sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

EM DEFESA DO EU

EM DEFESA DO EU
Estas são as primeiras linhas de um anônimo e, como tais, as responsáveis por arrancar-lhe de seu confortável e solitário refúgio, atirando-lhe em terreno acidentado e escorregadio; expondo-lhe a face entre aglomerado de mãos ávidas, das quais não se pode retrair o pescoço.
É bem verdade que precedente as linhas vieram as idéias, de modo que, ao mesmo tempo, o próprio autor torna-se culpado (voluntário) e nega a si mesmo o direito futuro de apontar um outro pelas adversidades que sua própria mente o possa levar.
Todavia, recorro ao arrependimento (característica muito peculiar ao gênero humano, principalmente quando se trata do arrepender-se daquela verdade dita ou daquele bem praticado que não convergiu em vantagens) e nego veementemente o que acabei de afirmar acima: não sou o único culpado!
Houvera Alguém que me constrangera. Alguém que incendiara coração e alma. Que gravara Sua verdade tão profundamente em meu ser que, encontrando-me agora de olhos tão absurdamente abertos, espantei-me ao enxergar o velho mundo (o mesmo mundo), que sempre estivera ali, mas nunca daquele jeito. Extasiado como estava (e, de fato, me encontro desde então), seria impossível retroceder ao lastimável estado de cegueira inicial em que andei, por tanto tempo, outrora. É sobre Este que deposito a culpa da criação de tudo isto; Este que me resgatou de dentre os mortos para me dar vida com Ele.
O miserável autor não poderia sequer iniciar aquilo a que se propõe sem que esta Segunda Pessoa (Triuna Pessoa) o houvesse levado a presumir.

“Persuadiste-me Senhor e persuadido fiquei”.

Seria insensatez julgar que aos meus pueris devaneios fossem atribuídos algum crédito ou mérito por qualquer que seja o bom proveito que daqui se possa extrair. Oro e peço a Deus para que, escondido à sombra de Sua cruz, eu possa ser um mero conduto da Sua multiforme Graça.
Se algum dia escrever algo de mim mesmo ou que esteja em desacordo com as Sagradas Escrituras, que Deus o faça passar desapercebido pelos olhos dos que lerem. Que Ele me conceda a capacidade de defender as “antigas doutrinas da graça” e denunciar os males do pecado e as artimanhas do diabo.
Somente o nome do Senhor Jesus Cristo seja engrandecido e a Ele seja dada toda honra, glória e louvor pelos séculos dos séculos, amem.

Sola Gratia, Sola Fide, Sola Christus, Sola Scriptura e Soli Deo Gloria.
Nelson Ávila, 14 de janeiro de 2010.

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