Por Burk Parsons
Tradução: Nelson Ávila
Provavelmente não surpreenda você saber que ninguém me ensinou mais acerca da Bíblia e sua teologia do que R. C. Sproul. E não deve surpreendê-lo saber que ninguém me ensinou mais sobre o ministério da piedade do que R. C. Sproul. Tendo trabalhado para R. C. por doze anos, tenho testemunhado, em primeira mão, a própria fé de um homem trabalhando em amor. Como o testemunho de sua esposa e filhos revela, sua teologia da graça sustenta sua preocupação com o faminto, a viúva e o órfão. Apropriadamente, sua teologia informa sua prática, como deve a nossa fazer.
Em sua essência, a teologia cristã é uma teologia da graça. Uma das principais distinções da teologia cristã é a doutrina da graça, a qual permeia todas as áreas de nossa fé e vida. Ao longo de séculos de história os cristãos têm testemunhado esta verdade. Quando Paulo, no primeiro século, e os reformadores, no século dezesseis, batalharam severamente pela fé, não batalharam apenas para preservar a doutrina da justificação pela graça somente através da fé somente, mas para preservar a totalidade da religião evangélica da graça de Deus. Este evangelho informa tudo o que somos e, portanto, tudo o que fazemos, em palavras e atos, revela nossa fé, com o evangelho de Deus e a glória de Deus à frente de nossa missão, não com nosso próprio evangelho social ou nossa própria sociedade gloriosa.
Os puritanos do século dezessete eram pessoas de ações santas e piedosas, cujo ministério, em palavras e ações, era motivado pela teologia bíblica da graça, a qual liberta pecadores redimidos para dar sacrificialmente em resposta à oferta de Deus de Si mesmo na cruz. Em uma oração puritana de The Valley of Vision, lemos: “Dá-me uma avareza santa para remir o tempo, para despertar a cada chamado à caridade e piedade, afim de que eu possa então alimentar os famintos, vestir os despidos,... difundir o evangelho, mostrar o amor ao próximo a todos.” Semelhantemente, no século dezenove, Robert Murray M’Cheyne (1813 – 43) pregou para sua congregação sobre o chamado de Deus para cuidar dos pobres e necessitados: “Meus queridos amigos, eu estou preocupado com o pobre, mas mais com vocês. Eu não sei o que Cristo dirá a vocês naquele grande dia... Eu temo que muitos dos que estão me ouvindo agora possam muito bem saber que não são cristãos porque não amam dar. Para dar ampla e liberalmente, não de má vontade, deseje um novo coração. Um velho coração preferiria ter parte com o seu [do próprio coração – N. do T.] sangue que com seu dinheiro.”
O ministério evangélico em palavras e ações não é nada novo, mas tão velho quanto a queda do homem, quando Deus veio a nós em nossa maior necessidade, nos vestiu e nos deu fome de servi-lO, para que o mundo possa ver nossas boas obras e glorificar nosso Pai que está no céu.
Disponível originalmente no endereço eletrônico: http://www.ligonier.org/learn/articles/truly-reformed-theology/
Em vez de flertarem com teologias tais como o tal "evangelho social", o que os cristãos precisam redescobrir é as "veredas antigas" (Jeremias 6.16), as gloriosas verdades do "velho" evangelho -- que, na verdade, outra coisa não é senão "o" Evangelho (com letra maiúscula, mesmo). Se os crentes estão frios e insensíveis às questões sociais, a solução não é apelar a um socialismo disfarçado de cristianismo, mas sim o voltar-se às Escrituras Sagradas em submissão, docilidade e dependência.
ResponderExcluirNesse sentido, creio que também precisamos orar para que, em Sua graça e misericórdia, Deus promova uma genuína Reforma nas igrejas brasileiras, que as traga de volta para a Bíblia. Nesse sentido, creio que os tão injustiçados e incompreendidos puritanos nos teriam muito a ensinar.
Que Deus o abençoe por nos trazer esse texto, Ir. Nélson!
Obrigado pelo comentário irmão Vanderson, Deus o abençoe!
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