho rumo à sua apreciação. A presente satisfação que recebemos nelas pela fé, é a melhor evidência que temos de um interesse irrevogável nelas. Quanta tolice é perder os primeiros frutos dessas coisas em nossas próprias almas, - aquelas entradas na bem-aventurança, as quais a contemplação delas pela fé abriria para nós, - e arriscar nossa alegria eterna nelas, por uma busca ansiosa de um interesse por coisas que vão perecendo aqui embaixo! Isto, isto sim é o que arruína as almas da maioria, e mantêm a fé de muitos em uma maré tão baixa que é difícil descobrir qualquer obra dela.</span><div><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">________________</span></div><div><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA"><p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:13.5pt"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Arial;color:black"><br /></span></p><p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:13.5pt"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Arial;color:black">Este texto foi publicado com a autorização de Len Hardison, Diretor de Desenvolvimento do <i>Third Millennium Ministries</i>. Agradecemos a forma carinhosa com que acolheu nossa petição. Deus abençoe este ministério!<u1:p></u1:p></span><span style="font-size:10.0pt;font-family:Arial;color:#444444"><o:p></o:p></span></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:13.5pt"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Arial;color:black"><u1:p></u1:p><br /></span></p><p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:13.5pt"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Arial;color:#444444"><o:p></o:p></span></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:13.5pt"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Arial;color:black">Tradução de Nelson Ávila; publicado originalmente com o título “</span><b><span style="font-size: 10.0pt;font-family:Arial;color:#333333">Views of Heaven a Test of Character</span></b><span style="font-size:10.0pt;font-family:Arial;color:black">”, na<span class="apple-converted-space"> </span><i>RPM Magazine</i>, no site da<span class="apple-converted-space"> </span><i>Third Millennium Ministries:<u1:p></u1:p></i></span><span style="font-size:10.0pt;font-family:Arial;color:#444444"><o:p></o:p></span></p> <p align="center" style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:center; line-height:13.5pt"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt;font-family:Arial; color:#444444;mso-ansi-language:EN-US"><u1:p></u1:p><a href="http://old.thirdmill.org/magazine/current.asp/category/current/site/iiim"><span lang="PT-BR" style="color:#3778CD;mso-ansi-language:PT-BR">http://old.thirdmill.org/magazine/current.asp/category/current/site/iiim</span></a></span><span style="font-size:10.0pt;font-family:Arial;color:#444444"><u1:p></u1:p><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <u1:p></u1:p><u1:p></u1:p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <div align="center"> <table class="MsoNormalTable" border="1" cellspacing="0" cellpadding="0" style="border-collapse:collapse;border:none;mso-border-alt:outset windowtext .25pt; mso-padding-alt:0cm 0cm 0cm 0cm"> <tbody><tr style="mso-yfti-irow:0;mso-yfti-firstrow:yes;mso-yfti-lastrow:yes"> <td valign="bottom" style="border:inset 1.0pt;mso-border-alt:inset windowtext .25pt; padding:0cm 0cm 0cm 0cm"> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt">Este artigo é fornecido como um ministério de<span class="apple-converted-space"> </span><i><span style="border:none windowtext 1.0pt;mso-border-alt:none windowtext 0cm; padding:0cm"><a href="http://thirdmill.org/"><span style="color:#A82222">Third Millennium Ministries</span></a></span></i><span class="apple-converted-space"> </span>(IIIM). Se você possui alguma pergunta sobre este artigo, por favor<span class="apple-converted-space"> envie um </span><a href="mailto:rpm@thirdmill.org?subject=RPM:%20Views%20of%20Heaven%20a%20Test%20of%20Character,%20Owen"><span style="color:#A82222;border:none windowtext 1.0pt;mso-border-alt:none windowtext 0cm; padding:0cm">email</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>ao nosso Editor Teológico. Se você quiser discutir este artigo em nossa comunidade online, por favor visite nosso<span class="apple-converted-space"> </span><i><span style="border:none windowtext 1.0pt;mso-border-alt:none windowtext 0cm; padding:0cm"><a href="http://p210.ezboard.com/fthirdmillennium49091frm52"><span style="color:#A82222">RPM Forum</span></a></span></i>.<o:p></o:p></span></p> </td> </tr> </tbody></table> </div> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:15.0pt; vertical-align:baseline"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Lucida Sans Unicode"; color:black"><o:p> </o:p></span></p> <div align="center"> <table class="MsoNormalTable" border="1" cellspacing="0" cellpadding="0" style="border-collapse:collapse;border:none;mso-border-alt:outset windowtext .25pt; mso-padding-alt:0cm 0cm 0cm 0cm"> <tbody><tr style="mso-yfti-irow:0;mso-yfti-firstrow:yes;mso-yfti-lastrow:yes"> <td valign="bottom" style="border:inset 1.0pt;mso-border-alt:inset windowtext .25pt; padding:0cm 0cm 0cm 0cm"> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;vertical-align:baseline"><b><span style="font-size:10.0pt;border:none windowtext 1.0pt;mso-border-alt:none windowtext 0cm; padding:0cm">Subscribe to RPM</span></b><span style="font-size:10.0pt"><o:p></o:p></span></p> <p class="NormalWeb8"><span style="font-size:8.5pt">Assinantes RPM recebem uma notificação por e-mail cada vez que uma nova edição é publicada. 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O intérprete moderno fará bem em observá-los.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Iniciaremos com uma breve nota histórica e biográfica que tem por objetivo delimitar o uso de alguns termos aqui empregados, como “Reforma” e “método gramático-histórico”, bem como descrever sucintamente a vida dos dois homens sobre os quais se fundamenta este trabalho, a saber, Lutero e Calvino. Dentre todos os Reformadores, estes foram escolhidos aqui pela incomparável influência que exerceram, bem como pelo grandioso legado que nos deixaram. Diferentemente de outros Reformadores, muitas das obras de Lutero e Calvino podem ser facilmente acessadas em nossos dias e isto contribui também para a posição destes no presente estudo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Ao longo do trabalho, tocaremos ainda na questão do caráter divino/humano das Escrituras e as dificuldades que este caráter impõe aos intérpretes que dela se aproximam. Logo após, será apresentada a forma como os Reformadores buscaram ultrapassar tais dificuldades, mostrando algumas das características de sua abordagem, as quais serão esboçadas mais de perto nas seções intituladas “O Livro Humano” e “O Livro Divino”. É nosso intuito que este breve panorama possa auxiliar de algum modo aqueles que objetivam a fidelidade no trato com a Palavra de Deus. Este era o alvo dos Reformadores e podemos dizer que alcançaram êxito na maior parte de seus labores.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">2 BREVE NOTA HISTÓRICA E BIOGRÁFICA<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>De acordo com McGrath, “O termo ‘Reforma’ é usado por historiadores e teólogos para se referir ao movimento da Europa ocidental que teve como expoentes Martinho Lutero, Huldrych Zwingli (Zwinglio) e João Calvino”. Este movimento “[...] promoveu a reforma moral, teológica e institucional da igreja cristã nessa região” e “[...] procurou conduzir a igreja ocidental a fundamentos mais bíblicos para seu sistema de crenças, moralidade e estruturas” (2007, p. 175). Todavia, apesar de isto ser absolutamente verdade, o termo “Reforma” é freqüentemente empregado em vários outros sentidos. “Sua definição pode ser constituída de quatro elementos [...]: luteranismo; a igreja reformada, chamada com freqüência de ‘calvinismo’; a ‘Reforma radical’, conhecida até hoje como ‘anabatismo’; e a ‘contra-Reforma’ ou ‘Reforma católica’” (MCGRATH, 2007, p. 177).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">No presente trabalho nos referiremos a “Reforma” nos termos dos dois primeiros elementos, ou seja, o luteranismo e o calvinismo, o que no conceito de McGrath (2007, pp. 177, 178) seria melhor definido como “Reforma magisterial”, em virtude de abarcar a ambos, contudo, nos limitaremos a empregar simplesmente a palavra “Reforma”, não querendo gerar qualquer tipo de má compreensão que possa advir ao incluir-se a palavra magistério.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Na era da Reforma, “[...] considerada, de modo geral, uma das mais criativas da história da teologia cristã” (MCGRATH, 2007, p.182), dos três teólogos mencionados anteriormente, destacam-se especialmente Calvino e Lutero. McGrath (2007, p. 182) escreve que “apesar de Zwinglio ser uma figura central por si mesmo, foi obscurecido pelo talento criativo e o impacto teológico de Lutero e Calvino” e, como citado de antemão, dialogaremos especificamente com o pensamento dos últimos. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>No que diz respeito à história da interpretação bíblica, Lopes (2007, p. 167) nos conta que “os princípios interpretativos dos Reformadores”, os quais apresentaremos mais adiante, “[...] serviram de base para o surgimento da interpretação gramático-histórica que veio a prevalecer na Igreja após a Reforma”. Por “interpretação gramático-histórica”, devemos compreender que “a expressão <i style="mso-bidi-font-style:normal">grammatico</i> se aproximava daquilo que entendemos pelo termo literal, [...] como sendo o significado simples, claro, direto ou habitual” (KAISER E SILVA, 2009, p. 33). Não devemos entender a expressão como se referindo apenas à “gramática” que era usada. “Igualmente, o contexto ‘histórico’ em que o texto foi redigido era também muito significativo para essa perspectiva, visto que desejava se aproximar o quanto fosse possível dos tempos e contextos em que o autor original estava falando” (KAISER E SILVA, 2009, p. 33). Por alguns mal-entendidos levantados a partir deste termo, Walter Kaiser (KAISER E SILVA, 2009, p. 33) sugeriu a substituição pela expressão “sintático-teológico”, todavia, manteremos aqui a expressão “gramático-histórico”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Passemos agora um breve olhar sobre a vida dos dois grandes homens em torno dos quais gira nosso trabalho.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">2.1 O Reformador Alemão<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Justo L. Gonzalez (2009, p. 43) declara que “poucos personagens na história do cristianismo têm sido discutidos tanto ou tão calorosamente como Martinho Lutero”. Há quem o considere como “[...] o ‘bicho papão’ que destruiu a unidade da igreja, a besta selvagem que pisou na vinha do Senhor, um monge renegado que se dedicou a destruir as bases da vida monástica” (GONZALEZ, 2009, p. 43).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Há o outro lado, porém, que o têm como “[...] o grande herói que fez voltar, uma vez mais, a pregação do evangelho puro, o campeão da fé bíblica, o reformador de uma igreja corrompida” (GONZALEZ, 2009, p. 43).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">O certo é que, nos últimos tempos, “[...] tanto católicos como protestantes se têm achado na obrigação de corrigir certas opiniões formadas, não pela investigação histórica, mas pelo fragor da polêmica” (GONZALEZ, 2009, p. 43). Gonzáles (2009, p. 43) afirma que “hoje são poucos os que duvidam da sinceridade de Lutero e há muitos católicos que afirmam que o protesto do monge agostinho foi mais do que justificável e que em muitos pontos tinha razão”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Paul Althaus (<i style="mso-bidi-font-style: normal">apud</i> GEORGE, 2006, p. 53) chegou mesmo a referir-se a Lutero como um “oceano”, e verdadeiramente há muito conteúdo sobre o qual navegar quando o assunto é o Reformador alemão. Contudo, visto não ser biográfico o objetivo do presente trabalho, resumiremos sua história nas palavras de Timothy George (2006, p. 53):</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, filho de um minerador de prata de classe média. Destinado para o estudo de Direito, voltou-se para o mosteiro, no qual, após muitas lutas, desenvolveu uma nova compreensão de Deus, da fé e da igreja. Isso o envolveu num conflito com o papado, seguindo de sua excomunhão e da fundação da Igreja Luterana, a qual presidiu até morrer em 1546.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-tab-count:1"> </span></b>Não poderíamos concluir esta nota sem antes louvarmos os esforços de Lutero em traduzir a Bíblia para o alemão, afim de que o povo comum de sua terra pudesse ter acesso ao texto sagrado. Nas palavras de Gonzalez (2009, p. 77), “A Bíblia alemã foi uma das obras mais notáveis de Lutero. Mesmo que outros houvessem empreendido o mesmo trabalho, nenhuma tradução chegou a alcançar a estabilidade da de Lutero”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">2.2 O Reformador de Genebra<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>“Poucas pessoas na história do cristianismo têm sido tão surpreendentemente estimadas ou tão mesquinhamente desprezadas quanto João Calvino” (GEORGE, 2006, p.167).<span style="mso-tab-count: 1"> </span>Todavia, apesar das críticas feitas ao Reformador genebrino, críticas estas, em sua grande maioria, frutos de um preconceito ignorante e não de uma reflexão histórico-teológica, o ministério deste homem foi fundamental na causa da Reforma do século XVI. Gonzalez (2009, p. 107) diz que, “sem dúvida, o mais importante sistematizador da teologia protestante no século XVI foi João Calvino”. Comparando Lutero a Calvino ele acrescenta: “Enquanto Lutero foi o espírito fogoso e propulsor do novo movimento, Calvino foi o pensador cuidadoso que forjou, das diversas doutrinas protestantes, um todo coerente” (GONZALES, 2009, p. 107).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Calvino nasceu em 1509 na cidade de Noyon (França), a nordeste de Paris. “Quando nasceu [...] Lutero já estava dando conferências na Universidade de Erfurt e Zuínglio estava-se ocupando de suas tarefas pastorais em Glarus” (GEORGE, 2006, p. 165). É inegável a influência dos escritos de Lutero sobre o pensamento de Calvino, ele próprio chegou a chamar o Reformador alemão de “pai muito respeitável” (GEORGE, 2006, p. 166). Não obstante, é igualmente inegável o fato de Calvino não poder ser definido de modo simplista como um mero discípulo de Lutero, ou uma extensão apenas daquele. É fato que “Lutero elogiou alguns dos primeiros escritos de Calvino que lhe haviam sido enviados”, e Gonzalez (2009, p. 118) afirma que, além disso, aquele “[...] havia dado boa acolhida às <i style="mso-bidi-font-style: normal">Institutas</i> de Calvino”, a <i style="mso-bidi-font-style:normal">magnum opus</i> do Reformador de Genebra.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Sobre a história de Calvino antes de sua conversão, McGrath (2007, p. 183) nos conta que ele estudou “[...] na Universidade de Paris, um meio acadêmico dominado pelo Escolasticismo, e se mudou depois para a universidade humanista de Orléans, onde estudou direito civil”. McGrath diz ainda que “apesar de se mostrar inicialmente interessado em uma carreira acadêmica, com vinte e poucos anos teve uma experiência de conversão que o levou a se associar cada vez mais aos movimentos de reforma em Paris que, por fim, provocaram o exílio de Calvino na Basiléia” (2007, p. 183).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Após abandonar sua terra natal, Calvino, por influência do Reformador francês Guilherme Farel, o qual veio a se tornar seu grande amigo, permaneceu em Genebra, colaborando para a causa da Reforma naquela cidade. Após uma série de problemas em decorrência da resistência da cidade em aceitar a “[...] base sólida de doutrina e disciplina” (MCGRATH, 2007, p. 184) que Calvino e Farel visavam estabelecer, Calvino foi expulso e viajou para Estrasburgo, onde amadureceu bastante na companhia do Reformador Martin Bucer.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Alguns anos depois, Calvino foi chamado de volta à Genebra, onde permaneceu até sua morte em 1564. Há muito mais a ser dito sobre o grande Reformador genebrino. Poderíamos tratar de sua vasta obra literária; de seus esforços nas áreas da educação (do qual a fundação da Universidade de Genebra é um exemplo), da política, da economia <i style="mso-bidi-font-style:normal">etc</i>.; contudo, por uma questão de espaço e objetivo, gostaríamos de findar esta breve nota biográfica, antes de passarmos a abordar o caráter das Escrituras e as dificuldades que se apresentam aos seus intérpretes, citando as palavras finais de Calvino aos ministros de Genebra, revelando com isto um pouco da imensa humildade daquele grande homem de Deus: “Meus pecados sempre me desgostaram. ... Rogo-vos, que me perdoeis o mal, e se porventura tenha havido algum bem, ... fazei dêle (<i style="mso-bidi-font-style:normal">sic</i>) um exemplo” (CALVINO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> VAN HALSEMA, 1968, p. 203).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">3 O CARÁTER DAS ESCRITURAS E AS DIFICULDADES DO INTÉRPRETE<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">A Bíblia é um Livro Divino, fruto de uma auto-revelação comunicada por Deus através de vários séculos e de diferentes modos, ou como expressa o autor da epístola aos Hebreus: “muitas vezes, e de muitas maneiras” (Heb. 1:1). Ela se apresenta como tendo sido inspirada (<span style="font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol">qe</span><span style="font-size:11.0pt;line-height: 150%;font-family:"Arial","sans-serif"">ó</span><span style="font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Arial">pneusto<span style="mso-char-type:symbol; mso-symbol-font-family:Symbol"><span style="mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family: Symbol">V</span></span> [</span><i style="mso-bidi-font-style:normal">theopneustos</i>]) pelo próprio Deus (2 Tim. 3:16<span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">)</span>. Ferreira e Myatt (2007, p. 112) esclarecem que aqui, “Embora a palavra ‘inspirada’ seja a tradução mais comum, a idéia mais correta é que a palavra foi soprada (ou respirada) por Deus”. Tudo isto deve nos fazer conscientes do caráter sobrenatural da Palavra de Deus e de que não a devemos tratar como um livro qualquer. O intérprete, ao aproximar-se da Bíblia imediatamente se deparará com aquilo que Lopes (2007, p. 26) chama de “Distanciamento Natural”, em conseqüência da posição de Deus como o Criador e sustentador de todas as coisas em contraposição ao homem, uma criatura limitada e finita. Haverá ainda o “Distanciamento Espiritual” e “Moral” (LOPES, 2007, p. 27), visto ser Deus absolutamente Espiritual, Perfeito e Santo, enquanto nós possuímos um caráter corrompido e pecaminoso, tendendo sempre ao erro.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Todavia, a Bíblia também é um livro humano. Em seu processo revelacional, aprouve ao Senhor escolher homens por meio dos quais faria conhecida Sua vontade, e como a Confissão de Fé de Westiminster (cap. 1, seção 1) bem expressa: “[...] <span class="apple-style-span"><span style="color:black; mso-bidi-font-weight:bold;mso-bidi-font-style:italic">para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda”. Deus levou em consideração as peculiaridades de cada um destes homens, bem como o contexto no qual encontravam-se inseridos, por isso declaramos possuir a Bíblia um caráter igualmente humano. <o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span class="apple-style-span"><span style="color:black;mso-bidi-font-weight: bold;mso-bidi-font-style:italic">Visto </span></span>que a Bíblia foi escrita a mais de 2000 anos, e ser inconcebível a idéia de que em dois milênios de história a cosmovisão das pessoas tenha permanecido exata e inalteravelmente a mesma, isto nos coloca numa linha do tempo extremamente distanciada do período em que as realidades bíblicas aconteceram.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Augustus N. Lopes (2007, p. 24) assevera que “A distância temporal, num mundo em constantes mudanças, faz com que a maneira de encarar o mundo, os aspectos culturais e lingüísticos dos escritores da Bíblia se percam no passado distante”; e acrescenta que “Na época do Novo Testamento o distanciamento já era uma realidade”. Isto, às vezes, pode nos trazer grande desânimo, já que o entendimento de muitas peculiaridades do Texto Sagrado torna-se um empreendimento a exigir do intérprete esforço descomunal, tais como longos períodos de pesquisa e profunda meditação, sem, contudo, qualquer garantia de que se chegará à compreensão plena das peculiaridades envolvidas. Na verdade, há quem diga ser absolutamente inútil tal esforço, dado sua “impossibilidade”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">De fato, é absolutamente impossível regressar ao período bíblico e apurar em primeira mão os fatos decorrentes daquela época, contudo, é do mesmo modo impossível retornar a qualquer período de qualquer época da história e, ainda assim, tomamos outros relatos como válidos e inquestionáveis para a reconstrução de todos os períodos históricos do qual temos conhecimento. Por conseguinte, mesmo reconhecendo a dificuldade que se nos apresenta, não concordamos com aqueles que contraditoriamente postulam essa completa impossibilidade. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Outra grande dificuldade que se impõe ao intérprete é o chamado “distanciamento lingüístico”. Lopes (2007, p. 25) destaca que “as línguas em que a Bíblia foi escrita já não existem”. Mesmo nos países onde ela foi escrita, o hebraico, o grego e o aramaico já não são mais falados. É importante frisar que “como cada língua tem seu jeito próprio de comunicar conceitos (apesar de uma estrutura comum a todas), os leitores da Bíblia devem levar em conta estas peculiaridades” (LOPES, 2007, p. 25).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">O distanciamento autoral também é um problema a ser enfrentado, pois, os autores bíblicos não estão mais vivos, de modo que não os podemos consultar diante de uma dificuldade hermenêutica. Aqueles autores escreveram com uma intenção a ser expressa e, em muitos casos, para responder a questões específicas de suas próprias sociedades, sendo assim, o hermeneuta que se aproxima de seus escritos deve estar consciente deste fato e apto a enfrentá-lo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Como temos apresentado, nem sempre é tarefa fácil estabelecer o sentido de algumas passagens da Escritura, todavia, aqui podemos observar como os Reformadores lidaram com as mesmas dificuldades que nós em sua própria época, e como fizeram para driblar algumas destas dificuldades.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">4 O LIVRO HUMANO: <i style="mso-bidi-font-style:normal">LABUTARE</i><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">4.1 Os Reformadores e a necessidade do estudo<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">A consciência dos Reformadores sobre o aspecto humano das Escrituras, embora permanecessem aferrados na certeza de que em sua maior parte esta era absolutamente clara, em virtude de sua origem divina, os impulsionaram a considerar a necessidade de estudá-las e pesquisá-las com extremo afinco. Calvino expressa o processo hermenêutico em duas palavras: “<i style="mso-bidi-font-style: normal">orare et labutare</i>” (ore e trabalhe). Eles compreenderam que “pelo estudo cuidadoso das línguas originais, pelo conhecimento da cultura e da época em que foram escritas, poder-se-ia chegar ao sentido provável das passagens obscuras” (LOPES, 2007, pp. 162, 163), ou seja, é preciso “<i style="mso-bidi-font-style: normal">labutare</i>”. Por este motivo, buscaram utilizar-se de todos os meios possíveis para se chegar ao real sentido do texto bíblico, fazendo “[...] uso abundante da erudição antiga, citando comentaristas medievais, as obras dos pais apostólicos e obras de contemporâneos” (LOPES, 2007, p. 165).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">“Melancton, amigo de Lutero e colega dele em Wittenberg, disse que Lutero conhecia a teologia dogmática tão bem no início de seu ministério que era capaz de citar de memória páginas inteiras de Gabriel Biel (texto padrão dogmático, publicado em 1488)” (PIPER, 2005, p. 98). Lopes (<i style="mso-bidi-font-style: normal">In</i> FERREIRA, 2010, p.230) informa que “seu [de Lutero] profundo conhecimento da literatura da época transparece claramente” em seu comentário de Gálatas (1535), onde não apenas cita, mas faz uma avaliação crítica de:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">[...] escritores<i style="mso-bidi-font-style:normal"> </i>gregos como Virgílio, Esopo, Aristides, Aristóteles, Cícero, Demóstenes, Ovídio, Plínio e Platão, para mencionar uns poucos. [...] demonstra familiaridade também com as obras de Eusébio, Suetônio, Quintiniano, Justino e Porfídio. Conhece também os escritos de alguns dos Pais da Igreja como Ambrósio, Orígines, Cipriano, Irineu e Jerônimo. [...] menciona também as obras de comentaristas medievais como Gregório de Nissa, Pedro Lombardo, Occam, Scotus, Tomás de Aquino e Bernardo de Claraval. E conhece também até mesmo as obras de Erasmo, a quem critica continuamente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Semelhantemente nos é informado que Calvino “Dedicou-se ao estudo do latim, do grego, da teologia e dos autores clássicos, além de fazer cursos na área de Direito” (LOPES, 2009, p. 14). Nas palavras do renomado historiador Philip Schaff (<i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> KAISER E SILVA, 2009, p. 243):</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Calvino foi um gênio exegético de primeira ordem. Seus comentários são insuperáveis em termos de originalidade, profundidade, perspicácia, solidez e valor permanente (...) Reuss, o editor chefe das obras [de Calvino], ele próprio um eminente estudioso da Bíblia, afirma que Calvino está “sem sombra de dúvida entre os grandes exegetas do século 16” (...) Diestel, o melhor historiador da exegese do Antigo Testamento, o chama de “criador da autêntica exegese”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Para os Reformadores, a “graça comum” que fora derramada mesmo sobre descrentes, não poderia ser desprezada, antes, porém, convertida em glória a Deus. Calvino escreveu:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Mas se é a vontade do Senhor que sejamos auxiliados pela física, dialética, matemática e outras disciplinas tais, através do trabalho e do ministério dos descrentes, façamos uso dessa assistência. Pois se negligenciarmos a dádiva das artes, oferecida gratuitamente por Deus, devemos sofrer a justa punição por nossa indolência (CALVINO <i style="mso-bidi-font-style: normal">apud</i> KAISER E SILVA, 2009, p. 245).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">4.2 Os Reformadores e a superioridade do texto bíblico<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Tais demonstrações de erudição repousavam sobre uma humilde reverência em face do Texto Sagrado. Eles não tinham o objetivo de impor suas próprias conjecturas ao texto, nem de fundamentar suas interpretações sobre a “autoridade” de outros intérpretes e expositores (como o fazia a Igreja Católica Romana, adaptando a mensagem bíblica ao relato dos pais apostólicos, dos dogmas e do papado), mas empenhavam-se por derivar suas conclusões do próprio escrito divino. Calvino, por exemplo, “[...] tinha aversão a quem pregava suas próprias idéias no púlpito” e chegou mesmo a dizer que “quando adentramos o púlpito, não podemos levar conosco nossos próprios sonhos e fantasias” (FERREIRA, 2009, p. 7). Do mesmo modo, Lutero declarou:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">O que eles [os sofistas] deveriam fazer é vir ao texto vazios, derivar suas idéias da Escritura Sagrada, e então prestar atenção cuidadosa às palavras, comparar o que precede com o que vem em seguida, e se esforçar para agarrar o sentido autêntico de uma passagem em particular, em vez de ler as suas próprias noções nas palavras e passagens da Escritura, que eles geralmente arrancam de seu contexto” (<i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> LOPES <i style="mso-bidi-font-style:normal">In</i> FERREIRA, 2010, p. 223).</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Piper (2005, p. 98) nos escreve que “<i style="mso-bidi-font-style:normal">Lutero elevou o texto bíblico muito acima dos ensinamentos dos comentadores ou dos pais da igreja</i>” e acrescenta, “Não foi falta de disposição para estudar os pais e os filósofos que limitaram seu foco; foi uma paixão dominadora pela superioridade do próprio texto bíblico”. Em 1538 Lutero disse que “aquele que for bem familiarizado com o texto da Escritura [...] é um teólogo distinto. Pois uma passagem ou texto bíblico vale mais que comentários de quatro autores” (<i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, p. 98). Ele, assim como os demais Reformadores, não tinha, com isso, “[...] a intenção de negar a História e seu desenvolvimento” (LOPES, 2007, p. 166), mas, ao postularem o princípio do “<i style="mso-bidi-font-style:normal">sola Scriptura</i>” (somente a Escritura) e o ideal do <i style="mso-bidi-font-style:normal">ad fontes</i> (o retorno às fontes documentais), seu intento era introduzir, no próprio seio da História, “[...] um princípio crítico que permitisse julgá-la, bem como as doutrinas dos Pais” (LOPES, 2007, p. 166).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Lopes (2007, p. 166) nos conta que “para os Reformadores e seus sucessores, os Pais e os escolásticos tinham autoridade na medida em que concordavam com a Escritura”. E aqui cabe ressaltar o método de comparar Escritura com Escritura (derivado dos princípios citados supra) adotado por eles, o qual postula como “[...] a única regra infalível de interpretação das Escrituras [...] a própria Escritura” (LOPES, 2007, p. 163). Lutero expressa este conceito claramente ao afirmar: “Se são obscuras num lugar, são claras em outros” (<i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> LOPES, 2007, p. 163). Isto contribuiu para determinar o real sentido do texto bíblico a partir de outras partes do mesmo, e não da tradição, de decisões eclesiásticas, de argumentos filosóficos, intuições espirituais ou qualquer outro parâmetro que se possa propor.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">É por esta razão que não nos deve causar espanto o fato de encontrarmos em seus escritos comentários aos Pais como estes dois que se seguem:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Os textos dos pais santos devem ser lidos somente por um tempo, para que sejamos por eles guiados às Escrituras Sagradas. Todavia, nós os lemos somente para nos perdermos neles e nunca chegarmos às Escrituras. Somos como homens que estudam os sinais e nunca andam pelo caminho. Os queridos pais desejaram que, por seus escritos, fôssemos guiados às Escrituras apesar de somente a Escritura ser nosso vinhedo, no qual todos nós devemos trabalhar e labutar (LUTERO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, pp. 98, 99).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;tab-stops:80.25pt"><span style="font-size:10.0pt">Devemos ler os Pais cautelosamente, e pesá-los na balança dourada, pois freqüentemente tropeçam e se desviam, e misturam com seus livros muitas coisas dos monges. Agostinho teve mais trabalho para se livrar dos escritos dos Pais do que em combater os heréticos... Quanto mais leio os escritos dos Pais, mais me ofendo, pois apesar da sua reputação e autoridade, diminuíram o valor dos livros e escritos dos santos apóstolos de Cristo (LUTERO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> LOPES, 2007, p. 166).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;tab-stops:80.25pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">4.3 Os Reformadores e o método alegórico<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;tab-stops:80.25pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">Esta atitude também consistia numa reação ao método alegórico de interpretação, característico da escola de Alexandria e popularizado nos escritos de Orígenes (durante o período Patrístico), o qual ganhou força dentro da igreja, chegando inclusive a ser dominante durante toda a Idade Média.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">Não é que os Reformadores desconsiderassem a existência de alegorias na Bíblia, todavia, eles as encaravam como uma espécie de quadro ou ilustração firmado solidamente sobre a doutrina, o qual tinha por pano de fundo um sentido literal, e este sentido era o que deveria ser buscado. Desta forma, à semelhança da escola de Antioquia, eles passaram a refutar qualquer tipo de alegorização que não fosse estritamente validada pelo próprio contexto da passagem que estivesse sendo alegorizada, bem como a idéia de que cada passagem da Escritura continha quatro sentidos. O Reformador alemão escreveu: “A Palavra de Deus deve ser interpretada em seu sentido mais claro, conforme as próprias palavras transmitem” (LUTERO, 2009, p.70).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">Lutero protesta asperamente a este respeito:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;tab-stops:80.25pt"><span style="font-size:10.0pt">A Alegoria de um sofista é sempre retorcida; ela rasteja e se curva como uma cobra, que nunca se endireita, quer caminhe, quer se arraste, que (<i style="mso-bidi-font-style:normal">sic</i>) fique parada; somente quando morre é que uma cobra fica direita... Quando eu era um monge, era muito versado em significados espirituais e alegorias. Mais tarde, porém, quando cheguei ao conhecimento de Cristo através da carta aos Romanos, vi que todas as alegorias são vãs, exceto aquelas que Cristo usou... Jerônimo e Orígines, Deus os perdoe, são os responsáveis pela alegoria ser tão estimada [na Igreja]. Tudo o que Orígines escreveu não vale uma única palavra de Cristo. Quanto a mim, já abandonei estas bobagens, e minha melhor arte é pregar a Escritura em seu sentido único (apud LOPES, 2007, p. 161).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">Também Calvino, ao comentar o texto de Efésios 3:18, demonstra desprezo pelas alegorias feitas por Agostinho e Ambrósio:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;tab-stops:80.25pt"><span style="font-size:10.0pt;color:black">O que vem a seguir é por si só suficientemente claro, mas que até agora tem sido obscurecido por uma variada gama de interpretações. Agostinho causa muito deleite com sua sutileza, mas que nada tem a ver com o tema. Pois aqui ele busca não sei que mistério na figura da cruz – ele faz a largura ser o amor, a altura ser a esperança, o cumprimento ser a paciência e a profundidade, a humildade. Toda essa sutileza nos agrada, mas o que tem isso a ver com a intenção de Paulo? Por certo que não mais que a opinião de Ambrósio, que denota a forma de uma esfera. Pondo de lado o ponto de vista de outros, afirmarei o que será universalmente reconhecido ser o significado simples e verdadeiro [...] Por essas dimensões, Paulo nada mais tem em mente senão o amor de Cristo do qual fala mais adiante [...] É como se dissesse: “Em toda e qualquer direção em que os homens olhem, nada encontrarão na doutrina da salvação que não esteja relacionado com o amor de Cristo” [...] O significado ficará ainda mais claro se o parafrasearmos assim: “Para que sejais capazes de compreender o amor que é o cumprimento, a largura, a profundidade e a altura, isto é, a plena perfeição de nossa sabedoria.” A metáfora é extraída da matemática, que toma partes como expressão do todo (CALVINO, 2007, pp. 81, 82)</span> </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;tab-stops:80.25pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">4.4 Os Reformadores e a intenção autoral<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;tab-stops:80.25pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">É interessante notar que, ao mesmo tempo em que critica a abordagem alegórica, Calvino, no texto anterior, aponta para outra característica marcante da hermenêutica utilizada na Reforma, a saber, a intenção do autor. Ele se utiliza de expressões como “a intenção de Paulo”, ou ainda, “Paulo [...] tem em mente” <i style="mso-bidi-font-style:normal">etc.</i> como meio para se descobrir o verdadeiro significado do texto bíblico. Também Lutero, em seu segundo comentário à epístola aos Gálatas (1535), “[...] concentra-se insistentemente em determinar a intenção de Paulo em cada passagem” (LOPES <i style="mso-bidi-font-style:normal">In</i> FERREIRA, 2010, p. 223). Ao iniciar sua análise de Gálatas 2, critica Jerônimo afirmando que este “...nem toca no ponto verdadeiro da passagem, pois não leva em conta a intenção ou propósito de Paulo” (LUTERO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> LOPES <i style="mso-bidi-font-style:normal">In</i> FERREIRA, 2010, p. 223). Posteriormente, “[...] comentando Gálatas 1.3, Lutero volta a criticar Jerônimo, afirmando que o mesmo deixou passar inteiramente desapercebido o ponto principal do versículo, por ter falhado em captar a intenção de Paulo ali” (LOPES <i style="mso-bidi-font-style:normal">In</i> FERREIRA, 2010, p. 223). Determinante para esta abordagem e estabelecimento da real intenção pretendida pelo autor inspirado é o “contexto”, tanto imediato quanto geral, da passagem que estiver sendo analisada, assim como o próprio texto em seu formato original, o que nos leva ao tópico seguinte.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;tab-stops:80.25pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">4.5 Os Reformadores e as línguas originais<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;tab-stops:80.25pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><span class="apple-style-span"><span style="color:black; mso-bidi-font-weight:bold;mso-bidi-font-style:italic">Moisés Silva (KAISER E SILVA, 2009, p. 16) escreveu que “a linguagem humana, por sua própria natureza, é grandemente equívoca, isto é, capaz de ser compreendida em mais de uma maneira e se não fosse assim, nunca duvidaríamos do que as pessoas querem dizer quando falam”. Este é justamente um dos maiores problemas com o qual o hermeneuta, em todas as épocas, tem sido obrigado a lidar, em virtude do amplo campo semântico que as palavras assumem, principalmente no caso das Escrituras, visto, como já citado, terem sido </span></span>escritas em línguas antigas, que sofreram muitas alterações, algumas das quais não se encontrando mais em uso.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">Destarte, Piper (2005, p. 101) nos conta que Lutero estava intensamente convencido de que “<i style="mso-bidi-font-style:normal">poder ler grego e hebraico era um dos maiores privilégios e responsabilidades do pregador reformado</i>”. O Reformador de Wittenberg declarou:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;tab-stops:80.25pt"><span style="font-size:10.0pt">Sem as línguas originais não poderíamos ter recebido o Evangelho. As línguas originais são a bainha que contêm a espada do Espírito; elas são a [caixa] que contêm as inestimáveis jóias do pensamento da Antigüidade; elas são a vasilha que guarda o vinho; e como o Evangelho diz, elas são as cestas nas quais os pães e os peixes são guardados para alimentar a multidão (LUTERO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, p. 102).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">O temor de Lutero era o de que, ao se desprezar as línguas originais, o povo se tornasse indefeso diante de toda sorte de heresias, como exemplificado em suas palavras ao referir-se aos Pais apostólicos e aos Valdenses:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;tab-stops:80.25pt"><span style="font-size:10.0pt">Em tempos passados, os pais freqüentemente se enganavam, pois eram ignorantes das línguas. Em nossos dias, há alguns que, como os Valdenses, não acham que as línguas tenham qualquer utilidade; mas, embora sua doutrina seja boa, eles têm freqüentemente errado no verdadeiro sentido do texto sagrado; estão sem armas contra o engano, e tenho grande temor de que sua fé não permaneça pura (LUTERO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, p.102).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">Tal declaração concorda com o alerta feito por Moisés Silva (KAISER E SILVA, 2009, pp. 51, 52) onde, embora instando para que não se exagere a importância das línguas originais, escreve que “as versões em nossa língua <i style="mso-bidi-font-style:normal">por si mesmas</i> não podem ser a base exclusiva para a formulação da doutrina. Devemos ser cuidadosos em não adotar <i style="mso-bidi-font-style:normal">novas</i> idéias se estas ainda não foram analisadas de acordo com o texto original”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">Lutero atribui a própria vitória da causa Reformada “[...] ao poder penetrante das línguas originais” (PIPER, 2005, p. 103), e testemunha como elas influenciaram sua causa:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;tab-stops:80.25pt"><span style="font-size:10.0pt">Se os originais não tivessem me dado certeza sobre o verdadeiro significado da Palavra, eu teria permanecido um monge acorrentado, ocupado em pregar sossegadamente os erros católicos na obscuridade do mosteiro; o papa, os sofistas e seu império anticristão teriam permanecido inabaláveis (LUTERO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, p. 103).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">Para Lutero:</p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;tab-stops:80.25pt"><span style="font-size:10.0pt">É um pecado e uma vergonha não conhecer nosso próprio Livro ou não entender as palavras de nosso Deus; é um pecado e uma perda maior ainda que não estudemos as línguas originais, especialmente nestes dias, em que Deus está nos oferecendo e dando homens e livros e toda facilidade e encorajamento para esse estudo. Ele deseja que sua Bíblia seja um livro aberto. Ah, como nossos queridos pais teriam ficado alegres se tivessem tido a oportunidade de estudar as línguas e vir, portanto, preparados às Escrituras Sagradas! Que esforço e labuta eles tiveram para juntar apenas algumas migalhas, enquanto nós, com metade do trabalho – sim, com quase nenhum trabalho – podemos adquirir o pão inteiro! Ah como seus esforços envergonham nossa indolência! (LUTERO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, pp. 104, 105).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt">Esta ênfase no estudo das línguas originais também se fez presente na hermenêutica de Calvino; são constantes as citações feitas do original em seus comentários. Podemos perceber um pouco do método utilizado pelo Reformador Genebrino ao analisarmos este comentário do texto de Mateus 2.23 (“E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno”):</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;tab-stops:80.25pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;tab-stops:80.25pt"><span style="font-size:10.0pt">Mateus não deriva “nazareno” de “Nazaré”, como se existisse uma conexão etimológica real e certa entre as duas palavras. O que temos aqui é uma mera alusão. <i style="mso-bidi-font-style:normal">Nazir</i> [em hebraico] significa santo e devotado a Deus, e por sua vez deriva-se de <i style="mso-bidi-font-style:normal">nazar</i>, que significa separado. É certo que os judeus chamavam uma certa flor (aliás, a insígnia da coroa real) de <i style="mso-bidi-font-style:normal">nazar</i>. Mas não há qualquer dúvida de que aqui Mateus usou a palavra no sentido de <i style="mso-bidi-font-style:normal">santo</i>. Em nenhum lugar lemos que os nazarenos floresceram; mas lemos em Números 6.4 que eles eram separados para Deus conforme prescrito na Lei. Portanto, devemos entender a declaração de Mateus da seguinte forma: apesar de que José foi habitar em um canto da Galiléia [isto é, em Nazaré] por medo, Deus tinha um propósito maior; pois Nazaré havia sido determinada para ser o lar de Cristo, de forma que ele pudesse portar o nome de <i style="mso-bidi-font-style:normal">nazareno</i>, que era apropriadamente seu (CALVINO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> LOPES, 2007, p. 165).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Neste trecho Calvino busca a intenção do evangelista a partir do conhecimento da língua empregada por ele, dos usos gramaticais, das circunstâncias em que escrevera a obra, dentre outras coisas (LOPES, 2007, p. 165), sendo a língua original em grande medida determinante, e isto fica claro ao referir-se às palavras <i style="mso-bidi-font-style:normal">nazir/nazar</i>, dentro de seu contexto no Antigo Testamento, para alcançar o significado de Nazareno no pensamento judaico de Mateus.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Outro exemplo, dentre vários que poderiam ser citados, é o que se encontra no comentário de Colossenses 1:5:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Erasmo o traduz <i style="mso-bidi-font-style:normal">a</i> <i style="mso-bidi-font-style:normal">verdadeira palavra do evangelho</i>. Também estou ciente de que, segundo o idioma hebraico, Paulo faz uso freqüente do genitivo no lugar de um epíteto; mas as palavras de Paulo aqui são mais enfáticas. Pois ele chama o evangelho </span><span style="font-size:10.0pt; font-family:"Sylfaen","serif"">καψ έ</span><span style="font-size:10.0pt; font-family:Symbol;mso-ascii-font-family:Sylfaen;mso-hansi-font-family:Sylfaen; mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family:Symbol"><span style="mso-char-type: symbol;mso-symbol-font-family:Symbol">x</span></span><span style="font-size: 10.0pt;font-family:"Sylfaen","serif"">οχήν </span><span style="font-size:10.0pt">(<i style="mso-bidi-font-style:normal">à guisa de eminência</i>), <i style="mso-bidi-font-style:normal">a palavra da verdade</i>, com vistas a depositar honra nela, para que mais pronta e firmemente à revelação que têm derivado daquela fonte. Assim, introduz-se o termo <i style="mso-bidi-font-style: normal">evangelho </i>à guisa de <i style="mso-bidi-font-style:normal">aposição</i> (CALVINO, 2010, pp. 495, 496).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O que temos apresentado até aqui é parte constituinte do método hermenêutico que ficou conhecido pelo nome de “gramático-histórico”. Este método poderá nos auxiliar de diversas maneiras ao lidarmos com a natureza das Escrituras, todavia, é preciso observar o modo como os Reformadores abordaram o caráter divino/espiritual da mesma, afim de que tenhamos uma visão mais ampla de sua metodologia.</p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">5 O LIVRO DIVINO: <i style="mso-bidi-font-style:normal">ORARE</i><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">5.1 Os Reformadores e o distanciamento natural<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Como já fizemos menção, a Bíblia é um livro divino e não deve ser lida como se lê um livro qualquer de religião. Ela é inspirada, autoritativa e inerrrante, devendo ser encarada tal qual se apresenta, e esta se apresenta não menos do que como a Palavra de Deus.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Em contraposição, o homem é um ser por natureza imensamente distanciado de Deus. “Ele é o Senhor, criador de todas as coisas, do céu e da terra. Somos suas criaturas, limitadas, finitas. Nossa condição de seres humanos impõe limites à nossa capacidade de entender e compreender as coisas de Deus” (LOPES, 2007, p. 26). Como, então, ultrapassar esta barreira (ou distanciamento) que se nos apresenta?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Lopes (2007, pp. 26, 27) diz que o próprio “[...] fato de sermos seres humanos tentando entender a mensagem enviada pelo Deus criador, em si só apresenta um distanciamento”. A resposta dos Reformadores diante deste fato encontra-se na iluminação do Espírito Santo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Os Reformadores enfatizaram bastante a necessidade do papel iluminador do Espírito Santo na tarefa da interpretação das Escrituras. Calvino, que até chegou a receber o título de “o teólogo do Espírito Santo”, escreveu em sua obra célebre: </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt;color:black">Elas [as Escrituras], sem dúvida, não são por si só suficientes para que se lhes dê o crédito devido, até que o Pai Celestial, manifestando sua divindade as redima de toda dúvida e então faça com que se lhes dê crédito. Assim pois, a Escritura nos satisfará<span style="mso-spacerun:yes"> </span>e servirá de conhecimento para conseguir a salvação, somente quando sua certeza se funde à persuasão do Espírito Santo (CALVINO, 2006, pp. 43,44).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Calvino comentou também:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Portanto, iluminados pelo poder [do Espírito], acreditamos que as Escrituras são de Deus não pelo nosso próprio julgamento [observem isto!] nem pelo julgamento de qualquer outra pessoa; mas, acima de qualquer julgamento humano, afirmamos com absoluta certeza (como se estivéssemos contemplando a majestade do próprio Deus) que esta certeza nos chegou da própria boca de Deus, e não através do ministério de homens (<i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, p. 133).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Para Calvino (2006, p. 33), “[...] o testemunho que o Espírito Santo dá é muito mais excelente que qualquer outra razão”, e isto não consiste em qualquer tentativa de depreciar o trabalho árduo exercido pelo hermeneuta, mas apenas numa confissão da total dependência do intérprete, frente ao Livro Santo, de algo (ou neste caso Alguém) que seja maior do que ele mesmo, e assim o conduza a verdade que de outro modo não seria capaz de alcançar por seus próprios esforços. As palavras de Calvino aqui parecem simplesmente fazer eco aquela verdade apresentada por Deus ao profeta Isaías: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Isa. 55:8-9). Ou aquilo que Paulo expressou tão bem em Romanos 11:33-34: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">5.2 Os Reformadores e os distanciamentos espiritual e moral<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Alem da barreira natural, há também a espiritual e a moral. Em virtude do estado deplorável em que se encontra por conseqüência da Queda, o ponto de partida do intérprete deve ser “Transpor o abismo epistemológico” estabelecido por aquela (LOPES, 2007, p. 27). Aqui, mais uma vez os Reformadores enfatizaram a obra do Espírito Santo, o qual opera a regeneração e a conversão na vida do pecador eleito. Tal convicção levou os Reformadores a uma total dependência da liberdade da graça de Deus, e a travar imensa batalha contra o conceito de “livre-arbítrio”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Em resposta ao livro de Erasmo, “<i style="mso-bidi-font-style:normal">The Freedom of the Will</i>” (A Liberdade da Vontade), Lutero escreveu “<i style="mso-bidi-font-style:normal">The Bondage of the Will</i>” (O Cativeiro da Vontade) e chegou a declarar que “o homem tem em seu poder uma liberdade da vontade para fazer ou não obras externas, reguladas pela lei e pelos castigos (...) Por outro lado, o homem, por si só, não tem a capacidade de purificar seu próprio coração e produzir dons divinos, com o verdadeiro arrependimento de pecados, um verdadeiro (ao contrário do artificial) temor de Deus, verdadeira fé, amor sincero, pureza (...)” (LUTERO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, pp. 113, 114).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Lutero também escreveu, em contraposição a idéia de Erasmo que exaltava “[...] a vontade do homem como sendo livre para superar seus próprios pecados e sua escravidão” (PIPER, 2005, p. 114), que condenava, rejeitava e considerava erro:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">[...] todas as doutrinas que exaltam nosso ‘livre arbítrio’, pois são diretamente opostas à mediação e à graça do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois já que, aparte de Cristo, o pecado e a morte são nossos mestres e o Diabo é nosso deus e príncipe, não pode haver força ou poder, juízo ou sabedoria, pelo qual possamos nos adaptar e nos moldar para a retidão e a vida. Ao contrário, cegos e cativos, somos obrigados a ser súditos de Satanás e do pecado, fazendo e pensando o que lhe agrada e o que é antagônico a Deus e aos seus mandamentos (LUTERO <i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, p. 115).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="mso-tab-count:1"> </span></b>No centro dessa discussão, além da consciência deste distanciamento natural, espiritual e moral, também estava aquilo que já apresentamos outrora como a busca do sentido claro e literal do texto (que assim o é justamente por sua natureza divina). Por isso, Lutero crítica tanto o conceito quanto a metodologia de Erasmo:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Você [Erasmo] criou uma nova maneira de perder de vista o significado óbvio de um texto. Você insiste que os textos que se manifestam claramente contrários à idéia do “livre-arbítrio” devem ter alguma “explicação” que traga à tona o seu verdadeiro sentido. E nós devemos insistir que tal “explicação” só se torna necessária quando é absurdo manter o sentido literal de alguma passagem bíblica. Em todos os demais casos, devemos manter o sentido simples e natural das palavras, guiados pelas regras de gramática e de hábitos de linguagem que Deus criou entre os homens. Se agirmos de outro modo, nada mais restará sobre o que possamos ter qualquer certeza. Não basta afirmar que uma “explicação” <i style="mso-bidi-font-style:normal">deve ser</i> necessária. Em cada caso, compete-nos indagar se existe a <i style="mso-bidi-font-style: normal">necessidade</i>, ou se <i style="mso-bidi-font-style:normal">deve</i> haver uma “explicação”. Se não puder ser provado que isso se faz necessário, nada se terá conseguido (LUTERO, 2009, p. 69).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Este texto de Lutero parece meio deslocado nesta porção do trabalho em que consideramos a natureza divina das Escrituras, todavia se faz necessário aqui para nos mostrar como nossa teologia pode interferir significativamente no modo como lemos e interpretamos as Escrituras e, por isso, mais uma vez reiteramos a ênfase dos Reformadores na iluminação do Espírito Santo. O remédio oferecido por eles para que ultrapassemos as barreiras (ou distanciamentos) que se levantam diante de nós em virtude do caráter divino das Escrituras, em contraposição a nossa humanidade e conseqüente corrupção que tende sempre ao engano, não é outro senão a “oração”. Devemos constantemente pedir o direcionamento de Deus para a compreensão da Sua Palavra, para que esta corrupção que habita em nós não nos impeça de ouvir Sua doce voz.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Encerramos esta seção com as palavras de Lutero (<i style="mso-bidi-font-style:normal">apud</i> PIPER, 2005, p. 112) que se seguem, desejosos de que Deus desperte o mesmo senso em nossos corações:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Como as Escrituras Sagradas desejam ser tratadas com temor e humildade e ser mais penetradas por meio do estudo [!] com oração piedosa do que com perspicácia do intelecto, é impossível para aqueles que dependem do seu intelecto e que se apressam a adentrar a Escritura com pés sujos, semelhantes a porcos, como se a Escritura fosse meramente uma espécie de sabedoria humana, não fazer mal a si mesmos e a outros a quem instruem.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">6 CONCLUSÃO<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Concluímos salientando um dos maiores benefícios decorrente do método hermenêutico utilizado pelos Reformadores, a saber, o equilíbrio. Ao encarar a Bíblia em seu caráter divino/humano, os reformadores livraram-se de cair numa série de erros hermenêuticos que podem ser facilmente observados em qualquer livro que trate da história da interpretação bíblica.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Lopes ressalta a importância de mantermos “A divindade e a humanidade das Escrituras [...] em equilíbrio” (2007, p. 26) e nos chama a atenção para o perigo de se enfatizar um aspecto em detrimento do outro. Como exemplo, ele cita o caso dos teólogos (liberais) que enfatizaram o lado humano, influenciados pelo “[...] método histórico-crítico de interpretação, que surgiu com o Iluminismo, ao adotar os pressupostos racionalistas quanto às Escrituras, contrários a sua origem divina” (LOPES, 2007, p. 26). Em conseqüência de tal postura os conceitos de revelação, inspiração, providência de Deus, bem como tudo que envolva um caráter sobrenatural foi absolutamente rejeitado. “Como resultado, a Bíblia passou a ser vista, não como Palavra de Deus em sua inteireza, mas como o registro da fé de comunidades religiosas, primeiro judaica e depois cristã” (LOPES, 2007, p. 26). Para eles a Bíblia passou a ser encarada como um livro cheio de mitos e erros, composto de colagens de fontes diferentes e muitas vezes contraditórias, feitas por algum tipo de colecionador incompetente, longe do alto conceito sustentado pelos Reformadores.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>No outro extremo, negligenciando o caráter humano, Lopes (2007, p.26) aponta para aqueles “movimentos e grupos religiosos” que “esqueceram através da história o fenômeno do distanciamento e encaram a Bíblia como se fosse um livro caído do céu, cuja interpretação dependia somente de oração, jejum e plenitude do Espírito Santo”. Tal postura é igualmente perigosa e pode levar o intérprete a desviar-se do real sentido expresso no texto bíblico, levando-o assim a toda gama de subjetivismo, tornando-o sujeito a quaisquer tipos de enganos e heresias que se possa conceber.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O método gramático-histórico nos legou a Reforma e até hoje, quase 500 anos após, continua sendo utilizado por homens fiéis a Deus e a sua Palavra. Para não corrermos o risco de sermos mal-compreendidos, gostaríamos de afirmar que a verdade está na Palavra, não no método. A Bíblia é inerrante, não o método. Contudo, ao longo dos séculos o método utilizado pelos Reformadores tem respeitado o caráter divino/humano das Escrituras e assim, honrado ao Senhor que no-la revelou. Talvez por este motivo é que tenha sido do agrado de Deus despertar a Sua igreja tantas vezes ao longo da história através de homens, que como os Reformadores, empregavam este método no exame da Palavra.<b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><span style="color:black">CALVINO, J. <b style="mso-bidi-font-weight: normal">Efésios</b>. Fiel: São José dos Campos, SP, 2007.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="color:black"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="color:black">CALVINO, J. <b style="mso-bidi-font-weight: normal">Gálatas, Efésios, Filipenses e Colossenses</b>. São José dos Campos: Fiel, 2010.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="color:black"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="color:black">CALVINO, J. <b style="mso-bidi-font-weight: normal">Institución de la Religión Cristiana</b>. Capellades, Barcelona: FELiRe, v. I, 2006 (tradução minha).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">FERREIRA, F.; MYATT, A. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual</b>. São Paulo: Vida Nova, 2007.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">FERREIRA, F. João Calvino e a Pregação das Escrituras. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Fé Para Hoje</b>, São José dos Campos: Fiel, n. 35, pp. 3-10, Nov., 2009.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">GEORGE, T. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Teologia dos Reformadores</b>. São Paulo: Vida Nova, 2006.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">GONZALEZ, J. L. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Uma História Ilustrada do Cristianismo: a era dos reformadores</b>. São Paulo: Vida Nova, 2009.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">KAISER, W. C.; SILVA, M.<b style="mso-bidi-font-weight:normal"> Introdução à Hermenêutica Bíblica</b>. São Paulo: Cultura Cristã, 2<u><sup>a</sup></u> Ed., 2009.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">LOPES, A. N. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">A Bíblia e Seus Intérpretes: Uma breve história da interpretação</b>. São Paulo: Cultura Cristã, 2007.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">LOPES, A. N. Lutero Ainda Fala: um ensaio em história da interpretação bíblica. <i style="mso-bidi-font-style:normal">In</i> FERREIRA, F. (Ed.). <b style="mso-bidi-font-weight:normal">A Glória da Graça de Deus: ensaios em honra a J. Richard Denham Jr. Sobre história, teologia, igreja e sociedade</b>. São José dos Campos: Fiel, 2010.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">LOPES, A. N. João Calvino e a Universidade. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Fé Para Hoje</b>, São José dos Campos: Fiel, n. 35, pp. 14-18, Nov., 2009.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">LUTERO, M. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Nascido Escravo</b>. São José dos Campos: Fiel, 2009.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">MCGRATH, A. E. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Teologia Histórica: uma introdução à história do pensamento cristão</b>. São Paulo: Cultura Cristã, 2007.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">PIPER, J. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">O Legado da Alegria Soberana: A graça triunfante de Deus na vida de Agostinho, Lutero e Calvino</b>. São Paulo: Shedd Publicações, 2005.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">VAN HALSEMA, T. B. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">João Calvino Era Assim</b>. São Paulo: Editôra (<i style="mso-bidi-font-style:normal">sic</i>) Vida Evangélica, 1968.</p>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-7406203175641112182011-06-17T04:01:00.001-07:002011-06-17T04:16:52.740-07:00JESUS NOS TORNOU FORA DA LEI?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiclhyPZUyCA7MR82rvgO1pgBdwU8tumZDcR5p60649LAGzMDgn70ibflzXQu8QcgPE39LUsQKXYASVAFfI-FzY7n31RE926JnS0-CRMtgisijhJcx1_cok9On1HjCY1kzXnIXivPgXWEY/s1600/Duelo+Faroeste+-+Escudo+do+Mestre.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 314px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiclhyPZUyCA7MR82rvgO1pgBdwU8tumZDcR5p60649LAGzMDgn70ibflzXQu8QcgPE39LUsQKXYASVAFfI-FzY7n31RE926JnS0-CRMtgisijhJcx1_cok9On1HjCY1kzXnIXivPgXWEY/s400/Duelo+Faroeste+-+Escudo+do+Mestre.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5619145303376913362" /></a> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><b>Uma análise, à luz de Mateus 5:17-48, concernente ao ensino de Jesus sobre a Lei.<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="text-align:right"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="text-align:right">MESQUITA NETO, Nelson Ávila (E. T. C. S.)</p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt"><b>1 INTRODUÇÃO<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Este trabalho se propõe a analisar o modo como Jesus abordou a lei do Antigo Testamento ao longo de sua vida e ministério, tendo por objetivo esclarecer se, de fato, algo da lei ainda se aplica aos cristãos de nossos dias ou se toda a lei foi cabalmente abolida em Cristo, de modo que todas as suas ordenanças perderam completamente o caráter de obrigatoriedade.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Iniciaremos apresentando a problemática em torno da terminologia e as diversas discussões que se levantam ao tentarmos conceituar a palavra lei no Novo Testamento. Neste primeiro momento tentaremos transitar, sem muita profundidade, ao longo de algumas das principais vertentes teológicas que versam a este respeito.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Em seguida, tendo como fundamentação o texto de Mateus 5:17-48, avaliaremos a negativa de Jesus (“Não vim abolir a lei...” – Mat 5:17), assim como o significado de “cumprimento” em Seu discurso (Mat 5:17-20) e, por fim, Sua relação para com os escribas, fariseus e a própria lei (Mat 5:21-48), buscando responder a pergunta que se apresenta no enunciado: “Cristo nos tornou fora da Lei?”.<span style="mso-tab-count:1"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt"><span style="font-size:14.0pt"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt"><b>2 O QUE SE ENTENDE POR LEI?<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>A primeira necessidade que se nos apresenta ao abordarmos a questão do relacionamento entre Cristo e a Lei, é definir o que se pretende expressar por “Lei”, já que esta pode adquirir diferentes significados dependendo da escola teológica que a estiver conceituando.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Alguns a entendem como absolutamente una e inseparável; outros a vêem como dividida em três aspectos (Civil, Cerimonial e Moral). Existem ainda momentos em que ela é utilizada num sentido teológico, enquanto noutros o sentido é evidentemente histórico. Não podemos esquecer também que, por vezes, esta ganha a forma de uma figura de linguagem (metonímia), com o objetivo de referir-se ao todo do Pentateuco ou mesmo ao próprio Antigo Testamento.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Este ponto é importante, porque o modo como se encara a “lei” traz conseqüências determinantes na hermenêutica e práxis do intérprete. Douglas J. Moo (1983, p.73), citando Gerhard Ebeling, ressalta a importância, e influência, de uma definição de Lei sobre correntes teológicas, ao observar que “na teologia dos Reformadores”, por exemplo, “todo o problema se concentra tanto sobre o conceito de lei que o todo da teologia (no sentido da estrutura essencial da teologia) se mantém de pé ou cai com ele”<a style="mso-footnote-id:ftn1" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Para ele, foi justamente o conceito de Lei dos Reformadores que os levaram a equiparar circuncisão a batismo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Ainda sobre a questão da discussão quanto ao uso do termo “Lei”, Moo aponta para sua contemporaneidade ao relembrar-nos as aproximações feitas, entre os meados e o fim do século passado (séc. XX), pelo proeminente teólogo neo-ortodoxo Karl Barth, em seu ensaio intitulado <i>Gospel and Law</i>, e o livro de Daniel Fuller, <i>Gospel and Law: Contrast or Continuum?</i>. Na proposta de Barth o termo “Lei” deve ser entendido como o conteúdo do evangelho, enquanto que para Fuller a Lei é posta ao lado do Evangelho, como “[...] partes de um continuum, ao invés de itens contrastantes. [...] o livro de Fuller ilustra como as duas formas da antítese lei/evangelho continuam a ser tratadas como inter-relacionadas” (1983, p. 74)<a style="mso-footnote-id:ftn2" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Em seu livro, “Lei e Graça”, Mauro F. Meister acertadamente aponta para o fato de que:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;tab-stops:61.5pt"><span style="mso-tab-count:1"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">A revelação da lei de Deus, como expressão objetiva da sua vontade, [...] foi revelada ao longo do tempo. Dependendo das circunstâncias e da ocasião em que foi dada, possui diferentes aspectos, qualidades ou áreas sobre as quais legisla. Assim, é importante observar o contexto em que cada lei é dada, a quem é dada e qual o seu objetivo manifesto. Só assim poderemos saber a que estamos nos referindo quando falamos de <i>lei</i> (2003, p. 41).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt;text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Meister, em consonância com a teologia reformada expressa na Confissão de Fé de Westminster, propõe uma compreensão da “Teologia do Pacto” como chave hermenêutica para o entendimento da Lei no Novo Testamento. Por Teologia do Pacto, é suficiente, por hora, compreendermos resumidamente a distinção traçada entre (1) “pacto das obras” – que é o pacto operante antes da queda e do pecado, o qual “[...] dependia da sua [de Adão e Eva] obediência à lei dada por Deus de forma direta em Gênesis 2.17” (2003, p. 30), sobrevindo em conseqüência da desobediência a esta, a maldição do pacto das obras, a saber: a morte; e (2) o “pacto da graça” – expresso como:</p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt;text-align:justify;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">[...] a manifestação graciosa e misericordiosa de Deus, aplicando a maldição do pacto de obras na pessoa de seu Filho, Jesus Cristo, fazendo com que parte da sua criação, primeiramente representada em Adão, e agora representada por Cristo, pudesse ser redimida (2003, p. 31).</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Esta é justamente aquela visão de Lei que a apresenta como estando dividida em três aspectos: 1) Lei Civil ou Judicial; 2) Lei Religiosa ou Cerimonial e 3) Lei Moral; e devido à encarnação, morte e ressurreição do Cristo, instaurando o “pacto da graça” de Deus e revelando plenamente o significado daqueles tipos e sombras na Lei Cerimonial que apontavam para Sua vinda, bem como fazendo expirar o caráter civil que vigorara no Estado Teocrático de Israel até a inauguração de Seu Reino, nos deixou sobre a lei moral de Deus (isto é, todas as injunções que têm a natureza e o caráter de Deus como a base de sua existência), a qual não deve ser cumprida como um meio para se alcançar a salvação, mas somente numa atitude de amor e deleite em Deus, em virtude de termos recebido tão grande salvação, buscando viver fielmente de acordo com a expressa vontade dEle para Sua própria glória. Leonard T. Van Horn (2009, p. 30) expressa essa questão muito bem quando declara:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">É verdade que nossa entrada no céu não acontece por méritos nossos e sim pela graça de Deus. Mas é igualmente verdade que a pessoa nascida de novo pelo Espírito de Deus será uma pessoa que ama a Palavra de Deus e busca, pela ajuda de Deus, seguir os mandamentos dele.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Moo (<i>apud</i> ZASPEL, 1997, p. 144), ao contrário de Meister, argumenta:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Os judeus nos dias de Jesus e Paulo certamente não dividiram a lei em categorias; pelo contrário, havia uma forte insistência de que a lei era uma unidade e não poderia ser obedecida em partes. Sendo este o caso, requereríamos fortes evidências de dentro do Novo Testamento para pensarmos que a palavra “lei” em certos textos possa ser aplicada a uma parte apenas da lei.<a style="mso-footnote-id:ftn3" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language: AR-SA">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Ele afirmou, inclusive, que “nomos para Paulo é basicamente um todo único e indivisível [...] A lógica do argumento de Paulo proíbe uma distinção nítida entre lei moral e lei cerimonial” (1983, p. 84)<a style="mso-footnote-id:ftn4" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%">Entendemos ser a lei, de fato, uma “unidade”, no sentido de que toda a lei, em qualquer de suas proposições (como um todo), revela a expressa vontade de Deus para o Seu povo, e a transgressão desta (em qualquer de suas partes) acarreta sempre em separação com Ele. Contudo, não perceber diversidade na lei é fechar os olhos para os diferentes propósitos nela apresentados. Os Dez Mandamentos, por exemplo, apresentam a disposição que o povo de Deus deve ter para com Ele e para com seu próximo, e assim, reflete um propósito diferente daquele estabelecido nas cerimônias prescritas na lei, que visavam claramente, segundo nos é dito no N. T., prefigurar, como que por meio de “sombras”, símbolos e tipos, a obra e o ministério que seria desempenhado pelo Messias prometido.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%">Embora Moo afirme que o apóstolo Paulo opere com este conceito de Lei una e indivisível, isto se torna um grande problema quando lemos em Romanos que, mesmo se utilizando muitas vezes da palavra <i>nomos</i> (Lei) como alusão a lei mosaica (Rom 2: 22-23, 7: 7 <i>etc</i>., onde cita mandamentos expressos no Decálogo entregue por Deus a Moisés), este também se refere aos Salmos 5:9; 10:7; 14:1-3; 36:1; 53:1-3 e 140:3, bem como de Isaías 59:7,8, como sendo igualmente lei (<i>nomos</i>) em Rom 3:10-19, apresentando um conceito de lei que se estende para além da lei mosaica. Ele concebe ainda a existência de uma “lei das obras” (<i><span style="font-family:"Sylfaen","serif";mso-bidi-font-family: Sylfaen">έ</span></i><i><span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol;mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family:Symbol"><span style="mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family:Symbol">r</span></span></i><i><span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol;mso-char-type:symbol; mso-symbol-font-family:Symbol"><span style="mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family: Symbol">g</span></span></i><i><span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol;mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family:Symbol"><span style="mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family:Symbol">w</span></span></i><i><span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">n</span></i>) e uma “lei (<span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">n</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif";mso-bidi-font-family:Sylfaen">ó</span><span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">mou p</span>ί<span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">ste<span style="mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family:Symbol"><span style="mso-char-type:symbol;mso-symbol-font-family:Symbol">w</span></span>s) </span>da fé” (e para os que afirmam não haverem distinções na lei, Paulo pergunta “Por que lei?” ou “Por qual lei?” – <span style="font-family:"Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family:Sylfaen">δ</span><span style="font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol">i</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family:Sylfaen">ά</span><span style="font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol"> po</span>ί<span style="font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol">on n</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family:Sylfaen">ó</span><span style="font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol">mou</span> - (Rom 3:27), ao que também nós questionamos com uma certa dose de ironia: há mais de uma lei?), e apresenta a “justificação” como sendo proveniente da fé, “independentemente das obras da lei” (Rom 3:28), não esquecendo de acrescentar mais adiante que a lei não é anulada pela fé, mas antes, confirmada por esta (Rom 3:31), demonstrando que isto não é uma novidade apresentada por Jesus ao dar-se início a Nova Aliança, mas, por meio do exemplo de homens como Abraão e Davi, busca provar como a justificação pela graça mediante a fé sempre foi o meio pelo qual Deus salvou os Seus (o que é consistente com o ensino de Hebreus 11). No capítulo 7, inclusive, Paulo faz uma grande exposição de como a lei de Deus revelou as facetas do pecado, e este mesmo pecado, em virtude de sua malignidade, acabou por distorcer a santa lei, afim de que esta, que fora dada para a vida, se tornasse em morte. Paulo indaga: “Que diremos, pois? É a lei pecado?” E ele mesmo responde: “De modo nenhum!” (Rom 7:7). O apóstolo afirma que a lei do Senhor “é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom” (Rom 7:12). Diz também que esta lei é “espiritual” (Rom 7:14), de sorte que “no tocante ao homem interior” ele tem “prazer na lei de Deus” (Rom 7:22) e dá “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor”, que o livrou do “corpo desta morte”, de maneira que ele, de si mesmo, com a mente, é “escravo da lei de Deus” (<span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">n</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif";mso-bidi-font-family:Sylfaen">ó</span><span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">m<span style="mso-char-type: symbol;mso-symbol-font-family:Symbol"><span style="mso-char-type:symbol; mso-symbol-font-family:Symbol">w</span></span> </span><span style="font-family: "Sylfaen","serif";mso-bidi-font-family:Sylfaen">θ</span><span style="font-family: Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">eo</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family:Sylfaen">ύ)</span>, embora na carne, em virtude do pecado, o seja da “lei do pecado” (Rom 7:24-25). Além desta “lei (<span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">n</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif";mso-bidi-font-family:Sylfaen">ó</span><span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">m<span style="mso-char-type: symbol;mso-symbol-font-family:Symbol"><span style="mso-char-type:symbol; mso-symbol-font-family:Symbol">w</span></span> amart</span>ί<span style="font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">a</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif";mso-bidi-font-family:Sylfaen">ς</span>) do pecado” (Rom 7: 23), Paulo ainda trata de uma “lei (<span style="font-family: Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">n</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family:Sylfaen">ó</span><span style="font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol">mou</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family:Sylfaen"> </span><span style="font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol">tou an</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family:Sylfaen">δ</span><span style="font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol">r</span><span style="font-family:"Sylfaen","serif"; mso-bidi-font-family:Sylfaen">óς</span>) conjugal” (Rom 7: 2), o que parece expressar distinções demais para uma lei tão indivisível.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%">As próprias punições previstas na lei do A. T. eram diferenciadas de acordo com a transgressão cometida; e isto revela um pouco desta diversidade também, pois, conquanto cada transgressão fosse absolutamente abominável aos olhos do Senhor, o nível de severidade aplicado na punição não era o mesmo. É como o Dr. Don Kistler (1999, p. 09) coloca ao citar Jonathan Edwards: </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Todo pecado é de proporção infinita, e é mais ou menos hediondo, dependendo da honra da pessoa ofendida. Desde que Deus é infinitamente santo, o pecado é infinitamente mal.” Isto é o porquê de não haver tal coisa como um pecadinho, pois o menor pecado é um ato de traição cósmica cometido contra um Deus infinitamente santo.<a style="mso-footnote-id: ftn5" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%">Se encararmos a Lei de uma maneira estrita, como uma unidade somente, a punição deveria ser a mesma para cada transgressão desta, e nem mesmo existiria algo como diferenciação entre transgressões. Talvez por esta razão o próprio Dr. Moo, como bem nos faz lembrar Walter C. Kaiser Jr. (<i>apud</i> GUNDRY, 2003, p. 203), um ano após ter escrito <i>“Law,” “Works of the Law,” and Legalism in Paul</i>, comentou que:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Embora seja verdadeiro que uma distinção teórica [entre lei moral e lei cerimonial] [...] não era feita, surge, por exemplo, em Filon e Qumrã, uma diferenciação <i>prática</i> desse tipo. A apropriação que Jesus faz da ênfase profética sobre a necessidade de uma obediência <i>interior</i>, o seu comentário sobre “os mandamentos mais importantes”, a elevação do mandamento do amor [...], tudo sugere que ele tenha operado com esse tipo de distinção [...] Não é ilegítimo encontrar a semente desse tipo de distinção em textos como Marcos 7.1-23.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Tendo em vista que mesmo Moo, defensor do conceito de lei como unidade, atesta a grande probabilidade de Jesus operar com uma espécie de distinção dentro da lei mosaica em mente, e conscientes de haverem diferentes aspectos, qualidades ou áreas sobre as quais esta legisla, como dantes mencionado, abordaremos a lei do ponto de vista historicamente aceito pela tradição reformada; como um todo que abrange áreas diferentes, tais como: civil, religiosa e moral.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Por fim, gostaríamos de declarar ainda, nosso acordo com Kaiser no que diz respeito à aplicabilidade e permanência de certos aspectos da lei das Escrituras do Antigo no Novo Testamento. Ele nos aconselha a observarmos a razão pela qual ordens, costumes ou exemplos históricos aparecem no texto bíblico, e, assim, ponderarmos: “Se a razão para a prática ou ordem que está sendo questionada tem como base a natureza de Deus, então essa prática ou ordem é relevante para todos e em todas as épocas” (KAISER E SILVA, 2009, p.179). Entendendo que muitos aspectos da lei mosaica estavam intrinsecamente fundamentados na natureza e caráter de Deus (o que chamamos de “Lei Moral”), defenderemos sua permanência não só no Novo Testamento e ensino de Jesus, mas na própria sociedade de nossos dias.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><span style="color:black">3 “NÃO PENSEM QUE VIM ABOLIR A LEI E OS PROFETAS...” (MAT. 5:17).</span></b><span style="color:black"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"> Cristo aqui estabelece Sua clara relação para com a Lei: Cumprimento! Ou nas palavras de R. V. G. Tasker (1980, p. 51): “Nesta seção Jesus insiste em que em seu ensino ele não está, de modo nenhum, contradizendo a lei mosaica, embora esteja em oposição ao tipo legalista de religião que os escribas haviam construído sobre ela”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;background:white"><span style="color:black">George Eldon Ladd (2003, p. 168) nos chama a atenção para o comportamento de Jesus em relação à lei de Moisés durante Sua vida e ministério:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size:10.0pt;color:black">Ele [Jesus] considerou o Antigo Testamento como a Palavra inspirada de Deus, e a Lei como a regra de vida que fora divinamente outorgada aos homens. Ele próprio obedeceu às injunções da Lei (MT. 17:27; 23:23; Mc 14:12) e nunca criticou o Antigo Testamento, como se este não fosse a Palavra de Deus. Na verdade, sua missão efetiva foi o cumprimento do verdadeiro propósito da Lei (Mt. 5:17).</span><span style="color:black"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"> Todavia, na opinião de Geisler e Howe (1999, p. 338) a questão não parece tão simples, visto que para eles, em certa ocasião “[...] Jesus aprovou seus discípulos quando eles quebraram a lei dos judeus quanto ao trabalho no sábado (Mc. 2:24), e o próprio Jesus aparentemente aboliu a lei cerimonial ao considerar puros todos os alimentos (Mc 7:19)”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;background:white"><span style="color:black">É óbvio que o Senhor Jesus jamais quebrou lei alguma, e, caso ele tivesse ensinado ou aprovado tal prática com relação à lei mosaica, incorreria em imensa contradição, visto que Seu pronunciamento no Sermão do Monte fora: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus” (Mt. 5:19). Os próprios autores, Geisler e Howe, parecem tentar resolver o problema reafirmando aquilo que Ladd dissera anteriormente, ou seja, que “Durante sua vida terrena, Jesus sempre guardou pessoalmente a Lei de Moisés, inclusive oferecendo sacrifícios aos sacerdotes judeus (Mt 8:4), participando das festas judias (Jo 7:10) e comendo o cordeiro pascal (Mt 26:19)”; e acrescentam que, ao contrário da Lei, o que Jesus violava, “De vez em quando”, eram “[...] as tradições falsas dos fariseus, que tinham sido levantadas em torno da Lei (cf. Mt 5:43-44), repreendendo-os: ‘Invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição’ (Mt 15:6) (1999, p. 338)”. Eles procuram harmonizar o ensino de Cristo aqui (Mt. 7:17:20), com os textos supracitados, de Mc. 2:24 (quanto ao sábado) e Mc 7:19 (quanto a cessão da lei que envolvia o consumo de alimentos), colocando-o em termos de:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify;background:white"><span style="font-size:10.0pt;color:black">[...] <i>aspectos</i> cerimoniais e tipológicos da Lei de Moisés [que] foram de forma clara abolidos quando Jesus, o nosso cordeiro pascal (1 Co 5:7), cumpriu os tipos e predições da Lei quanto à sua primeira vinda (cf. Hb 7-10). Nesse sentido, Jesus claramente aboliu os aspectos cerimoniais e tipológicos da Lei, não destruindo-a, mas cumprindo-a (1999, p. 338).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><span style="mso-tab-count:1"> </span>A partir daqui muitos inferem que, se Cristo, ao cumprir tais aspectos “cerimoniais e tipológicos”, os aboliu (desde que estes se tornaram desnecessários), o que impede, então, de afirmar-se que ao cumprir “a lei e os Profetas” Ele também fez o mesmo para com esta, como um todo? O caso é que se generalizarmos deste modo a questão, as palavras de Jesus perderão completamente qualquer sentido de cognocibilidade, pois poderíamos assegurar categoricamente, se for este o caso, que quando Ele afirmou “não vim abolir, mas cumprir” (Mt. 5:17), Sua intenção era declarar: “Não vim abolir, mas abolir!”, e isto não faz sentido. Alguns ainda o colocam desta maneira: “Não vim abolir, sem antes cumprir”, mas não é isto o que o texto diz, e tal abordagem descarta completamente a ênfase da negativa de Jesus: “NÃO vim abolir”. Por tanto, após termos analisado brevemente esta relação entre Cristo e a lei, faz-se necessário compreendermos o significado da expressão “cumprimento” em Jesus para respondermos se existe ainda algum aspecto sobre o qual o cristão permanece debaixo da Lei, ou se literalmente Cristo nos tornou “fora da lei”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><span style="color:black">4 EM QUE SENTIDO CRISTO VEIO CUMPRIR A LEI? (MAT 5:17-20)<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><span style="color:black"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><span style="mso-tab-count:1"> </span>A idéia de que Cristo veio cumprir a Lei e os Profetas parece ser tão chocante para alguns que muitos chegam a dar asas à imaginação em busca de uma resposta que corresponda melhor as suas teorias, mas isso parece esbarrar num grave problema hermenêutico, visto que o intérprete acaba se recusando a aceitar a clara proposta do autor e busca em fontes outras, que não o texto, a base para suas considerações, como o fez W. C. Allen (<i>apud</i> STOTT, 2008, p. 72) que, não encontrando uma maneira de adequar Mateus 5:18, 19 a sua interpretação, finda declarando, nos moldes do método histórico-crítico, que tais versículos “não pertenciam originalmente ao sermão, mas que foram ali colocados pelo editor”, pois sob seu ponto de vista “a atitude para com a lei aqui descrita é inconsistente com o teor geral do sermão”. Também bebendo desta fonte hermenêutica, Günther Bornkamm</span> (2005, p. 167), discípulo de Bultmann, argumenta que o texto de Mt 5:17-19 deve ter surgido em uma situação de conflito da igreja primitiva, entre aqueles que possuíam “[...] uma tendência rigorosa quanto à lei” e aqueles que “proclamavam como missão de Jesus a anulação da vontade de Deus atestada na Escritura e a instauração de uma nova era isenta da lei”.<span style="color:black"> Para Bornkamm, esta circunstância teria sido a responsável por colocar tais palavras “[...] na boca de Jesus”. Ele imagina que “o dito seja proveniente da comunidade palestinense que seguia rigorosamente a lei”. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%;background:white"><span style="color:black">John Stott (2008, p. 72) responde bem a estas críticas ao retrucar que “este é um julgamento inteiramente subjetivo e, além de tudo, não resolve o dilema. Tudo o que consegue fazer é remover a suposta discrepância dos ensinamentos de Jesus”, aplicando-a “[...] ao primeiro evangelista ou, através dele, a alguma primitiva comunidade cristã”. A abordagem de Allen, levando-se em conta as devidas divergências doutrinárias entre ambas as abordagens, parece fazer eco ao método adotado pelo “[..] famoso herege do segundo século, Marcion, que reescreveu o Novo Testamento, eliminando as referências que este faz ao Velho, [e] naturalmente apagou esta passagem” (STOTT, 2008, p. 65-66). Stott (2008, p. 66) escreve que alguns dos discípulos de Marcion “[...] foram mais longe. Atreveram-se até a inverter o seu significado, mudando os verbos de modo que a sentença, então, passasse a dizer o seguinte: ‘Eu vim, não para cumprir a lei e os profetas, mas para aboli-los!’”. Isto nos dá a impressão de que, com base em nossos pressupostos, podemos abandonar ou retirar as palavras de qualquer texto desde que não sejam condizentes com a nossa interpretação pré-concebida, desconsiderando completamente o papel do texto em si.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Contrariando as abordagens acima, que visam eliminar a palavra “cumprir” ou o sentido desta, Vincent Cheung (2004, p. 52)<a style="mso-footnote-id:ftn6" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn6" name="_ftnref6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> declara ser provável que Jesus tivesse três sentidos em mente ao fazer uso da mesma. Para Cheung, em primeiro lugar, Jesus queria dizer que “veio para expor a lei de modo completo”, em oposição “[...] as tradições e interpretações errôneas humanas, de forma que as exigências de Deus possam ser verdadeiramente conhecidas, e que o povo de Deus possa aprender o significado pleno e proposto pela lei e obedecer a isso”<a style="mso-footnote-id:ftn7" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn7" name="_ftnref7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Em segundo lugar, ele acredita que o Senhor Jesus queria dizer que “veio para cumprir plenamente os verdadeiros requerimentos da lei”, ou seja, “ele veio como alguém nascido sob a lei para lhe obedecer completamente, de sorte que pudesse ser um redentor perfeito para o seu povo”<a style="mso-footnote-id: ftn8" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn8" name="_ftnref8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. E em último lugar, ele afirma que as palavras de Jesus queriam passar a mensagem de que ele “[...] veio para consumar plenamente as profecias na lei com respeito ao Messias. Isto é, tudo o que a lei diz sobre o Cristo seria cumprido nesse”<a style="mso-footnote-id:ftn9" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn9" name="_ftnref9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Alguns intérpretes, mesmo que concordando que Jesus viera cumprir os três sentidos apresentados por Cheung, afirmam que, ao se valer da palavra “cumprir”, Cristo tinha em mente apenas o último sentido, e o ponto de partida para esta conclusão vem das palavras mencionadas no próximo versículo (v. 18) as quais afirmam que “nada na lei desaparecerá até que tudo ‘se cumpra’, o que parece indicar que por ‘cumprir’ ele quis dizer que o que diz a lei, por fim, suceder-se-á na pessoa de Cristo” (CHEUNG, 2004, p. 52)<a style="mso-footnote-id: ftn10" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn10" name="_ftnref10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Cheung (2004, p. 52) argumenta ainda que “conquanto o versículo 18 decerto declare o terceiro sentido de cumprimento, não exclui automaticamente os outros dois”, visto que o segundo sentido está englobado no terceiro, ou seja, “[...] ao afirmar que o que a lei diz respeitante ao Messias seria cumprido em Jesus (o terceiro sentido), afirmamos automaticamente que Jesus levou a cabo todos os requerimentos da lei (o segundo sentido)”<a style="mso-footnote-id:ftn11" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn11" name="_ftnref11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Este faz muito bem ao relembrar o texto de Hebreus 10.7 para sustentar esta posição.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Sobre o primeiro sentido, ele destaca os versículos 19 e 20 de Mateus 5, onde se lê que será maior no reino dos céus aquele que “praticar e ensinar” os mandamentos da lei de Deus, e refere-se à justiça que excede a dos escribas e fariseus. Logo após, Cristo parece colocar este princípio em prática ao fazer uma longa exposição da lei contrapondo os ensinos e práticas falsos “[...] dos fariseus e líderes judeus, corrigindo-os” (CHEUNG, 2004, pp. 52, 53)<a style="mso-footnote-id: ftn12" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn12" name="_ftnref12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Moisés Silva (KAISER E SILVA, 2009, p. 108) nos faz lembrar que “a palavra <i>profecia</i> não deve simplesmente ser identificada como predição”, e acrescenta que “particularmente no evangelho de Mateus, a noção do cumprimento profético tem uma extensão bastante ampla, que inclui não apenas a realização de uma predição, mas também idéias como a concessão de uma promessa e o concluir dos planos de Deus”. Embora este comentário seja de grande valia ao interpretarmos Mateus, não se contrapõe a idéia exposta até aqui e, não obstante nos leve a ponderar mais criteriosamente algumas passagens, não nos dá qualquer margem para compreendermos “cumprimento” como sinônimo de “abolição”. Isto é mudar completamente o sentido do texto. A “concessão de uma promessa” ou “o concluir dos planos de Deus” está em plena harmonia com um ou mais dos três sentidos supra-apresentados.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><b><span style="color:black"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%;background:white"><b><span style="color:black">5 CRISTO, OS ESCRIBAS, OS FARISEUS E A LEI (MAT 5:21-48)<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%;background:white"><span style="color:black"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Vincent Cheung (2004, p. 52) expõe o fato de que o próprio Jesus, durante Seu ministério, deparou-se “[...] com alguns mal-entendidos”, e afirma que isso não se deu em decorrência de Seu ensino ser contrário ao Antigo Testamento, mas “[...] o oposto é que era verdadeiro”. Para Cheung:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">Um problema era que as autoridades religiosas judaicas tinham adicionado tantas tradições humanas à lei de Deus que, quando Jesus se opunha a tais tradições, desobedecendo-as, o povo entendia-o incorretamente, como se opondo e desobedecendo a própria lei.<a style="mso-footnote-id:ftn13" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn13" name="_ftnref13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Bornkamm (2005, p.163) sustenta a opinião contrária de que “Jesus apresenta-se como um escriba”. Ele tenta desenvolver a idéia de que Cristo não havia se “[...] retirado definitivamente da comunhão com os escribas e fariseus”, alegando que Ele, repetidamente, encontrava-se “[...] hospedado em suas casas [...] esforçando-se em diálogos para obter sua concordância”. Todavia, isto é completamente inconsistente com o testemunho do Evangelho. Cristo, por diversas vezes, não apenas se distingue dos mestres da lei e fariseus, mas dirigi-lhes palavras extremamente ofensivas (como, por exemplo, “raça de víboras!” – Mat 12:34; 23:33), pondo-os à parte do “reino dos céus” (haja vista a necessidade de uma justiça superior a daqueles – Mat 5:20) e chegando mesmo a chamar-lhes de filhos do Diabo (João 8:44), o que dificilmente traria para Si a concordância que Bornkamm julgava ser almejada por Ele. A alegação de que Jesus “[...] jamais os censurou por não levarem a lei ao pé da letra” (BORNKAMM, 2005, p. 167) é inteiramente descabida, pois, a grande crítica levantada em torno deles era a de que transgrediam o mandamento de Deus em virtude de suas próprias tradições (Mat 15:3,16; Mar 7:8,9,13). </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Moisés Silva (KAISER E SILVA, p. 113), esclarece que “uma característica básica do pensamento rabínico era a ênfase nas duas Torás: a lei escrita (a Bíblia hebraica, especialmente os cinco livros de Moisés) e a lei oral (as tradições dos anciãos)”. Silva ainda acresce o fato de que, em certa medida, a lei oral poderia ser encarada “[...] como uma interpretação e uma aplicação da lei escrita”; todavia, o caso é que “[...] muito dela consistia de debates que tratavam de questões técnicas legais, o que levou ao desenvolvimento de novas regulamentações”, muitas das quais, “Ironicamente, [...] tiveram o efeito de embotar a força dos mandamentos bíblicos”. Portanto, como Stott bem ressalta, fazendo referência aos versículos posteriores, onde Jesus traz o contraste entre o “<i>ouvistes que foi dito aos antigos</i> (vs. 21, 33), ou <i>ouvistes que foi dito</i> (vs. 27, 38, 43); ou, mais resumidamente ainda, <i>também foi dito</i> (vs. 31)” (STOTT, 2008, pp. 70, 71) e sua própria autoridade (“Eu, porém, vos digo”), “[...] fica evidente que as antíteses não colocam Cristo e Moisés em oposição um ao outro, como Bornkamm parece defender numa nota de rodapé (2005, p. 167), nem o Velho Testamento oposto ao Novo, ou o Evangelho à lei” (STOTT, 2008, pp. 72, 73), mesmo porque “As palavras comuns para estas fórmulas são <i>foi dito</i>, que representam o verbo grego <i>errethē</i>”, o qual “não era a palavra que Jesus usava quando citava as Escrituras” (STOTT, 2008, p. 71), diferindo tanto no verbo quanto no tempo, valendo-se de <i>gregraptai</i> (perfeito, “está escrito”) ao contrário de <i>errethē</i> (aoristo, “foi dito”), ficando claro, assim, que “a verdadeira interpretação que Cristo apresentou da lei é que se opõe às falsas interpretações dos escribas, e, conseqüentemente, a justiça cristã é que se opõe à dos fariseus, como o versículo 19 preconiza” (STOTT, 2008, p. 73). Deste modo, torna-se absolutamente impossível qualquer tentativa de torcer as palavras de Jesus afim de que elas digam que Seu propósito era abolir a lei.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>É verdade que, como escreveu Stott (2008, p. 70):</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;text-align:justify"><span style="font-size:10.0pt">À primeira vista, em cada exemplo o que Jesus cita parece ter vindo da lei mosaica. Todos os sei exemplos, ou consistem de algum eco, ou incluem algum eco da lei. Por exemplo: <i>Não matarás</i> (v. 21); <i>Não adulterarás</i> (v. 27), <i>Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio</i> (v. 31).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Contudo, em lugar algum da lei mosaica encontraremos o mandamento para odiar os nossos inimigos (v. 43), embora o “amarás o teu próximo” tenha sido retirado de Levítico 19:18. O próprio Stott (2008, pp.71, 72) nos conclama a analisarmos a afirmação de Jesus, a qual apresenta, de “[...] maneira bastante inequívoca, [...] sua própria atitude para com a lei e qual deveria ser a dos seus discípulos”, sendo o “cumprimento” em seu caso e “obediência” no caso dos discípulos. Ele ainda nos interroga, ao fazer-nos recordar as palavras de Cristo a respeito de que “nem um til ou um i passaria”, mas pelo contrário, “tudo tinha de se cumprir”, e pergunta: “Será que poderíamos, com seriedade, supor que Jesus se contradisse? Que ele praticasse o que tinha acabado de declarar categoricamente que não viera fazer, e que eles não deveriam fazer?”. Para Stott, o grande dilema era este: “se nas antíteses Jesus contradizia Moisés, estava com isso contradizendo-se a si mesmo”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O grande pregador D. Martyn Lloyd-Jones (2008, p. 197) também sustentava a idéia de que “nos versículos 21 a 48 nosso Senhor ocupa-se, primariamente, em oferecer-nos a verdadeira exposição da lei”. Ele compara “A condição em que os judeus viviam, nos tempos de nosso Senhor”, com “[...] à do povo inglês, antes da Reforma Protestante” (2008, p. 198). Um período em que não havia qualquer tradução na língua inglesa das Sagradas Escrituras, “[...] mas tão somente eram lidas, domingo após domingo, em latim, a uma população que desconhecia o latim. E o resultado disso é que o povo ficava inteiramente dependente dos sacerdotes católicos quanto ao conhecimento da Bíblia”. Deste modo, um povo que não era capaz de ler as Escrituras para si, nem mesmo “[...] de averiguar e confirmar o que estavam ouvindo dos vários púlpitos nos domingos ou nos dias úteis da semana”, acabava obrigado a aceitar qualquer das supostas exposições feitas por aqueles clérigos romanos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Para Lloyd-Jones, ao colocar a Bíblia na mão do povo, o que a Reforma Protestante fez foi capacitá-los “[...] a lerem individualmente as Escrituras”, o que os levou a perceber “[...] quão falso era o ensino que se fazia passar por ensino evangélico, que lhes havia sido impingido por tanto tempo”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Tal exemplo nos serve de boa ilustração, em virtude dos filhos de Israel falarem naquela época, na Palestina, o aramaico e não mais o hebraico, devido terem se esquecido daquele idioma durante o período em que passaram no cativeiro babilônico, o que acabou por impossibilitá-los de ler a Lei de Moisés tal qual estava escrita e tornou-os totalmente reféns “[...] do ensino dos fariseus e escribas, no tocante a qualquer conhecimento que porventura tivessem da lei” (LLOYD-JONES, 2008, p. 198).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Parafraseando as citações de Jesus quanto ao “Ouvistes...”, Lloyd-Jones (2008, p. 198) declara: “É isto que vocês têm ouvido; é isto que tem sido dito a vocês; essa é a forma de pregação que tem sido exposta diante de vocês nas sinagogas, quando vocês buscam ali a instrução bíblica”, e conclui “[...] o resultado disso era que, aquilo que ouviam da lei nem ao menos era a lei, e, sim, apenas uma imitação da lei, apresentada pelos escribas e fariseus”, dada a grande quantidade de acréscimos derivados de suas próprias tradições que acabavam por se confundirem com a lei em si.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Portanto, Lloyd-Jones (2008, p.202) conclui que “[...] o que importa é o espírito da lei, antes de qualquer outra coisa, e não somente a letra da lei”, ou, como Ladd (2008, p. 87) expôs, “A justiça que o Reino de Deus exige não trata só de atos exteriores de pecado. Ela busca o motivo por trás do ato, da obra, ela busca o coração e lida com o que o homem é em si mesmo diante de Deus”. Lloyd-Jones (2008, p.202) ainda afirma que “não se esperava que a lei viesse a ser algo mecânico, mas, sim, vivificante”, e toda a dificuldade, “[...] no caso dos fariseus e dos escribas, era que eles se concentravam apenas em torno da letra, e excluíam totalmente o espírito da lei”. É o que ele chama de “[...] relação entre forma e conteúdo”, atestando que “o espírito sempre terá de concretizar-se sob alguma forma”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Se Cristo veio tornar mais rígido ou apresentar o real sentido (ou espírito) da lei é matéria que podemos abordar em outro momento. O fato é que qualquer que seja a conclusão a que chegarmos, a lei permanece, em oposição ao falso ensino farisaico e suas artimanhas para “afrouxarem” ou tornarem mais “praticáveis” a santa lei de Deus. Jesus, não a aboliu, muito pelo contrário, ele, “[...] claramente, intensificou a força desses mandamentos, diretamente contra a tendência rabínica de relaxá-los” (KAISER E SILVA, 2009, p. 113).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Segundo Stott (2008, p. 73) a lei consiste em mandamentos (preceitos ou proibições) e permissões. Dentro das seis antíteses que encontramos nos versículos de 21 a 48, quatro se encaixam melhor na categoria de mandamentos e as outras duas na de permissões, as quais “Não pertencem à mesma categoria de ordem moral das outras quatro”. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Ao contrário dos fariseus e escribas, os quais, visando tornar a obediência mais fácil de praticar, buscavam “[...] restringir os mandamentos e esticar as permissões da lei”, tornando “[...] as exigências da lei menos exigentes e as permissões da lei mais permissivas”, o Senhor Jesus insistiu para que “[...] fossem aceitas todas as implicações dos mandamentos de Deus sem a imposição de quaisquer limites artificiais, enquanto que os limites que Deus estabelecera às suas permissões também deveriam ser aceitos e não arbitrariamente ampliados” (STOTT, 2008, pp. 73, 74). Assim, nossa premissa de que Cristo viera cumprir a lei e não aboli-la permanece válida. Por conseguinte, afirmamos com Cheung (2004, p. 53) que “se há alguma mudança quando se fala da relação entre o povo de Deus e a lei desse, ela deve ser entendida no contexto de seu cumprimento, e não anulação”.<a style="mso-footnote-id: ftn14" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn14" name="_ftnref14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></a></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt;text-align:justify;line-height: 150%"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt;text-align:justify;line-height: 150%"><b>6 CONSIDERAÇÕES FINAIS<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt;text-align:justify;line-height: 150%"><b><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b><span style="mso-tab-count:1"> </span></b>Chegamos por fim ao ponto em que devemos interrogar mais uma vez se, de fato, “Cristo nos tornou fora da lei?”, e, a este respeito, buscarmos apresentar uma resposta mais objetiva. Portanto, em certa medida, podemos responder com um altissonante SIM, Cristo nos tornou “fora da lei”. Visto que todas aquelas prescrições quanto a ritos e cerimônias (bem como algumas das regulamentações estabelecidas para o Estado Teocrático de Israel<a style="mso-footnote-id:ftn15" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn15" name="_ftnref15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>) encontraram seu fim na vida e obra de Cristo. “Por exemplo, não temos nenhum sacrifício de animais na igreja, não porque não haja qualquer necessidade de um, mas porque, de uma vez por todas, é Cristo o nosso sacrifício todo suficiente” (CHEUNG, 2004, p. 54)<a style="mso-footnote-id:ftn16" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn16" name="_ftnref16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none">Calvino (2006, 246) aponta para o óbvio sentido espiritual daquelas cerimônias e indaga: “Ora,<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>que<span style="letter-spacing:-.6pt"> coisa </span>mais<span style="letter-spacing: -.6pt"> </span>vã<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>e mais<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>frívola<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>que<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>os<span style="letter-spacing: -.6pt"> </span>homens<span style="letter-spacing:-.6pt"> ofereçam </span>o<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>fétido<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>odor<span style="letter-spacing:-.55pt"> </span>da<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>gordura<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>de<span style="letter-spacing:-.6pt"> </span>animais<span style="letter-spacing:-1.45pt"> </span>a<span style="letter-spacing:-.65pt"> </span>fim<span style="letter-spacing:-.65pt"> </span>de<span style="letter-spacing:-.65pt"> reconciliarem-se com Deus, ou refugiem-se em uma </span>aspersão<span style="letter-spacing:-.1pt"> </span>de<span style="letter-spacing:-.1pt"> </span>água<span style="letter-spacing:-.1pt"> </span>ou<span style="letter-spacing:-.1pt"> </span>de<span style="letter-spacing:-.1pt"> </span>sangue para lavar a impureza da alma?”<a style="mso-footnote-id:ftn17" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn17" name="_ftnref17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. E ainda acrescenta que esta verdade pode ser apreendida do próprio caráter de Deus “[...] pois, sendo Ele espírito, não pode dar-se por satisfeito com um culto e serviço que não seja espiritual”<a style="mso-footnote-id:ftn18" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn18" name="_ftnref18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Para Calvino, “Deus não dispôs dos sacrifícios para que os que o serviam se ocupassem em exercícios terrenos, mas, antes, para que mais alto lhes elevasse o entendimento”<a style="mso-footnote-id:ftn19" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn19" name="_ftnref19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language: AR-SA">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> e, no fim, encontrassem Aquele para quem o sacrifício apontava, sendo justificados pela graça, mediante a fé na esperança do Messias prometido.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none">Todavia, quanto à lei moral que tem origem na própria essência do Ser de Deus, da qual Ele mesmo espera que sejamos imitadores, retrucamos com um veemente NÃO, Cristo não nos tornou fora da lei. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%">Negamos qualquer tentativa de se postular que Cristo nos livrou desta, pois, ela nos foi dada como mandamento eterno e demonstração de amor. Poderíamos perguntar: “No que consiste o amor?” E o apóstolo João nos responderia prontamente: “Nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos” (1 João 5:3). Semelhantemente, o apóstolo Paulo, ao resumir os Dez Mandamentos no mandamento do amor (Rom 13:9), não estava apresentando um novo mandamento totalmente diferente, “Pois estes mandamentos: ‘Não adulterarás’, ‘Não matarás’, ‘Não furtarás’, ‘Não cobiçarás’, e <i>qualquer outro mandamento</i>, todos se <i>resumem</i> neste preceito: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’” (MACARTHUR <i>apud</i> CHEUNG, 2004, p. 55)<a style="mso-footnote-id:ftn20" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn20" name="_ftnref20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[20]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>, de forma que “isso significa que o próprio amor é definido por esses vários mandamentos, e que não é definido sem eles” (CHEUNG, 2004, p. 55)<a style="mso-footnote-id:ftn21" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn21" name="_ftnref21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[21]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. O próprio Paulo conclui em Romanos 13:10: “Portanto, o amor é o cumprimento da Lei”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Estamos cientes de que alguns poderão taxar esta perspectiva de legalista, porém tal percepção procede de uma falsa definição do que vem a ser legalismo. Tais pessoas interpretarão as atitudes legalistas dos escribas e fariseus como estando rigidamente aferradas a lei, contudo esperamos que esta má compreensão tenha sido desfeita nas passagens supracitadas em que, longe de apresentá-los como aqueles que cumpriam rigorosamente a lei de Deus, demonstramos o modo como eles a relaxavam, invalidando a lei de Deus por suas próprias tradições (Mt 15:6).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b><span style="mso-tab-count:1"> </span></b>Encerramos, portanto, afirmando que permanecemos sob a lei moral de Deus, a qual buscamos cumprir não para a nossa própria salvação, mas em virtude de já termos sido salvos e libertos da maldição da lei, como expressão de amor ao nosso Deus que no-la deu para preservar-nos, mostrando-nos por meio de “[...] sentenças facilmente compreensíveis” o modo como distinguir entre o que vem a ser “pecado” (“porque o pecado é a transgressão da lei” – 1 João 3:4), bem como “boas obras” (em oposição as más obras) e o real significado de justiça diante de Deus (CLARK, 1979, p. 2)<a style="mso-footnote-id:ftn22" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftn22" name="_ftnref22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language: AR-SA">[22]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt;text-align:justify;line-height: 150%"><b>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-right:-26.1pt;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">BORNKAMM, G. <b>Jesus de Nazaré</b>. São Paulo: Editora Teológica, 2005.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">CALVINO, J. <b>Intitución de La Religión Cristiana</b>. Capellades, Barcelona: FELiRe, Tomo I, 2006 (tradução minha).</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">CHEUNG, V. <b>The Sermon on the Mount</b>. Boston, 2004.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">CLARK, G. H. The Christian and the Law. </span><b>The Trinity Review</b>. Unicoi, Tennessee, pp. 1-3, Março, 1979 (tradução minha).</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">GEISLER, N.; HOWE, T.. <b>Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia</b>. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">GUNDRY, S. (Org.). <b>Lei e Evangelho: 5 pontos de vista</b>. São Paulo: Vida, 2003.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">HORN, L. T. V. <b>Estudos no Breve Catecismo de Westminster</b>. São Paulo: Os Puritanos, 2<u><sup>a</sup></u> Edição, 2009.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">KAISER, W. C.; SILVA, M.<b> Introdução à Hermenêutica Bíblica</b>. Cultura Cristã: São Paulo, 2<u><sup>a</sup></u> Ed., 2009.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">KISTLER, D. <b>Why Read the Puritans Today?</b>. </span>Morgan, PA: Soli Deo Gloria Publications, 1999 (tradução minha).</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">LADD, G. E.<b> Teologia do Novo Testamento</b>. São Paulo: Hagnos, 2003.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">LADD, G. E. <b>O Evangelho do Reino: estudos bíblicos sobre o Reino de Deus</b>. São Paulo: Shedd Publicações, 2008.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">LLOYD-JONES, D. M. <b>Estudos no Sermão do Monte</b>. São José dos Campos: Editora Fiel, 2008.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">MEISTER, M. F. <b>Lei e Graça</b>. <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">São Paulo: Cultura Cristã, 2003.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">MOO, D. J. “Law,” “Works of the Law,” and Legalism in Paul. </span><b>Westiminster Theological Journal</b>, Deerfield, Illinois, v. 45, n. 1, Primavera, 1983, pp. 74-100 (tradução minha).</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">STOTT, J. R. W. <b>A Mensagem do Sermão do Monte: contracultura cristã</b>. São Paulo: ABU Editora, 3<u><sup>a</sup></u> Edição, 2008.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">TASKER, R. V. G. <b>Mateus: introdução e comentário</b>. São Paulo: Vida Nova, 1980.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">ZASPEL, F. G. Divine Law: A new covenant perspective. <b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">Reformation & Revival</span></b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">, Carol Stream, Illinois, v. 6, n. 3, Verão, 1997, pp. 144-169 (tradução minha).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <div style="mso-element:footnote-list"><!--[if !supportFootnotes]--> <hr align="left" size="1" width="33%"> <!--[endif]--> <div style="mso-element:footnote" id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn1" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="mso-ansi-language:EN-US"> <span lang="EN-US">“in the theology of the Reformers the problems all concentrate themselves so much on the concept of law that the whole of theology (in the sense of the essential structure of theology) stands or falls with it.”<o:p></o:p></span></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn2" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="mso-ansi-language:EN-US"> <span lang="EN-US">“[…] parts of one continuum, rather than contrasting items […] Fuller’s book illustrates how the two forms of the law/gospel antithesis continue to be treated as inter-related”.</span></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn3"> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id:ftn3" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt;mso-ansi-language:EN-US"> “Jews in Jesus' and Paul's day certainly did not divide up the law into categories; on the contrary, there was a strong insistence that the law was a unity and could not be obeyed in parts. This being the case, we would require strong evidence from within the New Testament to think that the word "law" in certain texts can apply only to one part of the law.”</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn4"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn4" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> “[…] </span><span lang="EN-US" style="font-family:BibliaLS;mso-bidi-font-family:BibliaLS;mso-ansi-language: EN-US">nomos</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> is basically for Paul a single indivisible whole […] The logic of Paul’s argument prohibits a neat distinction of moral and ceremonial law”.</span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn5"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn5" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> “‘All sin is of infinite proportion, and it is more or less heinous depending upon the honor of the person offended. Since Gog is infinitely holy, sin is infinitely evil.’ That’s why there’s no such thing as a small sin, because the slightest sin is an act of cosmic treason committed against an infinitely holy God”.<o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn6"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn6" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref6" name="_ftn6" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[6]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Sou grato ao irmão Vanderson Moura por ter-me enviado este texto de Vincent Cheung, bem como por seu excelente trabalho, junto a Felibe Sabino, na tradução do mesmo.</p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn7"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn7" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref7" name="_ftn7" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[7]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> “First, he means that he has come to fully expound the law against human traditions and misinterpretations,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>so<span style="mso-spacerun:yes"> </span>that<span style="mso-spacerun:yes"> </span>God's<span style="mso-spacerun:yes"> </span>demands<span style="mso-spacerun:yes"> </span>may<span style="mso-spacerun:yes"> </span>be<span style="mso-spacerun:yes"> </span>truly<span style="mso-spacerun:yes"> </span>known,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>and<span style="mso-spacerun:yes"> </span>that<span style="mso-spacerun:yes"> </span>God's people may learn and obey the full and intended meaning of the law”.<o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn8"> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id:ftn8" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref8" name="_ftn8" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[8]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt;mso-ansi-language:EN-US"> “Second, he means that he has come to fully perform the true requirements of the law. That is, he has come as one born under the law to fully obey the law, so that he may be a perfect redeemer for his people”.</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US"><o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn9"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn9" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref9" name="_ftn9" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[9]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> “Third,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>he<span style="mso-spacerun:yes"> </span>means<span style="mso-spacerun:yes"> </span>that<span style="mso-spacerun:yes"> </span>he<span style="mso-spacerun:yes"> </span>has<span style="mso-spacerun:yes"> </span>come<span style="mso-spacerun:yes"> </span>to<span style="mso-spacerun:yes"> </span>fully<span style="mso-spacerun:yes"> </span>fulfill<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>prophecies<span style="mso-spacerun:yes"> </span>in<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>law concerning the Messiah. That is, all that the law says about the Christ would be fulfilled in him”.<o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn10"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn10" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref10" name="_ftn10" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[10]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> “Although many commentators, as I do, mention and affirm that Jesus fulfills the law in all three senses, some commentators suggest that, even if it is true that Jesus fulfills the law in all three sense, Jesus intends only the third sense when he uses the word "fulfill." They observe<span style="mso-spacerun:yes"> </span>how<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Jesus<span style="mso-spacerun:yes"> </span>says<span style="mso-spacerun:yes"> </span>in<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>next<span style="mso-spacerun:yes"> </span>verse<span style="mso-spacerun:yes"> </span>that<span style="mso-spacerun:yes"> </span>nothing in<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>law<span style="mso-spacerun:yes"> </span>shall<span style="mso-spacerun:yes"> </span>disappear until everything is<span style="mso-spacerun:yes"> </span>"accomplished," which seems to indicate<span style="mso-spacerun:yes"> </span>that<span style="mso-spacerun:yes"> </span>by "fulfill," he<span style="mso-spacerun:yes"> </span>means that what the law says will finally happen in the person of Christ”.<o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn11"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn11" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref11" name="_ftn11" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[11]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> “By using the word "accomplished," although verse 18 certainly affirms the third sense of fulfillment, it does not automatically exclude the other two senses. In fact, by affirming the third sense, the second sense must also be included, because the second sense is really subsumed under the third sense. That is, by affirming that what the law says concerning the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Messiah<span style="mso-spacerun:yes"> </span>would<span style="mso-spacerun:yes"> </span>be<span style="mso-spacerun:yes"> </span>fulfilled<span style="mso-spacerun:yes"> </span>in<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Jesus<span style="mso-spacerun:yes"> </span>(the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>third<span style="mso-spacerun:yes"> </span>sense),<span style="mso-spacerun:yes"> </span>we<span style="mso-spacerun:yes"> </span>automatically<span style="mso-spacerun:yes"> </span>affirm<span style="mso-spacerun:yes"> </span>that Jesus would perform all the requirements of the law (the second sense)”.<o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn12"> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id:ftn12" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref12" name="_ftn12" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[12]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt;mso-ansi-language:EN-US"> “As<span style="mso-spacerun:yes"> </span>for<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>first<span style="mso-spacerun:yes"> </span>sense,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>that<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Jesus<span style="mso-spacerun:yes"> </span>has<span style="mso-spacerun:yes"> </span>come<span style="mso-spacerun:yes"> </span>to<span style="mso-spacerun:yes"> </span>"fulfill"<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>law<span style="mso-spacerun:yes"> </span>by<span style="mso-spacerun:yes"> </span>fully<span style="mso-spacerun:yes"> </span>expounding<span style="mso-spacerun:yes"> </span>its meanings, demands, and implications, verse 19 says that one who "practices and teaches" the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>commands<span style="mso-spacerun:yes"> </span>of<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>law<span style="mso-spacerun:yes"> </span>is<span style="mso-spacerun:yes"> </span>great<span style="mso-spacerun:yes"> </span>in<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>kingdom<span style="mso-spacerun:yes"> </span>of<span style="mso-spacerun:yes"> </span>heaven,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>and<span style="mso-spacerun:yes"> </span>verse<span style="mso-spacerun:yes"> </span>20<span style="mso-spacerun:yes"> </span>refers<span style="mso-spacerun:yes"> </span>to<span style="mso-spacerun:yes"> </span>a righteousness that surpasses that of the Pharisees. After this comes a lengthy exposition in which Jesus opposes and corrects the false teachings and practices of the Pharisees and Jewish leaders”.</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn13"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn13" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref13" name="_ftn13" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[13]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> Jesus himself encountered similar misunderstandings during his ministry.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>This was not because he taught against the Old Testament; rather, as we will see in a moment, the very opposite was true. One problem was that the Jewish religious authorities had added so many human traditions to the law of God, that when Jesus opposed and disobeyed these traditions, people mistook him as opposing and disobeying the law itself.<o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn14"> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id:ftn14" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref14" name="_ftn14" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[14]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt;mso-ansi-language:EN-US"> “If<span style="mso-spacerun:yes"> </span>there<span style="mso-spacerun:yes"> </span>is<span style="mso-spacerun:yes"> </span>to<span style="mso-spacerun:yes"> </span>be<span style="mso-spacerun:yes"> </span>any<span style="mso-spacerun:yes"> </span>change<span style="mso-spacerun:yes"> </span>when<span style="mso-spacerun:yes"> </span>it<span style="mso-spacerun:yes"> </span>comes<span style="mso-spacerun:yes"> </span>to<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>relationship between<span style="mso-spacerun:yes"> </span>God's<span style="mso-spacerun:yes"> </span>people<span style="mso-spacerun:yes"> </span>and<span style="mso-spacerun:yes"> </span>God's<span style="mso-spacerun:yes"> </span>law,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>it<span style="mso-spacerun:yes"> </span>must<span style="mso-spacerun:yes"> </span>be<span style="mso-spacerun:yes"> </span>understood<span style="mso-spacerun:yes"> </span>in<span style="mso-spacerun:yes"> </span>the<span style="mso-spacerun:yes"> </span>context<span style="mso-spacerun:yes"> </span>of<span style="mso-spacerun:yes"> </span>its fulfillment and not its nullification”.</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn15"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn15" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref15" name="_ftn15" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[15]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Greg L. Bahnsen escreve que a lei jurídica, embora preservando sua autoridade moral, em virtude de “[...] sua forma cultural específica fora desatrelada por meio do desaparecimento da política de ‘estado’ ou ‘corpo’ para a qual fora elaborada” (<i>apud </i>GUNDRY, 2003, p. 72).</p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn16"> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id:ftn16" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref16" name="_ftn16" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[16]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt;mso-ansi-language:EN-US"> “For example,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>we<span style="mso-spacerun:yes"> </span>have<span style="mso-spacerun:yes"> </span>no<span style="mso-spacerun:yes"> </span>animal<span style="mso-spacerun:yes"> </span>sacrifices<span style="mso-spacerun:yes"> </span>at<span style="mso-spacerun:yes"> </span>church<span style="mso-spacerun:yes"> </span>not<span style="mso-spacerun:yes"> </span>because<span style="mso-spacerun:yes"> </span>there<span style="mso-spacerun:yes"> </span>is<span style="mso-spacerun:yes"> </span>no<span style="mso-spacerun:yes"> </span>need<span style="mso-spacerun:yes"> </span>for<span style="mso-spacerun:yes"> </span>a sacrifice, but because Christ is our once-for-all and all-sufficient sacrifice”.</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn17"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn17" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref17" name="_ftn17" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[17]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> “Porque, <span style="font-family:"Arial","sans-serif"">¿</span>qué cosa más vana y más frívola, que El que los hombres ofrezcan grasa y olor hediondo de animales para reconciliar-se con Dios, o refugiarse em uma aspersión de agua o de sangre para lavar la impureza del alma?”<span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn18"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn18" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref18" name="_ftn18" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[18]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> “[...] pues siendo El espíritu, no puede darse por satisfecho com um culto y servicio que no sea espiritual”.</p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn19"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn19" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref19" name="_ftn19" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[19]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> “[...] no ha dispuesto Dios los sacrifícios, para que los que le servían se ocupasen em ejercicios terrenos, sino más bien para levantar su entendímiento más alto”.</p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn20"> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id:ftn20" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref20" name="_ftn20" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[20]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt;mso-ansi-language:EN-US"> "The commandments, 'Do not commit adultery,' 'Do not murder,' 'Do not steal,' 'Do not covet,' and whatever other commandment there may be, are summed up in this one rule: 'Love your neighbor<span style="mso-spacerun:yes"> </span>as<span style="mso-spacerun:yes"> </span>yourself'".</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn21"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn21" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref21" name="_ftn21" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[21]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> “[...] this<span style="mso-spacerun:yes"> </span>means<span style="mso-spacerun:yes"> </span>that<span style="mso-spacerun:yes"> </span>love<span style="mso-spacerun:yes"> </span>itself<span style="mso-spacerun:yes"> </span>is defined<span style="mso-spacerun:yes"> </span>by<span style="mso-spacerun:yes"> </span>these<span style="mso-spacerun:yes"> </span>various<span style="mso-spacerun:yes"> </span>commandments,<span style="mso-spacerun:yes"> </span>and<span style="mso-spacerun:yes"> </span>that<span style="mso-spacerun:yes"> </span>it<span style="mso-spacerun:yes"> </span>is undefined<span style="mso-spacerun:yes"> </span>without<span style="mso-spacerun:yes"> </span>them.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>He concludes, ‘Therefore love is the fulfillment of the law’”.<o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn22"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn22" href="file:///E:/tEOLOGIA/JESUS%20NOS%20TORNOU%20FORA%20DA%20LEI.docx#_ftnref22" name="_ftn22" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[22]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"> “What is sin, What are good works, What is righteousness? We want to do good works, we want to avoid evil works; but how can we distinguish between them? […] The Scripture says precisely what sin is. ‘Sin is the transgression of the law’ (<i>1 John</i> 3:4) […] God has already given us His guidance in easily understood sentences”. </span></p> </div></div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-18409119248496916112011-05-27T06:46:00.000-07:002011-06-10T12:23:53.768-07:00EVANGELISMO CARNAL: O método utilizado pela igreja contemporânea.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4AmgHLhPG5WzqZnvf2rVmgaMa8zRfDgWxeb-yLjIZGn7uFMKNPbwpzEMhtSADOiDgX5BG-iJVBeTkex9kWVsbY7JHysRcq-Uhb53SDQMA9wk_evi3q5d7ljwA26_nwCxP4UNBz-VOy_8/s1600/joio+e+trigo.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 272px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4AmgHLhPG5WzqZnvf2rVmgaMa8zRfDgWxeb-yLjIZGn7uFMKNPbwpzEMhtSADOiDgX5BG-iJVBeTkex9kWVsbY7JHysRcq-Uhb53SDQMA9wk_evi3q5d7ljwA26_nwCxP4UNBz-VOy_8/s400/joio+e+trigo.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5611398211057588514" /></a><p class="MsoNormal" align="right" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" align="right" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:right;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height: 150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT-BR">MESQUITA NETO, Nelson Ávila (E. T. C. S.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="right" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:right;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height: 150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><b><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><b><span style="font-size:14.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">1 INTRODUÇÃO<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">O presente trabalho se propõe a refletir brevemente acerca dos modelos evangelísticos atualmente adotados pela maioria das denominações ditas evangélicas e compará-los ao modelo utilizado por Jesus.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">O termo “carnal” aqui é empregado para evidenciar um caráter que busca apresentar-se atrativo aos não crentes, por assemelhar-se as suas práticas mundanas, de modo a persuadi-los a tornarem-se participantes da igreja. Este segmento visa trazer para a congregação os modismos da sociedade, no que diz respeito a entretenimento, sob um novo rótulo: o “<i>gospel</i>”, ou simplesmente se utiliza de técnicas e metodologias, que embora não possuam sustentabilidade escriturística, são adotadas, dado seus resultados aparentemente “eficientes”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">A pergunta a que nos propomos responder é: “os resultados justificam os meios no processo evangelístico, ou apenas os meios evidenciados na Palavra de Deus (os quais denominamos: espirituais) devem ser empregados?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><b><span style="font-size:14.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">2 CRENTES CARNAIS SÃO FRUTOS DE UM EVANGELISMO CARNAL<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Há algumas décadas divulgou-se dentro dos círculos evangélicos uma ideia concernente à existência de crentes carnais, ou seja, pessoas que haviam sido salvas por meio da fé em Jesus Cristo, mas que permaneciam a viver sem nenhum tipo de mudança aparente em seu estilo de vida pregresso. Tais pessoas poderiam passar a vida inteira na Igreja, sem, contudo, abandonar suas práticas mundanas, e ainda assim seriam consideradas crentes genuínas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Tal ideia talvez tenha sido fomentada, a princípio, em virtude do método evangelístico pragmático, de caráter avivalista, extremamente divulgado e popularizado pelo famoso pregador semi-pelagiano Charles Finney, que, por meio de persuasão emocionalista e técnicas que visavam influenciar e manipular as decisões das pessoas, como, por exemplo, o “Banco dos Aflitos” <a style="mso-footnote-id: ftn1" href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/IMF-VENDAS/Meus%20documentos/MESQUITA%20NETO.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language: AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>, supostamente conduzia multidões a Cristo e, embora muitos continuassem imersos numa vida cheia de pecaminosidade, devido ao alegado “poder” de suas decisões em atender aos apelos dramáticos dos pregadores, eram declarados salvos e crentes. Prova disso é que MacArthur (2009, p. 267), citando um contemporâneo de Finney <a style="mso-footnote-id:ftn2" href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/IMF-VENDAS/Meus%20documentos/MESQUITA%20NETO.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language: AR-SA">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>, escreveu que </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">ao longo de uma década, onde quer que se fosse, uma multidão de pessoas era considerada como convertida, embora fosse conhecido o fato de serem poucos os verdadeiros convertidos de Finney; o qual chegou a declarar posteriormente que “‘[...] um grande contingente deles é uma desgraça para a religião’; como resultado destas deserções, terríveis, inumeráveis e grandes males práticos estão invadindo a igreja em todos os lugares” (2009, p. 267).</span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Mesmo que hoje a teoria do crente carnal não seja muito defendida abertamente, o legado de Finney, o qual ele mesmo, no final de sua vida, chegou a lamentar “[...] que havia surgido um novo tipo de avivamento com o qual ele próprio não poderia concordar” (LOPES, 2007, p. 34), enraizou-se em nossa cultura de tal maneira, que, na prática, tudo o que uma pessoa necessita para ser considerada salva em muitas igrejas é levantar a mão e ir a frente durante um daqueles momentos de apelo. O resto não importa; a salvação delas foi garantida ali, afirmam os pregadores modernos à semelhança de Charles Finney.</span><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Arial","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Se uma pessoa é considerada crente tão somente por participar com regularidade de cultos públicos, poderemos concordar com os proponentes da teoria do “crente carnal”. Todavia, se considerarmos o claro ensino das Escrituras, onde uma pessoa é julgada pelos seus frutos (Mt. 7:16, 20), não importando se ela professa “Senhor, Senhor!” (Mt. 7:21), ou mesmo se é capaz de realizar coisas impressionantes, como curas, exorcismos e milagres (Mt. 7:22), mas é simplesmente reconhecida por fazer a vontade do “Pai que está nos céus” (Mt. 7:21), então nos opomos firmemente a esta teoria, e declaramos a plenos pulmões que um evangelismo apenas interessado em trazer pessoas para dentro de templos, não importando quais meios sejam utilizados para isso, produzirá “carnais”, sem dúvida, mas jamais “crentes”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Ao contrário do ensino de Finney, que, segundo nos é dito por MacArthur, acreditava que os fins justificavam os meios, seguindo os moldes de Maquiavel, e que “Um avivamento (bem como uma conversão) é um resultado tão natural do uso de meios quanto uma colheita resulta da aplicação dos meios apropriados” (2009, p. 264) <a style="mso-footnote-id:ftn3" href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/IMF-VENDAS/Meus%20documentos/MESQUITA%20NETO.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language: AR-SA">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>, asseveramos que o “evangelho” sim, não as capacidades humanas, “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rom. 1:16). Para que esta verdade se torne evidente, analisaremos brevemente o modelo evangelístico empregado por Jesus.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><b><span style="font-size:14.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">3 O MODELO EVANGELÍSTICO DE JESUS <i>VERSUS</i> O MODELO EVANGELÍSTICO DO ENTRETENIMENTO<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Brown (2005, p. 16), sucessor no púlpito de Spurgeon, apontando para os perigos deste tipo de abordagem evangelística pragmática, a qual tem encontrado no entretenimento a chave para alcançar seus objetivos, declarou que “poucas vezes o diabo tem feito coisa mais esperta do que dar à igreja de Cristo a sugestão de que parte de sua missão é prover entretenimento, com o objetivo de atrair pessoas às suas fileiras”. Ainda acrescentando que “<i>em nenhum lugar das Sagradas Escrituras é mencionado que uma das funções da igreja é prover entretenimento ao povo</i>” (2005, p. 16).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Isto provavelmente chocará as mentes de muitos cristãos, visto que a mentalidade de nossa era está impregnada da cultura pragmática do entretenimento, e a influência de filosofias como o relativismo e o pluralismo só contribuem com a promoção de um pensamento contrário ao que foi exposto. Faz-se necessário, então, recriar dentro dos círculos evangélicos aquela antiga prática encontrada entre os Bereanos, que tinha por objetivo provar tudo pela Palavra de Deus. Sabendo que nenhum cristão se oporá ao fato de que devemos ser imitadores de Cristo, olharemos de perto, agora, o método evangelístico de Jesus, a fim de descobrirmos Sua disparidade para com o método pós-moderno.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Enquanto as pessoas nas igrejas de nossos dias parecem estar dispostas a “tudo” em nome do “ganhar almas”, haja vista a expressão corrente nos lábios de muitos ser a de que se deve fazer “loucuras por Jesus”, acreditamos ser sensato meditar um pouco mais nas palavras de Paul Washer (2008, p. 9)</span><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">, o qual nos adverte quanto à tentação de, com o propósito de atrair uma sociedade corrompida ou membros de igrejas carnais, adaptarmos o Evangelho aos modismos de nossa cultura e aos interesses de homens não regenerados, suavizando assim sua ofensa ou tentando civilizar suas exigências radicais. Ele declara</span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"> que “nossas igrejas estão cheias de estratégias para torná-las mais <i>amigáveis</i> por meio de uma reembalagem do Evangelho, removendo a pedra de tropeço, e suavizando a navalha”, e acrescenta que se nos esforçamos para tornar nossas igrejas e mensagens “mais acomodáveis, que as acomodemos a Ele. Se estamos nos esforçando para construir uma igreja ou ministério, que o construamos sobre uma paixão por glorificar a Deus, e um desejo por não ofender Sua majestade”. Devemos almejar as honras do céu e não as da terra (2008, p. 9) <a style="mso-footnote-id:ftn4" href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/IMF-VENDAS/Meus%20documentos/MESQUITA%20NETO.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language: AR-SA">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">É interessante que no ministério de Jesus a pedra de tropeço permaneceu exatamente em seu lugar e a mensagem jamais fora suavizada com o objetivo de tornar-se mais atrativa à mentalidade carnal.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Em lugar algum das escrituras encontramos qualquer encorajamento a um modelo evangelístico respaldado pelo entretenimento; a ordem de Cristo é: “ide por todo o mundo e pregai o evangelho” (Mc 16:15). Em seu ministério foi assim que Cristo agiu, e quando ascendeu ressurreto para a glória, seu legado a igreja fora aquilo que Paulo registrou em Efésios 4:11,12: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Brown (2005, p. 17) questiona quanto a esta passagem: “Onde os entretenedores do público entram? O Espírito Santo se cala a respeito deles; e o seu silêncio é eloqüente (<i style="mso-bidi-font-style:normal">sic</i>)”. De fato, parece que Cristo seria categoricamente reprovado na disciplina de Evangelismo e Missões na maioria dos seminários teológicos de nossos dias, pois Sua ênfase era a pregação da Palavra e o ensino, nada de gracejos ou concessões para que Sua mensagem fosse mais facilmente aceita.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">O apóstolo João nos conta a reação dos ouvintes após um dos sermões de Jesus: “Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (Jo 6:60) e “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.” (Jo 6:66). Brown escreveu acerca disso:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:0cm;margin-bottom:0cm; margin-left:4.0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:normal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">“[...] não observamos que houve qualquer tentativa de aumentar o número daquela reduzida congregação, valendo-se de algo mais agradável para a carne. Tampouco o ouvimos dizer:</span><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-font-size:11.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"> </span><i><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">Precisamos manter a audiência, de qualquer maneira. Então, Pedro, corre em busca daqueles amigos e diz-lhes que amanhã teremos um tipo diferente de culto – uma reunião muito breve e atrativa, com pouca ou talvez nenhuma pregação. Hoje o culto foi dedicado a Deus, mas amanhã teremos uma noite agradável ao povo. Diz-lhes que certamente irão gostar e terão momentos aprazíveis. Vai, rápido, Pedro! Precisamos ganhar o povo a qualquer custo. Se não for pelo evangelho, então que seja pela tolice.</span></i><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-font-size:11.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"> </span><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">Não! Não foi assim que Ele argumentou.</span><span style="font-size: 12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Cristo não voltara atrás, ou amenizara Sua mensagem. A reposta aos doze é inimaginável aos proponentes do evangelismo pragmático contemporâneo: “Quereis também vós outros retirar-vos?” (Jo 6:67).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><b><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">CONSIDERAÇÕES FINAIS<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Afirmamos, portanto, que se realmente somos discípulos de Cristo, devemos ser Seus imitadores em tudo, e assim andar conforme Ele andava.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:black;mso-fareast-language:PT-BR">Observando a postura de Jesus, é inegável o fato de não haver qualquer relação entre Seu método e o método moderno, e isto, por si só, já deveria ser motivo suficiente para nos afastarmos de tais práticas. Contudo, o principal problema com o evangelismo moderno, embora admitamos que existem muitas boas intenções por parte daqueles que o utilizam, é o fato de ele se fundamentar nas capacidades humanas (carnais) em trazer pecadores aos pés do Senhor, e assim, revelar-se ineficaz, visto ser o homem incapaz de operar a obra da regeneração na vida de quem quer que seja. Logo, o método de Jesus, que já se apresenta como “loucura para o mundo”, nos leva a depositar toda a nossa confiança em Seu poder e na Sua graça em chamar os que são Seus a Sua presença.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-fareast-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><b><span style="font-size:14.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">BROWN, Archibald. Entretenimento: Uma estratégia do inimigo. São José dos Campos: Fiel, <b>Fé para Hoje</b>, n° 27, 2005, pp. 15-24.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">LOPES, Augustus Nicodemus. <b>Cheios do Espírito</b>. São Paulo: Vida, 2007.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">MACARTHUR, John. <b>Com Vergonha do Evangelho</b>. São José dos Campos: Fiel, 2009.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">SOUSA, Jadiel Martins. <b>Charles Finney e a Secularização da Igreja</b>. São Paulo: Edição Parakletos, 2002.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;line-height: normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR">WASHER, Paul David. Scandalous Gospel. Muscle Shoals, Alabama: <b>Heart Cry Magazine</b>, n° 59, Nov – Dez, 2008, pp. 8-9 (tradução minha).<o:p></o:p></span></p> <div style="mso-element:footnote-list"><!--[if !supportFootnotes]--><br /> <hr align="left" size="1" width="33%"> <!--[endif]--> <div style="mso-element:footnote" id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText"><a style="mso-footnote-id:ftn1" href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/IMF-VENDAS/Meus%20documentos/MESQUITA%20NETO.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <span style="font-size:10.0pt;color:black">“[...] um local reservado na parte da frente da congregação para onde iam as pessoas preocupadas com sua salvação, a fim de receberem oração ou serem orientadas de forma pessoal e direta” (SOUSA, 2002, pp. 137, 138).</span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align:justify"><a style="mso-footnote-id: ftn2" href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/IMF-VENDAS/Meus%20documentos/MESQUITA%20NETO.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <span style="font-size:10.0pt">MacArthur retira esta citação do livro <i style="mso-bidi-font-style:normal">Perfeccionism</i>, 2 vol. (Nova Iorque, Oxford, 1932), de B. B. Warfield, p. 23.</span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn3"> <p class="MsoFootnoteText"><a style="mso-footnote-id:ftn3" href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/IMF-VENDAS/Meus%20documentos/MESQUITA%20NETO.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="mso-ansi-language:EN-US"> </span><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; mso-ansi-language:EN-US">Acréscimo nosso.</span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p></o:p></span></p> </div> <div style="mso-element:footnote" id="ftn4"> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:normal"><a style="mso-footnote-id:ftn4" href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/IMF-VENDAS/Meus%20documentos/MESQUITA%20NETO.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:11.0pt;line-height:115%;font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font: minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="mso-ansi-language:EN-US"> </span><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:black;mso-ansi-language:EN-US;mso-fareast-language:PT-BR">“We must be careful to shun every temptation to conform our Gospel to the trends of the day or the desires of carnal men. We have no right to water down its offense or civilize its radical demands in order to make it more appealing to a fallen world or carnal church members. Our churches are filled with strategies to make them more seeker-friendly by repackaging the Gospel, removing the stumbling block, and taking the edge off the blade, so that it might be more acceptable to carnal men […] If we are striving to make our church and message accommodating, let us make them accommodating to Him. If we are striving to build a church or ministry, let us build it upon a passion to glorify God, and a desire not to offend His majesty. To the wind with what the world thinks about us. We are not to seek the honors of earth, but the honor of heaven should be our desire.”<o:p></o:p></span></p> </div></div><p></p><span class="Apple-style-span"><div style="mso-element:footnote-list"><div style="mso-element:footnote" id="ftn4"> </div></div></span><p></p><div style="line-height: 150%; font-weight: bold; "><div style="mso-element:footnote" id="ftn4"> </div></div><p></p><div style="mso-element:footnote-list"><div style="mso-element:footnote" id="ftn2"> <p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoFootnoteText"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></p> </div></div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-78945660944859560162011-05-16T11:55:00.000-07:002011-05-16T12:02:13.279-07:00POR QUE LER OS PURITANOS HOJE?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd2rgeABtvG-eka93trwpMvo9vjI3KZT0Z_IWr9jm0Tb-k5vzXXZnSKNZ28UlcnuhRn22nrSxnwsJJ-1sBUlcWPQftdkUeWGqs3MaOFNAJWAdQCXHy3767JwwijvxLDhd9liCqeZvuDH8/s1600/why+read.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 252px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd2rgeABtvG-eka93trwpMvo9vjI3KZT0Z_IWr9jm0Tb-k5vzXXZnSKNZ28UlcnuhRn22nrSxnwsJJ-1sBUlcWPQftdkUeWGqs3MaOFNAJWAdQCXHy3767JwwijvxLDhd9liCqeZvuDH8/s400/why+read.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5607390892152177794" /></a><br /><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span style="font-family:"Times New Roman","serif"">Escrito pelo Rev. Don Kistler e publicado pela Soli Deo Gloria Publications, Morgan, PA, 1999. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span style="font-family:"Times New Roman","serif"">Título original: "<i>Why Read the Puritans Today?</i>"</span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span style="font-family:"Times New Roman","serif"">(Tradução: Nelson Ávila)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span style="font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:"Times New Roman","serif"">Obs: São proibidas cópias ou reproduções deste material para fins lucrativos sem a expressa autorização do autor. Todos os direitos reservados a <i style="mso-bidi-font-style: normal">Copyrighted</i>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%"><span style="font-size:14.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%"><span style="font-size:26.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%"><span style="font-size:26.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><span style="font-size:26.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%"><span style="font-size:26.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">Para minha filha Michelle Anne, cujo semblante encantador é meramente o reflexo de uma arrebatadora beleza de espírito interior.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:150%"><span style="font-size:14.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">Há um encorajador ressurgimento do interesse nos Puritanos e seus escritos em nossos dias. Existem algumas razões para isto. Uma é que as pessoas estão se cansando da religião que oferece coisas que não pode dar. Promessas são feitas, mas as pessoas vêm para aquelas promessas com interesse próprio; e quando as coisas prometidas não se materializam elas ficam desapontadas. Segundo, algumas pessoas estão cansadas da fraca e superficial religião. A maioria das pessoas não louva a Deus porque o Deus do qual eles ouvem falar realmente não é digno de louvor. Ele não é o “alto e sublime.” Ele não é o “Senhor Deus onipotente que reina eternamente.” Ele é apenas “meu amigo,” e a familiaridade nesta área certamente gera desprezo!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Nos Puritanos, as pessoas encontram homens que foram apaixonados e obcecados com o conhecimento de Deus. Eu listei algumas razões do porque nós devemos ler os Puritanos hoje, e cada uma delas é derivada da visão Puritana de Deus e da Escritura.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height: 150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span></span></i><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">1.<i style="mso-bidi-font-style:normal"> Eles elevarão seu conceito de Deus a um nível que você provavelmente nunca pensou ser possível, e mostrarão a você um Deus que é verdadeiramente digno de seu louvor e adoração.</i> Jeremiah Burroughs, em seu livro clássico <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Gospel Worship</i></b>, disse “A razão pela qual louvamos a Deus de forma negligente é porque nós não vemos Deus em Sua glória.” O homem moderno ouve sobre um deus que não é digno de louvor. Por que ele deveria louvar um Deus que quer fazer o bem, mas não pode fazê-lo só porque o homem não quer cooperar! Quem então é soberano? O homem é!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height: 150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span></span></i><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">Talvez uma espécie de aviso seja necessário neste ponto. Uma vez que você começar a ler os Puritanos, você poderá sentir-se, em uma noção espiritual, um pouco solitário. Você começará a ser estimulado sobre o que está lendo e sentindo em seu coração, e então perceberá que não há muitos outros que sabem sobre o que você está falando. E isto pode ser realmente solitário! Quando você começar a ter a visão que Isaías tem de Deus em Isaías 6, e perceber que a realidade de Deus está infinitamente além de qualquer coisa que sua mente possa compreender plenamente, você perceberá que o homem comum não pensa muito sobre Deus de fato, muito menos no nível profundo em que você está pensando.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Uma das razões de pensarmos tão deficientemente é por lermos tão pouco. A leitura nos ajuda a pensar; e nós vivemos numa cultura fotográfica agora, ao invés de uma cultura tipográfica. A maior parte da comunicação é feita através de imagens, vídeos e filmes. O trabalho de pensar é todo feito para nós, e então não somos forçados a lutar com conceitos. Um outro alguém interpreta o que é importante para nós em imagens. Nos dias dos Puritanos, palavras eram congeladas em uma página e forçavam você a lidar com os pensamentos expressados.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>O escritor moderno Neil Postman tem lidado com isto extensivamente em seu livro <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Amusing Ourselves to Death</i></b>. Ele mostra a importante relação entre ler e pensar. Os puritanos eram, acima de tudo, grandes pensadores; e não é coincidência que eles também eram grandes leitores.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>2. <i style="mso-bidi-font-style: normal">Os Puritanos tinham um “caso de amor”, se você preferir, com Cristo; eles escreveram bastante sobre a beleza de Cristo.</i> Um dos maiores Puritanos foi Thomas Goodwin, um Congregacional. Escrevendo a respeito do céu, Goodwin disse, “Se eu estivesse indo para o céu, e descobrisse que Cristo não estava lá, eu iria embora imediatamente; pois um céu sem Cristo seria um inferno para mim.” Céu sem Cristo não é céu, disse Goodwin, e se Cristo não estivesse lá ele não desejava estar lá; pois é a presença de Cristo que fez o céu tão celestial.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>James Dunhan escreveu isto sobre Cantares 5:16 (“Ele é totalmente desejável”) em sua aplicação do sermão: “Se Cristo é totalmente desejável, então tudo o mais é totalmente repugnante.” Nós não sentimos dessa maneira a respeito de Cristo, sentimos? Nós queremos um pouco de Cristo, e um pouco de muitas outras coisas. Mas os verdadeiros Cristãos desejam Cristo e nada mais além de Cristo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Samuel Rutherford, o grande teólogo Escocês, escreveu isto sobre a beleza de Cristo numa carta a um amigo:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:42.55pt;margin-bottom: 10.0pt;margin-left:42.55pt;text-align:justify;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Eu ouso dizer que as canetas dos anjos, línguas dos anjos, ou melhor, em tantos mundos de anjos quanto existam gotas de água em todos os mares, fontes e rios da terra, não são capazes de descrevê-lO para você. Acho que Sua doçura tem crescido sobre mim com a grandeza de dois céus. Ó, pois uma alma precisaria ser tão vasta quanto o círculo máximo dos mais altos céus para conter Seu amor! E ainda assim eu agarraria muito pouco dele. Ó, que visão, ser arrebatado ao céu, naquele belo pomar do Novo Paraíso, e ver, e sentir o aroma, e tocar, e beijar aquele belo campo de flores, aquela perene árvore da vida! Sua simples sombra seria o bastante para mim; uma visão dEle seria o céu para mim.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:42.55pt;margin-bottom: 10.0pt;margin-left:42.55pt;text-align:justify;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Se houvessem dez mil milhares de milhões de mundos, assim como muitos céus, cheios de homens e anjos, Cristo não seria afligido para atender todas as nossas necessidades, e para nos preencher a todos. Cristo é uma fonte de vida; mas quem sabe quão profunda é sua parte mais funda? Coloque a beleza de dez milhares de milhares de paraísos, como o Jardim do Éden, em um; coloque todas as árvores, todas as flores, todos os aromas, todas as cores, todos os sabores, todas as alegrias, todos os encantos e todas as doçuras em um. Ó, que bela e excelente coisa seria esta? E ainda assim seria menor que o mais belo e precioso bem-amado Cristo, tal qual seria uma gota de chuva para todos os mares, rios, lagos e fontes de dez mil planetas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count: 1"> </span>Este é alguém que ama a Cristo, não é?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>3. <i style="mso-bidi-font-style: normal">Os Puritanos nos ajudarão a compreender a suficiência de Cristo</i>. Isto está sob grande ataque em nossa igreja moderna. Você pode ter Cristo para salvá-lo, mas você precisa de psicologia para ajudá-lo com a vida, somos informados. Você pode ter Cristo para salvá-lo e ajudá-lo com suas feridas espirituais, mas você precisa de algo mais para aquelas “profundas dores emocionais” que você está sentindo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Há um título por Ralph Robinson, um contemporâneo de Thomas Watson em Londres, <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Christ All and In All</i></b> [<i style="mso-bidi-font-style:normal">“Cristo é Tudo em Todos”</i> – N. do T.]. Robinson escreveu cerca de 700 paginas sobre Colossenses 3:11, “Cristo é tudo e em todos.” É sobre nossa <u>de</u>ficiência em compreender a <u>su</u>ficiência de Cristo que trata a tiragem. Se Cristo é tudo em todos, como podemos procurar em algo ou alguém mais por respostas?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Em seu livro <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Saints’ Treasury</i></b>, Jeremiah Burroughs tem um sermão sobre aquele mesmo versículo de Colossenses. Burroughs faz esta afirmação: “Certamente Cristo é um objeto suficiente para a satisfação do Pai.” Nenhum de nós questionaria isto, não é? Isaias nos diz que Deus verá o resultado da angústia de Sua alma e ficará satisfeito. Assim, Cristo é o bastante para satisfazer o Pai.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Em seguida, Burroughs continua: “Certamente, então, Cristo é um objeto suficiente para a satisfação de qualquer alma!” Você segue o raciocínio? Para aqueles Cristãos que gastam tanto tempo lamentando sobre sua sorte na vida como se Cristo não fosse o bastante, Burroughs diria, “Que blasfêmia dizer que Cristo é o bastante para satisfazer a Deus, mas Ele não é o bastante para satisfazer você!” Muito antes de haver um Freud, um Puritano tinha resolvido o problema da moderna <i style="mso-bidi-font-style: normal">psycho-babble</i> que tanto tem encantado a igreja de hoje.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>4. <i style="mso-bidi-font-style: normal">Os Puritanos nos ajudam a ver a suficiência das Escrituras para a vida e a piedade</i>. Pedro disse que a Escritura nos dá o conhecimento de Deus, o qual nos dá todas as coisas pertencentes a vida e a piedade. Você já ouviu o grito de guerra da humanidade hoje, não ouviu? “Eu estou procurando por auto-estima,” ou, “Eu só quero me sentir bem comigo mesmo.” Deixem-me assegurá-los, meus amigos, que vocês não precisam de auto-estima; vocês precisam da estima de Cristo! Isaias descobriu quem Deus era e então Isaias soube quem Isaias era! O problema de Isaias foi que ele não gostou do que encontrou em si mesmo!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Em <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Saints’ Treasury</i></b> de Burroughs, seu primeiro sermão é intitulado “A Incomparável Excelência e Santidade de Deus,” baseado em Êxodo 15:11: “Quem é como Tu, Ó Deus, entre as nações?” Burroughs escreve metade do sermão sobre o esplendor de Deus. Então, ele traz na segunda metade do verso: “e quem é como tu, Ó Israel?” Qual é o ponto? Desde que não há ninguém como o seu Deus, não há ninguém como você! Você não precisa ter auto-estima para se sentir bem consigo mesmo; você precisa ter a estima de Cristo </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">você precisa se sentir bem com Deus!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Se o homem é criado à imagem e semelhança de Deus, como pode alguém sequer ter uma falta de auto-estima! Se você é um Cristão, Cristo trocou, uma pela outra, a vida dEle pela sua vida. Isto é o que realmente tem valor!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Os Puritanos eram verdadeiros conselheiros bíblicos, e entenderam que o melhor aconselhamento toma lugar no púlpito quando a Palavra de Deus é aberta, exposta e aplicada. Cerca de 300 anos atrás, Isaac Ambrose escreveu em seu livro <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Christian Warrior</i></b> sobre o perigo de aconselhar-se com homens que não estão mergulhados na Escritura:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:42.55pt;margin-bottom: 10.0pt;margin-left:42.55pt;text-align:justify;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">A alma ferida, que está buscando por conforto, nunca deve procurar o conselho de homens não regenerados; esta não é a maneira designada por Deus. Ai de ti! Tais homens pensarão que você é louco, pois eles não sabem o que problemas por pecado significam. Por que, então, revelar sua doença para aqueles que não são médicos? Vá para Aquele que cura todo tipo de doenças, para que Deus o direcione. Quando Paulo se converteu pela graça divina, ele não consultou carne e sangue, mas instantaneamente obedeceu a Deus. É assim que você deve fazer. Deus, por Seu ministério, o convenceu do perigo dos maus caminhos e da sua obrigação de vir a Ele para ter segurança e conforto? Obedeça instantaneamente, e não se consulte com carne e sangue.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:42.55pt;margin-bottom: 10.0pt;margin-left:42.55pt;text-align:justify;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">O que seus companheiros pecadores o oferecem não é adequado para a cura de sua alma triste e enferma de pecado. O que podem companheiros inúteis fazer para aquietar sua consciência, perdoar seu pecado, sustentar seu espírito, ou enchê-lo com alegria espiritual? Ai de ti! Todas as alegrias deles, “são apenas o crepitar de espinhos debaixo de uma panela;” sonhos e vaidades de suas mais altas alegrias. Que acordo há entre alegria carnal e tristeza espiritual? Não mais que entre a luz e as trevas. Dispense todos eles; afaste-se das tendas destes homens ímpios, e não toque em nada deles, para não ser consumido em todos os seus pecados. <span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Há uma riqueza de conselhos piedosos nos escritos destes homens. Os Puritanos entenderam que problemas espirituais necessitavam de soluções espirituais. Os conselheiros de hoje não pensam em termos de pecado ou problemas da alma, ainda que seja isso o que psicologia significa <span style="mso-spacerun:yes"> </span></span><span style="font-size: 12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">o estudo da alma. O problema é que hoje todo mundo é uma vítima do comportamento de alguma outra pessoa; mas isto não é novidade hoje </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family: "Times New Roman","serif"">o jogo da culpa começou no Jardim do Éden. Adão culpou Eva; Eva culpou a serpente. E nenhum deles poderia culpar sua família disfuncional!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Deus, que criou a alma, e que morreu para redimir a alma, sabe melhor como <i style="mso-bidi-font-style:normal">tratar</i> a alma. E aqueles homens que estão mais familiarizados com Deus são mais capazes de proporcionar cura para a alma. De fato, os Puritanos eram chamados “médicos da alma.” Thomas Watson escreveu um tratado intitulado “Pecado é uma Doença da Alma </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%; font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">Cristo é um Médico da Alma”, o qual está contido em <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Sermons of Thomas Watson</i></b>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>5. <i style="mso-bidi-font-style: normal">Os Puritanos podem nos ensinar acerca da hedionda natureza do pecado</i>. Edward Reynolds escreveu um livro chamado <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Sinfulness of Sin</i></b><i style="mso-bidi-font-style:normal"> </i>[A Malignidade do Pecado]; Jeremiah Burroughs escreveu <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style: normal">The Evil of Evils</i></b> [O Mal dos Males]. Não há doutrina que seja mais importante para a ortodoxia do que esta, porque se você estiver por fora da doutrina do pecado, estará por fora de qualquer outra doutrina. Este é o fio que desfiará o suéter teológico inteiro. Watson escreveu uma obra-prima em quatro curtos sermões intitulados <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The mischief of Sin</i></b> [A Injúria do Pecado].<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Burroughs escreveu 67 capítulos sobre esta premissa: O pecado é pior que o sofrimento; mas as pessoas farão tudo o que podem para evitar o sofrimento, mas quase nada para evitar o pecado. O pecado é pior que o sofrimento, contudo, porque o pecado dá origem ao sofrimento. Burroughs traça o ponto de que o pecado é pior que o inferno, porque o pecado <i style="mso-bidi-font-style:normal">originou</i> o inferno. E a coisa que dá origem é maior do que a que é originada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Obadiah Sedgwick, um proeminente presbiteriano de Londres que era membro da Assembléia de Westminster, escreveu um penetrante livro intitulado <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Anatomy of Secret Sins</i></b> [A Anatomia dos Pecados Ocultos], um tratado inteiro sobre a peleja de Davi para libertar-se dos pecados ocultos, daqueles pecados escondidos profundamente nos recantos de nossos corações que ninguém mais além de nós e Deus sabem que estão lá, mas que são tão perversos e condenáveis quanto qualquer outro pecado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Jonathan Edwards disse isso sobre o pecado: “Todo pecado é de proporção infinita, e é mais ou menos hediondo, dependendo da honra da pessoa ofendida. Desde que Deus é infinitamente santo, o pecado é infinitamente mal.” Isto é o porquê de não haver tal coisa como um pecadinho, pois o menor pecado é um ato de traição cósmica cometido contra um Deus infinitamente santo. Não se ouve mais muitas verdades como essa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Este material, em seu puro valor literário, é simplesmente inestimável. Em “Pecadores nas Mãos de um Deus Irado” (contido em nosso livro <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Wrath of Almighty God</i></b> [A Ira do Deus Todo-Poderoso]), de Edwards, a imagem é sem igual. Ele compara Deus a um arqueiro com um arco firmemente esticado e com uma flecha apontada direto para o coração do pecador; os braços do arqueiro estão tremendo porque o arco está sendo puxado com muita força, e ele diz que a única coisa que impede Deus de deixar que a flecha voe e se afogue no sangue do pecador é a mera boa vontade de um Deus que está infinitamente irado com o pecado todos os dias. Um escritor secular que estava pesquisando sobre Edwards recebeu esta pergunta de um cristão: “Você sabe, se Edwards estiver certo, que a flecha está apontada para o seu coração. Como você pode dormir à noite?” A resposta foi esta: “Algumas vezes eu não consigo! Eu só peço a Deus que ele esteja errado!”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>6. <i style="mso-bidi-font-style: normal">Os Puritanos nos ajudarão com a vida prática</i>. O <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Christian Directory</i></b> de Richard Baxter tem sido considerado por Tim Keller “o maior manual sobre aconselhamento jamais produzido”. Antes deste século, a maior parte do aconselhamento era feita do púlpito ou durante a visita pastoral ao lar para catequizar a família. Os pastores eram vistos como os médicos da alma. Curiosamente, a própria palavra “psicologia” significa estudo da alma. A palavra latina <i style="mso-bidi-font-style:normal">suke</i>, da qual obtemos a palavra grega <i style="mso-bidi-font-style:normal">psyche</i>, da qual temos “psicologia”, significa “alma.” Mas o que era usado para a cura de almas pecadoras tem se tornado a cura para mentes doentias. Isto tem sido tirado do pastor </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height: 150%;font-family:"Times New Roman","serif"">que deve conhecer a alma melhor </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family: "Times New Roman","serif"">e dado aos conselheiros, muitos dos quais nem sequer crêem em Deus. Eles não podem curar doenças espirituais. O <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Directory</i></b> de Baxter demonstra a capacidade de um homem que poderia aplicar as Escrituras a todas as áreas da vida. J. I. Packer o chama de o maior livro cristão já escrito depois da Bíblia. Com endossos como estes, você pode perceber o porque deste livro ter vendido milhares de cópias.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Nessa mesma linha, considere <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">A Prática da Piedade</i></b> de Lewis Bayly como um modelo de um manual devocional Puritano. O popular autor e pregador Alistair Begg recomenda altamente este livro. A idéia era a de regular inteiramente a vida e o dia de uma pessoa pela Escritura. Dr. John Gerstner disse que este livro deu início ao movimento Puritano.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Não havia nenhuma área da vida que os Puritanos acreditassem que <i style="mso-bidi-font-style:normal">não</i> necessitasse ser regulada pela Escritura. Mesmo seu tempo a sós deveria ser disponibilizado para uso piedoso. Nathanael Ranew escreveu uma boa obra intitulada <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style: normal">Solitude Improved by Divine Meditation</i></b>. Esta é a clássica obra Puritana sobre meditação espiritual. Sua premissa é a de que mesmo quando você está sozinho pode “melhorar” o tempo empregando sua mente em um bom uso, meditando sobre Deus e Seus atributos. Se houvesse um décimo primeiro mandamento para os Puritanos, seria: “Não desperdiceis tempo.”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Os Puritanos escreviam esses tipos de manuais freqüentemente. John Preston pregou 5 sermões em 1 Tessalonicenses 5:17 sobre oração, os quais ele deu o título de <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Saint’s Daily Exercise</i></b> [O Exercício Diário dos Santos]. Eles estão incluídos na compilação <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Puritans on Prayer</i></b>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Dr. R. C. Sproul escreveu um prefácio para <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style: normal">A Treatise on Earthly-Mindedness</i></b> de Jeremiah Burroughs. Aqui está um livro inteiro sobre o grande pecado de pensar como o mundo pensa ao invés de pensar os pensamentos de Deus diante dEle. Quantos confessaram este pecado noite passada antes de dormir?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Os Puritanos eram muito pastorais, além de serem muito teológicos. Há uma grande dose de conforto em seus escritos. Aqui está uma citação de meu pregador Puritano favorito, Christopher Love, a respeito de quem eu escrevi um livro intitulado <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">A Spectacle Unto God</i></b>. Muitas das obras de Love têm sido reimpressas. O seguinte excerto é de seu sermão sobre crescimento na graça, do livro intitulado simplesmente <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Grace</i></b>:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:42.55pt;margin-bottom: 10.0pt;margin-left:42.55pt;text-align:justify;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">Não olhe tanto para seus pecados, mas olhe para sua graça também, embora fraca. Cristãos fracos olham mais para seus pecados do que para suas graças; mas Deus olha para suas graças e não toma conhecimento de seus pecados e fraquezas. O Santo Espírito disse, “Ouvistes da paciência de Jó.” Ele poderia ter dito também, “Ouvistes da <i style="mso-bidi-font-style:normal">impaciência</i> de Jó,” mas Deus avalia Seu povo não pelo que é<i style="mso-bidi-font-style:normal"> ruim</i> neles, mas pelo que é <i style="mso-bidi-font-style:normal">bom</i> neles. Menção é feita do acolhimento de Raabe aos espias, mas nenhuma menção é feita de que ela contou uma mentira quando assim o fez. Aquilo que foi bem feito foi mencionado para louvor dela, e o que foi errado, está enterrado no silêncio, ou, pelo menos, não é registrado contra ela nem cobrado dela. Quem desenhou o retrato de Alexander, com sua cicatriz na face, o fez com o dedo sobre sua cicatriz. Deus coloca o dedo de misericórdia sobre as cicatrizes de nossos pecados. Ó como é bom servir um Mestre tal, que está pronto para recompensar o bem que fazemos, e está pronto para perdoar e passar por aquilo que está errado. Portanto, você que tem tão pouca graça, lembre-se ainda que Deus terá Seus olhos sobre esta pequena graça. Ele não apagará o pavio que fumega, nem quebrará a cana trilhada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>7. <i style="mso-bidi-font-style: normal">Os Puritanos nos ajudarão com o evangelismo que é bíblico</i>. A maioria do evangelismo de hoje é homocêntrico. O evangelismo Puritano era Teocêntrico. Os Puritanos tinham uma outra doutrina que tem sido largamente perdida hoje, e ela atende pelo nome de “busca” ou “preparação para a salvação”. Ela foi difundida entre os Puritanos ingleses e os Reformadores. Foi ensinada por Jonathan Edwards em seu sermão “<i style="mso-bidi-font-style: normal">Pressing into the Kingdom</i>”, mas antes disso, por seu avô, Solomon Stoddard em <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style: normal">A Guide to Christ</i></b> [Um Guia para Cristo], o qual o Dr. Gerstner chamou de o melhor manual sobre evangelismo Reformado que já conheceu. Considere também o livro <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Heaven Taken by Storm</i></b> [O Céu Tomado de Assalto] de Thomas Watson, o qual lida com “a santa violência” necessária para conquistar os portões do céu.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>A idéia principal desta doutrina de busca ou preparação é esta: Deus trabalha através de meios, e se um homem deseja ser salvo ele deve valer-se desses meios.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Deixe-me exemplificar: A fé vem pelo ouvir, certo? E os homens são salvos pela graça através da fé. Mas se preciso de fé para agradar a Deus, e percebo que não tenho essa fé em mim para crer em Deus sabiamente, o que devo fazer?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Aqui é onde a “busca” se apresenta. Se a fé vem pelo ouvir então eu devo ouvir alguém pregar um sermão ortodoxo sobre Cristo. Se Deus está indo me salvar, Seu meio normal é através da pregação do evangelho. Deus não está sob a obrigação de me salvar se eu ouvir um sermão, mas não é provável que Ele me salve sem que eu ouça um sermão sobre Cristo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>O pecador, portanto, deve fazer tudo em seu poder natural para tornar seu coração menos duro do que ele já é. Todo pecado endurece o coração para tudo mais. Esta busca ainda é pecado<span style="mso-spacerun:yes"> </span></span><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">desde que o pecador não pode fazer nada além de pecar </span><span style="font-size: 12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol;mso-bidi-font-family:Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">mas pelo menos não é tão pecaminoso quanto não fazê-lo! Ele não está tornando a si mesmo agradável a Deus por meio de sua busca (já que ele está fazendo isso por interesse próprio), mas ele está tornando a si mesmo menos ofensivo a Deus ao invés de mais ofensivo. E mesmo que Deus não o salve, sua punição no inferno será menor. E os Puritanos diriam, “Se você não pode ir a Deus <i style="mso-bidi-font-style:normal">com</i> um coração justo, então vá a Deus <i style="mso-bidi-font-style:normal">por</i> um coração justo.” Para ser preciso, isto não é buscar o Senhor, já que a Escritura deixa claro que ninguém busca o Senhor, mas isto é buscar a salvação. E ninguém obtém a salvação por buscar, mas eles provavelmente não serão salvos aparte disto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>8. <i style="mso-bidi-font-style: normal">Ler os Puritanos ajudará a estabelecer as prioridades certas</i>. 2 Coríntios 5:9 diz, “Temos como nossa ambição sermos agradáveis ao Senhor.” Um Puritano disse isto dessa forma, “O sorriso de Deus é minha maior recompensa, e Seu franzir de sobrancelhas meu maior temor.” Se é verdade que nos tornamos como as pessoas com quem gastamos nosso tempo, então é um investimento para a eternidade gastar nosso tempo com os Puritanos. O livro <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Gospel Fear</i></b> de Jeremiah Burroughs trata sobre ter a prioridade certa. Há sete sermões sobre Isaías 66:2, a respeito do que significa tremer da Palavra de Deus. Se Deus diz “Para ele olharei, aquele que treme da Minha Palavra”, então, seria melhor saber o que é tremer da Palavra de Deus!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>9. <i style="mso-bidi-font-style: normal">Os Puritanos podem nos ajudar a esclarecer a questão de como um homem é feito justo diante de Deus</i>. Outro título de Solomon Stoddard que recomendo altamente é sua obra sobre a justiça imputada, intitulada <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Safety of Appearing on the Day of Jugament in the Righteousness of Christ</i></b> [A Segurança de Comparecer no Dia do Julgamento na Justiça de Cristo]. Não posso superenfatizar a importância de se examinar sobre esta questão de justiça imputada nestes dias, quando muitos não estão inquirindo sobre a diferença eterna entre justiça imputada e justiça infusa. A diferença entre estas duas posições não é simplesmente a distância entre Roma e Genebra; é a distância entre céu e inferno.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Gostaria de recomendar a você a leitura do título contemporâneo <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">Justification by Faith ALONE!</i></b><i style="mso-bidi-font-style:normal"> </i>[“Justificação pela Fé SOMENTE!”</span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol"> ¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family: "Times New Roman","serif"">Publicado pela editora Cultura Cristã </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family: "Times New Roman","serif"">N. do T.]. Se você quer especificamente um titulo Puritano, considere <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style: normal">The Puritans on Conversion</i></b> [“Os Puritanos e a Conversão” </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family: "Times New Roman","serif"">Publicado pela editora PES </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol;mso-bidi-font-family: Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family: "Times New Roman","serif"">N. do T.]. Ou, se você acha que está preparado para as coisas “difíceis”, tente o livro de Matthew Mead, o título Puritano <i style="mso-bidi-font-style:normal">best-seller</i> da Soli Deo Gloria, <b style="mso-bidi-font-weight:normal"><i style="mso-bidi-font-style:normal">The Almost Christian Discovered</i></b>. Mead apresenta 26 coisas que uma pessoa deve fazer como um cristão, mas fazê-las não prova que ele é um cristão de verdade </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:Symbol; mso-bidi-font-family:Symbol">¾ </span><span style="font-size:12.0pt;line-height: 150%;font-family:"Times New Roman","serif"">apesar de que não fazê-las prova que ele <i style="mso-bidi-font-style:normal">não era</i> um Cristão! Isto não é para os covardes!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>10. <i style="mso-bidi-font-style: normal">Finalmente, vamos examinar os Puritanos e a autoridade da Palavra</i>. Sabemos que a Escritura é Deus falando a nós. O clássico versículo em Timóteo nos diz que: “Toda a Escritura é dada por inspiração de Deus (literalmente, foi soprada por Deus)...” E sabemos que, o que quer que Deus diga, devemos obedecer. De fato, isto foi o que o povo de Deus do Antigo Testamento compreendeu. Em Êxodo 24:3-7 eles declaram, “Tudo o que o Senhor tem falado nós faremos, e seremos obedientes.” Não há algo que Deus diga que não devamos fazer.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Os teólogos Puritanos que compuseram a Confissão de Fé de Westminster escreveram, “A autoridade das Sagradas Escrituras, pela qual deve ser obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem, ou Igreja; mas inteiramente de Deus (que é a própria verdade) seu Autor; e por essa razão deve ser recebida por ser a Palavra de Deus.”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Sabemos que quando Deus fala devemos ouvir. De fato, uma grande parte da Grande Comissão é ensinar pessoas a se submeterem a autoridade da Palavra de Deus! Mateus 28:18-20, “... ensinando-os a <i style="mso-bidi-font-style:normal">observar tudo</i> o que vos tenho mandado.”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Isto é o que admirava as pessoas quando Jesus ensinava. Mateus 7:28, 29 diz que quando Jesus ensinava, as pessoas se admiravam; e acho que isto faz dEle um pregador admirável. Qual era a base para a admiração deles? “Ele ensinava como tendo autoridade, e <i style="mso-bidi-font-style:normal">não</i> como os Escribas e Fariseus.”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>É exatamente assim que os pregadores devem pregar, com autoridade. É um mandamento de Deus que eles assim o façam. Tito 2:15: “Fala estas coisas, exorta e repreende com toda <i style="mso-bidi-font-style: normal">autoridade</i>! <i style="mso-bidi-font-style:normal">Ninguém</i> te despreze.” Enquanto a maioria de nós certamente afirmaria que se Deus dissesse algo o obedeceríamos, esquecemos que o ministro fiel é Deus falando a nós hoje. A visão Reformada do ministério do púlpito é a de que quando um ministro fiel está expondo a Palavra de Deus, é a voz de Deus que você está ouvindo, não a de um homem; e isto significa que ela deve ser obedecida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>Mas, o que você ouve após o sermão? Na melhor das hipóteses você ouvirá, “Isto é interessante; terei que pensar a respeito.” Mas Deus nunca nos deu Sua Palavra para opinarmos ou pensarmos a respeito. Ele nos deu Sua Palavra para obedecermos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count:1"> </span>O Puritano Thomas Taylor escreveu:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:42.55pt;margin-bottom: 10.0pt;margin-left:42.55pt;text-align:justify;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">A Palavra de Deus deve ser entregue de uma maneira tal que a majestade e a autoridade dela seja preservada. Os embaixadores de Cristo devem comunicar Sua mensagem assim como Ele mesmo a pronunciaria. Um ministério bajulador é um inimigo desta autoridade; pois quando um ministro tem que cantar placebos e doces canções, é impossível para ele não trair a verdade. Resistir a esta autoridade, ou enfraquecê-la, é um pecado terrível, seja em homens de alta ou baixa posição; e o Senhor não permitirá que Sua mensagem seja removida. Os ouvintes devem (a) orar pelos seus mestres, para que eles possam entregar a Palavra com autoridade, ousadia e boca aberta; (b) não confunda essa autoridade nos ministros com raiva ou amargura, e muito menos com loucura; e (c) não se recuse a entregar-se em submissão a esta autoridade, nem fique zangado quando ela recair sobre alguma prática com a qual eles estiverem relutantes em tomar parte; pois é certo que Deus retira a luz daqueles que rejeitam a luz oferecida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">Deuteronômio 30:20 equipara amar a Deus com obedecer a Sua voz. De fato, ele diz que é <i style="mso-bidi-font-style:normal">como</i> amamos a Deus. Foi assim que os Puritanos encararam a Escritura. E se quisermos conhecer a Deus da maneira como eles o fizeram, devemos amar Sua Palavra do modo como eles a amaram. Este amor só aumentará através de estudo diligente e intensivo. E ler os Puritanos é a próxima melhor coisa. Na verdade, é como ir para a escola com algumas das melhores mentes que a igreja sequer já teve. Alguém disse, “Você se torna como aqueles com quem gasta seu tempo.” Ler os Puritanos, então, seria o melhor uso possível do tempo. Oh, que possamos nos tornar como eles no modo como publicaram a Cristo para que todos o adorem e louvem.<span style="mso-tab-count: 1"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-51595323941857337882011-04-25T09:40:00.000-07:002011-04-25T09:43:27.303-07:00O Estupro dos Cânticos de Salomão — Parte IV (Final)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieu34FCb0pBEnDjeJ_pQmefl6k0xzCWqPC97uvo84_kKWEWublFEstZprMv2KPubA8fmpKOMGJZdSZkTDvrP9aDy4HBZsgMOYjN_sEXDj9EDQl_7oMlYGYDaGWijWWIAuoDSBSxbwNbi8/s1600/mac.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 275px; height: 275px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieu34FCb0pBEnDjeJ_pQmefl6k0xzCWqPC97uvo84_kKWEWublFEstZprMv2KPubA8fmpKOMGJZdSZkTDvrP9aDy4HBZsgMOYjN_sEXDj9EDQl_7oMlYGYDaGWijWWIAuoDSBSxbwNbi8/s400/mac.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599562535329844290" /></a><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">17 de Abril, 2009, por John MacArthur<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">(Tradução: Nelson Ávila)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Antes de encerrarmos esta breve série, prometi responder tantas perguntas quanto possível daquelas pessoas que têm comentado aqui, via e-mail, através do Twitter e no </span><a href="http://www.challies.com/" target="_blank"><strong><span style="font-size: 10.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif";color:#003366; text-decoration:none;text-underline:none">Challies.com</span></strong></a><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Primeiramente, gostaria de agradecer a Tim Challies pela coragem em hospedar uma discussão acerca deste tópico. A simples menção de boas maneiras e linguagem, obviamente suscita paixões no evangelicalismo contemporâneo – e não necessariamente de uma maneira que seja útil. Não é fácil encontrar fóruns na internet onde uma questão tão volátil pode ser discutida abertamente com lucro. E, devido a alguns dos vários problemas que esta série tem abordado, mesmo fóruns Cristãos não são sempre um paraíso a salvo da profanação e do comportamento grosseiro e carnal. Sou grato ao Tim por assegurar um nível mais digno de diálogo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Faço eco ao choque total que Tim expressou quando foi exposto a algo do material do sermão de Driscoll na Escócia (a mensagem que disparou esta série neste blog). Após ler algumas das declarações ultrajantes de Driscoll, Tim reagiu da mesma maneira que qualquer Cristão de mente pura reagiria: <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Eu tenho um verdadeiro problema com qualquer um que interprete os Cânticos de Salomão deste jeito... Para ser honesto, as palavras me faltam quando eu sequer tento me explicar – quando eu tento explicar como eu simplesmente não posso sequer conceber os Cânticos de Salmão assim. A natureza poética dos Cânticos é inteiramente corroída quando atribuímos tal significado a eles: tal significado específico. E eu fico pensando qual o bem que pode fazer a um casal estar apto a dizer “Veja, este ato sexual <i style="mso-bidi-font-style:normal">específico</i> é obrigatório na Escritura. Portanto, vamos praticá-lo”. Isso pode ser dito a um cônjuge que não tem desejo de fazer este ato, </span><span style="font-size: 12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-fareast-language:PT-BR">ou que até mesmo o considera de mau gosto. E ainda, com nossa interpretação dos Cânticos de Salomão, a qual realmente não temos meios de <i style="mso-bidi-font-style:normal">provar</i> (pelo menos, não para além de qualquer dúvida razoável), estamos potencialmente forçando um parceiro relutante a fazer algo. Eu apenas... novamente, as palavras realmente me faltam aqui.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-fareast-language:PT-BR">Tim, você estava certo em ficar chocado. A coisa mais chocante para mim é que algumas pessoas não parecem estar chocadas de maneira alguma. O que facilmente receberia do mundo uma classificação NC-17<sup>1</sup>, está sendo divulgado e defendido por alguns na igreja.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Devo explicar que não uso a internet diretamente; Eu nem sequer possuo um computador ou uma conexão a internet em minha casa. Sou totalmente dependente da equipe e dos estagiários no ministério pastoral que imprimem o material que preciso para ler e garantem que eu o consiga.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Portanto, para aqueles que talvez esperassem que eu interagiria com seus comentários em tempo real no blog, simplesmente não tenho meios fáceis de fazer isto. Faço uma varredura nos comentários quando os recebo – que usualmente não é até o dia seguinte – mas não posso responder os comentários do blog diretamente, nem seria capaz de devotar meu tempo aos fóruns de internet mesmo se estivesse conectado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Mas, quero aproveitar esta oportunidade para responder as perguntas mais freqüentes dos últimos dias. Praticamente todos os questionamentos e críticas que têm sido levantados podem ser agrupados em duas categorias. Alguns poucos são questionamentos e observações sobre a interpretação adequada dos Cânticos de Salomão. Praticamente todo o restante tem a ver com minhas críticas a Mark Driscoll.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Responderei muitos questionamentos da primeira categoria e sumariarei minhas respostas a segunda categoria em duas respostas finais.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">1. Podemos “dar o sentido” quando pregamos a poesia sem fazer uma exposição versículo por versículo, preceito por preceito? Ou é melhor deixá-lo “cuidadosamente velado” como MacArthur escreve?<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">A pergunta interpreta erroneamente o que eu disse. Nunca sugeri que o claro significado de qualquer texto deva ser “cuidadosamente velado”. Eu apontei para o fato de que algumas coisas na Escritura <i style="mso-bidi-font-style:normal">estão</i> cuidadosamente veladas, e nós não devemos impor nossas próprias interpretações especulativas sobre elas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Em outras palavras, estou incitando os pastores a lidar com o que o texto diz, e se afastar de impor um estilo gnóstico de significados secretos sobre as idéias que são deliberadamente deixadas obscurecidas ou totalmente escondidas pelo Espírito Santo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Não estou dizendo nada além do que diria sobre interpretações especulativas de <i style="mso-bidi-font-style: normal">qualquer</i> parte da Escritura: isto é insensato. Não, isto é seriamente <i style="mso-bidi-font-style:normal">perigoso</i>. “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós...” (Deut. 29:29).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Também estou dizendo que o modo como o Espírito discursa sobre a santa intimidade e privacidade do amor conjugal é a antítese do tipo grosseiro das pseudo-interpretações gráficas que alguns evangélicos contemporâneos parecem almejar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">2. Os Cânticos de Salomão são um livro explicitamente erótico. Como pode você possivelmente argumentar que este livro da Bíblia, o qual é a Santa Palavra de Deus, é qualquer coisa, menos “completamente explícito”? Não é uma negação do óbvio afirmar que os Cânticos de Salomão não são uma bela descrição gráfica de sexo?<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Explícito – <i style="mso-bidi-font-style:normal">ek</i> • SPLIS •<i style="mso-bidi-font-style: normal"> isto</i> – Expressar distintamente tudo o que se entende; não deixando nada meramente implícito ou sugerido; sem ambigüidades.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Desde que não há nenhuma menção de uma parte reprodutiva do corpo ou ato sexual nos Cânticos de Salomão, nenhum comentarista dos Cânticos que se preze jamais faria sequer tal afirmação acerca deste livro. Além do mais (e este é o ponto chave de toda a discussão), os Cânticos de Salomão não são literatura “erótica” em qualquer sentido que seja – i. é., não se destina a despertar os leitores sexualmente. Claramente, ele nunca deveria ser pregado de uma maneira que tenha este efeito. Este é um ponto tão óbvio que apenas um explorador do livro o ignoraria por interesses lascivos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">3. Você não vê a distinção entre metáfora e eufemismo?<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">É claro. Mas as vezes uma metáfora é <i style="mso-bidi-font-style:normal">também</i> um eufemismo, e este é claramente o caso de algumas das disputadas imagens dos Cânticos de Salomão. Não há meio exegético para decidir o que as várias jóias, flores, aromas, óleos e outros prazeres sensuais nomeados no poema representam na mente do autor. Ele propositalmente os deixa vagos. Portanto, não significa necessariamente que os símbolos devam ter qualquer relação de um-para-um com as realidades correspondentes; ao contrário, eles são emblemas gerais da beleza e do desejo. Salomão usa o simbolismo <i style="mso-bidi-font-style:normal">ao invés</i> <i style="mso-bidi-font-style:normal">de</i> dizer qualquer coisa explícita – o que (por definição) torna aquelas metáforas eufemísticas também.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Ao longo daquelas linhas, Richard Hess, nas páginas 34-35 de seu <i style="mso-bidi-font-style: normal">Baker Old Testament Commentary</i>, observa os perigos da leitura demasiada das belas metáforas dos Cânticos:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">As metáforas dos Cânticos são as mais ricas de qualquer dos livros da Bíblia. De qualquer modo, não pretendem prover uma simples correspondência do tipo um-para-um. De fato, os intérpretes são mais susceptíveis a perderem-se em absurdos quando se esforçam para igualar as coisas onde elas não são explícitas... A melhor interpretação deve manter-se sensível à linguagem das imagens e tentar seguir seus contornos sem impor demasiada exigência sobre os detalhes de interpretação... Os cânticos não apresentam entretenimento a seus leitores através de exposições lascivas, nem os educa como um manual de sexo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">4. Será que seus escrúpulos acerca de descrições gráficas de atos sexuais não são culturais e produtos de uma geração? Talvez a cultura na qual você ministra não seja tão desinibida quanto as sub-culturas que outros pregadores estão tentando alcançar.<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Sexo não é algo novo na era pós-moderna. Cada cultura e cada geração tem lidado com as mesmas obsessões e perversões que lidamos hoje – embora nem sempre com a mesma auto-indulgência desenfreada que nossa cultura tem encorajado. Cada cristão tem sempre encarado os mesmos desejos e tentações que nos assaltam: “Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão a que é comum ao homem” (1 Coríntios 10:13). Aqueles que pensam que a pornografia e a libertinagem desenfreada não eram comuns na era pré-internet devem visitar as ruínas de Pompéia e ver como era a vida na cultura de Roma durante a geração do apóstolo Paulo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Paulo ministrou em culturas muito menos “inibidas” que a nossa. No entanto, quando ele achou necessário lidar com tópicos sexuais – seja para dar instruções positivas sobre a relação no casamento ou exortações negativas acerca de pecados sexuais – ele <i style="mso-bidi-font-style:normal">nunca </i>falou em termos sexualmente gráficos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Além disso, o que era pecaminoso na era de Paulo ainda é pecaminoso em nossa cultura saturada de pornografia. E a estratégia de Paulo para alcançar os Coríntios (uma das sub-culturas mais pervertidas sexualmente já conhecida) é a mesma estratégia que devemos usar hoje. Isto inclui alguns cuidados, dignidades e ensino autenticamente bíblico sobre questões de sexo (cf. 1 Coríntios 7). <i style="mso-bidi-font-style:normal">Santidade</i>, e não um método de como aconselhar sobre sexo, é o coração do que os pastores deveriam estar ensinando sobre sexo (<i style="mso-bidi-font-style:normal">especialmente</i> em uma cultura viciada em sexo). E nosso ensino sobre o assunto deve ser feito com graça, dignidade e santificação, não na forma de uma comédia erótica.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">A verdade é que a Palavra de Deus nunca dá instruções específicas sobre os detalhes das preferências sexuais de um casal em sua vida sexual. Sermões que pretendem encontrar tais instruções, como a preocupação sexual demonstrada nesses assaltos aos Cânticos de Salomão, são mais prejudiciais que úteis – porque erguem a imaginação do pregador a uma posição mais elevada de proeminência e autoridade do que a verdadeira revelação de Deus.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Nem Paulo ou qualquer outro legítimo líder da igreja em 2000 anos têm sequer achado necessário (ou mesmo útil) utilizar a sabedoria das ruas para a educação sexual – nem como uma estratégia evangelística, e certamente nem como um meio de santificação para as pessoas já dominadas pela conversação sobre sexo de uma cultura corrompida. Adotar a obsessão do mundo por conversação sexual e suja não pode possibilitar um efeito santificador, porque a própria estratégia é profana.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">A noção de que sub-culturas degeneradas e pessoas sexualmente viciadas não podem ser alcançadas sem o “aprender a falar a língua deles”, é uma falácia absoluta. A <i style="mso-bidi-font-style:normal">Grace Church</i> está a sete milhas de Hollywood, no coração do Sul da Califórnia, em uma cultura carnal de prazer doentio, bem conhecida no mundo todo por tudo, menos por valores espirituais saudáveis. Nenhuma cidade na América é mais “desigrejada” que nosso vale, o qual abriga mais de três milhões de pessoas. O povo da <i style="mso-bidi-font-style: normal">Grace Church</i> está alcançando amigos e vizinhos em todas as sub-culturas imagináveis – dos ex-presidiários aos ex-católicos e as pessoas na indústria do entretenimento. Batizamos novos convertidos praticamente todo domingo a noite. Não é necessário nem útil injetar referências sexuais explícitas nas conversas a fim de alcançar pessoas de tais culturas. Deus os traz a Cristo através do Evangelho.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">5. Você intitulou seus artigos de “O estupro dos Cânticos de Salomão”. Se você discorda tanto da linguagem forte e de temas sexuais, não parece ser sobre isto o tópico?<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Um dos problemas fundamentais em toda essa discussão é a recusa por parte de muitos em reconhecer a distinção crucial (e fundamental) entre linguagem <i style="mso-bidi-font-style:normal">forte</i> e linguagem <i style="mso-bidi-font-style: normal">obscena</i>. O próprio Mark Driscoll contribuiu para esta confusão ao misturar e obscurecer os dois assuntos em sua mensagem ano passado na Conferência <i style="mso-bidi-font-style:normal">Desiring God</i>. A Escritura condena hereges em termos vigorosos, as vezes indelicados, (por exemplo, Gálatas 5:12). Mas a Bíblia nunca é indecente, e a linguagem <i style="mso-bidi-font-style:normal">forte</i> na Escritura certamente não faz da linguagem <i style="mso-bidi-font-style:normal">profana </i>ou suja uma piada aceitável (Efésios 5:4).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">No primeiro artigo da série, expliquei por que o título é apropriado. Se alguém acha que é um exemplo do que tenho condenado, esta pessoa não entendeu nada do que falei. O estupro é um ato de violação forçada; e este tratamento dos Cânticos de Salomão é um abuso do livro, arrancando-lhe o véu designado por Deus, contaminando publicamente sua pureza, e mantendo-o a vista para olhares e sorrisos maliciosos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">6. O sermão de Driscoll foi realmente tão ruim quanto você diz? Você não está exagerando o que, em última análise, foi apenas uma diferença no estilo?<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Durante a Controvérsia <i style="mso-bidi-font-style:normal">Downgrade</i>, Charles Spurgeon foi essencialmente acusado da mesma coisa – uma deturpação dos fatos e uma reação exagerada as questões. Aqui está o que Spurgeon disse em resposta aos seus críticos: <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">A controvérsia que tem se levantado de nossos artigos anteriores é muito ampla em seu alcance. Mentes diferentes terão suas próprias opiniões quanto a maneira com a qual os combatentes têm se portado; de nossa parte estamos satisfeitos em deixar milhares de assuntos pessoais passarem desapercebidos. O que importa quais sarcasmos e gracejos possam ter sido proferidos às nossas custas? A poeira da batalha baixará no devido tempo; pois, no presente, o interesse principal é manter o estandarte em seu lugar, e preparar-se contra as arremetidas do adversário.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Nosso alerta tinha a intenção de chamar atenção para um mal que pensávamos ser aparente a todos: nunca imaginamos que “a questão precedente” seria levantada, e que uma companhia de estimados amigos arremeteria em meio aos combatentes, e declararia que não havia motivo para a guerra, mas que nosso moto poderia continuar a ser “Paz, paz!” No entanto, tal tem sido o caso, e em muitos lugares a pergunta principal não é o “Como podemos remover o mal?”, mas “Existe algum mal para ser removido?” Nenhum fim de carta tem sido escrito com isto como seu tema – “As acusações feitas pelo Sr. Spurgeon são realmente verdadeiras?” Deixando de lado a questão de nossa própria veracidade, não poderíamos ter qualquer objeção a uma discussão mais aprofundada do assunto. Por todos os meios, deixe a verdade ser conhecida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">No espírito de Charles Spurgeon, então, sinto que não há outro curso de ação, a não ser deixar que a verdade seja conhecida. </span><span class="apple-converted-space"><span style="font-size:10.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"; color:#333333"> </span></span><a href="https://docs.google.com/Doc?docid=dg4fc37g_6fjdd38c8&hl=en"><b><span style="font-size:10.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif"; color:#003366;text-decoration:none;text-underline:none">This link</span></b></a><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""> (o qual alguém me enviou por e-mail ontem) o levará a algumas das coisas que Mark Driscoll tem dito sobre os Cânticos de Salomão. Minha preferência seria não “<i style="mso-bidi-font-style:normal">linkar</i>” aquelas coisas de maneira alguma (de fato, há muito mais que eu poderia “<i style="mso-bidi-font-style: normal">linkar</i>”), e gostaria de avisar que o conteúdo é altamente ofensivo (<i style="mso-bidi-font-style:normal">especialmente</i> por ter sido pregado em um culto de Domingo onde crianças, adolescentes e jovens solteiros estavam presentes). Mas, como Paulo disse aos Coríntios, as vezes é necessário suportar uma pequena tolice a fim de que a verdade seja conhecida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O Novo Testamento não poderia ser mais claro. A boca fala do que o coração está cheio (Mateus 12:34). E aqueles que ensinam publicamente são levados a um nível mais alto de responsabilidades (Tiago 3:1). Pastores, em particular, devem ser modelos de pureza (1 Tim. 4:12), acima de qualquer reprovação, tanto dentro da igreja como fora dela (1 Tim. 3:2-7). Pureza na doutrina, pureza na vida e pureza no falar fazem parte das qualificações bíblicas para aqueles que serão porta-vozes de Deus.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://biblia.com/bible/esv/Ephesians%204.29" target="_blank"><b><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-font-size:11.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:#003366; mso-fareast-language:PT-BR;text-decoration:none;text-underline:none">Efésios 4:29</span></b></a><b><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-font-size:11.0pt; line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:#333333;mso-fareast-language:PT-BR"> </span></b><span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif"">Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://biblia.com/bible/esv/Ephesians%205.4%E2%80%935" target="_blank"><b><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-font-size:11.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:#003366; mso-fareast-language:PT-BR;text-decoration:none;text-underline:none">Efésios 5:4–5</span></b></a> <span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Nem baixeza, nem conversa tola, nem gracejos indecentes, coisas essas que não convêm; mas antes ações de graças. Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://biblia.com/bible/esv/1%20Thessalonians%204.7" target="_blank"><b><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-font-size:11.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:#003366; mso-fareast-language:PT-BR;text-decoration:none;text-underline:none">1 Tessalonicenses 4:7</span></b></a><b><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-font-size: 11.0pt;line-height:115%;font-family:"Arial","sans-serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";color:#333333;mso-fareast-language:PT-BR"> </span></b><span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif"">Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://biblia.com/bible/esv/Titus%202.6%E2%80%938" target="_blank"><b><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-font-size:11.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:#003366; mso-fareast-language:PT-BR;text-decoration:none;text-underline:none">Tito 2:6–8</span></b></a><b><span style="font-size:10.0pt;mso-bidi-font-size:11.0pt;line-height:115%;font-family: "Arial","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:#333333; mso-fareast-language:PT-BR"> </span></b><span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Exorta semelhantemente os moços a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">É por isso que estou fazendo uma discussão tal como esta. Porque o Novo Testamento faz uma discussão assim. <i style="mso-bidi-font-style:normal">Não</i> é simplesmente uma diferença de opinião, geração, preferência, estilo ou metodologia. É uma discussão que se levanta dos claros mandatos do Novo Testamento relacionados ao caráter de um presbítero. De qualquer modo, não acho que tenha reagido com força suficiente.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height: 115%;font-family:"Times New Roman","serif"">7. Por que você escolheu Driscoll e o conectou com os “desafios sexuais”? Por que levá-lo a público? Ele já se arrependeu de seu discurso <i style="mso-bidi-font-style:normal">underground</i>, e está sendo discipulado de maneira particular por homens como John Piper e C. J. Mahaney, que o fazem prestar contas. Você os consultou antes de chamar Driscoll pelo nome? Se o problema é tão sério como você alega, por que eles não disseram nada publicamente acerca disto?<o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">No sermão que motivou esta série, Mark Driscoll (falando especificamente as esposas na congregação) fez vários comentários que foram muito, mas <i style="mso-bidi-font-style:normal">muito</i> piores do que sórdidos desafios sexuais. Além do mais, os editos de Driscoll às mulheres casadas não eram meros “desafios”, mas diretivas reforçadas com a alegação de que “Jesus Cristo ordena que você faça [isto]”. Este material tem estado online e circulado livremente por mais de um ano. Mas você terá muita dificuldade para encontrar um único fórum sequer na Web onde alguém tenha exigido que Driscoll explicasse porque <i style="mso-bidi-font-style:normal">ele</i> se sentia livre para dizer tais coisas publicamente.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Estou apontando algo que não deve ser nenhum pouco controverso: pastores não são livres para falar assim. Em resposta, uma enchente de jovens revoltados, incluindo muitos pastores e seminaristas – nenhum dos quais tenha sequer tentado uma conversa em particular comigo sobre este tópico – têm se sentido livres para postar insultos e públicas reprovações em um fórum público, declarando enfaticamente (sem a óbvia consciência da ironia) que <i style="mso-bidi-font-style:normal">eles não crêem que tais coisas devam ser tratadas em fóruns públicos</i>.<o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">(Para ser claro: não estou sugerindo que alguém precisa me contatar em particular sobre declarações públicas que eu tenha feito. Muito pelo contrário. Mas aqueles que insistem que tais desacordos devam ser tratados privadamente revelam a hipocrisia do que alegam quando usam fóruns públicos para censurar e acusar um pastor de quem <i style="mso-bidi-font-style:normal">eles </i>discordam.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Quando 1 Timóteo 5:20 diz: “Aqueles que continuam em pecado, repreenda-os na presença de todos”, ele está falando aos presbíteros em particular. Aqueles em um ministério público <i style="mso-bidi-font-style:normal">devem</i> ser repreendidos publicamente quando seus pecados se repetem, em público, e são confirmados por várias testemunhas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">No entanto, tenho escrito para Mark em particular sobre minhas preocupações. Ele rejeitou meu conselho. Com relação a este fato, ele pregou o sermão que venho citando, sete semanas após receber minha carta privada onde o encorajava a levar a sério o padrão de Santidade que as Escrituras impõem aos pastores. Aqui está uma pequena seleção da carta de seis páginas que o enviei:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Você [não] pode fazer cristãos adotarem modismos mundanos como se fossem um caso bíblico – especialmente quando aqueles modismos estão diametralmente em oposição ao discurso saudável, mente pura e comportamento casto que Deus nos conclama a exibir. Em sua essência, trata-se de ideologia. Não importa o quanto a cultura possa mudar, a verdade nunca muda. Quanto mais a igreja se acomoda as bases elementares da cultura, mais ela comprometerá inevitavelmente sua mensagem. Não devemos trair nossas palavras através de nossas ações; devemos estar <i style="mso-bidi-font-style: normal">no</i> mundo, mas não ser <i style="mso-bidi-font-style:normal">do</i> mundo... É vital que você não envie uma mensagem sobre a importância da sã doutrina e uma mensagem totalmente diferente sobre a importância do discurso são e da pureza de mente irrepreensível.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">A resposta de Mark Driscoll a esta admoestação e as coisas que ele tem dito desde então só têm aumentado minha preocupação.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Mark Driscoll realmente expressou arrependimento sobre a reputação que sua língua o rendeu a alguns anos atrás. No entanto, <i style="mso-bidi-font-style:normal">nenhuma mudança substancial é observável</i>. Apenas a algumas semanas, em uma diatribe raivosa dirigida a homens de sua congregação, Driscoll mais uma vez lançou um palavrão totalmente desnecessário. Algumas semanas antes disto, ele fez um escárnio público de Eclesiastes 9:10 (algo que ele tem feito repetidamente), fazendo piada disto em cadeia nacional. Então, aqui estão mais dois vídeos inapropriados de Driscoll que estão circulando entre jovens e estudantes universitários por quem tenho alguma responsabilidade pastoral. Em sua imaturidade, eles geralmente pensam que é maravilhosamente legal e transparente para um pastor falar assim. E eles se sentem a vontade para xingar e fazer piadas de forma semelhante em ambientes mais casuais.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Já passou da hora da questão ser tratada publicamente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Finalmente, é seriamente exagerado dizer do envolvimento de John Piper e C. J. Mahaney que eles estão “discipulando” Mark Driscoll. Em primeiro lugar, a idéia de que um homem crescido, já em ministério público e sob os holofotes da TV nacional, necessita de espaço para “receber a instrução de mentores” antes que seja justo sujeitar suas atitudes públicas ao escrutínio bíblico parece inverter todo o processo. Estes problemas têm sido discutidos em ambos os contextos, público e privado, por pelo menos três ou quatro anos. Em algum ponto, o argumento de que esta é uma questão de maturidade e que Mark Driscoll apenas precisa de tempo para amadurecer perdeu a eficácia. Neste ínterim, a mídia está tendo um festival para escrever histórias que sugerem que conversação desprezível é uma das marcas registradas do “Novo Calvinismo”; e inúmeros estudantes a quem amo e conheço pessoalmente estão sendo conduzidos a um comportamento carnal semelhante ao imitarem o discurso e estilo de vida de Mark Driscoll. Para tudo há um limite.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Sim, eu informei John Piper e C. J. Mahaney das minhas preocupações sobre este material a várias semanas atrás. Discriminei todas estas questões em detalhes muito mais minuciosos do que tenho escrito aqui, e disse-lhes expressamente que estava preparando esta série de artigos para o blog.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Para aqueles que perguntam por que os pastores Piper e Mahaney (e outros em posições chaves de liderança) não têm expressado publicamente suas próprias preocupações similares, esta não é uma pergunta para mim. Espero que você escreva e pergunte a <i style="mso-bidi-font-style:normal">eles</i>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Times New Roman","serif"">__________________________________________________<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><sup><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif"">1</span></sup><span style="font-size: 12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""> É uma espécie de classificação de conteúdo para que os pais americanos tenham uma idéia daquilo com que seus filhos estão tendo contato. NC-17 seria, por exemplo, um filme contendo senas de sexo explícito ou violência excessiva. Poderia ainda conter obscenidades, pornografias, linguagem sexual ou violenta [N. do T.].<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Times New Roman","serif"">Disponívem In: </span><a href="http://www.gty.org/Resources/Articles/A399_The-Rape-of-Solomons-Song-Part-4?q=rape">http://www.gty.org/Resources/Articles/A399_The-Rape-of-Solomons-Song-Part-4?q=rape</a> ; acesso em 25 de abril de 2011, as 13hs40min.</p>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-4683128573449757782011-04-13T09:36:00.000-07:002011-04-14T04:19:08.296-07:00Reconsiderando o Aniquilacionismo Evangélico<p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal" align="center"><i><span style="FONT-FAMILY: 'Bookman Old Style', 'serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:#990000;"></span></i></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal" align="center"><i><span style="FONT-FAMILY: 'Bookman Old Style', 'serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:#990000;"><img style="PADDING-BOTTOM: 8px; PADDING-RIGHT: 8px; PADDING-TOP: 8px" id="il_fi" src="http://regisaeculorumimmortali.files.wordpress.com/2010/11/queimando-no-fogo-do-inferno_thumb1.jpg" width="481" height="390" /></span></i></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal" align="center"><i><span style="FONT-FAMILY: 'Bookman Old Style', 'serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:#990000;"></span></i></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal" align="center"><i><span style="FONT-FAMILY: 'Bookman Old Style', 'serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:#990000;">Uma Análise do Pensamento de John Stott sobre a Não-Existência do Inferno </span></i><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><!--?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /--><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal" align="center"><span style="FONT-FAMILY: 'Book Antiqua', 'serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">por </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal" align="center"><b><span style="FONT-FAMILY: 'Book Antiqua', 'serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:13;color:black;">James I. Packer</span></b><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Verdana', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';color:black;"></span><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">O evangelicalismo é definido de várias maneiras por diversos tipos de pessoas. Eu o defino como a religião dos crentes da Bíblia Trinitariana que se gloriam na cruz de Cristo como a única fonte de paz com Deus e buscam compartilhar a sua fé com os outros; e eu noto que o evangelicalismo ocidental (para não irmos mais adiante), como o liberalismo protestante, o catolicismo romano de toda espécie, e o ortodoxismo oriental, tem um padrão propriamente seu. Dentre os fatores que formaram esse padrão durante os últimos cinqüenta anos incluem-se o ensinamento dogmático, devocional, apologético e ativista ministrado nas igrejas evangélicas e em movimentos paraeclesiásticos; a literatura (livros, jornais, revistas) produzida pelos evangélicos; a sensação de uma fidelidade superior à Bíblia, seu Deus e seu Cristo, que as instituições evangélicas cultivam; uma sensação de estar sendo ameaçado pelos enormes batalhões do protestantismo liberal, catolicismo romano e instituições seculares, que os leva a vociferar quando esses fundamentos ideológicos são discutidos; a obstinação por um evangelismo atuante; e o costume de transformar estudiosos e líderes em gurus, de onde surge um sentimento de ultraje e traição se percebem que eles estão andando fora da linha. Dentro da distintiva identidade corporativa do evangelicalismo introduziram-se uma consciência de privilégio e vocação, uma mentalidade envolvente e persistente, a discussão de temas irrelevantes, uma certa violência verbal e uma tendência de atingir nossos próprios feridos. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Ainda não está claro se o recente restabelecimento da confiança e o crescimento de uma vida intelectual [1] do movimento estão ou não amadurecendo esse padrão ainda verde; entretanto, sem dúvida alguma, os fatores citados acima se tornaram evidentes enquanto os evangélicos discutiam o aniquilacionismo entre si nos últimos dez anos. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Idéias aniquilacionistas têm sido debatidas entre os evangélicos por mais de um século [2], mas nunca se tornaram parte da corrente principal da fé evangélica [3], nem sequer foram largamente discutidas no meio evangélico até recentemente. Em 1987, Clark Pinnock escreveu um artigo bombástico de duas páginas entitulado “O Fogo, e Nada Mais” [4], mas que, apesar de amplamente lido, não provocou maiores discussões do que uma exposição de quinhentas páginas sobre o assunto: “O Fogo que Consome” (1982), publicada por Edward William Fudge [5], talentoso leigo das Igrejas de Cristo. Entretanto, em 1988, surgiram dois curtos trabalhos de defesa, ambos de veteranos evangélicos anglicanos: oito páginas de John Stott em “Essentials” [6], e dez do falecido Philip Edgecumb Hughes em “A Verdadeira Imagem” [7], que puseram o gato no meio dos pombos. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Em uma conferência de 350 líderes em Deerfiield, Illinois, no ano de 1989, eu li um documento pomposamente entitulado “Evangélicos e o Caminho da Salvação: Novos Desafios ao Evangelho: Universalismo e a Justificação pela Fé” [8]. No documento eu ofereci uma linha de pensamento contrária à posição desses dois respeitáveis amigos [9]. A reação foi tal que a conferência se dividiu ao meio sobre a questão da aniquilação. O relatório da <i>Christianity Today</i> (periódico evangélico) dizia: </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">“Surgiram fortes desentendimentos sobre a posição do aniquilacionismo, doutrina que afirma que as almas não salvas deixarão de existir após a morte... a conferência foi quase que dividida ao meio ao tratar do assunto em suas declarações, e nenhuma renúncia a essa posição foi incluída na resenha final da conferência”. [10] </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Depois disso, a pedido de John White, então presidente da Associação Nacional de Evangélicos, o falecido John Gerstner escreveu uma resposta a Stott, Hughes e Fudge sob o título “Arrependei-vos ou Perecereis” (1990) [11]; e em 1992 os documentos apresentados na quarta Conferência sobre Dogmas Cristãos de Edinburgo foram publicados com o título “Universalismo e a Doutrina do Inferno” [12], juntamente com “O Argumento a Favor da Imortalidade Condicional”, de John W. Wenham e “O Argumento Contra o Condicionalismo: Uma Resposta a Edward William Fudge”, de Kendall S. Harmon. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">E isso não foi tudo. Livros reafirmando a realidade e eternidade do inferno começaram a aparecer: “Questões Cruciais Sobre o inferno” (1991) [13], de Ajith Fernando; “Um Deus Irado?” (1991) [14], de Eryl Davies; “O Outro Lado das Boas Novas” (1992) [15], por Larry Dixon; “Quatro Opiniões sobre o Inferno” (1992) [16], por William Crocket, John Walvoord, Zachary Hayes e Clark Pinnock; “A Estrada Para o Inferno” (1992) [17], de David Pawson; “O Que Aconteceu Com o Inferno?” (1993) [18], de John Blanchard; “A Batalha Pelo Inferno: Uma Visão Geral e Avaliação do Crescimento do Interesse Evangélico pela Doutrina da Aniquilação” (1995) [19], por David George Moore; “O Inferno Em Julgamento: O Argumento a Favor do Castigo Eterno” (1995) [20], de Robert A. Peterson. Todos estes contestando mais ou menos elaboradamente o aniquilacionismo. Continuava assim a discussão. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">O que está em questão aqui? A questão é essencialmente exegética, embora com implicações pastorais e teológicas. E se resume a se, quando Jesus disse que aqueles banidos no julgamento final “irão para o castigo eterno” (Mt 25:46), Ele tinha em vista um estado de tormento que não terá fim, ou um irrevogável fim da existência consciente; em outras palavras (pois assim é colocada a questão), um castigo que é eterno em sua extensão ou no seu efeito. A corrente principal da cristandade sempre afirmou o primeiro, e continua a fazê-lo; evangélicos aniquilacionistas, juntos com muitos Testemunhas de Jeová, Adventistas do Sétimo Dia e liberais — na realidade quase todos os que não são universalistas — defendem o último. Entretanto desse ponto em diante os evangélicos aniquilacionistas se dispersam e não há unanimidade [21]. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Alguns têm asseverado que o aniquilamento ocorrerá imediatamente após a sentença de Jesus no Juízo Final, após um período de tormento no estado intermediário; outros têm pensado que cada pessoa banida da presença de Jesus passará por algum tormento, proporcional em intensidade e extensão ao que cada um merece, até que venha o momento da aniquilação. Alguns baseiam o seu aniquilacionismo em uma antropologia adaptada. Eles argumentam que uma existência eterna não é natural; e que, pelo contrário, desde que nós somos seres pessoais (almas) que vivem por meio de corpos, a separação entre a alma e o corpo extinguirá a consciência. Então, depois da nossa separação inicial (a primeira morte) não há um estado intermediário, apenas uma inconsciência que continuará até a ressurreição, e depois dos descrentes ressuscitados serem banidos da presença de Cristo, as suas consciências finalmente cessarão (segunda morte) quando, e porque, os seus corpos ressurretos deixarão de existir. Entretanto, alguns que raciocinam desta forma, na verdade, afirmam que há um estado intermediário consciente, com alegria para os santos e sofrimento para os ímpios, como sempre foi o consenso geral da Igreja. Todos que adotam essa antropologia denominam a sua posição de imortalidade condicional, expressão cunhada para mostrar que a existência após a morte que as religiões imaginam e que a maioria, se não todas, deseja, é uma dádiva que Deus concede somente aos crentes, enquanto que Ele, cedo ou tarde, simplesmente extingue o resto de nossa raça. A existência eterna está, portanto, condicionada à fé em Jesus Cristo, e a aniquilação é a alternativa para os demais [22]. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Historicamente, essas são opiniões do século passado. O século dezenove foi uma era de audaciosos desafios a suposições antigas, sonhos audaciosos de fazer as coisas melhores, e empreendimentos audaciosos, tanto intelectuais como tecnológicos, para realizá-los. O ensinamento cristão histórico sobre o inferno era posto em questão à luz da convicção utilitariana e progressista de que a retribuição em si, sem qualquer perspectiva de alguma coisa ou alguém ser melhorado por ela, não é justificativa suficiente para a punição, desconsiderando o castigo eterno. Partindo desse ponto de vista a idéia de que o ato de Deus manter alguém em permanente tormento após a morte era indigno dEle e, portanto, a posição tradicional sobre o castigo eterno deve ser abandonada, devendo-se encontrar outra maneira de explicar os textos que parecem ensiná-la. Revisionistas da Bíblia desenvolveram duas maneiras de fazer isso, ambas essencialmente especulativas, à maneira de Orígenes, que usava a filosofia da época para estabelecer uma estrutura da forma de interpretação dos textos e para preencher as lacunas nos seus ensinamentos. O primeiro método era o universalismo, que diz que todos os seres humanos estarão por fim no céu, e especula em como, através de dolorosas experiências, os que morrem na incredulidade conseguirão isso. A segunda maneira é o aniquilacionismo, o qual afirma que os que estarão no céu serão por fim todos os humanos, e especula sobre quando os incrédulos serão aniquilados. Os argumentos utilizados pelos aniquilacionistas de hoje são essencialmente os mesmos dos seus predecessores do século passado. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Duas advertências pastorais e teológicas devem preceder nossas considerações a esses argumentos. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">1) </span></b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Opiniões sobre o inferno não devem ser discutidas fora das linhas do Evangelho. Por quê? Porque é somente em conexão com o Evangelho que Jesus e os autores do Novo Testamento falam do inferno, e a maneira bíblica de lidar com temas bíblicos é levar-se em consideração tanto as suas conexões bíblicas, quanto a sua substância bíblica. Como diz Peter Toon: </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">“... a pregação e o ensino de Jesus com relação ao Geena, trevas e condenação estavam relacionados com a Sua proclamação e exposição do reino de Deus, salvação e vida eterna; eles nunca são expostos como assuntos independentes para reflexão e estudo. Renomados teólogos [23] têm muito enfatizado este último ponto. ... o inferno é parte integrante do Evangelho e portanto não pode ser deixado de fora ... . Advertir as pessoas para que evitem o inferno significa que ele é uma realidade, ou pode vir a ser uma realidade. Portanto, é inevitável que tentemos oferecer uma descrição do inferno pelo menos em termos de poena damni (dor pela perda da alegria) e possivelmente de poena sensus (dor dos sentidos, ou seja, através dos sentidos) mas ... sempre reconhecemos que falamos figuradamente”. [24] </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">A idéia cristã do inferno não é um conceito isolado de sofrimento apenas por sofrimento (a divina “selvageria”, “sadismo”, “crueldade” e “vingança” do qual os aniquilacionistas acusam os crentes que declaram o inferno eterno) [25]; mas uma noção biblicamente formada por três misérias equivalentes, que são: a exclusão da presença e comunhão graciosa de Deus, em castigo e com destruição sobre aqueles que, ao negarem as misericórdias de Deus, já rejeitaram o Pai e o Filho nos seus corações. A justiça do juízo final de Deus, o qual Jesus administrará, de acordo com o Evangelho, está em duas coisas: primeiro, o fato de que o que as pessoas recebem não é apenas o que elas merecem, mas o que elas na verdade escolheram </span><span style="FONT-FAMILY: 'Book Antiqua', 'serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">—</span><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"> isto é, existir para sempre sem Deus e conseqüentemente sem nenhum dos bens que Ele concede; segundo, o fato de que a sentença é proporcional ao conhecimento da Palavra, obra e vontade de Deus, que foram desconsideradas (Cf. Lc. 12:42-48; Rm1:18-20, 32, 2:4,12-15). De acordo com o Evangelho, o inferno não é uma selvageria imoral, mas uma retribuição moral, e discussões sobre a sua extensão para os seus habitantes devem ocorrer dentro desse quadro. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">2)</span></b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"> Opiniões sobre o inferno não deveriam ser determinadas por considerações do bem-estar. Diz John Wenham: “Acautelai-vos da imensa atração natural por qualquer saída que os livre da idéia de pecado e sofrimento sem fim. A tentação de torcer o que deveriam ser declarações completamente rígidas das Escrituras é intensa. É a situação ideal para uma racionalização inconsciente” [26]. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Diz John Stott: “<i>Eu acho o conceito de tormento consciente eterno emocionalmente intolerável e não compreendo como as pessoas conseguem conviver com isso sem cauterizar seus sentimentos ou esfacelá-los com a tensão. Mas as nossas emoções são um guia instável, não confiável para nos conduzir à verdade e não devem ser exaltadas ao lugar de suprema autoridade em determiná-la ... minha pergunta deve ser </i></span><span style="FONT-FAMILY: 'Book Antiqua', 'serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">—</span><i><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"> e é </span></i><span style="FONT-FAMILY: 'Book Antiqua', 'serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">—</span><i><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"> não o que me diz o meu coração, mas, o que diz a Palavra de Deus?</span></i><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">” [27].</span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Ambos adotaram o aniquilacionismo, no que estão errados, mas eles o admitem por uma justa razão — não porque é uma idéia que se ajustou confortavelmente às suas convicções, apesar de tê-lo feito, mas porque eles pensaram tê-lo encontrado na Bíblia. Qualquer que seja nossa posição sobre a questão, nós também devemos ser guiados pelas Escrituras e nada mais. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">1) </span></b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">O primeiro argumento é a necessidade de explicar “castigo eterno” de Mateus 25:46, que está diretamente relacionado com “vida eterna”, sem que traga necessariamente a implicação de eternidade. Admitindo-se que, como é corretamente defendido, “eterno” (<i>aionios</i>) no Novo Testamento significa “que pertence à era porvir” em vez de expressar qualquer noção diretamente cronológica, os escritores do Novo Testamento são unânimes em concluir que o tempo porvir será eterno. Então o problema dos aniquilacionistas permanece no mesmo lugar que estava. A afirmação de que, na era por vir, a vida é alguma coisa contínua, enquanto que o castigo é algo com um final, torna a questão evasiva. Basil Atkinson, “um excêntrico bacharel acadêmico”, de acordo com Wenham [28], mas um filologista profissional, e mentor de Wenham e Stott nessa matéria, escreveu: </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">“Quando o adjetivo <i>aionios</i> significando “eterno” é usado no grego juntamente com substantivos de ação, ele se refere ao resultado da ação, não ao processo. Assim a expressão “castigo eterno” é comparável a “redenção eterna” e a “salvação eterna”, todas expressões bíblicas ... os que se perdem não passarão eternamente por um processo de castigo mas serão punidos uma vez por todas com resultados eternos”. [29] </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Embora essa declaração seja constantemente feita por aniquilacionistas, que de outra maneira não poderiam erigir sua posição, ela carece de apoio gramatical e em qualquer caso torna a questão evasiva quando assume que o castigo é um evento momentâneo ao invés de contínuo. Embora, porventura, não seja absolutamente impossível, o raciocínio parece artificial, evasivo, e, em uma avaliação final, desamparado. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">2) </span></b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">O segundo argumento é que, uma vez que a idéia de imortalidade intrínseca da alma (isto é, do indivíduo consciente) deixa de ser considerada como uma intromissão platônica na exegese do segundo século, parecerá que o único significado natural de morte, destruição, fogo e trevas no Novo Testamento como indicadores do destino dos ímpios é de que tais pessoas deixam de existir. Mas tal afirmação quando submetida à prova mostra estar errada. Para os evangélicos, a analogia das Escrituras, isto é, o axioma da sua coerência e consistência intrínsecas e sua capacidade de elucidar ela mesma os seus ensinos, é uma regra para toda interpretação, e, embora haja textos que, tomando-os isoladamente, podem conter implicações aniquilacionistas, há outros que de forma alguma podem se encaixar nesse esquema. Mas nenhuma teoria que se propõe a explicar o significado da Bíblia e não abrange todas as Suas principais declarações pode ser verdadeira. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Judas 6 e Mateus 8:12; 22:13, 25:30 mostram que as trevas significam um estado de privação e aflição, mas não de destruição no sentido de deixar de existir. Somente aqueles que existem podem chorar e ranger seus dentes, como é dito dos que serão lançados nas trevas. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Em nenhuma parte a morte significa extinção; morte física é a partida para outra forma de existência chamada sheol ou hades, e morte metafórica é uma existência sem Deus e Sua graça; nada na terminologia bíblica garante a idéia, encontrada em Guillebaud [30] e outros, de que “a segunda morte” de Apocalipse 21:11, 20:14, 21:8 significa ou refere-se à extinção da existência. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Lucas 16:22-24 nos mostra, como também uma grande quantidade de linguagem apocalíptica extra-bíblica, que fogo significa uma existência continuamente em tormento, e as arrepiantes palavras de Apocalipse 14:10, 19:20, 20:10 e de Mateus 13:42,50 confirmam isso. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Em 2 Tessalonicenses 1:9 Paulo explica, ou amplia, o significado de “sofrerão penalidade de eterna (<i>aionios</i>) destruição” adicionando “banidos da face do Senhor” — expressão que, por denotar exclusão, joga por terra a idéia de que “destruição” significa extinção. Somente aqueles que existem podem ser excluídos. Tem sido freqüentemente demonstrado que no grego o significado natural das palavras relacionadas a destruição (substantivo, olethros; verbo, apollumi) é arruinar, de forma que o foi destruído fica, a partir de então, inutilizado, ao invés de propriamente aniquilado, de maneira que passa a não mais existir de forma alguma. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Os aniquilacionistas se defendem com especial argumentação. Às vezes, eles argumentam que tais textos que falam de um tormento contínuo fazem referência somente a uma experiência temporária para os que se perdem antes de deixarem de existir, mas isso é tornar a questão evasiva através de uma exegese especulativa e renunciar a sua declaração original de que o Novo Testamento, quando fala de perdição eterna, sugere naturalmente a extinção. Peterson cita John Stott, no que ele chama de “o melhor argumento aniquilacionista” [31]. O trecho a seguir faz comentários às palavras “A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos” de Apocalipse 14:11. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">O próprio fogo é chamado “eterno” e “inextinguível”, mas seria muito estranho se o que fosse ali atirado provasse ser indestrutível. A nossa expectativa deveria ser o oposto: o que for ali atirado deve ser consumido eternamente, não atormentado eternamente. Por isso existe a fumaça (evidência de que o fogo fez o seu trabalho) que “sobe pelos séculos dos séculos”. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">“Pelo contrário”, contra-argumenta Peterson, “nossa expectativa seria de que a fumaça se extinguiria uma vez que o fogo já tivesse terminado o seu serviço ...”. O restante do verso confirma nossa interpretação: “e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem” [32]. Para isso parece não haver resposta. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Portanto, o argumento lingüístico fracassa em todos os seus pontos. Dizer que alguns textos, tomados isoladamente, poderiam significar a aniquilação, não prova absolutamente nada quando outros evidentemente não o fazem. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">3) </span></b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">O terceiro argumento é o de que o fato de Deus aplicar eternamente um castigo aos perdidos seria algo injusto e desproporcional. Stott escreve: “eu questiono se o 'tormento eterno e consciente' é compatível com a revelação bíblica de justiça divina, a menos que talvez (como tem sido argumentado) a impenitência dos ímpios também perdure ao longo da eternidade” [33]. A incerteza expressa pelo “talvez” de Stott é estranha, por isso não há nenhuma razão para se pensar que a ressurreição dos ímpios mudará o seu caráter, e sim toda a razão para se supor que a sua rebeldia e impenitência continuarão enquanto eles existirem, tornando o eterno exílio da comunhão de Deus plenamente apropriado; mas, deixando isso a parte, é evidente que o argumento, se fosse válido, provaria coisas demais e terminaria solapando a própria causa aniquilacionista. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Mas se, como sugere o argumento, é desnecessariamente cruel para Deus manter os que se perdem existindo para serem atormentados, porque a Sua justiça no caso não requer isso, como os aniquilacionistas podem justificar, em termos da justiça de Deus, o fato dEle os fazer passar por qualquer tipo de tormento após a morte. Por que a justiça, que desse ponto de vista requer a aniquilação de qualquer forma, não se satisfaz com uma aniquilação no momento da morte? Os aniquilacionistas bíblicos, que não podem escapar da expectativa bíblica da ressurreição final de crentes e incrédulos para o julgamento, também admitem que haverá alguma dor imposta após o julgamento e antes da extinção; mas se a justiça de Deus não requer nada além da aniquilação, e portanto não requer essa dor, ela se torna uma crueldade desnecessária, sendo Deus assim, conseqüentemente, acusado de cometer a mesma falta da qual os aniquilacionistas ansiosamente querem provar que Ele é inocente e também condenam a corrente principal do pensamento cristão por sua inferência. Enquanto que, se a justiça de Deus realmente não requer nenhuma punição em adição à aniquilação, e a contínua hostilidade, rebeldia e impenitência dos ímpios para com Deus permanece uma realidade após suas mortes, não haverá momento algum em que seja possível tanto para Deus como para o homem dizer que castigo suficiente já foi aplicado, que já não merecem mais do que já receberam, e qualquer punição a mais além disso seria injusta. Dessa forma o argumento retorna aos seus proponentes como um bumerangue, impelindo-os de volta e deixando-os sem poder escapar das garras do seu dilema. Basil Atkinson foi mais sábio e declarou: “eu tenho evitado ... qualquer argumento sobre o estado final dos ímpios baseado no caráter de Deus, o que eu consideraria uma irreverência tentar avaliá-lo” [34]. Sem dúvida ele anteviu as dificuldades a que tal argumento conduz. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">4) </span></b><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">O quarto argumento é o de que a alegria dos santos no céu seria arruinada pelo fato de saberem que alguns continuam debaixo de merecida punição. Mas não se pode dizer isso de Deus, como se a manifestação da Sua santidade na punição doesse mais a Ele do que aos ofensores; e desde que no céu os cristãos serão semelhantes a Deus, amando o que Ele ama e se regozijando em toda manifestação Sua, incluindo a manifestação da Sua justiça (na qual os santos, pelas Escrituras, na verdade já se alegram neste mundo), não há razão para imaginar que a sua alegria eterna será prejudicada dessa forma [35]. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">É desagradável contestar honrados colegas evangélicos através de uma matéria impressa, alguns dos quais são bons amigos e outros (eu falo particularmente de Atkinson, Wenham e Hughes) agora já se encontram com Cristo. Portanto, paro por aqui. Meu propósito era apenas reconsiderar o debate e avaliar a força dos argumentos utilizados, e isso eu fiz. Eu não estou certo se concordo com Peter Toon quando diz que “discussão sobre se o inferno significa castigo eterno ou aniquilação após o juízo ... é tanto perda de tempo como uma tentativa de saber daquilo que não podemos saber” [36], mas eu estou convencido de que ele está certo em dizer que o inferno “faz parte do Evangelho” e que “advertir as pessoas para que evitem o inferno significa que ele é uma realidade” [37]. Todo aquele que se decide por advertir as pessoas para que evitem o inferno pode andar em comunhão no seu ministério e legitimamente reivindicar ser um evangélico. Quando John Stott argumenta que “a aniquilação final do ímpio deveria ser aceita como uma alternativa legítima e biblicamente fundamentada para o eterno e consciente tormento” [38], ele pede demais, pois os fundamentos bíblicos dessa posição, quando examinados, provam, como vimos, que são inadequados. Seria errado porém, se essas diferenças de opinião quanto ao assunto levassem ao rompimento da comunhão. Entretanto seria uma boa coisa se elas fossem resolvidas. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><div style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><br /><hr style="WIDTH: 150pt" align="left" size="2" width="200"><br /></span></div><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:13;color:black;">Notas:</span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[1] - <i>No Place for Truth</i> (Nenhum Lugar para Verdade - Grand Rapids: Eerdmans, 1993) de David Wells e Mark Noll, The Scandal of the Evangelical Mind (O Escândalo da Mente Evangélica - Grand Rapids: Eerdmans, 1994), contam só parte da história. Admitindo-se que a teologia evangélica em algumas partes e sobre alguns aspectos tem sido deformada e fragmentada, a energia que atualmente vem sendo dedicada para recuperá-la aqui, é notável. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[2] - Detalhes podem ser recolhidos de LeRoy Edwin Froom, <i>The Conditionalist Faith of Our Fathers</i> (A Fé Condicional de Nossos Pais - Washington, D. C.: Review and Herald, 2 vols., 1965-66), e de David J. Powys, “<i>The Nineteenth and Twentieth Century Debates about Hell and Universalism</i>”, (O Debate sobre Inferno e Universalismo no Século 19 e 20 - Uníversalism, Paternoster Press, e Grand Rapids: Baker, 1992), 93138. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[3] - Eu declarei isto em “<i>The Problem of Eternal Punishment</i>” (O Problema do Castigo Eterno - Crux XXVI.3 - 23/09/90. John Wenham desafiou fundamentado em que os evangélicos falaram muito sobre o assunto na segunda metade do século 19, que ele chamou “o auge do condicionalismo entre evangélicos” (Universalism. ., 181 e nota 27). Mas conversação e convicção não são a mesma coisa. A evidência para minha afirmação encontra-se no fato de que três dos “quatro melhores livros que defendem o aniquilacionismo” segundo Robert A. Peterson, (<i>Hell on Trial</i> - Inferno em Julgamento - Phillipsburg: Presbyterian & Reformed Publishing, 1995, 161-62); <i>The Righteous Judge</i>, de Harold E. Guillebaud (O Justo Juiz - publicação independente, 1964); Basil F. C. Atkinson, <i>Life and lmmortality</i> (Vida e Imortalidade - publicação independente, n.d.c. 1968; e Edward William Fudge, <i>The Fire That Consumes</i> (O Fogo Que Consome), não foram publicados por nenhuma publicadora evangélica influente. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[4] - <i>Christianity Today</i> (Cristianismo Hoje), 20 de março de 1987, 40-41. Pinnock ampliou sua linha de pensamento em “<i>The Destruction of the Finally Impenitent</i>” (A Destruição do Impenitente a Final - Criswell Theological Review 4 (Primavera 1990), 243-59.</span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[5] - Houston: Providential Press, (Imprensa providencial), 1982. O livro de Fudge foi notado e respondido de forma breve por Robert UM. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: EN-USfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US">Morey, <i>Death and the Afterlife</i> (Morte e a Vida após a morte - Minneapolis: Bethany House, 1984), 124ff., 205. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Uma edição revisada e reduzida, com as respostas de Fudge aos críticos, apareceu em 1994 (Carlisle, Reino Unido,: Paternoster Press). </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: EN-USfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US">[6] - David L. Edwards e John Stott, <i>Essenhals</i> (Londres: Hodder & Stoughton, 1988), 313-20. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: EN-USfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US">[7] - Grand Rapids: Eerdmans, e Leicester, Reino Unido,: Inter-Varsity Press, 1989, 398-407. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: EN-USfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US">[8] - Kenneth Kantzer e Carl F. H. o Henry, eds., Evangelical Essentials (Grand Rapids: Zondervan, 1990), 107-36. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[9] - A linha de pensamento foi desenvolvida no artigo de Crux (Ponto Crucial), nota 3. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[10] - Christianity Today (Cristianismo Hoje), 16 de junho de 1989, 60,; 63. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[11] - Ligonier, Pennsylvania,: Soli Deo Gloria Publications (Soli Deo Gloria Publicações), 1990. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[12] - Veja nota 2. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[13] - Eastbourne, Reino Unido,: Kingsway, 1991. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[14] - Bridgend, Reino Unido,: Evangelical Press of Wales (Imprensa Evangélica de Gales), 1991. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: EN-USfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US">[15] - Wheaton: Bridgepoint Books (Victor Books), 1992. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: EN-USfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US">[16] - Grand Rapids: Zondervan, 1992. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: EN-USfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US">[17] - Londres: Hodder & Stoughton, 1992. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[18] - Darlington, Reino Unido,: Evangelical Press (Imprensa Evangélica), 1993. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: EN-USfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US">[19] - Lanham, Maryland,: United Press of América, 1995. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[20] - Veja nota 3. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[21] - Para uma consideração geral, veja David J. Powys, ""The Nineteenth & Twentieth Century Debates about Hell and Universalism," in Universalism. . ., (Debate sobre Inferno do Século 19 e 20 e Universalismo), em Universalism. . ., 93-129. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[22] - Além de seus expoentes evangélicos modernos, o condicionalismo tem tido o apoio de uma grande parte do protestantismo mundial durante os últimos 150 anos. Veja B. B. Warfield, " Annihilationism" (Aniquilacionismo-Grand Rapids: Baker, 1981), ix., 447-57; Peter Toon, Heaven and Hell (Céu e Inferno - Nashville: o Thomas Nelson, 1986), 17S81;artigos "Annihilationism" (Aniquilacionismo) e Conditional Immortality" (Imortalidade Condicional - Dicionário Evangélico de Teologia - Walter UM. Elwell, ed. Grand Rapids: Baker,1984). </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[23] - Ibid., 199. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[24] - Ibid., 200-201. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[25] - “Selvageria” é de Michael Green, Evangelism through the Local Church (Evangelismo pela Igreja Local - Londres: Hodder & Stoughton, 1990); “sadismo” é de J. W. Wenham, Universalism. . . (Universalismo ...), 187; as outras duas palavras são de Clark Pinnock, Criswell Theological Review 4 (1990), 246. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[26] - Wenham, <i>The Enigma of Evil</i> (O Enigma do Mal - Grand Rapids: Zondervan, 1985), 37-38. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[27] - Stott, <i>Essentials</i>, 315-16. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[28] - Wenham, Universalism ... (Universalismo...), 162, note 3. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[29] - Atkinson, Life and lmmortality (Vida e Imortalidade), 101. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR; mso-ansi-language: EN-USfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US">[30] - H. E. Guillebaud, The Righteous Judge (O Justo Juiz), 14. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;" lang="EN-US"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[31] - Peterson, Hell on Trial (Inferno em Julgamento), 162. Wenham descreve as páginas de Stott como um “tratamento leve”, (Universalism. . ., 167). O julgamento de Peterson me parece mais perspicaz. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[32] - Ibid., 168-69; Stott citando, Essentials, 316. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[33] - Ibid., 319. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[34] - Ibid., iv. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[35] - Estas sentenças são principalmente retiradas de Packer, art. cit, 23. 36 Ibid., 201. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[37] - Ibid., 250. </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">[38] - Ibid., 320.39 Fonte: Revista Fides Reformata </span><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><div style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><br /><hr style="WIDTH: 150pt" align="left" size="2" width="200"><br /></span></div><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><i><span style="FONT-FAMILY: 'Trebuchet MS', 'sans-serif'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;">Dr. James Packer, antigamente Professor de Teologia no Regent College, Vancouver; desde 1979, Editor Senior da Chrishanity Today e um professor muito ocupado. Ele disserta amplamente, escreve extensivamente, e é o distinto autor de numerosos best-sellers. Ele contribuiu para Reformation & Revival Journal.</span></i><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p style="LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-top-alt: auto; mso-margin-bottom-alt: auto" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Times New Roman', 'serif'; mso-fareast-: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:12;color:black;"><o:p></o:p></span></p><br /><p>Fonte: <a href="http://www.monergismo.com/textos/inferno/aniquilacionismo_packer.htm">www.monergismo.com/textos/inferno/aniquilacionismo_packer.htm</a> (publicada com a autorização de Felipe Sabino, a quem agradecemos pela gentileza com que acolheu nossa petição.)</p><br /><p></p><br /><p>Evandro C. S. Junior, 13 de Abril de 2011</p><br /><p></p><br /><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></p>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-38955165395961031422011-04-08T12:13:00.000-07:002011-04-08T12:18:07.563-07:00O Estupro dos Cânticos de Salomão — Parte III<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgmsBTqlogSZ8XC_H-rVJJ2RJ_5HQ559vTyG796LIGMGx5osqcVT_TtzlcwaAHFQSPX9iTowB5KcVjKmbsGbn7y0gXceqDPSJ18bhwHsnF7IEHtgqM_OAGXfgnbhk-9Fudpn2akkge2yM/s1600/4449506_425d512279.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgmsBTqlogSZ8XC_H-rVJJ2RJ_5HQ559vTyG796LIGMGx5osqcVT_TtzlcwaAHFQSPX9iTowB5KcVjKmbsGbn7y0gXceqDPSJ18bhwHsnF7IEHtgqM_OAGXfgnbhk-9Fudpn2akkge2yM/s400/4449506_425d512279.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5593293374358051506" /></a><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">16 de Abril de 2009, por John MacArthur<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">(Tradução: Nelson Ávila)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="font-family:"Times New Roman","serif"">[Nota do Editor: O leitores devem ser advertidos que este artigo contem material ofensivo. No entanto, ele está incluído aqui com o objetivo de fundamentar a tese deste artigo.]<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Eu enfaticamente concordo com aqueles que dizem que os Cânticos de Salomão não são mera alegoria. Ele é melhor entendido quando o tomamos como de fato se propõe a ser, como qualquer outro texto da Escritura. Muitos intérpretes a quem, em outro caso, mantenho em alta estima (incluindo Spurgeon e a maioria dos Puritanos), infelizmente fizeram mais para confundir do que para esclarecer a mensagem dos Cânticos ao tratá-la de uma maneira puramente alegórica que acaba por eliminar seu sentido <i style="mso-bidi-font-style:normal">primário</i>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Os Cânticos de Salomão são, como tenho dito desde o princípio, um poema de amor entre Salomão e sua noiva, celebrando o amor mútuo de um pelo outro, incluindo os prazeres do leito conjugal. Interpretar esta </span><span style="font-size:12.0pt;line-height: 115%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-language:PT-BR">— <i style="mso-bidi-font-style:normal">ou qualquer outra porção da Escritura</i> — de uma maneira puramente alegórica é tratar a própria imaginação do intérprete como mais autoritativa do que o sentido literal do texto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">De qualquer modo, aqueles que fingem saber o significado dos símbolos poéticos que não estão claramente identificados a partir do próprio texto cometem o mesmíssimo erro. Suas especulações são igualmente um modo de exaltar suas próprias imaginações a um nível de autoridade superior ao sentido literal do texto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">É um problema particular quando o interprete vê um mandato para sexo oral numa simples metáfora acerca do fruto de uma árvore, ou imagina que a melhor maneira de contextualizar e ilustrar porções do texto é despindo verbalmente sua própria esposa a fim de fazer o ponto tornar-se o mais vívido possível.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Num caso como este, o orador não apenas tem dado peso demasiado a sua própria imaginação especulativa; ele tem dado um sinal bastante claro de que sua imaginação não é totalmente pura (Lucas 6:45).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">E este é um problema muito mais sério do que meramente alegorizar o texto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">De maneira alguma desejo minimizar os perigos de se alegorizar o texto. Essa aproximação hermenêutica é cheia de prejuízos, mesmo nas mãos de homens de mente pura, que geralmente são saudáveis em sua doutrina. Eu não aprovo os vôos da fantasia alegórica, <i style="mso-bidi-font-style:normal">especialmente</i> com um texto como os Cânticos de Salomão, o qual impõe bastante dificuldade com as, obviamente embutidas, metáforas e linguagem poética que possui.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Alegorizadores dos Cânticos de Salomão geralmente o vêem como uma expressão de terno amor mútuo entre Cristo e Sua igreja. A maioria deles diria que Cristo é representado pela voz de Salomão; a igreja é representada pela voz de Sulamita. Alguns intérpretes vão ainda mais longe e dizem ouvir três ou mais vozes falando do texto. (Invariavelmente, aqueles que multiplicam as vozes tentam fazer com que os versículos se encaixem em algum libreto complexo que se levanta mais de suas próprias agendas pessoais do que do texto em si.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Ainda assim, independentemente de quantas vozes sejam ouvidas e quem esteja supostamente falando, quase todos os que alegorizam este poema vêem-no como um cântico de amor entre Cristo e a igreja. É provavelmente adequado dizer que esta visão alegórica sobre Cristo e a igreja tem sido a interpretação dominante do poema através da história da igreja.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Isto, é claro, não é o certo a ser feito. Acontece que penso não ser esta a abordagem correta para interpretar este texto. Mas esta não é uma visão que deva ser rejeitada com desprezo vulgar </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%; font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-language:PT-BR">— <i style="mso-bidi-font-style:normal">especialmente</i> com uma piada grosseira atribuindo comportamento homossexual a Cristo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Se você já ouviu qualquer dos estudos de Mark Driscoll sobre os Cânticos de Salomão, certamente terá ouvido sua piada naquele sentido. Por exemplo, <b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="color:#0F243E;mso-themecolor:text2;mso-themeshade:128">no sermão que me impulsionou a escrever estes artigos</span></b>, Driscoll diz, “Alguns têm alegorizado este livro, e assim fazendo, eles o têm destruído. Eles dirão que ele é uma alegoria entre Jesus e sua noiva, a igreja. O que, se for verdade, é estranho. Porque Jesus está fazendo sexo comigo e pondo sua mão sobre minha camisa. E isto parece estranho. Eu amo Jesus, mas não desse jeito.”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Drsicoll disse quase exatamente a mesma coisa nos últimos três outros sermões. Por exemplo: “Jesus continua fazendo comigo e me tocando em locais impróprios”. “Agora eu sou gay, ou altamente perturbado, ou ambos”. “Como um cara, eu não me sinto confortável com Jesus, como você sabe, me beijando, me tocando e me levando para a cama. Ok? Acho que essa espécie de visão acerca dos Cânticos de Salomão é muito homo-erótica.” <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Mesmo em sua série mais recente, <i style="mso-bidi-font-style:normal">Peasant Princess</i>, ele repete uma versão daquela mesmíssima piada:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Agora, o que acontece é que alguns dizem “Bem, nós cremos no livro [dos Cânticos de Salomão], e o ensinaremos, mas o faremos alegoricamente.” E há então uma interpretação alegórica e uma literal. Eles dirão, “Bem, a interpretação alegórica não é entre um marido e sua esposa, Cânticos de Salomão, amor, romance e intimidade; do que ela trata? Sobre nós e Jesus.” Realmente? Eu espero que não. [Risos da platéia] Se eu chegar no céu e ele desabar, não sei o que farei. Quero dizer que este será um mau dia. Certo? Eu falo sério. Vocês caras, sabem do que eu estou falando. É como, “Não, eu não estou fazendo isto. Você sabe que eu não estou fazendo isto. Eu O amo [Jesus], mas não deste jeito.” [Risos da platéia].<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Driscoll escapa da crítica a respeito deste tipo de piada alegando que não é blasfêmia pelo fato de não ter nada a ver com o “verdadeiro” Jesus. Ele diz que está simplesmente tirando sarro de uma falsa noção sobre Jesus. E ele continua fazendo a piada. Aqui está o problema com isto: a Escritura claramente ensina que o amor entre marido e mulher em todos os seus aspectos é uma metáfora de Cristo e a igreja (Efésios 5:31-32).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Assim, mesmo uma interpretação não alegórica dos Cânticos de Salomão (simplesmente tomando a canção de amor entre Salomão e Sulamita no sentido em que ela se propõe a ser), em última análise aponta-nos a Cristo e seu amor pela igreja. O texto deve ser manuseado pelo pregador, portanto, não como um pretexto para se banhar na sarjeta de nossa cultura obsessiva por descontração, com uma conversação grosseira acerca de sexo e descrição de imagens sexuais.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Alguns dos que tem comentado esses artigos sugeriram que eu deveria fazer uma exposição completa dos Cânticos de Salomão ao invés de simplesmente criticar os maus intérpretes e condenar a fixação da igreja contemporânea por sexo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Isto exigiria uma série longa, e eu preferiria não devotar semanas de tempo neste blog a um tópico que levantei apenas com o objetivo de uma simples admoestação particular. Mas aqueles que desejam conhecer minha exposição dos Cânticos de Salomão ficarão felizes em encontrar notas completas sobre o texto na <i style="mso-bidi-font-style: normal">Bíblia de Estudo MacArthur</i>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Aquelas notas devem ser uma resposta suficiente àqueles que pretendem saber se o que estou falando é que seria melhor não comentar os Cânticos de Salomão de maneira alguma.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">É claro que não é o que estou dizendo, nem pode alguém asseverar que tenho afirmado implicitamente qualquer coisa do tipo </span><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-fareast-language: PT-BR">— sem torcer minhas palavras ou colocar <i style="mso-bidi-font-style: normal">suas</i> palavras em minha boca. (Isto aconteceu literalmente numa série de comentários em outro blog onde este artigo estava em discussão. Um comentarista precipitadamente me acusou de oposição a exposição linha-por-linha dos Cânticos. Em metade dos comentários, as pessoas estavam pondo esta alegação entre aspas, atribuindo-a a mim.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-fareast-language:PT-BR">O que estou dizendo é que os limites da decência — especialmente quando se lida com temas como sexo — devem ser aplicados a qualquer texto com o qual estejamos lidando. Interpretar a bela poesia de modo a transformá-la num indecente pornô <i style="mso-bidi-font-style: normal">soft</i> é corromper a <i style="mso-bidi-font-style:normal">intenção</i> primordial do texto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Isto está longe de ser tão difícil de entender como alguns estão imaginando, mas talvez um simples paralelo seja suficiente: Existem outras funções privadas do corpo e partes do corpo “menos honrosas” ou “indecorosas” (1 Coríntios 12:23). Encontramos estas mencionadas ou aludidas às vezes nas Escrituras sem, contudo, serem demasiadamente especificadas. Todos nós seriamos certamente ofendidos se o pregador fizesse um longo discurso descritivo, ou desse instruções do tipo “como-é”, no culto de Domingo, sublinhando aquelas coisas “indecorosas”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Por razões mais fortes que a simples modéstia, certos atos envolvendo fornicação, auto-erotismo e outras coisas que as pessoas geralmente “fazem em segredo”, são vergonhosas para serem discutidas em <i style="mso-bidi-font-style:normal">qualquer</i> contexto público (Efésios 5:12), muito menos num culto da igreja. Elas podem ser temas adequados para uma sessão de aconselhamento privado, para um consultório médico ou para uma aula de biologia da faculdade, mas não são temas apropriados para um culto onde Deus deve ser glorificado, onde Cristo deve ser exaltado, onde respeito deve ser mostrado para com as mulheres, onde a inocência das crianças deve ser resguardada e onde as curiosidades luxuriosas de pessoas solteiras não devem ser inflamadas desnecessariamente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Quando um orador deliberadamente desperta desejos que não podem ser realizados com retidão em universitários solteiros, ou quando suas ilustrações pessoais deixam de preservar a privacidade e honra de sua própria esposa, isto já é algo <i style="mso-bidi-font-style:normal">bem pior </i>do que meramente inapropriado. Quando feito repetidamente e com o comportamento de um <i style="mso-bidi-font-style: normal">bad boy</i> imaturo, tal prática reflete um defeito de caráter maior, que é a desqualificação espiritual. Qualquer homem que faz tais coisas demonstra simplesmente que a marca registrada de seu estilo não está realmente acima de qualquer reprovação.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">Tão recentemente como há uma década, este ponto de vista não teria levantado um pio de controvérsia.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"">O fato de que isto é tão controverso agora é simplesmente uma prova a mais de que os evangélicos têm se tornado parecidos demais com o mundo, e muito confortáveis com as características maléficas de nossa cultura.<o:p></o:p></span></p> <span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language: PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">Amanhã, se o Senhor quiser, postarei o capítulo final desta série. Várias perguntas têm chegado repetidamente de pessoas que têm comentado sobre estes artigos, e no capítulo final de amanhã quero responder o maior número delas possível.</span><div><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language: PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA"><br /></span></div><div><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language: PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA"><br /></span></div><div><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language: PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">___________________________________________</span></div><div><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language: PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">Disponível em: </span><a href="http://www.gty.org/Resources/Articles/A398_The-Rape-of-Solomons-Song-Part-3?q=driscoll">http://www.gty.org/Resources/Articles/A398_The-Rape-of-Solomons-Song-Part-3?q=driscoll</a> Acesso In: 08 de Abril de 2011, as 16hs18 min.</div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8852857196881684853.post-15691691583171712462011-04-07T06:54:00.000-07:002011-04-07T07:04:22.159-07:00A Motivação de Abraham Kuyper para a Construção de sua Biocosmovisão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVbjhr4MvH9acBWXM7nN7BfOyk2MAF5X5wSGjMEmEpGXFhg7WfIRXRQQGyyL82SI8M1Omk8zWTt8ZSZEva2dSuMjHO21rb8QV1S8oEF028YdL-5E-z1YJepS2HeG62BnNNPJMFolLBMm4/s1600/kuyp002_p07.gif" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 250px; height: 356px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVbjhr4MvH9acBWXM7nN7BfOyk2MAF5X5wSGjMEmEpGXFhg7WfIRXRQQGyyL82SI8M1Omk8zWTt8ZSZEva2dSuMjHO21rb8QV1S8oEF028YdL-5E-z1YJepS2HeG62BnNNPJMFolLBMm4/s400/kuyp002_p07.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5592841867996801122" /></a><p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">Antes de analisarmos a extensão da cosmovisão (ou “biocosmovisão”, por estender-se a própria esfera da vida) “Kuyperiana”, faz-se necessário compreender as motivações que o levaram a empreender tão grandes esforços no desenvolvimento e sistematização desta matéria.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count: 1"> </span>É próprio dizer que sua grande força influenciadora, se deve justamente “a tempestade do Modernismo”, que surgira com “intensidade violenta” em oposição ao próprio elemento cristão das glórias da cruz, bem como ao “[...] próprio nome cristão [... e...] sua influência salutar em cada esfera da vida.” (KUYPER, 2003, p. 18).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><span style="mso-tab-count: 1"> </span>Segundo Kuyper, o ponto crucial fora alcançado em 1789, onde: <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm"><span style="font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman","serif"">O grito furioso de Voltaire, “Abaixo com o salafrário”, foi apontado para o próprio Cristo [...] O protesto fanático de um outro filósofo, “Não precisamos mais de Deus”, e o lema odioso, “Nenhum Deus, nenhum senhor”, da Convenção; – foram os lemas sacrílegos que naquele tempo anunciaram a libertação do homem como emancipação de toda autoridade divina (<i style="mso-bidi-font-style:normal">Ibidem</i>). <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent:35.4pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif"">Na verdade, tudo isso não passou da “[...] expressão do pensamento mais oculto do qual nasceu a Revolução Francesa” (<i style="mso-bidi-font-style:normal">Ibid.</i>), e embora Deus houvesse empregado a Revolução Francesa como: <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt; line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm"><span style="font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman","serif"">[...] um meio para destruir a tirania [...] e trazer um julgamento sobre os príncipes que abusavam de <i style="mso-bidi-font-style:normal">suas</i> nações como seus escabelos, [...] o princípio do qual a Revolução surgiu continua completamente <i style="mso-bidi-font-style:normal">anticristão</i>, e desde então tem se espalhado como um câncer, dissolvendo e corroendo tudo quanto está firme e consistente diante de nossa fé cristã (<i style="mso-bidi-font-style:normal">Ibid.</i>).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:4.0cm;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;font-family:"Times New Roman","serif""><o:p> </o:p></span></p> <span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: EN-US;mso-bidi-language:AR-SA"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Preocupado com a situação social, moral, cultural, política e eclesiástica de seu próprio país (assim como a de toda a Europa), e consciente da luta mortal entre estes “Dois sistemas de vida”, Cristianismo e Modernismo, que expunha o primeiro a grandes e sérios perigos, o Dr. Kuyper (2003) percebeu que nesta batalha, <i style="mso-bidi-font-style:normal">princípio</i> deveria ser colocado contra <i style="mso-bidi-font-style:normal">princípio</i> e a partir daí, concebeu em seis pontos – (1) O Calvinismo como Sistema de Vida; (2) O Calvinismo e a Religião; (3) O Calvinismo e a Política; (4) O Calvinismo e a Ciência; (5) O Calvinismo e a Arte; e (6) O Calvinismo e o Futuro – um tão abrangente e extenso sistema de vida, quanto o do Modernismo que nos ataca; e este sistema não poderia ser outro, senão aquele que, longe de ser inventado ou formulado, fora simplesmente tomado como se apresenta na história, a saber, sobre os fundamentos do Calvinismo – “[...] a única, decisiva, lícita e consistente defesa das nações protestantes contra o usurpador e esmagador Modernismo” (KUYPER, p. 20). Como escrevera Oliveira (2006, p. 77): “[...] Kuyper estava convicto de que era através de um resgate do calvinismo original que o cristianismo poderia se opor vigorosamente aos princípios apóstatas resultantes do pensamento moderno”.</span><div><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: EN-US;mso-bidi-language:AR-SA"><br /></span></div><div><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: EN-US;mso-bidi-language:AR-SA"><br /></span></div><div><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">Nelson Ávila</span></div><div><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">_________________________________________________</span></div><div><span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: EN-US;mso-bidi-language:AR-SA"><p class="MsoNormal" align="left" style="text-align:left"><span style="font-size: 12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">KUYPER, Abraham. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Calvinismo</b>. São Paulo: Cultura Cristã, 2003.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" align="left" style="text-align:left"><span style="font-size: 12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif""></span></p><p class="MsoNormal" align="left" style="text-align:left"><span style="font-size: 12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif"">OLIVEIRA, Fabiano de Almeida. <i style="mso-bidi-font-style:normal">Philosophando Coram Deo</i>: uma apresentação panorâmica da vida, pensamento e antecedentes intelectuais de Herman Dooyeweerd. <b style="mso-bidi-font-weight:normal">Fides Reformata</b>, São Paulo, SP, v. 11, n. 1, p. 73 – 100, jan – jun. 2006.<o:p></o:p></span></p><p></p></span></div>Em defesa da graçahttp://www.blogger.com/profile/10059573742384048668noreply@blogger.com2